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4.2 Testes

4.2.1 Potenciômetro

Há uma necessidade de controlar o giro do motor elétrico da bancada, para fazer a regulagem do giro do motor elétrico nos testes foi utilizado um potenciômetro. Potenciômetro é um componente eletrônico que possui resistência elétrica ajustável, e geralmente é um resistor de três terminais onde a conexão central é deslizante e manipulável, simplificando faz a regulagem do giro do motor elétrico da bancada experimental manualmente, e se todos os três terminais são usados, ele atua como um difusor de tensão.

Então para os testes o potenciômetro é muito importante, pois para fazer a regulagem dos (rpm/min) se torna facilmente, pois pode fazer manualmente e rápido. Na Figura 32 uma imagem de um potenciômetro.

Figura 32: Potenciômetro

Fonte: Web internet, 2016.

Junto ao potenciômetro é utilizado uma caixa de comandos com disjuntores. Os disjuntores permitem manualmente a passagem da corrente alternada da rede de modo que, através do inversor de frequência ou da caixa de comando se possa controlar as partidas/paradas, a inversão de movimentos – sentido do deslocamento angular, e velocidade, diretamente na caixa de comandos (através de um potenciômetro e/ou botões). Este controle manual está apresentado na Figura 33 com Caixa de Comandos: (1) Liga/Desliga Geral; (2) Sentido do Deslocamento Angular – Desliga/Negativo e Liga/Positivo; (3) Comando – Liga/Caixa de Comando e Desliga/Inversor de Frequência; (4) Gira/Pára; (5) Potenciômetro.

Figura 33: Caixa de comandos com Potenciômetro

Fonte: Próprio autor, 2016.

Após verificar que todos os componentes estavam em perfeitas condições de funcionamento, os testes foram realizados de maneira a medir quantos quilogramas de adubos caem da adubadora em um minuto, considerando vários testes com rotações diferentes, rotações reguladas pelo inversor de frequência e pelo tacômetro.

O inversor de frequência diversifica a porcentagem de giro do eixo de zero a cem, antes do teste verificou-se o inversor de frequência medindo 100% da rotação do eixo, assim o inversor estando calibrado para o teste. O tacômetro foi verificado a máxima rotação do eixo, com um (rpm) de 124 variando nos testes de 30 a 124 (rpm). Com os testes feitos, verificou-se os resultados e colocado numa Tabela com 6 velocidades de giro (rpm), as porcentagens da capacidade do motor para cada velocidade e a quantidade de adubo que sai da adubadora para cada velocidade. Na Tabela 6 abaixo a tabela com os resultados obtidos nos testes.

Tabela 6: Resultados dos testes.

(rpm) do eixo do motor elétrico

% de corrente de giro do motor elétrico medido pelo inversor

de frequência (kg/min) de adubo 30 22.6 0.46 50 40.3 0.80 70 56.5 1.12 90 72.6 1.47 110 86.9 1.76 124 100 2.02

Para os testes feitos neste trabalho foi utilizado um dosador de adubo Fertsystem doado pela IMASA de Ijuí, e é considerado de alta precisão, então essa bancada foi desenvolvido para analisar o comportamento do dosador de adubo, como se comporta quando utilizado em maquinas na hora de adubar a semente no solo, pois as maquinas (trator, plantadora) a quantidade que cai no solo depende da velocidade das rodas da plantadora, então na bancada pode-se ter uma análise da adubadora antes de utilizar na plantadora, também outros testes podem ser feitos na bancada utilizando outros dosadores de marcas diferentes.

Finalizando, este capitulo busca demonstrar a importância da adubadora na utilização para plantadoras. Então a bancada para teste de adubadora busca demonstrar o quão é importante fazer teste antes de utilizar em plantadoras, pois há adubadoras de diferentes marcas com diferentes passos do helicoide e isso muda bastante na quantidade de adubo em cada solo que é despejado. Tem que levar em conta que cada tipo de plantadora uma certa velocidade é aplicada na adubadora, e com a utilização da bancada poderia analisar essa velocidade e verificar qual adubadora se enquadraria na plantadora, assim não jogaria adubo fora e poderá utilizar só o necessário e eliminar certos gastos.

CONCLUSÃO

Com a realização dos testes na bancada experimental pretende-se identificar os parâmetros e validar o modelo da dinâmica de um sistema dosador de adubo à taxa variável. Uma vez que se obtêm os parâmetros e o modelo é validado, pode-se atuar no controle da taxa de dosagem e assim otimizar a produção.

A utilização da tecnologia na agricultura vem se consolidando nas últimas décadas, sendo que ainda há espaço para novas aplicações. Nesse sentido, as semeadoras-adubadoras vêm se desenvolvendo e melhorando através dos anos, contudo o controle de dosadores merece uma atenção especial, principalmente no tocante à possibilidade de controle preciso desses equipamentos.

Neste trabalho apresentou-se à análise das necessidades e o projeto conceitual de uma unidade de controle automático de um sistema dosador de adubo a taxa variável.

Um protótipo de bancada experimental foi construído para simulação de dosagens variáveis e testes de validação da unidade de um sistema de controle da velocidade angular do eixo do dosador.

Os resultados ilustram a concepção desenvolvida. Resultados quantitativos e qualitativos do desempenho da unidade de controle estão em fase final de geração e podem ser apresentados em trabalhos futuros.

Como trabalhos futuros tem-se uma oportunidade de acrescentar mais uma adubadora, pode ser de marca e helicoide diferentes, assim analisar duas adubadoras e diferenciando a qualidade de cada uma.

Pretende-se assim contribuir para o desenvolvimento de alternativas de controle de dosagens na agricultura de precisão para construção de equipamentos de baixo custo para empresas nacionais.

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