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PRECEPTORIA NO ESTÁGIO CURRICULAR DE NUTRIÇÃO CLÍNICA: QUAL O OLHAR DO PRECEPTOR?

PRECEPTOR?

NAYANNE DUARTE MADEIRA CARVALHO; ANDREA SUGAI MORTOZA; LUCILENE MARIA DE SOUSA; MARIA LUIZA FERREIRA STRINGHINI; MARÍLIA MENDONÇA GUIMARÃES; IDA HELENA C. F. MENEZES

1 FANUT/UFG - Faculdade de Nutrição - Universidade Federal de Goiás andreasugai@gmail.com

Introdução

O estágio supervisionado constitui um item obrigatório para formação superior e propicia o aprendizado de competências próprias da atividade profissional, visando o crescimento do estudante para a vida cidadã e para o trabalho. Neste contexto, destaca-se a figura do preceptor, um ator importante e indispensável para o desenvolvimento do estágio. Entretanto, é importante considerar que esses profissionais lidam com várias dificuldades, como a estrutura física reduzida, alta demanda de trabalho, falta de tempo, pouca interação entre academia e as instituições de estágio e o despreparo destes profissionais. Portanto, diante da relevância desse assunto, torna-se fundamental a coleta, a sistematização e a análise de temas relativos a esse assunto.

Objetivos

Analisar a preceptoria em Nutrição Clínica do curso de nutrição da Universidade Federal Goiás, em hospitais de ensino no âmbito do preceptor.

Metodologia

Pesquisa de natureza exploratória utilizando a abordagem quali-quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com nº do parecer 1.919.159/2016. O estudo foi realizado tendo como cenário o processo de avaliação do Projeto Político Pedagógico do curso de nutrição, cujo o locus dessa pesquisa foi a disciplina de estágio de nutrição clínica. Foi aplicado um questionário aos preceptores do estágio de nutrição clínica (n=16) de dois hospitais de ensino onde são realizados os mesmos, contendo 23 questões no formato Likert, onde foram avaliadas três dimensões: processo ensino- aprendizagem, competências gerais para a formação do estudante e a relação interpessoal da equipe do estágio. Após tabulação dos dados, foram realizados dois grupos focais (n=11) com os preceptores de cada local. Para a aplicação do questionário e a realização dos grupos focais foi aplicado o termo de consentimento livre e esclarecido. A análise dos dados quantitativos foi feita de forma descritiva por meio de cálculo da média de respostas. A análise da escala Likert foi realizada tomando como base três intervalos de pontuação: de 1 a 1,99 pontos (ruim), a compreensão é considerada ruim e mudanças devem ser tomadas a curto prazo; de 2,00 a 2,99 pontos (zona intermediária), a compreensão mostra aspectos a melhorar e medidas a médio prazo devem ser tomadas; e de 3,00 a 4,00 pontos (zona de conforto), a compreensão é considerada boa, porém pode-se potencializar. A análise dos dados qualitativos foi realizada utilizando- se a técnica de Análise de Conteúdo, segundo Bardin.

Resultados

Observou-se uma falta de clareza na conceituação e na compreensão das funções do preceptor e do professor. O relacionamento e o diálogo entre eles foram avaliados de forma negativa, isto porque tal relacionamento foi intimamente ligado à presença do professor no local do estágio, que foi considerada insuficiente por alguns preceptores. Contribuiu também para essa percepção a intensa rotina exercida pelo preceptor. A falta de formação em preceptoria foi apontada como fator limitador da atuação do preceptor no estágio. A presença do estagiário no local de trabalho foi considerada um agente de mudanças positivas.

Conclusão

Ações que visem uma atuação conjunta entre preceptores e professores são importantes para o desenvolvimento adequado do estágio. A universidade tem o papel de desenvolver educação permanente e capacitação para os profissionais preceptores com objetivo de esclarecer os papéis e a importância de cada ator.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Brasília, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm. Acesso em: 08 set. 2017.

Australian ruaral nurses. A review of the literature. Rural and Remote Health, Sidney. v. 410, n. 5., p. 1-10, 2006.

CARVALHO, E. S. S.; FAGUNDES, N. C. A inserção da preceptoria no curso de graduação em enfermagem. Revista Rene, Fortaleza, v.9, n. 2, p.98-105, 2008.

BARDIN, L. Analise de Conteúdo. São Paulo: Edição 70, 2016. 279p.

PROJETO DE EXTENSÃO "ROTULANDO-EMPRESA JRº": PERFIL DOS ALIMENTOS

COMERCIALIZADOS POR DISCENTES DO CURSO DE BACHAREL EM NUTRIÇÃO

RENATA DE SOUZA NOGUEIRA; LUDMILA APARECIDA DA SILVA; ALINE PINHEIRO FERNANDES; RAYANE SIQUEIRA DE MATOS; VITÓRIA STEFFANY TEIXEIRA ALVES VALE DA SILVA; MARIA MADALENA RODRIGUES

BRAZ

1 UNISUAM - Centro Universitário Augusto Motta rsn_nutri@hotmail.com

Introdução

Segundo a RDC nº. 259, de 20/09/2002, todo alimento que seja comercializado, qualquer que seja sua origem, embalado na ausência do cliente, e pronto para oferta ao consumidor, deve seguir as orientações do referido regulamento técnico e, portanto, apresentar ao menos as seguintes informações obrigatórias: 1) Denominação de venda do alimento; 2) Lista de ingredientes; 3) Conteúdos líquidos; 4) Identificação da origem; 5) Nome ou razão social e endereço do importador, no caso de alimentos importados; 6) Identificação do lote; 7) Prazo de validade; 8) Instruções sobre o preparo e uso do alimento, quando necessário. Este trabalho é fruto do projeto de extensão “Rotulando- Empresa Jrº”, do Centro Universitário Augusto Motta, localizado no município do Rio de Janeiro, que, dentre outras atividades, busca elaborar e/ou adequar as embalagens dos produtos alimentícios comercializados pelos discentes dos cursos da Instituição, bem como pela comunidade do entorno do Centro Universitário, no sentido de agregar valor, aumentar a competitividade, e informar fiel e adequadamente os consumidores desses produtos.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi fazer um levantamento e caracterizar os produtos alimentícios produzidos e comercializados por discentes do curso bacharel em Nutrição, da Unisuam, no que diz respeito ao cumprimento das exigências mínimas obrigatórias para rotulagem nutricional.

Metodologia

Trata-se de um estudo observacional, cujos dados foram coletados nos meses de agosto e setembro de 2017, avaliando o cumprimento ou não das informações consideradas obrigatórias pelo regulamento técnico de rotulagem. Além disso, foram verificadas informações relativas ao preço do produto e formas de armazenamento e transporte. Os dados foram tabulados com auxílio do programa Excel®.

Resultados

No total foram identificados 07 produtos embalados e comercializados por diferentes discentes, sendo: 03 bolos em pote; 01 cocada; 01 brownie; 01 pastel com recheio doce; 01 brigadeiro gourmet. Nenhum dos produtos apresentava rótulo e, portanto, não continham informações obrigatórias como prazo de validade, informação nutricional e lista de ingredientes. A margem de preço dos produtos variou entre R$2,00 e R$5,00. Em relação ao armazenamento, 28% (n=2) dos produtos era conservado através de bolsa térmica, 58% (n=4) em isopor e 14% (n=1) em temperatura ambiente.

Conclusão

Este levantamento permitiu aos alunos participantes do projeto de extensão uma visão sobre os tipos de alimentos comercializados por alunos de Nutrição no campus universitário e reforçou a necessidade de sensibilizar os produtores quanto a importância do rótulo de alimentos, não somente para atender às exigências legais, mas também para servir como orientação nas escolhas alimentares.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002. Diário Oficial da União. nº 184. 23 set. 2002.

PROJETO INTEGRADOR COMO PRÁTICA EDUCATIVA INTERDISCIPLINAR NA FORMAÇÃO