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Preparação e Planeamento da Inspeção Técnica

No documento RelatórioEstágio Flávio Faria (páginas 30-33)

3. Atividades Desenvolvidas no Âmbito do Estágio Curricular

3.3. Acompanhamento da Inspeção Técnica à Ponte da Figueira da Foz

3.3.4. Preparação e Planeamento da Inspeção Técnica

Para a inspeção de uma obra em serviço, como é o caso da ponte da Figueira da Foz, é fundamental proceder a uma visita prévia, para recolher informação que permita determinar as necessidades em campo, de modo a elaborar uma proposta mais precisa, a delinear um Plano de Trabalhos e um Plano de Inspeção e Ensaios.

Esta etapa inicial compreende as seguintes ações:

 Estudo das características e condicionantes da obra;  Análise de elementos disponíveis;

 Dimensionamento de meios, materiais e humanos (incluindo a análise da necessidade de contratar bens ou serviços ou ainda efetuar compras);

 Elaboração do plano de trabalhos;

 Elaboração do Plano de Inspeção e Ensaios.

Neste caso, a proposta do cliente apresentava as bases do Plano de Inspeção e Ensaios, pelo que foi necessário elaborar o Plano de Trabalhos em função dos trabalhos a realizar, tendo em conta as condicionantes encontradas no terreno.

Foi feita uma visita prévia ao local, de modo a quantificar os meios técnicos e humanos necessários, bem como as dificuldades existentes. Esta inspeção prévia durou cerca de 4 horas e foi feita por dois técnicos do ISQ, com a colaboração do estagiário.

Na visita ao local começou-se por analisar o acesso às margens do rio, na zona onde se localiza a ponte e posteriormente equacionar o modo como aceder às zonas da obra de arte a inspecionar.

A margem esquerda do rio é de fácil acesso, através de uma estrada pública. A margem direita insere-se dentro do Porto da Figueira da Foz, onde existem alguns constrangimentos no acesso.

Na visita prévia o comandante do Porto da Figueira da Foz autorizou o acesso da equipa técnica à margem direita (junto à ponte), tendo informado da necessidade de obtenção de autorizações formais do Comando do Porto da Figueira da Foz e da Autoridade Marítima Local (Capitania do Porto da Figueira da Foz). Nessas autorizações deverá constar qual o objetivo do acesso ao Porto da Figueira da Foz, a identificação dos respetivo técnicos, os dias em que vão decorrer os trabalhos, a matrícula dos veículos intervenientes e a identificação dos equipamentos e materiais a entrar no Porto.

Para além desta dificuldade identificou-se outra relacionada com o modo como deverá ser feito o acesso aos pegões e às travessas de ligação, visto que estes elementos se encontram dentro do leito do rio.

Do lado da margem esquerda, durante a visita prévia, os pegões estavam rodeados de água (Fig. 9), mas por informação verbal de um morador soube-se que estes pegões ficam totalmente a descoberto na altura da maré baixa.

Com esta informação pode concluir-se que é possível aceder pedonalmente a estes pegões e travessas, com o auxílio de uma escada, nas horas de maré baixa. Para se ter conhecimento de horas de maré baixa consultou-se o site do Instituto Hidrográfico. Do lado da margem direita os pegões e travessas estão sempre rodeados de água, quer

Figura 9 - Pegões e travessas junto á margem esquerda.

Figura 10 - Pegões e travessas junto à margem direita.

Considerou-se que a melhor forma de aceder aos locais de trabalho na margem direita seria a utilização de uma embarcação, sendo para tal necessário solicitar autorização ao SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras). Assim já não vai ser necessário pedir autorização ao Comando do Porto da Figueira da Foz, porque não será preciso aceder ao porto.

Durante a visita foi decidido quais os pegões de que se irão extrair as carotes. Do lado da margem esquerda serão os dois pegões mais próximos da margem e do lado da margem direita serão dos dois pegões mais afastados da margem. A escolha foi feita com o objetivo de facilitar os trabalhos, uma vez que do lado da margem esquerda os pegões escolhidos são os que estão menos tempo rodeados de água, e do lado da margem direita são os dois pegões onde o rio tem uma maior profundidade, o que facilita o acesso do barco tanto em maré alta como em maré baixa.

Os pegões de onde foram extraídas as carotes estão assinalados na Figura 11.

Sentido do escoamento do rio

Figura 11 - Planta do troço central da ponte, com a identificação dos pegões de onde se irão extrair as carotes [5].

Através da visita prévia realizada conseguiu-se prever os recursos necessários para a execução dos trabalhos de inspeção e realização dos ensaios, requerendo-se a utilização dos equipamentos e materiais descritos nas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1 - Principais meios auxiliares á inspeção técnica do lado da margem esquerda.

Atividade Designação do equipamento Meios auxiliares

Extração de carotes

-Máquina fotográfica -Escadas (> 4 m)

-Caroteadora -Bilha com água

-Bomba de água -Martelo e escopro

-Berbequim -Peças desenhadas

-Gerador -Fita métrica

-Extensão elétrica Fecho das cavidades de

onde se retiram as carotes

-Escadas (> 4 m) -Balde

-Colher de pedreiro -Bilha com água

-Argamassa Sika Mono Top-618 Mapeamento das

anomalias

-Máquina fotográfica -Escadas (> 4 m) -Bloco A3 e lápis

-Comparador de fissuras

Tabela 2 - Principais meios auxiliares á inspeção técnica do lado da margem direita.

Atividade Designação do equipamento Meios auxiliares

Extração de carotes

-Máquina fotográfica -Escadas (> 4 m)

-Caroteadora -Bilha com água

-Bomba de água -Martelo e escopro -Berbequim

-Gerador -Peças desenhadas-Fita métrica -Extensão elétrica -Barco

-Cordas

Fecho das cavidades de onde se retiram as

carotes

-Escadas (> 4 m) -Balde

-Colher de pedreiro -Bilha com água

-Argamassa Sika Mono Top-618 -Barco

-Cordas Mapeamento das

anomalias

-Máquina fotográfica -Escadas (> 4 m) -Bloco A3 e lápis -Barco

-Comparador de fissuras -Cordas

No documento RelatórioEstágio Flávio Faria (páginas 30-33)

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