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3. Implementação do Sistema de Gestão Ambiental

3.12. Preparação e resposta a emergências

A identificação de situações de potenciais acidentes e emergências deve ser realizada na fase de levantamento e determinação de aspetos e impactes ambientais e deve ter em conta que estas situações podem ser diversas, o que exige abordagens também diversas.

Apesar de o referencial não obrigar, o Grupo Simoldes Plásticos optou pela documentação de um procedimento de preparação e resposta a emergências, o qual codificou e designou como: “PA06 – Prevenção e resposta a emergências” (anexo XVI). Este procedimento tem como objetivo estabelecer as orientações para a gestão do Plano de Segurança Interno, a realização de simulacros, a elaboração de relatórios e a investigação dos acidentes ocorridos no Grupo Simoldes Plásticos e que possam ter consequências para o meio ambiente.

O Plano de Segurança Interno da Simoldes Plásticos foi elaborado por uma empresa subcontratada, e tem por objetivo a preparação e organização dos meios existentes para garantir a salvaguarda dos seus ocupantes, em caso de ocorrência de uma situação perigosa. O PSI define medidas de autoproteção em função da categoria de risco da instalação e que se baseiam em:

i. Medidas preventivas, que tomam a forma de procedimentos de prevenção ou

ii. Medidas de intervenção em caso de incêndio, que tomam a forma de

procedimentos de emergência ou de planos de emergência internos;

iii. Registos de segurança onde devem constar os relatórios de vistoria ou inspeção

e relação de todas as ações de manutenção e ocorrências direta ou indiretamente relacionadas com a SCIE (Segurança Contra Incêndios em Edifícios);

iv. Formação em SCIE, sob a forma de ações destinadas a todos os funcionários e

colaboradores das entidades exploradoras, ou de forma específica, destinada aos delegados de segurança e outros elementos que lidam com situações de maior risco de incêndio;

v. Simulacros, para teste do plano de emergência interno e treino dos ocupantes

com vista a criação de rotinas de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.

O procedimento prevê a tomada de medidas preventivas através da adoção e preenchimento de registos de segurança, uma vez que o conhecimento de ocorrências anteriores de situações anómalas, facilita o tratamento de situações semelhantes que possam voltar a ocorrer ou mesmo evitar que ocorram.

A Simoldes Plásticos é classificada na 3ª Categoria de Risco - Risco Elevado, sendo aplicáveis as medidas de autoproteção apresentadas no quadro 3.7.

Quadro 3.7 – Medidas de autoproteção aplicáveis à Simoldes Plásticos.

LOCAIS CATEGORIA DE RISCO MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO APLICÁVEIS Registos de Segurança Todas as instalações 3ª Categoria Plano de Prevenção

Plano de Emergência Interno

Sensibilização e Formação em SCIE Simulacros

Os riscos identificados nas instalações da Simoldes Plásticos podem ter origem tecnológica (decorrem das próprias instalações, dos materiais existentes no edifício e das suas atividades), natural ou social e podem ser divididos em Riscos Internos e Riscos Externos, como identificado no quadro 3.8.

Simoldes Plásticos) Quadro 3.8 – Riscos internos e riscos externos da Simoldes Plásticos

RISTOS INTERNOS Incêndio RISTOS EXTERNOS Sismo

Explosão Precipitação intensa e

intempérie

Derrame Incêndio nas instalações

Inundação Ameaça de bomba

Para os riscos identificados como potenciais causadores de situações de acidente ou emergência, a Simoldes Plásticos criou instruções de segurança que se dividem em três tipos:

i. Instruções gerais - Destinam-se à totalidade dos ocupantes da Simoldes

Plásticos e estão distribuídas em pontos estratégicos;

ii. Instruções particulares - São relativas à segurança dos locais que apresentem

riscos específicos e definem de forma pormenorizada os procedimentos a adotar em caso de emergência.

iii. Instruções especiais - Dizem respeito ao pessoal encarregado de pôr em

prática o plano de emergência até à chegada dos socorros externos, nomeadamente os procedimentos a adotar.

A definição de responsabilidades é um ponto fundamental que não pode ser esquecido quando se definem os procedimentos em caso de emergência. Desta forma, o Plano de Segurança Interno define uma estrutura orgânica de intervenção da Simoldes Plásticos, como apresentada na figura 3.7 que em situação de emergência substitui a estrutura normal de funcionamento.

Fig. 3.7 – Estrutura Simoldes Plásticos em caso de emergência

Para que este procedimento se mantenha adequado, deve ser revisto periodicamente com base nos resultados obtidos através da realização de simulacros. “A realização de simulacros não só permite melhorar os procedimentos, como contribui em grande medida para uma implementação efetiva com o envolvimento e sensibilização de todos os colaboradores” (Almeida e Real 2005).

Neste âmbito, a Simoldes Plásticos realizou o seu primeiro simulacro de incêndio durante o mês de Março, tendo sido abrangidos o edifício central e a zona do armazém de produto final. Com a realização deste simulacro e através da análise dos procedimentos adotados pelos colaboradores, foi possível identificar quais os pontos a melhorar, apresentados nos quadros 3.9 e 3.10.

Equipa de Primeiros Socorros Equipa de Equipa de Posto de Segurança Chefe de Coordenação de Segurança Delegado de Segurança

Simoldes Plásticos) Quadro 3.9 – Pontos a melhorar na resposta a situações de incêndio (edifício administrativo)

PONTOS A MELHORAR

1 Melhorar o varrimento dos locais evacuados pela equipa de evacuação.

2 Confirmar o alarme antes de iniciar a evacuação.

3 Dificuldade no contacto entre os elementos das equipas.

4 Controlo deficiente de visitantes e pessoas externas à organização.

5 Estacionamento no interior das instalações e circulação no interior das instalações

em caso de emergência.

6 Concentração de colaboradores no ponto de encontro.

Quadro 3.10 – Pontos a melhorar na resposta a situações de incêndio (armazém de produto final)

PONTOS A MELHORAR

1 Ausência de saída de emergência ao fundo do armazém de produto final.

2 Bloqueio dos acessos ao armazém de produto final.

3 Dificuldade no contacto entre os elementos das equipas.

4 Reconhecimento dos elementos que fazem parte da estrutura de

emergência.

5 Evacuação de máquinas.

6 Estacionamento no interior das instalações e circulação no interior das

instalações em caso de emergência.

7 Melhorar o acesso ao Ponto de Encontro da Produção.

8 Locais para o corte de água e energia, saídas de emergência e pontos de

encontro.

As ações definidas para a resolução dos aspetos identificados como oportunidades de melhoria ao Plano de Segurança Interno devem ser realizadas de acordo com os PDCA definidos, com objetivo a uma melhoria contínua dos procedimentos.

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