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Em julho de 2002, a área experimental foi marcada, e todos os detritos foram retirados permanecendo apenas o capim-Braquiária. Realizou-se uma roçagem mecânica rente ao solo, para manter a homogeneidade da altura do capim-Braquiária. Em

setembro de 2002, na área com pastagem, foram abertos os sulcos com o implemento arado do tipo “bico de pato” acoplado em trator, para a semeadura do milho, no espaçamento de 0,80m entre as linhas.

A área total de 3.476,8 m2 (82m x 42,4 m) foi dividida em parcelas (289,73 m2) e subparcelas (72,43m2) com suas respectivas bordaduras para comportarem respectivamente, os três tratamentos principais (parcelas), em pré-semeadura 0,.60, e 120 kg ha-1 de N e os quatro tratamentos secundários (subparcelas) em cobertura do milho 0, 30, 60 e 120 kg ha-1 de N.

O local das microparcelas, situado dentro das subparcelas dos tratamentos 0-120 e 120-0 kg ha-1 de N, cobertura e pré-semeadura, respectivamente, foi selecionado ao acaso, ao longo do sulco de semeadura, com comprimento de um metro linear, sendo esse espaço destinado, à aplicação do fertilizante sulfato de amônio marcado com 15N.

3.2.1 Aplicação de calcário

O calcário foi analisado e determinado à porcentagem de carbonato de cálcio e carbonato de magnésio, poder de neutralização (PN) e granulometria, sendo classificado como calcário dolomítico com poder relativo de neutralização total (PRNT) de 94,4%. A quantidade de calcário dolomítico (1.300 kg ha-1) aplicado ao solo foi calculada tomando-se os valores da capacidade de troca de cátion (CTC) e saturação por bases (SB) do solo, e ainda o valor desejado para atingir saturação por base de 60%, que é recomendável na região para a cultura do milho (Emgopa, 1988). O calcário dolomítico foi aplicado a lanço, manualmente, logo após o nivelamento da altura do capim- Braquiária, em 17/07/2002.

3.2.2 Adubação corretiva

Em toda área experimental foi realizada a fosfatagem e a potassagem. Os fertilizantes, nessa prática, foram aplicados a lanço, no capim-Braquiária já com a altura nivelada, nas doses de 80 kg ha-1 de P2O5 e 50 kg ha-1 de K2O, respectivamente, na

forma de superfosfato simples e cloreto de potássio. Esses fertilizantes foram aplicados no mês de setembro de 2002, dois meses após aplicação de calcário.

3.2.3 Adubação de pré-semeadura 3.2.3.1 Nitrogênio não marcado

A adubação nitrogenada de pré-semeadura com sulfato de amônio (21,06 % de N) nos níveis de 0, 60 e 120 kg ha-1 de N foi distribuída, manualmente, nos sulcos de semeadura, nas três parcelas correspondentes às doses a serem aplicadas em pré- semeadura. Essas parcelas foram sorteadas ao acaso na área experimental e receberam a adubação de pré-semeadura com sulfato de amônio em 26/09/2002.

3.2.3.2 Nitrogênio marcado

O sulfato de amônio marcado com 15N (3,078% em átomos de 15N) correspondente à dose de 120 kg ha-1 de N foi preparado no Laboratório Isótopos Estáveis do CENA / USP. Esse fertilizante marcado foi dissolvido em água (2 L) e armazenado em dois frascos com capacidade de 1 L, sendo destinado as microparcelas nas épocas de pré-semeadura e cobertura do milho respectivamente. A solução de sulfato de amônio marcada, no momento da aplicação em pré-semeadura, em 18/09/2002, foi dividida em quatro partes de 250 ml e distribuída, com auxílio de pipeta graduada, no sulco da semeadura do milho, nas quatro repetições da microparcela de um metro de comprimento. Esse mesmo procedimento foi utilizado com o outro frasco da solução no momento da cobertura do milho.

3.2.4 Adubação de semeadura

A adubação de semeadura foi realizada com as doses de 30 kg ha-1 de N, 110 kg ha-1 de P2O5 e 70 kg ha-1 de K2O nas formas de sulfato de amônio, superfosfato simples

e cloreto de potássio respectivamente. Esses fertilizantes foram distribuídos, manualmente, no sulco da semeadura do milho e cobertos com o solo em todas as subparcelas inclusive no tratamento sem N em pré-semeadura e em cobertura (0 - 0 kg ha-1 de N). Essa adubação foi realizada em 25-26/11/2002.

3.2.5 Adubação de cobertura

A adubação nitrogenada de cobertura foi realizada com sulfato de amônio nos níveis de 0, 30, 60 e 120 kg ha-1 de N. Foi aplicado, juntamente à essa adubação de cobertura, inclusive no tratamento sem N (0 kg ha-1 de N), 30 kg ha-1 de sulfato de zinco para corrigir possíveis deficiências de Zn nas plantas do milho. A fertilização de cobertura foi realizada manualmente em 06/01/2003, em sulcos distanciados aproximadamente 8 cm da linha de milho, 21 dias após a emergência (DAE), quando as plantas apresentavam quatro folhas expandidas. Após a aplicação dos fertilizantes foi realizada a prática da amontoa em todos os sulcos de semeadura do milho. O nitrogênio marcado e destinado para ser aplicado na época da cobertura do milho (tratamento: 0- 120 kg ha-1 de N), seguiu o mesmo procedimento descrito na época de pré-semeadura.

3.2.6 Semeadura

A semeadura do milho foi realizada em 09 e 10/12/2002, em sulcos abertos previamente, usando sementes de milho híbrido simples (AG 405), precoce, semi-duro, tolerante a seca e as principais doenças foliares. A semeadura foi manual (matraca), em sulcos com espaçamento de 0,80 m e com distribuição de 10 sementes por metro linear. Após a emergência foi realizado o desbaste que resultou em cinco plantas de milho por

metro linear distanciadas em média de 0,20 m. Em cada cova permaneceu uma planta de milho perfazendo uma população de 62.500 plantas de milho por hectare.

3.2.7 Controle fitossanitário

A parte aérea do capim-Braquiária foi dessecada com a aplicação do herbicida Paraquat na dose de 2 L ha-1. Essa aplicação foi realizada de forma mecanizada em 16 de novembro de 2002. O herbicida de contato foi utilizado a fim de dessecar apenas a parte aérea do capim-Braquiária, e procurando minimizar os danos na biomassa radicular e microbiana do solo. Tal procedimento evitou as perdas de água por evapotranspiração e gerou economia devido à não aquisição de sementes do capim-Braquiária para o plantio, diferenciando, dessa forma, dos demais modelos de plantio empregados na região.

Devido à ocorrência de veranico em novembro / dezembro de 2002 (Figura 4) a semeadura do milho sofreu atraso e houve a necessidade de se aplicar mais 2 L ha-1 do herbicida. Essa aplicação visou dessecar as brotações que surgiram durante o veranico que ocorreu por um período de 16 dias.

Em quinze de janeiro de 2003, foi aplicado de forma mecanizada o inseticida Carbaryl para controlar o ataque de lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda), na dose de 1,8 L ha-1. Posteriormente, houve a necessidade de aplicação, manual, desse inseticida nas plantas da microparcela de milho com 15N, devido o ataque severo da lagarta nessas plantas. Essa aplicação manual favoreceu uma alta concentração do produto na folha, queimando toda a parte aérea do milho da microparcela. Em função disso a avaliação da recuperação do N do sulfato de amônio pelas plantas do milho na microparcela 15N foi realizada por meio do modelo matemático proposto por Sanchez et al. (1987). Esse modelo foi utilizado para detectar a extensão do movimento lateral de N e determinar o tamanho mínimo da microparcela com 15N, para que o movimento do nitrogênio por fluxo de massa, difusão ou pelo crescimento do sistema radicular, não afetasse a marcação de plantas no interior das microparcelas, pelo N não marcado aplicado no entorno dela.

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