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4.1 Presença de ácidos nucleicos de M leprae nas amostras analisadas
Das 119 amostras de água analisadas, 76 apresentaram positividade para ácidos nucleicos de M. leprae (64%). Dentre a amostras positivas, 23 foram positivas apenas para DNA (30,3%), 24 apenas para RNAm (31,5%) e 29 positivas para ambos os ácidos nucleicos (38,2%) conforme ilustrado na figura 14.
Figura 14 – Frequência de positividade de amplificação de ácidos nucléicos de M. leprae, região gyrA, nas amostras de água dos municípios estudados.
Logo, do total de 119 amostras analisadas, 52 (43,7%) amostras apresentaram positividade para DNA, enquanto que para o RNAm foram 53 (44,5%) amostras, assim, o RNAm apresentou maior porcentagem em relação ao DNA, quanto a amplificação da região
gyrA de M. leprae (Figura 15).
Figura 15 – Frequência de positividade de amplificação de DNA e RNAm de M. leprae, região gyrA, nas amostras de água dos municípios estudados.
Fonte: Elaborado pela autora.
A amplificação dos ácidos nucleicos foi visualizada em gel de agarose 1% com obtenção do produto de 187pb referente ao gene girA do M. leprae (Figuras 23 e 24).
Dentre os municípios estudados, considerando os sítios de coleta, Juazeiro do Norte, com cinco sítios e Boa Viagem, com sete, foram os municípios que apresentaram DNA amplificado de M. leprae em todos os sítios de coleta (100%). Sobral apresentou positividade em seis dos oito sítios de coleta (75%) e dos quatro sítios de coleta analisados do município de Crato, dois apresentaram positividade (50%) (Figura 16).
Quanto ao RNAm, os municípios com maior prevalência foram Juazeiro do Norte e Crato com 100% de positividade cada um, seguido do município de Sobral com positividade em seis dos oito sítios de coleta analisados (75%). Por fim verificou-se a ocorrência de quatro sítios positivos dos sete pesquisados no município de Boa Viagem, com um percentual de 57,14% (Figura 17).
Logo, o município com maior positividade para ácidos nucleicos de M. leprae foi o município de Juazeiro do Norte.
Figura 16 – Frequência da amplificação da região gyrA do DNA de M. leprae em águas ambientais coletadas nos municípios de Juazeiro do Norte, Crato, Sobral e Boa Viagem em relação aos sítios de coleta.
Fonte: Elaborado pela autora.
Figura 17 – Frequência da amplificação da região gyrA referente ao RNAm de M. leprae, em águas ambientais coletadas nos municípios de Juazeiro do Norte, Crato, Sobral e Boa Viagem em relação aos sítios de coleta.
Nas figuras 18 a 21 estão apresentadas as frequências de amplificação referente ao DNA e RNAm de M. leprae de cada sítio por município individualmente com suas respectivas fontes identificadas.
Em relação à positividade quanto ao número total de amostras coletadas em cada município, considerando o número de cinco amostras por sítio, Juazeiro do Norte, com um total de 25 amostras, apresentou 17 amostras positivas (68%) para o DNA e 15 amostras positivas (60%) para o RNAm de M. leprae (Figura 18).
Figura 18 – Frequência de DNA e RNAm de M. leprae nos cinco sítios de coleta do município de Juazeiro do Norte, Ceará, em novembro de 2010.
Fonte: Elaborado pela autora
Das 21 amostras do município de Crato, cinco (25%) foram positivas para o DNA e nove (45%) para o RNAm de M. leprae (Figura 19).
Figura 19 – Frequência de DNA e RNAm de M. leprae nos quatro sítios de coleta do município de Crato, Ceará, em novembro de 2010.
Fonte: Elaborado pela autora
Sobral apresentou 14 (35%) amostras positivas para DNA e 15 amostras (37,5%) para RNAm de M. leprae de um total de 40 amostras (Figura 20).
Figura 20 – Frequência de DNA e RNAm de M. leprae nos oito sítios de coleta do município de Sobral, Ceará, em outubro de 2011.
Boa Viagem apresentou positividade para o DNA em 16 (47%) amostras das 34 analisadas e 14 amostras positivas para o RNAm (57,2%) de M. leprae (Figura 21).
Figura 21 – Frequência de DNA e RNAm de M. leprae nos sete sítios de coleta do município de Boa Viagem, Ceará, em setembro de 2012.
Fonte: Elaborada pela autora
Entre os sítios estudados, dois sítios de diferentes municípios apresentaram positividade para DNA e RNAm nas cinco amostras analisadas, sendo os sítios J4 de Juazeiro do Norte e B1 de Boa Viagem, respectivamente. Por outro lado, os sítios C4, S2 e B7 apresentaram baixa positividade como pode ser observado na figura 22.
Figura 22 – Amplificação da região gyrA referente ao DNA e RNAm de M. leprae em relação as cinco réplicas por sítios nos municípios Juazeiro do Norte, Crato, Sobral e Boa Viagem.
Fonte: Elaborada pela autora. Setas brancas: indicam 100% de positividade para DNA e RNAm; Setas verdes: indicam sítios de positividade mais baixas; e, Seta Vermelha: Indica ausência de positividade para ambos.
A amplificação dos ácidos nucleicos foi visualizada em gel de agarose 1% com obtenção do produto de 187pb referente ao gene girA do M. leprae (Figuras 23 e 24).
Figura 23 - Eletroforese em gel de agarose 1% para identificação do DNA de M. leprae com os pares de primers gyrA-Forward e gyrA-Reverse (Invitrogen) no ponto de coleta 6 do município de Sobral.
Fonte: Elaborada pela autora. Eletroforese em gel de agarose 1% (Invitrogen) de produtos de 187pb da amplificação do gene gyrA do M. leprae. Os poços 1 a 5 representam as amostras de águas ambientais. Os poços 1 e 5 representam as amostras que apresentaram positividade. Os poços 6 e 8 representam os controles positivo (CP) (biópsia de pacientes com hanseníase (1:2) e negativo (CN), respectivamente. O poço 7 contêm 6,0µL do marcador (M) de peso molecular de 100pb (Promega). Foto obtida por uso de transluminador de luz ultravioleta (ImageQuant GE HealthCare).
Figura 24 - Eletroforese em gel de agarose 1% para identificação do RNAm de M. leprae com os pares de primers gyrA-Forward e gyrA-Reverse (Invitrogen) no ponto de coleta 6 do município de Sobral.
Fonte: Elaborada pela autora. Eletroforese em gel de agarose 1% (Invitrogen) de produtos de 187pb da amplificação do gene gyrA do M. leprae. Os poços 1 a 5 representam as amostras de águas ambientais. Os poços 6 e 8 representam os controles positivo (CP) (biópsia de pacientes com hanseníase (1:2) e negativo (CN), respectivamente. Os poços identificados com ”M” contêm 6,0µL do marcador de peso molecular de 100pb (Promega). Foto obtida por uso de transluminador de luz ultravioleta (ImageQuant GE HealthCare).