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Preste Atenção às Habilidades Básicas

CAPITULO II: SINAIS DE ALERTA EM CASA E NA ESCOLA

2.5 Preste Atenção às Habilidades Básicas

Os investigadores também notam que a genética provavelmente jamais é a única causa de uma dificuldade de aprendizagem, e que atrasos significativos em leitura, escrita e aritmética aumentam o risco de fracasso escolar e abandono à escola. É por isso que, às vezes, as crianças que estão fazendo um lento progresso escolar são encorajadas a repetir o jardim de infância ou a primeira série. Os educadores desejam certificar-se de que as crianças obtêm a melhor base possível das habilidades básicas antes de avançarem para matérias mais complexas.

Portanto, a aquisição de habilidades básicas é, obviamente, uma questão de interesse para qualquer pai ou mãe.

O que muitos pais não percebem, porém, é que as escolas oferecem uma “janela de oportunidades” relativamente pequena para a aprendizagem dessas habilidades. Em uma escola típica, as habilidades básicas são, fundamentalmente, o que forma o currículo do jardim de infância à terceira série (tudo se encaixa na categoria de “enriquecimento”).

Contudo, da quarta à sexta série quantidades crescentes de matérias adicionais (ciências, saúde, estudos sociais, etc.) são introduzidas, e a instrução explicita de leitura é diminuída. A matemática começa a focalizar as operações complexas (como trabalho com frações e decimais, longas divisões e problemas com palavras) para os quais o conhecimento da aritmética básica é necessário.

A instrução escrita muda para temas de composição, e a competência com a gramática básica e o seu uso (pontuação, maiúsculas, etc.) é cada vez mais esperada do que ensinada. Isso significa que as crianças que não dominaram os fundamentos de escrita, de leitura e de aritmética na quarta série perderam substancialmente o barco da educação. Aos 09 ou 10 anos, Johnny pode estar pronto para aprender as habilidades básicas, apenas para descobrir que seus professores não estão mais ensinando isso.

Embora a instrução continue de habilidades básicas geralmente estejam disponíveis por meio de programas de educação de reforço e especial, esses programas nem sempre oferecem instrução com a intensidade de que os alunos necessitam ou o tempo e as oportunidades de que precisam para prática de

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novas habilidades. Se não oferecem isso, a lacuna entre as habilidades de Johnny e aquelas de seus colegas típicos começará a crescer.

Como resultado, Johnny irá tornar-se cada vez menos preparado para lidar com as matérias enquanto os anos passam, e considerará cada vez mais difícil manter o interesse pela escola. Esse cenário é a triste experiência de um grande número de estudantes com dificuldades de aprendizagem

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ambiente da sala de aula deve ser não só compreender como também experimentar por si mesmo o que significa pertencer a uma comunidade de aprendizagem.

A troca de letras acontece quando o dialeto da criança e também desde que ele está no ventre de sua mãe, ela nasce com a dificuldade de aprendizagem.

Por isso devemos trabalhar de várias maneiras onde ela possa sentir prazer em encontrar o seu próprio erro e descobrir que ela é um ser com muita capacidade de aprender sempre. A essência da educação é a aprendizagem sobre a vida mediante a participação e a relação em comunidade, incluindo não apenas as pessoas (sociedades, culturas). Mas também as plantas, os animais e a natureza em seu conjunto. Assim, os recursos primários são as vidas, as experiências, as relações, as questões e os interesses dos próprios aprendizes.

A troca de letras que é bilabiais e bidentais acontece com a falta de atenção da criança. À medida que a criança adquire experiências estes erros vão desaparecendo.

As crianças da Escola de Ensino Fundamental realmente testam regras. Uma vez que a maioria ainda não raciocina logicamente, recompensas concretas e conseqüências continuam sendo melhor meio de modificar seu comportamento, sua leitura e sua escrita.

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Mas consideramos necessário compreender que dificuldade ou problema de aprendizagem é o termo utilizado para designar desordens na aprendizagem de maneira geral, provenientes de fatores mais facilmente removíveis e não necessariamente das causas orgânicas.

Obviamente, um aluno que está apresentando dificuldades poderá necessitar de um atendimento psicológico ou de outra natureza, assim como de um atendimento pedagógico diferenciado. Isto em momento algum é negado. No entanto, é preciso, novamente, cautela ao identificar e encaminhar um aluno, pois as conseqüências de uma rotulação e de um encaminhamento indevido são lastimáveis.

Ao encaminhar crianças por estarem apresentando dificuldades, é preciso que vários fatores sejam analisados, entre eles: Maturidade, prontidão, inteligência geral, defeitos sensoriais, prejuízos motores, problemas emocionais e problemas pedagógicos.

Como vimos, é preciso ir além dos rótulos e classificações e buscar conhecer o aluno e compreender seu desempenho.

Eliminada à prática pedagógica e às condições sócio-econômicas do aluno sejam os determinantes da situação constatada, a suspeita inicial de uma professora deve ser investigada através de uma avaliação interdisciplinar, envolvendo avaliações psicológicas, pedagógicas e neurológicas.

Estes processos diagnosticam englobando diferentes avaliações devem ser abrangentes, possibilitando a coleta de dados diferenciados e complementares que se constituam em subsídios para a compreensão do desempenho do aluno. Um equívoco, como demonstra anteriormente. Em relação à definição de dificuldade ou problema de aprendizagem.

Com estas considerações, explicitamos um aspecto que julgamos importante para a clareza do conceito de distúrbios de aprendizagem: O fator neurológico.

As características dos indivíduos com distúrbios de aprendizagem, podem ser identificadas, de um modo geral, alguns mais comuns, com déficit de atenção, falhas no desenvolvimento.

Portanto, são nas estratégias cognitivas para a aprendizagem, dificuldades na habilidade motora, dificuldade perceptual e problemas no processamento da informação recebida, dificuldade na linguagem oral e escrita,

dificuldade na leitura, dificuldade em raciocínio matemático e comportamento social inadequado.

REFERÊNCIAS

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FRANÇA, C. Um novato na Psicopedagogia. In: Sisto, F. et al. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Petrópolis, RJ, vozes, 1996.

HERNÁNDEZ, Fernando. Pátio – julho/agosto. Ano VI nº 22, 2002.

MIRANDA, M. L. Crianças com problemas de aprendizagem na alfabetização:

contribuições da teoria piagetiana. Araraquara, SP.: JM editora, 2000.

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ROMERO, J. F. Os atrasos maturativos e as dificuldades de aprendizagem. In Coll. C. Palácios, J. Marchesi, A. Desenvolvimento psicológico e educação:

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RUBISTEIN, E. A especificidade do diagnóstico psicopedagógico. In: Sisto, F.

et.al. Atuação psicopedagógica escolar. Petrópolis, RJ, vozes, 1996.

SCOZ, B. Psicopedagogia e realidade escolar, o problema escolar e de aprendizagem. Petrópolis: vozes, 1994.

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