• Nenhum resultado encontrado

9.2 Prevalência das complicações segundo a antibioterapia

9.2.1- Dor

Da associação do antibiótico com a variável dor verificou-se não existir uma associação estatisticamente significativa, pelo que a terapêutica por antibiótico pode ser considerada independente da existência de dor.

Este resultado vai ao encontro da maioria dos estudos prospectivos e retrospectivos nomeadamente Poeschl et al.111, Sekhar et al.127, Capuzzi et al.75, Kaziro et al.146, Barclay 85, Happonen et al.118, Al-Asfour et al.113, Monaco et al.124, Kaczmarzyk et al. 141, Curran et al.116 e Siddiqui et al.140

Três estudos vão contra todos os trabalhos dos autores acima referidos: Hellem & Nordenram. 147, Bystedt & Nord. 148 e Bystedt et al. 149 Estes autores 147-149 estabeleceram associação estatísticamente significativa entre o antibiótico e a dor, ou seja, associaram a toma de antibiótico pós-operatório a menor dor, na cirurgia de terceiros molares.

Embora não se pronunciando concretamente na associação entre dor e antibiótico, mas sim na incidência de infecção pós-operatória entre grupos com e sem antibiótico, Mitchell 117 e Goldberg et al. 115 defenderam o uso de antibiótico pela redução significativa na incidência de infecção quando comparado com os grupos sem antibiótico. Piecuch et al. 120, em estudo retrospectivo, de 6713 dentes do siso, mostram que a antibioterapia sistémica reduz significativamente a incidência de infecção após a cirurgia de terceiros molares inclusos mandibulares.

Os aspectos que mais influenciam as diferenças de prevalência entre aqueles que não estabelecem qualquer associação entre antibiótico e dor e os que estabelecem, devem-se à metodologia de estudo, nomeadamente a composição da amostra ( sisos inclusos, parcialmente inclusos, existência de processos infecciosos

83 como pericoronarite no momento da extracção), dimensão da amostra, existência ou não de aleatoriedade, critério de dor, quantificação subjectiva ou objectiva, momento em que os doentes são observados para avaliação do parâmetro dor.

9.2.2 – Trismo

De acordo com o nosso estudo, houve uma associação estatísticamente significativa entre o antibiótico e o trismo, pelo que a terapêutica por antibiótico está associada ao trismo. Este resultado está em contradição com os estudos de Kaczmarzyk et al.141 onde não se verificaram diferenças estatísticamente significativas entre 3 grupos: um com clindamicina em dose única preoperatoriamente, outro com dose de clindamicina pre e pós-operatória, durante 5 dias e, por último, um grupo placebo.

Em inquérito realizado a doentes a propósito de complicações, ao fim de 7 dias, na cirurgia de terceiros molares inferiores, maioritariamente com osteotomia, mostrou que 72,9% dos doentes tinham grande dificuldade em abrir a boca. 150,151

Relativamente ao nosso trabalho, dos 31 indivíduos que apresentaram trismo a 14 foi prescrito antibiótico enquanto que a 17 não foi. Dos 31 indivíduos com trismo, cerca de 16 correspondem à extracção de dentes parcialmente inclusos e inclusos, os quais foram todos prescritos com antibiótico e que, mesmo assim, não evitou o aparecimento do trismo. Praticamente não se realizaram extracções de dentes parcialmente inclusos e inclusos que apresentassem trismo ao fim de uma semana, e aos quais não tivesse sido prescrito antibiótico. Por outro lado, da extracção dos 15 sisos erupcionados que resultaram em trismo, apenas 1 caso foi prescrito com antibiótico pós-operatório.

Hellem & Nordenram. 147 e McGregor & Addy. 152 mostraram, em seus estudos, menor trismo quando se recorreu ao antibiótico pós-operatório, na cirurgia de terceiros molares.

Siddiqui et al. 140 compararam vários grupos uns com antibiótico e outros sem e não encontraram diferenças estatisticamente significativas relativamente à incidência de trismo.

Contudo, Siddiqui et al. 140, à semelhança do nosso estudo, estabeleceram uma correlação estatisticamente significativa entre o estado do dente e a incidência de trismo. Assim, as inclusões profundas resultaram em mais trismo do que os sisos

erupcionados. Siddiqui et al. 140 atribuiram esta diferença ao maior trauma cirúrgico na extracção dos dentes inclusos. Baseados nas conclusões de Grossi et al.91 segundo o qual a perícia do cirurgião interfere no aparecimento de trismo, todos as cirurgias, do nosso estudo, foram efectuadas por alunos do 5º e 6ºano da Faculdade de Medicina Dentária do Porto. Por outro lado, e ainda segundo Grossi et al.91, os pacientes mais velhos têm maior risco de trismo, tal como as mulheres relativamente aos homens, os fumadores comparativamente aos não fumadores. Ora, o tabagismo não constitui critério de exclusão do nosso estudo. Finalmente, dentro do universo dos doentes que apresentaram trismo, muitos deles tinham idade superior a 35 anos, eram elementos do sexo feminino e provavelmente fumadoras. Tal facto poderá explicar a percentagem de trismo da nossa amostra e a razão de que antibioterapia por si só não permitiu impedir a complicação trismo.

9.2.3 - Alveolite

A toma de antibiótico é independente da existência de alveolite.

Este resultado coincide com o resultado de Barclay 85, os quais compararam metronidazole versus placebo, no que respeita à incidência de alveolite, em pacientes com história de pericoronarite, em estudo aleatório e controlado.

Todavia, Monaco et al. 124 não detectaram diferença estatisticamente significativa entre um grupo com antibiótico e outro sem antibiótico em relação à incidência de alveolite.

Kaczmarzyk et al. 141 avaliaram a osteíte alveolar em 3 grupos:dose única de clindamicina pre-operatoriamente; clindamicina pré-operatória mais cinco dias de pós- operatório e um grupo placebo. Entre os três grupos, estes autores, à semelhança dos resultados por nós encontrados, não revelaram qualquer associção estatisticamente significativa entre antibioterapia e a incidência de alveolite assim como não identificaram qualquer associação entre o estado do dente e a incidência de alveolite.

Sekhar et al.127 e Bergdahl & Hedstrom.153 não encontraram diferenças estatíticamente significativas em estudos prospectivos, em que compararam o uso sistémico perioperatório de metronidazole com o uso sistémico de placebo relativamente à incidência de alveolite. Verificaram que a incidência de alveolite foi a a mesma em ambos os grupos. Também Reekie et al. 154, em estudo duplamente cego,

85 não encontraram diferença estatisticamente significativa entre o grupo metronidazole e o grupo placebo. Siddiqi et al.140 apenas identificaram um caso de alveolite( não havendo igualmente diferença estatisticamente significativa ) em estudo clínico com 2 grupos. Um com antibiótico de toma única no dia da cirurgia. O segundo grupo com antibiótico iniciado no dia da cirurgia que continuou depois durante mais 5 dias

Kaziro 146 comparou em estudo duplamente cego e aleatório, três grupos. Um com metronidazole, outro com um fármaco homeopático e outro com placebo relativamente às variaveis dor, trismo, tumefacção e alveolite. Não encontraram diferenças estatisticamente significativas.

Contrariamente a todos os autores referidos acima, Krekmanov & Hollander.155, em ensaio clínico aleatório, não cego, compararam penicilina com um grupo de controlo, observando a incidência de alveolite apenas. Neste estudo, o grupo da penicilina com escopolamina resultou numa menor incidência de alveolite.

Delilbasi et al.156 mostraram uma redução significativa na incidência de alveolite num grupo em que foi administrado amoxicilina 500mg com ácido clavulânico 125mg, duas vezes por dia, durante 5 dias, pós-cirurgia. Esta redução foi estatísticamente significativa. As críticas a este estudo afirmaram que não foi apenas a variável antibiótica testada, dado que o grupo antibiótico esteve asociado a bochechos de clorohexidina.

Está documentado a redução da alveolite, em trabalhos científicos, como os de Hall et al.157 através da aplicação intra-alveolar de tetraciclina após a cirurgia; Goldam et al. 158 pela colocação de espuma de gel de lincomicina e penicilina tópica no alvéolo dentário; Rood & Murgatroud.143 recorreram uso sistémico do metronidazole e Bystedt et al.149 à utilização sistémica de eritromicina. Parece, no entanto, que mais importante do que o antibiótico, a alveolite depende do género, da idade, do trauma, do tabagismo, da pericoronarite, irrigação inadequada e do uso de anestésico. 66,67,68

9.2.4 - Tumefacção

No teste de associação de antibiótico vs tumefacção para cada estado de dente e com recurso ao teste exacto de Fisher, verificou-se não existir associação estatísticamente significativa da tumefacção e a toma de antibiótico para terceiros molares extraídos em estado de raízes, parcialmente inclusos e inclusos.

No entanto, dos dentes onde se registou a maior prevalência de tumefacção (parcialmente inclusos e inclusos), verificamos que, de 24 dentes parcialmente inclusos prescritos com antibiótico, 37,5% apresentaram tumefacção. Do mesmo modo, de 89 dentes inclusos prescritos com antibiótico, 43 apresentaram tumefacção. De acordo com estes resultados, a tumefacção não foi menor quando se utilizou antibiótico pós- operatóriamente.

Foi, todavía, no teste de associação do qui-quadrado entre a terapêutica com antibiótico e a prevalência de tumefacção que o resultado do nosso estudo se revelou discrepante com a literatura. A maioria dos estudos 116,124,127140,141, ao contrário do nosso, não mostra associação estatísticamente significativa entre antibiótico e tumefacção. Tal resultado, no nosso trabalho, parece dever-se por um lado à composição da amostra, em que a média de idades dos doentes é superior a 30 anos, acima da média de idades referida na literatura, sendo um factor íntimamente associado a maior tumefacção. Por outro lado, os sisos inclusos, na nossa amostra, grupo onde a tumefacção é mais prevalente, dizem respeito a sisos que não se encontram erupcionados e que poderão ser desde um siso submucoso e de fácil extracção até um siso verdadeiramente incluso com um elevado grau de dificuldade de extracção e, por isso, com tempos cirúrgicos mais longos. Para além disso, praticamente todos os sisos inclusos que deram origem à complicação tumefacção foram prescritos com antibiótico. Seria necessário avaliar a mesma variável tumefacção com um grupo de sisos inclusos sem antibiótico, em tudo semelhantes aqueles que tiveram antibiótico (grau de inclusão similar, tempo cirúrgico semelhante, idades dos pacientes similares), e que resultassem em tumefacção, o que não aconteceu.

87

CONCLUSÃO

Relativamente ao nosso trabalho podemos tirar as seguintes conclusões:

1) A prevalência de complicações pós-operatórias em pacientes submetidos a cirurgia de terceiros molares e aos quais foi administrado antibiótico pós- operatoriamente foi de 47%.

2) A prevalência de complicações pós-operatórias em pacientes submetidos a cirurgia de terceiros molares e aos quais não foi administrado antibiótico pós- operatoriamente foi de 26,1%.

3) A dor pós-extracional foi a complicação que predominou nos dentes erupcionados e no estado de raízes.

4) A terapêutica com antibiótico é independente da existência de dor.

5) A dor está mais associada à extracção de dentes parcialmente inclusos e inclusos.

6) A terapêutica com antibiótico está associada com a existência de tumefacção pós-extracional.

7) A tumefacção está fortemente associada à extracção de dentes parcialmente inclusos e inclusos.

8) A terapêutica com antibiótico é independente da existência de alveolite.

9) A alveolite não está associada ao estado do dente extraído.

10) A terapêutica com antibiótico está associada a trismo pós-extracional.

11) O trismo está associado ao estado do dente extraído, particularmente sisos inclusos e parcialmente inclusos.

89

BIBLIOGRAFIA

1- Escoda C, Aytés L. Cirurgia Bucal. 1ºEdição. Barcelona.1999

2- Donado M. Cirugia Bucal – Patologia e Técnica. 3º Edição. Barcelona. 2005

3- Rantanen AV. The Age of eruption the third molar teeth. Acta Odontol Scand 1967; 25 Suppl 1:48.

4- Engstrom C, Engstrom H, Sagne S. Lower third molar development in relation to skeletal maturity and chronological age. Angle Orthod 1983; 53:97-106.

5- Richardson ER, Malhotra SK, Semenva K. Longitudinal study of three views of mandibular third molar eruption in males. AM J Orthod 1984; 86:119-29

6- Richardson, ME. The effect of mandibular first premolar extraction on third molar space. Angle Orthod 1989;59:291-4.

7- Miloro M, Ghali G.E, Larsen P, Waite P. Peterson´s principles of Oral and Maxillofacial Surgery: 2nd edition.2004

8- Richardson ME. Pre-Eruptive movements of the mandibular third molar. Angle Orthod 1978;48:187-93.

9- Ng F, Bums M, Ken WJS. The impacted lower third molar and its relationship to tooth size and arch form. Eur J Orthod 1986;8:254-8

10- Forsberg CM. Tooth size, spacing, and crowding in relation to eruption or impaction of third molars. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1988;94:57-62

11- Ingibjorg S. Benediktsdóttir, Ann Wenzel, Jens K. Petersen, Hanne Hintze. Mandibular third molar removal:Risk indicators for extended operation time, postoperative pain, and complications. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2004; 97:438-46

12- Norholt, S. Treatment of acute pain following removal of mandibular third molar:use of the dental pain model in pharmacological research and development of a comparable animal mode. J Oral Maxillofac Surg 1998;27(1):1-41

13- NIH. Consensus Development Conference on Removal of the Third Molars. J Oral Surg 1980;38:235-6

91 14- Peterson LJ, Ellis E, Hupp JR, Tucker MR. Contemporary oral and maxillofacial

surgery. St Louis: Mosby; 1993. P. 237-42

15- Lopes V: Third molar surgery. Br J Oral Maxillofac Surg 33: 395, 1995.

16- Baykul T, Saglam AA, Aydin U, Basak K. Incidence of cystic changes in radiologically normal impacted lower third molar follicles. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2005;99:542-5

17- Guven O, Keskin A, Akal UK. The incidence of cysts and tumours around impacted third molars. Int J Oral Maxillofac Surg 2000;29:131-5

18- Silvestri A, Singh I. The unresolved problem of the third molar. Would people be better off without it? J Am Dent Assoc. 2003; Vol 134, No 4:450-455

19- Stephen A, Pittman J. Third-molar removal patterns in an insured population. J Am Dent Assoc. 2001; Vol 132, No 4:469-475

20- Adeyemo L. Do pathologies associated with impacted lower third molars justify prophylactic removal? A critical review of the literature. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2006;102(4):448-52

21- Werkmeister R, Fillies T, Joos U, Smolka K. Relationship between lower wisdom teeth position and cyst development, deep abscess formation and mandibular fracture. J Craniomaxillofac Surg 2005;33:164-8

22- Gutiérrez-Pérez: Infecciones del Cordal. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 9: S 120- 5, 2004.

23- Leone SA, Edenfield MJ, Cohen MF. Correlation of acute pericoronitis and the position of the mandibular third molar. Oral Surg 1986;62:245-50

24- Archer WH. Oral and Maxillofacial surgery. 5th edition. Philadelphia:WB Saunders, 1975.

25- Punwutikorn J, Waikakul A, Ochareon P: Symptoms of unerupted mandibular third molars. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 87: 305-10, 1999.

26- Peltroche – Llacsahuanga H, Reichart E, Scmitt W, Lütticken R, Haase G: Investigation of infectious organisms causing pericoronitis of the mandibular third molar. J Oral Maxillofac Surg 58: 611-6, 2000.

27- Lysell L, Roblin M. A study of indications used for removal of the mandibular third molar Int J Oral Maxillofac Surg 1988;17:161-4

28- Nordenram A, Hultin M, Kjellman O, Ramstrom G. Indications for surgical removal of the mandibular third molar. Swed Dent J 1987;2:23-9

29- Stanley HR, Alattar M, Collett WF, et al. Pathological sequelae of “neglected” impacted third molars. J Oral Pathol 1988;17:113-7

30- Von Wowern N, Nielsen HO. The fate of impacted lower third molars after the age of 20. Int J Oral Maxillofac Surg 1989;18:277-80

31- Schroeder DC, Cecil JC III, Cohen ME. Retention and extraction of third molars in naval personnel. Mil Med 1983;148:50-3

32- Bruce RA, Frederickson GC, Small GS. Age of patients and morbidity associated with mandibular third molar surgery. J Am Dent Assoc 1980;101: 240-5

33- Lopes da Silveira JO, Cauduro FS, Wagner JE, Farina JA. Autogenous transplantation of impacted maxillary canines. Oral Surg 1989;68:697-700

34- Blakey G, White R, Offenbacher S, Delano E, Maynor G. Clinical/biological outcomes of treatment for pericoronitis. J Oral Maxillofac Surg 1996;54:1150-1160

35- Keith DA. The detection of abnormalities in the jaws-a survey. Br Dent J 1973;134:129-35

36- Alattar MM, Baughman RA, Collett WK. A survey of panoramic radiographs for evaluation of normal and pathologic findings. Oral Surg 1980;50:472-8

37- Mourshed F. A roenthgenographic study of dentigerous cyst. Oral Surg 1964;18:47- 53

93 38- Osborn TP, Frederickson G Jr.; Small IA, Torgerson TS. A prospective study of complications related to mandibular third molar surgery. J Oral Maxillofac Surg 1985;43:767-9

39- Chiapasco M, Cicco L D, Marrone G. Side effects and complications associated with third molar surgery. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1993;76:412

40- Rakprasitkul S. Pathologic changes in the pericoronal tissues of unerupted third molars. Quintessence Int 2001; 32:633-8

41- Yasuoka T, Yonemoto K, Kato Y, Tatematsu N. Squamous cell carcinoma arising in a dentigerous cyst. J Oral Maxillofac Surg 2000;58:900-5

42- Shimoyama T, Ide F, Horie N, Kato T, Nasu D, Kaneko T, et al. Primary intraosseous carcinoma associated with impacted third molars of the mandible: review of the literature and report of a new case. J Oral Sci 2001;43:287-92

43- Shear M, Shigh S. Age-standardized incidence rates of ameloblastoma and dentigerous cyst on the Witwatersrand, South Africa. Comm Dent Oral Epidemiol 1978;6:195-9

44- Regezi JA, Kerr DA, Courtnex RM. Odontogenic tumours: analysis of 706 cases. J Oral Surg 1978;36:771-8

45- White RP Jr: Third molar oral inflammation and systemic inflammation. J Oral Maxillofac Surg 63:5, 2005 (Suppl 1)

46- Safdar N, Meechan JG. Relationship between fractures of the mandibular angle and the presence and state of eruption of the lower third molars. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 1995;79:680-4

47- Yamada T, Sawaki Y, Tohnai L, et al. A study of sports-related mandibular angle fracture: relation to the position of the third molars. Scand J Med Sci Sports 1998;8:116-9.

48- Tevepaugh DB, Dodson TB. Are mandibular third molars a risk factor for angle fractures? A retrospective cohort study. J Oral Maxillofac Surg 1995;53:646-9

49- Miloro M, Halkias LE, Slone HW. Chakeres DW. Assessment of the lingual nerve in the third molar region using magnetic resonance imaging. J Oral Maxillofac Surg 1997;52:134-7

50- Boloux G, Steed M, Perciacante V. Complications of third molar surgery. Oral Maxillofac Surg Clin North Am, 2007; 19(1):117-28, vii.

51- Schwimmer A, Stern R, Kritchman D. Impacted third molars: a contributory factor in mandibular fractures in contact sports. Am J Sports 1983;11:262-6

52- Ugboko VI, Oginni FO, Owotade FJ. An investigation into the relationship between mandibular third molars and angle fractures in Nigerians. Br J Oral Maxillofac Surg 2000;38:427-9

53- Seward GR. Surgical Removal of third molars. Each case needs careful thought. BMJ 1994;309:1302

54- Van Gool VV, Ten Bosch JJ, Boering G. Clinical consequence of complaints and complications after removal of the mandibular third molar. Int J Oral Surg 1977;6:29

55- Zeitler D L. Prophylactic antibiotics for third molar surgery: A dissenting opinion. J Oral Maxillofac Surg 1995; 53: 61-66

56- Nickel Alfred A Jr : A retrospective study of paresthesia of the dental alveolar nerves: Anesth Prog 1990, 37 (1):42-5.

57- Renton T, Smeeton N, Mc Gurk M: Factors predictive of difficulty of mandibular third molar surgery . Br Dent J 190: 607, 2001.

58- Gulicher D, Gerlach KL. Sensory impairment of the lingual and inferior alveolar nerves following removal of impacted mandibular third molars. Int J Oral Maxillofac Surg 2001;30:306-12

59- Kipp DP, Goldstein BH, Weiss WW Jr. Dysesthesia after mandibular third molar surgery: a retrospective study and analysis of 1,377 surgical procedures. J Am Dent Assoc 1980;100:185-92

95 60- Rood JP, Shehab BA. The radiological prediction of inferior alveolar nerve injury

during third molar surgery. Br J Oral Maxillofac Surg 1990;28:20-5

61- Rud J. Third molar surgery: relationship of root to mandibular canal and injuries to the inferior dental nerve. Danish Dent J 1983;87:619-31

62- Smith AC, Barry SE, Chiong AY, Hadzakis D, Kha SL, Mok SC, et al. Inferior alveolar nerve damage following removal of mandibular third molar teeth. A prospective study using panoramic radiography. Aust Dent J 1997;42:149-52

63- Valmaseda-Castellon E, Berini-Aytes L, Gay-Escoda C. Inferior alveolar nerve damage after lower third molar surgical extraction: a prospective study of 1117 surgical extractions. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2001;92:377-83

64- Wofford DT, Miller RI. Prospective study of dysesthesia following odontectomy of impacted mandibular third molars. J Oral Maxillofac Surg 1987;45:15-9

65- Ziccardi VB, Zuniga JR. Nerve injuries after third molar removal. Oral Maxillofac Surg Clin North Am. 2007;19:105-15

66- Noroozi A, Philbert R. Modern concepts in understanding and management of the “dry socket” syndrome: comprehensive review of the literature. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2009;107:30-35

67- Blum IR. Contemporary views on dry socket (alveolar osteitis): a clinical appraisal of standardization, aetiopathogenesis and management: a critical review. Int J Oral Maxillofac Surg .2002;31:309-17

68- Awang M. The aetiology of dry socket: a review. Int Dent J 1989;39:236-40

69- Swanson AE. A double-blind study on the effectiveness of tetracycline in reducing the incidence of fibrinolytic alveolitis. J Oral Maxillofac Surg 1989;47:165-7

70- Sweet JB, Butler DP: The Relaionship of smoking to localized osteitis. J Oral Surg 37: 732, 1979.

71- de Boer MP, Raghoebar GM, Stengenga B, Schoen PJ, Boering G. Complications after mandibular third molar extraction. Quintessence Int 1995;26:779-84

72- Garcia AG, Grana PM, Sampedro FG, et al : Does Oral contraceptive use affect the incidence of complications after extraction of a mandibular third molar? Br Dent J 194: 453, 2003.

73- Waite P, Sittitavornwong S, Holmes J, Klapow J. The necessity of routine clinic follow-up visits after third molar removal. J Oral Maxillofac Surg 63:1278-1282, 2005

74- Chuang SK, Perrott DH, Susarla SM, et al: Age as a risk factor of a third molar surgery complications. J Oral Maxillofac Surg 65 : 1685, 2007.

75- Capuzzi P, Montebugnoli L, Vaccaro MA. Extraction of impacted third molars. A longitudinal prospective study on factors that affect postoperative recovery. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1994;77:341-3

76- Chiapasco M, Crescentini M, Romanoni G. Germectomy or delayed removal of mandibular impacted third molars: the relationship between age and incidence of complications. J Oral Maxillofac Surg 1995;53:418-22

77- Black CG. Sensory impairment following lower third molar surgery: a prospective study in New Zealand. New Zeal Dent J 1997;93:68-71

78- Benediktsdottir IS, Wenzel A, Petersen JK, et al: Mandibular third molar removal: Risk indicators for extended operation time, postoperative pain, and complications. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 97:438, 2004.

Documentos relacionados