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Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e nutrição

VAMOS REFLETIR!

Seção 3 - LINHAS DE CUIDADO DA ATENÇÃO À CRIANÇA

3.4 Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e nutrição

3.4 Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e

executada em parceria com a Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar. A Estratégia Nacional tem como propósito incentivar o aleitamento materno e fortalecer as ações de promoção à alimentação complementar saudável, a partir dos trabalhos das equipes de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), como atividade de rotina nos serviços de saúde.

Para a materialização dessa estratégia de educação alimentar, deve-se investir na sensibilização das famílias, comunidade e trabalhadores da área de educação, na comunicação e na capacitação de profi ssionais da saúde, especialmente dos inseridos na atenção primária, enfatizando as orientações nutricionais nos primeiros anos de vida, contemplando a formação de hábitos alimentares saudáveis desde a infância, com a introdução da alimentação complementar e de qualidade em tempo oportuno, respeitando a identidade cultural e alimentar das regiões onde se trabalha.

Acesse o endereço: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/

deftohtm.exe?siab/cnv/SIABSMS.def

Verifi que se em seu município há diagnóstico de desnutrição infantil, em crianças menores de 1 ano. Estas ações precisam ser realizadas com periodicidade, avalie a qualidade da atenção que sua equipe vem desenvolvendo.

3.4.1 Prevenção dos Agravos Relacionados à Alimentação e à Nutrição

As ações de saúde deverão focar com prioridade máxima a prevenção e o controle dos desvios alimentares e nutricionais, por constituírem as condutas mais efi cazes para interromper a evolução do sobrepeso, obesidade, diabetes mellitus, anemia por carência de ferro, doenças cardiovasculares e afecções neoplásicas, entre outras.

3.4.2 Redução da anemia por carência de ferro

A anemia por carência de ferro merece destaque. A fortifi cação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico, a orientação nutricional e o Programa Nacional de Suplementação de Ferro (Saúde de Ferro), lançado pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº. 730, de 13 de maio de 2005, constituem o conjunto de estratégias voltadas para o controle e redução da anemia por defi ciência de ferro.

O Programa consiste na suplementação medicamentosa preventiva de ferro para crianças de 6 a 18 meses de idade, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres até o 3º mês pós-parto ou pós-aborto. Os suplementos (sulfato ferroso xarope, sulfato ferroso comprimido) devem ser distribuídos às unidades de saúde que conformam a rede do SUS em todos os municípios, de acordo com o número de crianças e mulheres que atendam ao perfi l de sujeitos da ação do programa.

3.4.3-Combate à defi ciência de iodo

O combate à defi ciência do iodo também faz parte da estratégia da promoção da alimentação, no sentido de garantir que todo sal para consumo humano e animal seja enriquecido com iodato de potássio, para o qual serão sistematizadas e implementadas, por regulamentação da Portaria nº. 2.362, de 01 de dezembro de 2005, medidas contínuas de controle da adição, através de parcerias com a Vigilância Sanitária e orientações à população sobre o armazenamento correto do sal para a conservação do teor de iodo adicionado a ele.

Concluindo, na abordagem da alimentação, não se podem ignorar os aspectos culturais e a falta de informação da população sobre esse tema, quesito fundamental para se ter saúde com qualidade e conquistar a cidadania. As práticas e opções das mães e familiares, na escolha dos alimentos dos bebês, estão

cerceadas por crenças, tabus, mitos, aspectos religiosos, entre outros fatores. Desse modo, as opções alimentares das populações sinalizam que estão muito mais vinculadas aos fatores culturais, às exigências tradicionais das suas famílias do que às próprias necessidades de saúde. Esse fato se confi gura em um dos grandes desafi os para o SUS.

3.5 Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento/ACD O crescimento e o desenvolvimento infantil são eixos referenciais para todas as atividades de atenção à criança e ao adolescente sob os aspectos biológico, afetivo, psíquico, social e cultural. Representa uma das estratégias efi cientes adotadas pelo Ministério da Saúde, a partir de 1984, visando fortalecer os serviços de saúde na atenção à criança. O ACD compõe as cinco ações básicas de saúde que possuem comprovada efi cácia (promoção do aleitamento materno, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, imunizações, prevenção e controle das doenças diarreicas e das infecções respiratórias agudas).

Esse conjunto de ações constitui o centro da atenção a ser prestada em toda a rede básica de serviços de saúde.

Elas são executadas a partir de normas técnicas, protocolos, instrumentos operacionais e da capacitação de recursos humanos. O Ministério da Saúde lançou no ano de 2010 uma caderneta editada, contemplando os gêneros (Caderneta da Menina e Caderneta do Menino). A Caderneta da Criança é uma ferramenta de trabalho da equipe de saúde e instrumento de avaliação da Saúde da Criança. As informações e gráfi cos por ela fornecidos representam uma base importante para os serviços para monitorar a saúde da criança, além das orientações destinadas à família. São elas:

Identifi cação do recém-nascido - se tiver Posto de Registro

anotar dados sobre gravidez, parto e puerpério, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, vacinação, intercorrências clínicas e tratamentos efetuados; orientar quanto à alimentação saudável, suplementação profi lática de ferro e vitamina A e direitos da criança; fazer gráfi co de peso x idade, de altura x idade e de perímetro cefálico.

Acessar: Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 Anos: www.

saude.gov.br/alimentação

O acompanhamento da criança pela equipe da Atenção Primária, fazendo uso da Caderneta da Criança, conforme preconiza o Ministério da Saúde, permite o desenvolvimento de ações que podem prevenir uma série de problemas e agravos à saúde infantil, bem como proporcionar supervisão e reorganização das ações de promoção, prevenção e educação em saúde para mães e comunidade. Toda a equipe de saúde deve estar apta a realizar esse acompanhamento, identifi cando crianças de risco, fazendo visita domiciliar e busca ativa de crianças faltosas ao calendário de ACD, a fi m de detectar e abordar adequadamente as alterações na curva de peso e no desenvolvimento neuropsicomotor da criança.