PARTE I. Foram procedimentos metodológicos da pesquisa
1. Primeira Fase metodológica
1.1.Subfase – Análise da documentação produzida pelo Ministério de Trabalho e Emprego.
A respeito do Programa de Aprendizagem, o MTE tem produzido informativos, boletins, cartilhas, manuais, sugestões de conteúdo para a
formação, relatórios etc. Não se tem uma informação precisa sobre a quantidade dessas publicações; assim, analisamos todos os documentos disponíveis na página web do Ministério sobre o Programa estudado42. Esses documentos foram:
Conteúdos para os cursos: {Formação Humana e Científica}; Fóruns da Aprendizagem Profissional;
Acordos de Cooperação Técnica – Plano de Curso; Potencial de Contratação: Brasil e estados;
Manual da Aprendizagem;
I Conferência Nacional da Aprendizagem Profissional:
Criação do Fórum Nacional da Aprendizagem Profissional; Selo Parceiros da Aprendizagem – Extrato da Portaria do
Selo; Conferência – Programação da I Conferência (realizada entre 24 e 26/11/2008). Palestras e Painéis.
Consulta Pública: Anteprojeto de Lei da Aprendizagem Profissional; Parceiros;
Termos de Cooperação Técnica;
Entidades contempladas com o certificado “Parceiros da Aprendizagem 2010”;
Acesso ao Relatório Entidade Qualificador por Aprendizes;
Observatório do Mercado de Trabalho Nacional – acesso aos boletins da Aprendizagem.
Outras informações foram acessadas através do Cadastro Nacional de Aprendizagem (CNA). Este é um sistema do MTE destinado à inscrição das instituições qualificadoras que também disponibiliza, para consulta, dados relacionados com: estado, município, ocupação (arco ocupacional, código brasileiro de ocupação), instituição qualificadora, nome fantasia, curso e data de validade do curso.
1.2. Segunda fase metodológica – Elaboração para o estudo do Programa de Aprendizagem.
1.2.1.Critério de escolha da instituição.
42
Estas publicações foram consultadas na página do Ministério, link “Publicações” http://www3.mte.gov.br/geral/publicacoes.asp (data de acesso: 25.10.2014).
Partindo do que estabelece o Art. 8 do Decreto nº 5.598/2005 para as entidades qualificadas em formação técnica-profissional metódicas, segue abaixo aquelas que se configuram como instituições qualificadas:
Serviços Nacionais de Aprendizagem; Escolas técnicas de educação;
Entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e a educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Com estas informações, acessamos o Cadastro Nacional da Aprendizagem (CNA) que disponibilizou para consulta, os cursos validados por estado, município, por ocupação (arco ocupacional, código brasileiro de ocupação), instituição qualificadora, curso, nome fantasia e data de validade do curso.
Os dados disponíveis em 27/10/2014 demostraram 99 instituições qualificadoras com seus cursos validados 43.
1.2.2.Corte investigativo sobre a instituição qualificada.
Do universo das 99 instituições qualificadas, 42 são Escolas Técnicas e 57 entidades sem fins lucrativos. Dentro deste universo traçamos uma linha de corte investigativo a partir dos seguintes critérios e definimos a instituição qualificada para a pesquisa:
1º Critério: identificadas como entidades qualificadas sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
43
Esses dados, entretanto, não disponibilizam os cursos validados pelos Serviços Nacionais de Aprendizagem (Sistema “S”) – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR); Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT); Serviço Nacional de Cooperativismo (SESCOOP).
Justificativa: a dimensão da assistência proposta por estas entidades sem fins lucrativos insere-se no conjunto de reflexão que propomos para análise da pesquisa.
2º Critério: aquelas com, no mínimo, três cursos.
Justificativa: possibilidade de ter um maior número de aprendizes.
3º Critério: instituições com participação e certificações elencadas: CEBAS – Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social44 –
Resolução 159 de 19/11/2003 – DOU de 21/11/2003 –Seção 1; COMAS – Conselho Municipal de Assistência Social45– nº 48/2002 de 24/10/2002. Justificativa: são instituições qualificadas com critérios consoantes aos exigidos pelos órgãos responsáveis por estas certificações, indicando a qualidade na qualificação, formação e assistência.
44 CEBAS – A certificação de entidades beneficentes de assistência social está prevista na Lei
nº 12.101, de 30 de novembro de 2009, e no Decreto nº 7.237, de 20 de julho de 2010. É um requisito para a isenção de contribuições para a seguridade social, pode ser concedida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social, com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação. A certificação é concedida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para entidades que tenham atuação preponderante na área de assistência social, e pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde, para entidades com atuação preponderante nas áreas de educação e saúde. A análise dos pedidos de certificação das entidades com atuação na área de assistência social é realizada seguindo a ordem em que os pedidos foram protocolados. A validade da certificação é de três anos e, após a primeira concessão, a entidade deve solicitar a renovação seis meses antes do vencimento da certificação anterior. Ao protocolar o pedido de renovação dentro do prazo, a entidade assegura a continuidade dos efeitos da certificação até a publicação da nova decisão.
(Fonte:http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/entidades-de-assistencia-social/certificacao-de- entidades-beneficentes-de-assistencia-social/ Nov. 2014)
45 COMAS – O CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE SÃO PAULO –
COMAS-SP é o órgão colegiado, de composição paritária entre governo e sociedade civil, deliberativo, normativo e fiscalizador da Política de Assistência Social, diretamente vinculado à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS. Esta Secretaria é o órgão gestor da política, responsável por sua elaboração e execução no âmbito do Município, sob os balizamentos constitucionais e legais que regem a Política Nacional de Assistência Social. A SMADS, o COMAS-SP e as organizações socioassistenciais integram no Município de São Paulo o Sistema Único de Assistência Social – SUAS – de âmbito nacional. O Conselho composto de 18 representantes da Sociedade Civil e 18 do Poder Público, com mandato de dois anos, foi criado pela Lei 12.524/97 e regulamentado pelos Decretos 38.877/99 e 40.531/01. A posse dos primeiros conselheiros ocorreu em 31 de março de 2000. Competências – Fixar normas para inscrição das entidades/organizações de assistência social no âmbito municipal. (Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br/ Nov. 2014).
4º Critério: instituição que esteja localizada na região da zona norte de São Paulo.
Motivo: acessibilidade, proximidade e custo de locomoção para a pesquisa.
Seguindo os critérios estabelecidos, definimos uma instituição qualificada:
Instituição Qualificada
Natureza – entidade sem fins lucrativos
Razão Social – Centro Estadual de Apoio Profissional ao Adolescente (CEAPA).
1.2.3.Fase metodológica – Estudo com os jovens aprendizes.
Definimos a abordagem com os jovens aprendizes como instrumento de coleta de dados o – grupo de discussão e reflexão para a coleta de dados dos jovens aprendizes. Esta estratégia favoreceu a discussão entre os componentes do grupo, momento capaz de facilitar a expressão das características individuais e coletivas e a emergência de questões importantes para a análise da pesquisa. O grupo foi de oito jovens conforme segue:
Jovens de início de contrato (14 a 24 anos – homens e mulheres – empresas de médio porte ou grande porte e instituições financeiras privadas ou públicas).
Jovens de meio de contrato (14 a 24 anos – homens e mulheres – empresas de médio porte ou grande porte e instituições financeiras privadas ou públicas).
Jovens de final de contrato (14 a 24 anos – homens e mulheres – empresas de médio porte ou grande porte e instituições financeiras privadas ou públicas).
Parte II. Análise dos dados.