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CAPÍTULO 3: Resposta hormonal e comportamental dipsogênica altera-se em função

5.2 Privação hídrica em fêmeas

5.2.1 Respostas comportamentais induzidas pela restrição hídrica (24 e 48 horas)

Na figura 11 estão sendo apresentados os dados sobre a ingestão acumulativa de líquidos no tempo do experimento das fêmeas após privação hídrica nas idades de 2 (A), 6 (B), 9 (C), 12 (D) e 18 (E) meses. Em todas as idades avaliadas, as fêmeas na condição de restrição hídrica beberam mais água do que as fêmeas normoidratadas (Condição hídrica: 2 meses: F1;23= 45,960; p<0,00001; interação

Tempo x Condição hídrica: 6 meses: F5;115= 8,573; p<0,00001; 9 meses: F5;115=

10,722; p<0,00001; 12 meses: F5;105= 15,387; p<0,00001; 18 meses: F5;80= 11,884;

desidratadas foi maior do que das ratas normoidratadas (interação Tempo x Condição hídrica: 2 meses: F2;46= 4,754; p<0,05; 6 meses: F2;46= 7,815; p<0,01; 9 meses: F2;46=

10,071; p<0,001; Condição hídrica: 12 meses: F1;21= 47,192; p<0,00001; 18 meses:

F1,16= 18,096; p<0,001; Fig 1A, B, C, D e E).

Foi observado que aos 2, 6 e 9 meses de idade, as fêmeas possuem um perfil de ingestão maior de salina do que de água, sendo significativamente diferente aos seis meses, quando observou-se que as fêmeas submetidas a privação hídrica beberam mais salina do que água (Interação Tempo x Tipo de líquido: F2;92= 7,360;

p<0,01; Fig 11B), no entanto, este comportamento torna-se igual aos 12 meses e oposto aos 18 meses de idade, em que as fêmeas beberam mais água do que solução salina aos 80 minutos, 100 minutos e 120 minutos (Interação Tempo x Tipo de líquido: F2;32= 4,365; p<0,05; Fig 11E). Fêmeas 6 meses Tempo (min) 20 40 60 80 100 120 0 2 4 6 Controle-Água Privação-Água Controle-SS # * * * # # Privação-SS B * * * Fêmeas 12 meses Tempo (min) 20 40 60 80 100 120 0 2 4 6 Controle-Água Privação-Água Controle-SS # * * * # # Privação-SS D * * *

Figura 11: Ingestão de água e solução salina isotônica das fêmeas após a privação hídrica de 24h nas idades de 2 meses (A), 6 meses (B), 9 meses (C), 12 meses (D) e 18 meses (E). Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, * p < 0,05, na ingestão de água comparando as fêmeas controles com as que estiveram submetidos a desidratação de 24h, # p < 0,05, na ingestão de salina comparando as fêmeas em privação hídrica, ɸ p < 0,05, nas fêmeas que estiveram em privação hídrica comparando ingestão de água e salina, ↓ indica o momento em que foi apresentada a salina. O n para as fêmeas controles nas idades de 2, 6, 9, 12 e 18 meses foram respectivamente os seguintes: 12, 12, 12, 11 e 9; e para as submetidas a privação hídrica foram respectivamente os seguintes: 13, 13, 13, 12, e 9.

Na figura 12 se apresenta a ingestão de água e salina das fêmeas de 3 meses e 18 meses de idade, submetidas a privação hídrica por 48 horas. As fêmeas que foram submetidas a privação hídrica tanto de 3 como de 18 meses beberam mais água do que as fêmeas de 3 e 18 meses controles (Interação Tempo x Condição hídrica: F5;125= 12,882; p<0,00001). No final do experimento as fêmeas de 3 meses

submetidas a condição de restrição hídrica beberam mais água do que as fêmeas idosas desidratadas (Interação Tempo x Idade: F5;125= 4,551; p<0,001; Fig 12A).

A ingestão de salina foi maior nas fêmeas adultas que foram submetidas a restrição hídrica nos tempos 80 minutos, 100 minutos e 120 minutos do que as controles adultas (Interação Tempo x Condição hídrica: F2;50= 15,328; p<0,00001). Da

mesma maneira, nas fêmeas idosas desidratadas a ingestão de sódio foi maior do que as idosas controles nos minutos 100 e 120 (Interação Tempo x Condição hídrica: F2;50= 15,328; p<0,00001). As fêmeas adultas com privação hídrica beberam mais

salina do que as idosas na mesma condição hídrica (Interação Tempo x Idade: F2;50=

In g es tã o á g u a (m L / 1 00 g p c )

Figura 12: Ingestão de água (A) e solução salina isotônica (B) após a privação hídrica de 48h de fêmeas nas idades de 3 meses e 18 meses. Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, * p < 0,05, na ingestão de água ou salina de animais adultos e idosos comparando os animais controles com os que estiveram submetidos a desidratação de 48h, Ѱ p < 0,05, na ingestão de água ou salina dos animais adultos comparando os animais controles com os que estiveram submetidos a desidratação de 48h, # p < 0,05, na ingestão de agua ou salina dos animais em privação hídrica comparando segundo a idade. O n para os machos nas idades de 3 e 18 meses controles foi de 8 e 7 para os submetidos a privação hídrica foram 8 e 6 respectivamente.

5.2.2 Alterações nas concentrações plasmáticas dos hormônios induzidas pela restrição hídrica de 48 horas

Os resultados do valor plasmático de AVP nas fêmeas são apresentados na figura 13A. Podemos observar que as fêmeas em restrição hídrica, tanto de 3 meses como de 18 meses apresentaram maior elevação na concentração plasmática de AVP do que as fêmeas 3 e 18 meses normoidratadas (Condição hídrica: F1;56= 98,979;

p<0,0001).

Também houve elevação na concentração plasmática de OT nas fêmeas de 3 e 18 meses submetidas a privação hídrica do que nas fêmeas euidratadas (Condição hídrica: F1;49= 74,994; p<0,00001; Fig 13B).

As fêmeas de 3 e 18 meses desidratadas apresentaram a concentração plasmática de ANGII maior do que as fêmeas de 3 e 18 meses normoidratadas (Condição hídrica: F1;29= 38,494; p<0,0001; Fig 13C). Também, foi observado que a

resposta a privação hídrica é menor nas fêmeas de 18 meses do que as de 3 meses de idade (Idade: F1;29= 7,013; p<0,05).

Na figura 13D estão apresentadas as concentrações plasmáticas de ANP das fêmeas controles e submetidos a privação hídrica. As fêmeas de 3 e 18 meses de idade submetidos a desidratação apresentaram níveis plasmáticos de ANP menor do que as fêmeas hidratadas (Condição hídrica: F1;32= 48,506; p<0,0001).

O nível da CORT plasmática nas fêmeas de 3 meses de idade submetidas a privação hídrica foi maior quando comparado às fêmeas adultas normoidratadas (Condição hídrica: F1;55= 10,586; p<0,01). Entretanto as fêmeas idosas hidratadas já

apresentaram concentrações plasmáticas de CORT maiores do que os valores observados nas fêmeas adultas normoidratadas (Idade: F1;55= 24,671; p<0,00001).

não havendo assim diferenças significativas com as fêmeas idosas em restrição hídrica (Fig 13E).

3 meses 18 meses 0 50 100 150 A N G II (p g /m L ) Controles Privadas C 10 12 5 6 C O R T ( g /d L )

Figura 13: Concentração plasmática de AVP (A), OT (B), ANGII (C), ANP (D) e CORT (E) em fêmeas controles e submetidos a condição de privação hídrica de 48h, com 3 e 18 meses de idade. Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, _____ p < 0,05 entre os grupos indicados. O n para cada grupo se encontra dentro ou no topo da coluna.

5.2.3 Alterações na expressão génica de mRNA de Agtr1a do SFO e SON induzidas pela restrição hídrica de 48 horas

A desidratação produze a diminuição da expressão génica relativa de mRNA de Agtr1a no SFO dos ratos fêmeas de 3 meses (T11= 2,572; p<0,05; Fig 14A). Embora

não houve uma diferença estatisticamente significativa, tanto as fêmeas desidratadas de 18 meses (Fig 14B), como as fêmeas de 18 meses normoidratadas (Fig 14C) apresentaram uma tendência a diminuição da expressão genica relativa de mRNA de Agtr1a. Não foram observadas diferenças entre nas fêmeas desidratadas segundo a idade (Fig 14D). Privadas 0.0 0.5 1.0 1.5 3 meses 18 meses D 7 5

Figura 14: Expressão génica relativa de mRNA de Agtr1a no SFO de fêmeas de 3 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (A), 18 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (B), controles de 3 e 18 meses (C) e submetidas a desidratação de 48 horas de 3 e 18 meses (D). Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, * p < 0,05 em relação ao grupo referência. O n para cada grupo se encontra dentro da coluna.

Não se observaram diferenças significativas na expressão de mRNA do gene Agtr1a no SON das fêmeas segundo a idade e segundo a condição de hidratação dos animais (Fig 15).

Figura 15: Expressão génica relativa de mRNA de Agtr1a no SON de fêmeas de 3 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (A), 18 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (B), controles de 3 e 18 meses (C) e submetidas a desidratação de 48 horas de 3 e 18 meses (D). Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, * p < 0,05 em relação ao grupo referência. O n para cada grupo se encontra dentro da coluna.

5.2.4 Alterações no conteúdo de AVP de OT na neurohipófise induzidas pela restrição hídrica de 48 horas

As fêmeas de 3 meses de idade submetidas a restrição hídrica apresentaram uma diminuição do conteúdo de AVP na neurohipófise (Condição hídrica: F1;35= 4,832;

p<0,05; Fig 16A). No entanto, não se observou mudanças no conteúdo de AVP nas fêmeas de 18 meses de idade. Além disso, o conteúdo de OT na neurohipófise de fêmeas de 3 e 18 meses de idade submetidas ou não a privação hídrica, não mudou de forma significativa nas condições estabelecidas (Fig 16B).

Figura 16: Conteúdo na neurohipófise de AVP (A) e OT (B) em fêmeas controles e submetidos a condição de privação hídrica de 48h, com 3 e 18 meses de idade. Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, _____ p < 0,05 entre os grupos indicados. O n para cada grupo se encontra dentro da coluna.

5.2.5 Alterações na expressão génica de mRNA de AVP e OT do PVN e SON induzidas pela restrição hídrica de 48 horas

A expressão genica relativa de mRNA de AVP no PVN não apresentou diferenças segundo a condição de hidratação e a idade (Fig 17).

Figura 17: Expressão génica relativa de mRNA de AVP no PVN de fêmeas de 3 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (A), 18 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (B), controles de 3 e 18 meses (C) e submetidas a desidratação de 48 horas de 3 e 18 meses (D). Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, * p < 0,05 em relação ao grupo referência. O n para cada grupo se encontra dentro da coluna.

A expressão genica relativa de mRNA de AVP no SON não apresentou diferenças significativas segundo a condição de hidratação e a idade (Fig 18). Embora, as fêmeas de 18 meses submetidas a privação hídrica apresentaram uma tendência a ter menos expressão genica relativa de mRNA AVP no SON do que as normoidratadas (Fig 18B). Também, das fêmeas na condição de desidratação as de 18 meses tiveram uma tendência a diminuir a expressão relativa de mRNA de AVP no SON em relação com a fêmea de 3 meses (Fig 18D).

Figura 18: Expressão génica relativa de mRNA de AVP no SON de fêmeas de 3 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (A), 18 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (B), controles de 3 e 18 meses (C) e submetidas a desidratação de 48 horas de 3 e 18 meses (D). Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, * p < 0,05 em relação ao grupo referência. O n para cada grupo se encontra dentro da coluna.

A expressão genica relativa de mRNA de OT no PVN não apresentou diferenças significativas segundo a condição de hidratação e a idade (Fig 19).

E xp re ss ão g én ic a re la ti va d e O T n o P V N

Figura 19: Expressão génica relativa de mRNA de OT no PVN de fêmeas de 3 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (A), 18 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (B), controles de 3 e 18 meses (C) e submetidas a desidratação de 48 horas de 3 e 18 meses (D). Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, * p < 0,05 em relação ao grupo referência. O n para cada grupo se encontra dentro da coluna.

A expressão genica relativa de mRNA de OT no SON não apresentou diferenças significativas segundo a condição de hidratação nas fêmeas de 3 e 18 meses de idade (Fig 20 A e B). Porém, as fêmeas de 18 meses de idade apresentaram menor expressão relativa de mRNA de OT do que as fêmeas de 3 meses de idade, tanto na condição de normoidratação (T8=2,496; p<0,05; Fig 20C) como na de

Figura 20: Expressão génica relativa de mRNA de OT no SON de fêmeas de 3 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (A), 18 meses controles e submetidas a privação hídrica de 48 horas (B), controles de 3 e 18 meses (C) e submetidas a desidratação de 48 horas de 3 e 18 meses (D). Os dados são apresentados como médias ± E.P.M, * p < 0,05 em relação ao grupo referência. O n para cada grupo se encontra dentro da coluna.

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