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Segundo o INEP (2007) e o censo escolar (Secretaria de Educação do Município de São Paulo, 2006), o número total de alunos matriculados no ensino médio, em escolas públicas é de 488.101, sendo 402.831 (82,5%) em 613 escolas estaduais, 82100 (16,8%) em 582 escolas particulares e 3173 em 7 escolas municipais (0,65%). As escolas municipais foram excluídas por estarem sendo reorganizadas. Em contato com três das sete escolas em que existe Ensino Médio (EM), as coordenadoras pedagógicas informaram que os alunos de EM estão sendo encaminhados para escolas estaduais.

Com o objetivo de avaliar 0,5% dos alunos matriculados em escolas estaduais e 0,5% dos alunos matriculados em escolas particulares, definiu-se que o número de alunos avaliados em escolas estaduais deveria ser de 1900 a 2100 e em escolas particulares de 400 a 425. Para atingir estes números sortearam-se 17 escolas estaduais e cinco escolas particulares, alcançando-se aos números de 2017 alunos de escola estaduais e 417 alunos de escolas particulares, perfazendo um total de 22 escolas e 2434 alunos avaliados.

As listas de escolas (públicas e particulares) foram fornecidas pela Secretaria de Educação em Dezembro de 2006, referentes ao censo escolar deste mesmo ano. Nelas, constavam informações sobre os períodos em que havia aula no Ensino Médio e quantos alunos estavam matriculados em cada período. Foram enviadas por e-mail em planilhas do Excel. As escolas estavam distribuídas por Diretorias de Ensino do município de São Paulo. Estas Diretorias eram (e ainda são): Centro, Centro Oeste, Centro Sul, Leste 1, Leste 2, Leste 3, Leste 4, Leste 5, Norte 1, Norte 2, Sul 1, Sul 2 e Sul 3. Para determinar as 17 escolas estaduais definiu-se que seria escolhida uma a cada 36 escolas das 613. Foram sorteadas, conforme está apresentado na Figura 1: uma na Diretoria Centro, duas na Centro Oeste, uma na Centro Sul, uma na Leste 1, duas na Leste 2, uma na Leste 3, uma na Leste 4, uma na Leste 5, duas na Norte 1, uma na Norte 2, uma na Sul 1, duas na Sul 2 e uma na Sul 3, ficando dispostas da seguinte maneira:

Escolas Estaduais Escolas Particulares

Figura 3 – Mapas do município de São Paulo apresentando a distribuição das escolas públicas e particulares sorteadas para este estudo

Para a escolha das cinco escolas particulares definiu-se que seria escolhida uma a cada 116 escolas das 582. Foram sorteadas, conforme apresentado na figura 2: uma na Diretoria Norte 1, uma na Centro-Oeste, uma na Leste 1, uma na Leste 5, e uma na Sul 1. O sorteio e posterior contato com as escolas seriam feitos com o rigor definido acima desde que contemplasse alguns critérios. A proporção entre os alunos do período da noite e da tarde seria contemplada. O número de escolas em cada Diretoria de Ensino deveria corresponder ao número total de matriculas nesta diretoria. Desta forma, por exemplo, se existem mais matriculas na Diretoria Centro-Oeste do que na Diretoria Centro Sul, o número de escolas na primeira deveria ser maior que na segunda. Se na Região Leste existem mais matrículas do que na Região Norte, esta informação deveria ser confirmada na avaliação. Porém, com o sorteio descrito acima, foi possível contemplar todos estes critérios

Após aprovação deste estudo pelo Comitê de Ética do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, a pesquisadora entrou em contato com a coordenação pedagógica de cada uma das Escolas que, segundo a Secretaria de Educação, têm autonomia para aceitar ou não a participação na pesquisa. Inicialmente entrou-se em contato através do telefone (fornecido pelo próprio INEP, 2007) tentando agendar um

horário para apresentar o projeto. A pesquisadora dirigiu-se a todas as escolas para apresentar o projeto à coordenação. Depois de aceito pela coordenação, agendou-se outra data para apresentar à direção. Com a concordância da direção, entregou-se o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para ser distribuído para os alunos e recolhidos pela coordenação antes da data de aplicação dos instrumentos. Quando uma escola se recusou a participar, foi contatada a seguinte da planilha. Isso ocorreu com quatro escolas estaduais e nove particulares. Confirmada a participação e sorteadas as três salas do EM (uma de 1o, uma de 2º e uma de 3º ano), foram definidas três datas para a aplicação dos instrumentos. Foram três encontros com cada sala pois a aplicação da pesquisa piloto permitiu observar que o tempo de resposta para cada questionário foi: 10 minutos para o questionário de Identificação, 40 minutos para o WHOQOL-100, 20 minutos para o SF-36, 25 minutos para o questionário sobre uso de drogas e Raciocínio 30 minutos para o Raciocínio Verbal, além do tempo de reapresentação dos objetivos do projeto, já apresentados no TCLE. Foram solicitadas em cada sala 250 minutos com cada sala do Ensino Médio, ou seja, cinco aulas. Determinou-se que o tempo mínimo para a aplicação seria o estabelecido pela pesquisa piloto, porém, foram destinados 20 minutos para o questionário de identificação, 60 minutos para o WHOQOL-100, 30 minutos para o SF-36, 40 minutos para o questionário sobre uso de drogas e 50 minutos para o Raciocínio Verbal. No primeiro encontro a pesquisadora reapresentava a pesquisa, visto que todos já a conheciam e já haviam levado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para que os responsáveis assinassem. Os que haviam trazido o TCLE responderam aos instrumentos “questionário de identificação” e “Raciocínio Verbal”. No segundo encontro responderam apenas ao “WHOQOL-100”. No terceiro encontro responderam ao “SF-36” e ao “Questionário sobre uso de drogas”.

No início do ano de 2008, apesar de faltarem ainda cinco escolas, optou-se por encaminhar o material coletado para digitação. Selecionaram-se duas empresas especializadas, exigindo que assinassem um termo comprometendo-se com o sigilo. O material foi encaminhado, aos poucos, para estas empresas que lançavam os dados numa planilha de Excel elaborada pela pesquisadora. Assim que o material retornava, a pesquisadora selecionava uma amostra para a conferência da digitação. Isso ocorreu com 15 escolas. As escolas restantes (sete) foram digitadas pelos alunos (quatro) de graduação

em psicologia que se interessaram pelo projeto e optaram por contribuir. Estes alunos também assinaram um termo comprometendo-se com o sigilo.

Para a análise estatística foi contatado o IME – CEA / USP (Instituto de Matemática e Estatística – Centro de Estatística Aplicada da Universidade de São Paulo). A análise realizada por este instituto, no entanto, tem durabilidade de um semestre e não abrangia todas as análises que estão neste estudo. Por isso, buscou-se um outro profissional estatístico para dar continuidade às análises.

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