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Etapa 1: Definições das estratégias de busca; dos descritores; e bases de dados

Uma vez identificados os descritores, foi possível definir suas combinações por meio de operadores booleanos17, a saber: Práticas AND Ensino; Estratégias AND Ensino; Técnicas AND Ensino; Intervenção AND Ensino; Estratégias AND Instrucional.

Após definição dos descritores e estratégias de busca, foi realizada uma busca no Qualis CAPES – Educação para a identificação de todos os periódicos indexados que se dedicam exclusivamente em publicar artigos científicos na área da Educação Especial. Dentre os cinco periódicos identificados18, foram selecionados dois periódicos para

compor a base de dados, por serem as únicas com Qualis A na avaliação da CAPES, a saber: a Revista Brasileira de Educação Especial (RBEE) e a Revista Educação Especial (UFSM). Na tabela 1 é possível verificar os descritores e os resultados encontrados por revista.

Tabela 1 - Resultado das buscas com uso de descritores booleanos DESCRITORES REVISTA EDUCAÇÃO ESPECIAL REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Práticas AND ensino 31 64

Estratégias AND ensino 37 28

Técnicas AND ensino 6 11

Intervenção AND ensino 25 19

Estratégias AND instrucional 0 0

Total por revista 122 99

TOTAL GERAL 221

Fonte: Elaboração própria.

17 Operadores booleanos são palavras (AND; OR; NOT) que têm por objetivo definir como deve ser feita a

combinação lógica entre os termos ou expressões a serem adotadas em um sistema de busca. A expressão

booleano vem de George Boole, matemático inglês, criador da álgebra booleana.

18 De acordo com o último triênio avaliado pela CAPES, 2015-2018, os periódicos que se dedicam

exclusivamente à área da Educação Especial são: 1) Revista Brasileira de Educação Especial – Qualis A2; 2) Revista Educação Especial (Ufsm) – Qualis A2; 3) Diálogos e Perspectivas em Educação Especial – Qualis B4; 4) Revista Educação Especial em Debate – Qualis B4; 5) Educação Inclusiva. Revista da Pró Inclusão/Associação Nacional dos Docentes De Educação Especial – Qualis C.

Etapa 2: Estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão; Utilização das bases de dados; e Busca dos estudos com base nos critérios de inclusão e exclusão

Na etapa 2 da revisão foram estabelecidos os critérios de inclusão e exclusão, no quadro 1 é possível ter uma visualização dos critérios, quanto à nacionalidade, período, tema, contexto de desenvolvimento do estudo, método e participantes.

Quadro 1 - Critérios de inclusão e de exclusão para a seleção das produções científicas a serem

exploradas no estudo

Critérios Critérios de Inclusão Critérios de Exclusão

Nacionalidade Estudos desenvolvidos no e

sobre o contexto brasileiro

Pesquisas realizadas em outros países

Período Artigos publicados no período de

2008 a 2018

Artigos publicados fora do período de 2008 a 2018

Tema

Práticas de inclusão escolar na educação básica.

Práticas de inclusão escolar no ensino superior ou exclusivamente em instituições especializadas Contexto de desenvolvimento do estudo

Escolas de Educação Básica da rede regular de ensino19, podendo ter relações com instituições especializadas; Estudos realizados exclusivamente em escolas especiais, em instituições especializadas e em instituições da Educação Superior. Método (Delineamento)

Estudos de Caso; Estudos Descritivos;

Artigos exclusivamente teóricos

Participantes Professores(as); intérpretes; auxiliares de sala de aula; como principais participantes da pesquisa.

Estudos realizados exclusivamente com famílias

Fonte: Elaboração própria.

19 Compreende-se, no presente estudo, que a Educação Básica engloba a Educação Infantil (creche e pré-

Etapa 3: Identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados; Leitura do resumo, palavras-chave e título das publicações; Organização dos estudos pré-selecionados; e Identificação dos estudos selecionados.

Tendo como base os critérios de inclusão e exclusão elencados para a exploração dos dois periódicos da área da Educação Especial selecionados, foi identificado um total de 221 artigos publicados, sendo 122 na Revista Educação Especial e 99 na Revista Brasileira de Educação Especial. Prosseguiu-se, então, com a sistematização e seleção da produção científica a ser analisada no presente estudo.

Para esse procedimento, foi necessária a construção de um protocolo de registro de artigos científicos (APÊNDICE A). O instrumento possibilitou a sistematização de todos os estudos encontrados.

A leitura dos títulos, resumos, palavras-chave e introdução dos 221 estudos culminou na exclusão de 144 artigos, sendo pré-selecionados 77 estudos para a leitura na íntegra.

À luz dos critérios de inclusão e exclusão, a referida leitura possibilitou a identificação e seleção de 29 estudos para a constituição do corpus de análise do estudo. Na figura 8 é possível ter uma visualização do procedimento realizado.

Figura 8 - Fluxograma da busca e seleção dos estudos

Fonte: Elaboração própria.

Nota: Elaborado com base nos dados da RBEE e RBE (2008-2018).

A partir da leitura na íntegra, os artigos foram caracterizados conforme a revista, os(as) autor(as) e ano de publicação, bem como objetivos dos trabalhos. No quadro 2, logo abaixo, estes dados são apresentados.

Etapa1: levantamento •Total: 221 estudos identificados •REE: 122 Artigos •RBE: 99 Artigos Etapa 2: leitura de título, resumo, palavra-chave e introdução • 144 excluídos com base nos critérios de

inclusão e exclusão Etapa 3: Leitura na íntegra de 77 estudos pré- selecionados • 29 estudos permanceram para análise

Quadro 2 - Caracterização dos artigos selecionados

ARTIGOS OBJETIVOS DOS ESTUDOS

Revista Educação Especial

Silva, Belo e Drumond

(2011)

Analisar o processo de inclusão educacional e as estratégias organizacionais e didáticas que influenciam seu desenvolvimento e aprendizagem, identificando o desempenho cognitivo, sócio afetivo e psicomotor, além da interação família-escola

Pinheiro (2013)

Investigar a contribuição das práticas de leitura e compreensão de texto desenvolvidas por profissionais da saúde, para o desempenho do aluno surdo oralizado inserido no ensino regular.

Franco e Guerra (2015)

Investigar e analisar a interlocução entre os saberes de profissionais da reabilitação e de educadores na construção e elaboração de estratégias pedagógicas no ensino da criança com paralisia cerebral

Campos e Glat (2016)

Apresentar um recorte de uma pesquisa que investigou a concepção de ensino-aprendizagem e as práticas pedagógicas de uma professora na relação com uma criança com Síndrome de Down, incluída em uma classe comum. Analisar procedimentos favoráveis ao desenvolvimento social, afetivo e cognitivo de uma criança com Síndrome de Down, incluída no ensino comum.

Torres e Mendes (2016)

Desenvolver e avaliar um kit didático, denominado de kitfis, que reproduz tatilmente ilustrações de fenômenos e situações no ensino da física.

Zancanaro Junior e Zancanaro

(2016)

Discutir a atuação do intérprete de Libras em sala de aula com educandos surdos dos anos iniciais do ensino fundamental que possuem vocabulário escasso dos sinais do contexto escolar.

Espindola et al. (2017)

Avaliar o uso da ludicidade como ferramenta de auxílio no ensino de biomas brasileiros, contribuindo para uma aprendizagem significativa, promovendo a inclusão de um surdo em uma classe mista.

ARTIGOS OBJETIVOS DOS ESTUDOS

Pereira e Nunes (2018)

Relatar os resultados da análise dos efeitos da implementação do PEI, no processo de escolarização de um Continua

aluno diagnosticado com TEA, inserido em uma escola regular.

Silva e Mello (2018)

Investigar estratégias de ensino-aprendizagem, com suporte na neurociência, com vista à acessibilidade pedagógica de alunos incluídos, à inovação pedagógica e ao respeito à diversidade, em turma regular, no ensino fundamental, de uma escola pública estadual.

Revista Brasileira de Educação Especial

Mori e Brandão (2009)

Conhecer o atendimento educacional realizado em salas de recursos para alunos com altas habilidades/superdotação (AH/SD) no estado do Paraná.

Hein et al. (2010)

Verificar a eficácia da intervenção com o software alfabetização fônica computadorizada em alunos com deficiência mental.

Gomes e Mendes (2010)

Caracterizar os alunos com autismo matriculados em escolas municipais regulares de Belo Horizonte, assim como descrever a maneira pela qual essa escolarização vem ocorrendo nas escolas comuns, a partir da perspectiva de seus professores.

Rocha e Deliberato (2012)

Identificar as necessidades de serviços, recursos e estratégias de tecnologia assistiva para o aluno com paralisia cerebral na escola.

Briant e Oliver (2012)

Conhecer, do ponto de vista do professor do ensino fundamental da rede pública municipal, as estratégias pedagógicas que utilizavam para a inclusão de crianças com deficiência na classe comum.

Pedro e Chacon (2013)

Propor atividades específicas de informática para alunos com DI, por meio de softwares educativos, além de quantificar e analisar as estratégias técnicas e pedagógicas utilizadas.

Benitez e Domeniconi

(2014)

Operacionalizar e avaliar uma capacitação destinada aos professores da sala de aula regular, da educação especial e pais, de modo a criar condições que vislumbrassem o ensino compartilhado de leitura e escrita para alunos com deficiência intelectual e autismo, incluídos na escola regular.

Brito, Campos e Romanatto

(2014)

Conhecer as práticas do professor da EJA para o ensino de saberes matemáticos ao aluno jovem e adulto com deficiência intelectual, e intervir junto ao docente sobre possíveis estratégias que seriam então adotadas.

ARTIGOS OBJETIVOS DOS ESTUDOS

Santos e Martins (2015)

Investigar práticas pedagógicas de professores em uma escola pública municipal de Natal/RN, frente a alunos com Deficiência Intelectual (DI), matriculados em anos iniciais do Ensino Fundamental.

Fantacini e Dias (2015)

Conhecer e refletir sobre a organização da educação inclusiva para o atendimento do aluno com deficiência intelectual nos diferentes espaços educacionais na rede municipal de uma cidade de pequeno porte do interior paulista; buscando-se conhecer a percepção de professores especialistas sobre as condições de ensino organizadas para os alunos com deficiência intelectual nas escolas comuns. Franco e Guerra

(2015)

Investigar e analisar a interlocução entre os saberes de profissionais da reabilitação e de educadores na construção e elaboração de estratégias pedagógicas no ensino da criança com paralisia cerebral.

Fachinetti, Gonçalves e

Lourenço (2017)

Implementar e avaliar um recurso de tecnologia assistiva para um aluno com paralisia cerebral de forma colaborativa com a professora da sala de recursos multifuncionais, por meio do fluxograma apresentado na literatura.

Costa e Munster (2017)

Analisar e descrever as adaptações nos elementos base do currículo comum, empregadas por professores de educação física, voltadas à participação de estudantes com deficiência visual

Fiorini e Manzini (2018)

Analisar as estratégias de sucesso utilizadas por professores de educação física para promover a participação de alunos com deficiência auditiva nas mesmas atividades que os demais alunos da turma.

Aporta e Lacerda (2018)

Apresentar atividades propostas para um aluno com TEA do segundo ano do ensino fundamental de uma escola na rede privada de ensino de uma cidade de médio porte do interior do estado de São Paulo.

Shimazaki et al. (2018)

Relatar, analisar e refletir sobre as estratégias desenvolvidas para que as pessoas com deficiência intelectual se apropriem dos conceitos científicos presentes nas histórias em quadrinhos, a partir do princípio de que é responsabilidade escolar trabalhar com o desenvolvimento dos conceitos científicos, inclusive aqueles relacionados a determinado gênero textual de circulação social.

Fonseca, Freitas e Negreiros

(2018)

Objetivou analisar a atuação do psicólogo escolar junto aos professores frente à Educação Inclusiva.

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