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Ativos EFPC x PIB (%)

3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a realização da pesquisa, foi necessário abordar a bibliografia existente a respeito do problema de pesquisa, pois a finalidade da pesquisa bibliográfica “é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi dito, escrito ou filmado sobre determinado assunto.” (LAKATOS; MARCONI, 1996, p. 66).

Depois do levantamento das fontes bibliográficas e da formação do referencial teórico do trabalho, foi necessário desenvolver o modelo proposto nesta pesquisa, bem como encontrar as séries estatísticas necessárias para os testes.

Devido às necessidades do modelo e às limitações encontradas no desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se apenas duas séries estatísticas para a realização dos testes. As séries estatísticas utilizadas foram o Índice Bovespa (Ibovespa – IBOV) da Bolsa de Valores de São Paulo - BM&FBovespa e a taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário) calculada pelo Balcão Organizado de Ativos e Derivativos – CETIP S.A, que encontram-se no Anexo A.

O Ibovespa é o principal indicador de desempenho médio das cotações das ações negociadas diariamente que compõem o índice da BM&FBOVESPA. A série estatística do Ibovespa foi utilizada para os cálculos pertinentes ao segmento de renda variável. Já a taxa CDI é derivada dos títulos emitidos pelas instituições financeiras (Certificados de Depósitos Interbancários), que lastreiam as operações do mercado interbancário. Essa taxa é a que referencia os empréstimos entre instituições bancárias no curto prazo. Portanto, a série estatística da taxa CDI foi utilizada para os cálculos pertinentes ao segmento de renda fixa. A utilização do software Economática se deu devido à facilidade em agregar e ajustar os dados acima mencionados e pelo grande arcabouço histórico de dados econômico-financeiros existentes nele. Os dados referentes à renda fixa e renda variável são todos eles mensalmente mensurados, ajustados por proventos e em moeda corrente.

O início de cada uma das séries temporais não é coincidente e devido aos inúmeros problemas vividos pelo nosso país, tais como as diversas trocas de moeda (Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real, Real), períodos de hiperinflação, entre outros, utilizou-se como data inicial agosto de 1994. Nota-se que foi excluído o primeiro mês de vigência do Plano Real (jul/94), pois a utilização desse poderia causar discrepâncias e/ou distorções à pesquisa. Assim, as séries temporais são de agosto de 1994 até dezembro de 2012.

Utilizou-se a tábua de mortalidade 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a mais recente, para a determinação da esperança de vida do brasileiro. A tábua de mortalidade 2011 demonstra que a esperança de vida de um brasileiro ao nascer em 2012 é de 74,08 anos, ou seja, 74 anos e 29 dias. Para a realização dos cálculos levou-se em conta que o participante começa suas contribuições aos 18 anos e viverá até o limite da esperança de vida (74 anos).

Conforme os preceitos do Life Cycle Investing há diferentes fases de contribuição dos participantes. Assim, foi decidido que o participante estará em fase de Acumulação dos 18 até os 33 anos de idade. Já para a fase de Consolidação, o participante contribuirá dos seus 34 até os 52 anos de idade. Por último, a fase de Dispêndio/Auxílio que para a pesquisa foi considerada dos 53 anos de idade em diante, limitado à esperança de vida de 74 anos de idade. Portanto, o participante contribuirá durante 35 anos de sua vida, sendo 16 anos na fase de Acumulação e 19 anos na fase de Consolidação e usufruirá por 22 anos na fase de Dispêndio/Auxílio.

A adoção da idade de 53 anos em diante como aposentadoria (Dispêndio/Auxílio) não é coincidente com a legislação do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) para auferir o benefício de aposentadoria, porém ao tratarmos de previdência complementar temos uma realidade diferente, a qual nos mostra que, grande parte dos planos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, permite o início do benefício de complementação de aposentadoria a partir dos 50 anos de idade, independentemente da sua aposentadoria junto ao INSS. Logo, a idade de 53 anos condiz com a prática dos planos de benefícios existentes em nosso país.

O software Microsoft Office Excel 2007 foi utilizado na construção da modelagem financeira e simulações da pesquisa, como também na formação das tabelas, gráficos, quadros e figuras que demonstrarão os resultados obtidos.

A construção do modelo será explicada em detalhes no próximo capítulo, bem como se alcançou os resultados da pesquisa. O modelo encontra-se detalhado na seção “4 APRESENTAÇÃO DO MODELO”, já os resultados das simulações encontram-se na subseção “5.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS” da seção “5 RESULTADOS”.

Com o Microsoft Office Excel 2007 e o modelo simplificado, criou-se uma planilha cujos retornos passados históricos de cada série estatística utilizada na pesquisa, remunera a parcela de recursos investidos em cada um dos segmentos, juntamente com as contribuições entrantes a cada mês. Dessa maneira, foram simulados idades entre 18 e

56 anos de idade, gerando uma série de retornos conforme a idade e o modelo. A partir dos 56 anos de idade, há a manutenção dos mesmos percentuais, pois 56 anos mais 18 anos leva à “morte” do participante aos 74 anos de idade. Cabe salientar que a planilha com os retornos do modelo proposto e dos demais modelos comparativos encontram-se no Apêndice A e as fases do Life Cycle Investing estão destacadas pelos fundos coloridos (Acumulação: fundo branco, Consolidação: fundo cinza-claro e Dispêndio/Auxílio: fundo cinza-escuro).

O modelo proposto tem como uma das premissas poder ajustar o percentual de alocação em até 5% para mais ou para menos. Desse modo, foi realizado o ajuste de 5% para menos no percentual de renda variável, pois esse ajuste refletiria uma variância menor para o modelo.

Os valores de variância para cada uma das carteiras foram encontrados segundo a Planilha 5 encontrada no Apêndice B. A variância incorrida em cada idade é dada pela média ponderada pelo tempo que fora investido em determinada carteira, dividido pelo total de tempo de investimentos (221 meses). Cabe salientar que a planilha com as variâncias do modelo proposto e dos demais modelos comparativos encontram-se no Apêndice B e as fases do Life Cycle Investing estão destacadas pelos fundos coloridos (Acumulação: fundo branco, Consolidação: fundo cinza-claro e Dispêndio/Auxílio: fundo cinza- escuro).

Nos quadros comparativos existentes no capítulo dos Resultados, os retornos do período, o mensal e o cálculo da variância de cada fase, bem como as médias, foram calculados pela média ponderada. As ponderações variam conforme o número de anos de cada fase. A parte que trata da Diferença entre o modelo proposto e o modelos em comparação, tanto o retorno do período, quanto o retorno mensal foram encontrados com base na diferença (divisão) entre os valores de cada modelo. Já a variância foi medida em percentual acima ou abaixo do modelo proposto, pois o resultado encontrado da simples diferença (subtração) entre os valores não seria de relevância para o estudo e análise.

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