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7.1 IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR

7.1.3 Processo de Armazenagem de Grãos

Armazenar é o ato de guardar ou recolher em um armazém, em determinada localização, um certo item, por um período de tempo, garantindo a manutenção de suas características essenciais, de forma que, por ocasião de seu efetivo uso, o mesmo tenha confirmadas suas expectativas de desempenho.

Uma rede armazenadora de grãos é destinada a receber a produção de grãos, conservá-los em perfeitas condições técnicas e redistribuí-los, posteriormente (PUZZI, 2000).

A figura 8 mostra o processo de armazenagem de grãos. Uma unidade armazenadora de grãos é um empreendimento do setor agroindustrial que tem por objetivo a guarda e o beneficiamento de produtos úmidos e com impurezas provenientes das áreas de cultivo. Assim, são conduzidos a operações que objetivam o recebimento, limpeza, secagem, armazenagem e expedição.

Recebimento De Grãos

Classificação

Armazenamento (Silo Metálico ou Silo Fundo Chato)

Figura 8: Diagrama do Processo de Armazenagem de Grãos

a) Recebimento e Classificação de Grãos

Como se pode visualizar na figura 9, essa etapa é o recebimento dos grãos após a colheita. É gerado o romaneio (documento utilizado entre matriz e filiais para a transferência de insumos, mercadorias ou produtos que constam em estoque) e é feito o controle do recebimento de notas fiscais. É realizada a pesagem da carga e o fechamento do romaneio.

Há utilização de energia elétrica e eventualmente geração de resíduo como o papel, quando da impressão errada de um romaneio.

Na classificação avaliam-se amostras do produto e para a retirada de amostras, nos transportadores de grãos a granel (vagões ou caminhões),

Pré - Limpeza

Secagem (secador)

Vendas ou Transferência a Terceiros

Carregamento

Classificação Saída

empregam-se caladores ou “furadores” metálicos formados de dupla tubulação com orifícios ao longo do coletor. O tubo interno gira, abrindo ou fechando as aberturas do tubo externo (PUZZI, 2000). Depois de obtida a amostra, é determinado então o grau de umidade e impurezas.

Figura 9: Recebimento do grão após a colheita

b) Pré Limpeza

Após o processo de classificação, o caminhão vai até o tombador (figura 10) onde se descarrega o grão. O grão é processado nas moegas de recepção, onde há grades para separação de matérias estranhas maiores. O produto vai pelo transporte por corrente até o elevador e em seguida segue até o secador.

Na pré-limpeza retiram-se as cascas e outras impurezas, que se tornam os resíduos desta etapa.

A respeito desta etapa, Puzzi (2000) conceitua:

“Limpeza é a operação que visa reduzir o teor de impurezas (fragmentos do próprio produto) e de matérias estranhar (detritos vegetais, sementes da vegetação nativa, torrões de terra,etc.) existentes na massa de grãos, a nível satisfatório, para fins de armazenamento ou comercialização do produto.

Essa etapa é importante, pois retira as impurezas e matérias estranhas, em uma massa de grãos, que dificultam as operações de secagem, aeração e expurgo.

Figura 10: Descarga do grão no tombador

c) Secagem

O processo de secagem é aplicado para reduzir o teor de umidade de produtos agrícolas. É um processo de fundamental importância, pois prepara o produto para a armazenagem e exerce uma forte influência na manutenção da sua qualidade durante o período de conservação. Segundo PUZZI (2000), a secagem constitui a principal operação, no sentido de se obter um produto com boas características.

Quando o grão chega ao secador (figura 11) passa pelo elevador e pelo transporte de corrente até o armazém ou silo, não havendo geração de resíduos. O que pode ser considerado resíduo são as cinzas das fornalhas, devido à utilização de lenha nas fornalhas que fornecem calor para o secador para assim realizar a secagem.

Segundo Silva (2005):

O processo de secagem é aplicado para reduzir o teor de umidade de produtos agrícolas. Deste modo, é diminuída a disponibilidade de água para: (i) o desenvolvimento de fungos e bactérias, o que evita o surgimento de grãos ardidos e micotoxinas, (ii) a realização do processo de respiração dos grãos que provoca perda de peso e gera calor e (iii) a execução de reações bioquímicas que promovem a auto-degeneração do produto.

Figura 11: Secador de grãos

d) Armazenamento

O armazenamento é uma etapa de suma importância na cadeia de produção agrícola, visto que reflete diretamente no preço e na qualidade do produto que chega à mesa do consumidor.

A armazenagem de grãos pode ser feita de duas maneiras: a granel (sem embalagem) ou acondicionada em volumes sacarias. Referente à armazenagem em sacarias observa-se que aumenta significativamente o custo final de estocagem, devido a fatores como: elevado preço da sacaria, movimentação altamente dispendiosa, tratamentos periódicos para combate aos insetos e roedores e risco econômico da perda de qualidade quando armazenado por um longo período de tempo.

Armazenamento a granel é o depósito em grande quantidade de grãos num mesmo local, sendo que para essa finalidade pode-se utilizar diversos tipos de silos ou armazéns, tendo como principal objetivo obter um maior controle sobre a armazenagem.

Na Cooatol é utilizada a armazenagem a granel, em silos e em um armazém de estocagem.

Figura 12: Silo de armazenagem

e) Vendas ou Transferência a Terceiros

Nesta etapa é feita a venda do produto de acordo com o preço de balcão e é efetuado o pagamento ao cliente. São emitidas notas fiscais e recibos de pagamento, sendo assim, o resíduo gerado é o papel.

f) Carregamento

Com a venda do produto, o grão é retirado do armazém ou do silo por uma fita transportadora até os caminhões. Nesta etapa, não há geração de resíduos sólidos.

g) Classificação de Saída e Expedição

É realizada a pesagem e as análises para verificar se o produto está de acordo com os seguintes percentuais de tolerância (exigências para venda).

Os índices exigidos pelo mercado em relação a soja e ao milho (armazenados na COOATOL) são assim apresentados:

a) SOJA

• até 14% de umidade;

• até 1% de impureza (matérias estranhas e/ou impurezas);

• até 8% de grãos avariados (grãos brotados, imaturos, chochos, danificados e com máximo de 6% de grãos mofados, 4% de grãos ardidos e queimados, sendo no máximo 1% de grãos queimados);

• até 8% de grãos esverdeados (grãos que apresentam coloração esverdeada na casca e na polpa).

b) MILHO

• até 14,5% de umidade;

• até 1,5% de impurezas (matérias estranhas e/ou impurezas); • até 5,0% de grãos partidos e quebrados;

• até 12% de grãos avariados e carunchados; • até 6% de grãos ardidos e brotados.

Há geração de resíduos orgânicos, quando da sobra de grãos na análise e geração de resíduo sólido como o papel, devido a emissão de notas e romaneios.

Na figura 13, pode-se visualizar o responsável pelo processo de classificação de entrada e classificação de saída.

Figura 13: Classificação de Saída/Pesagem

Figura 14: Expedição e Pesagem

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