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aplicações informáticas) para resolver situações no contexto

laboral? 0,747

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57. Procurar desenvolver novas formas de aumentar o lucro

financeiro e/ou reduzir custos? 0,750 58. Manter-se informado da situação financeira do seu

departamento / local de trabalho? 0,772

Como se pode constatar, os valores do alpha de Cronbach obtidos para as três dimensões (0,839; 0,841 e 0,803) encontradas são bons (Pestana & Gageiro, 2008). Comparativamente à escala original de Dorenbosch et al. (2005), neste estudo foram consideradas menos duas questões (42 e 43).

Sensibilidade

Tendo em conta que se rejeita a hipótese nula quando o p-value (sig) é inferior ou igual a 0,05, podemos verificar através da Tabela 4 e Anexo C que apenas as dimensões „Comportamento Laboral Orientado para a Criatividade‟ e „Comportamento Inovador Relativo ao Uso da Tecnologia Informática e dos Recursos Financeiros‟ apresentam distribuição normal (sig‟s > 0,05). Para inferir a normalidade da distribuição recorreu-se, igualmente, ao cálculo dos coeficientes de assimetria e curtose. De acordo com este critério, apenas a dimensão „Comportamento Inovador Relativo ao Uso da Tecnologia Informática e dos Recursos Financeiros‟ apresenta distribuição normal.

Tabela 4: Valores K-S e Coeficientes para a escala de comportamento inovador

Factores Teste SmirnovKolmogorov- (Sig) Coeficiente Assimetria Coeficiente Curtose Comp. Laboral Orientado para a Implementação

de Ideias 0,038 -2,37 0,95

Comp. Laboral Orientado para a Criatividade 0,250 -2,58 3

Comp. Inovador Relativo ao Uso da Tecnologia

Informática e dos Recursos Financeiros 0,242 -1,29 0,35

Podemos, então, concluir que esta escala não segue distribuição normal, tendo sido mantidas as suas dimensões, uma vez que o objectivo principal deste estudo não consiste numa representatividade da amostra, de modo a ser generalizável à população. Em jeito de conclusão, verificou-se que a escala de comportamento inovador evidencia uma boa consistência interna e uma boa validade factorial, tendo em conta os alphas relativos às três dimensões e o total de 0,898. Contudo, no que respeita à sensibilidade da mesma, os resultados não foram tão positivos, visto que apenas duas dimensões apresentam distribuição normal (sig‟s > 0,05) através do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e apenas a última, se tivermos em conta os coeficientes de assimetria e curtose.

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Escala de Flexibilidade Funcional Validade Factorial

O processo iniciou-se tendo em conta o valor do teste de KMO, que permitia a realização da análise factorial, visto ser igual ou superior a 0,7. A análise foi então realizada, e inicialmente existiam 5 factores explicativos (com eigenvalues superiores a 1) da variância total dos resultados. Porém, foi necessário remover o item 33, uma vez que este apresentava baixa saturação (0,430 e abaixo do mínimo de 0,5) na matriz de Anti-Image. Nova análise foi realizada após exclusão do item 33 e verificou-se que continuavam a existir 5 factores explicativos de 60,381 % da variância total. O item 27 foi removido por aumentar significativamente o alpha do factor 2 ao qual pertencia, de 0,622 para 0,692. No entanto, apesar de todos os itens saturarem satisfatoriamente todos os 5 factores, os itens do factor 5 (itens 34 e 35) tiveram de ser removidos, visto o seu alpha de Cronbach ser de apenas 0,502. Após nova análise (sem os itens 27, 33, 34 e 35), quer os eigenvalues, quer o gráfico scree plot (Anexo D) apontavam para a retenção de 3 factores, o que levou a que esta fosse pré-determinada a 3 factores, que explicavam 49,230 % da variância.

Uma vez que o item 36 não saturava nenhum dos 3 factores, foi excluído da análise seguinte. A interacção convergiu em 2 interacções, com valor próprio superior a 1, com um KMO de 0,784, que é considerado bom por Pestana e Gageiro (2008) e que explicavam 47,737 % da variância total e cuja distribuição dos 12 itens pelos dois factores (Anexo D) está representada na Tabela 5.

Tabela 5: Saturações dos itens e variância explicada da escala de flexibilidade funcional

Item Factor 1 Factor 2 20. Analisa as tarefas e actividades dos seus colegas? 0,410

22. A sua função requer a aprendizagem de novos conhecimentos? 0,701 24. A sua função apela às suas habilidades e capacidades? 0,788 25. A sua função é variada? 0,765 26. Pode trocar ideias sobre assuntos relacionados com o trabalho com os seus

colegas directos? 0,590

29. Para a execução da sua função consulta diversas fontes de informação? 0,754 31. Para a realização da sua função, contacta com colegas directos do seu

departamento / local de trabalho? 0,508 32. Para a execução da sua função, contacta com colegas de outros

departamentos / locais de trabalho? 0,594 21. Os seus colegas directos têm o mesmo tipo de tarefas e actividades que as

suas? 0,671

23. As actividades e tarefas da sua função podem ser realizadas pelos seus

colegas directos? 0,820

28. Tem os mesmos conhecimentos e habilidades que os seus colegas directos

nas várias situações de trabalho? 0,724

30. Faz sempre as mesmas coisas no cumprimento da sua função? 0,605

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Analisando as saturações dos itens nos respectivos dois factores, foram nomeadas duas dimensões relativas a características da função, que são coincidentes com os resultados de Dorenbosch et al. (2005). Apesar do baixo índice de saturação do factor 20, este foi mantido, uma vez que foi julgado como relevante para a explicação e compreensão do factor, embora a sua eliminação pudesse provocar um ligeiro aumento na consistência interna (alpha de 0,780 para 0,791).

A primeira foi designada por Multifuncionalidade, pois remete para um conceito de diversidade, como se pode verificar através dos itens 24 e 25 (“A sua função apela às suas habilidades e capacidades?” e “A sua função é variada?”), respectivamente. Seguindo o mesmo critério, o segundo factor foi denominado de Redundância, uma vez que apela, não apenas a uma repetição de tarefas pelo sujeito, mas também a um tipo de competências comuns entre o sujeito inquirido e os colegas, como o demonstram, por exemplo, os itens 21 e 30 (“Os seus colegas directos têm o mesmo tipo de tarefas e actividades que as suas?” e “Faz sempre as mesmas coisas no cumprimento da sua função?”).

Tendo em conta esta divisão de itens pelas respectivas dimensões, verificamos que em relação aos resultados encontrados pelos mesmos autores - Multifuncionalidade composta pelos itens 20, 22, 24, 25, 26, 29, 31, 32, 34 e 36 e Redundância pelos itens 21, 23, 27, 28, 30, 33 e 35 – observa-se neste estudo uma semelhança no tipo de itens incluídos em cada dimensão.

Fidelidade

Para averiguar a fidelidade de cada uma das dimensões encontradas, procedeu-se à análise de consistência interna através do índice de alpha de Cronbach. Os valores encontrados para cada nova dimensão são os que se apresentam na Tabela 6.

Como se pode observar, os valores do alpha de Cronbach obtidos para as duas dimensões encontradas variam entre o bom e o razoável para a multifuncionalidade e redundância, respectivamente. Em relação à escala de Dorenbosch et al. (2005), verificou-se que neste estudo foram apenas contempladas 12 questões, ao contrário das 17 que compunham o estudo que serviu de base para esta escala, o que se reflecte num alpha razoável de 0,78 na dimensão multifuncionalidade (valor igual ao obtido pelos autores), mas num valor inferior na dimensão redundância quando comparados os dois estudos (α= 0,695 vs. α=0,75).

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Tabela 6: Valores alpha de Cronbach para a escala de flexibilidade funcional

Dimensões e Itens Constituintes alphaApagado se Item Factor alpha Itens alphaTotal Factor 1 - Multifuncionalidade

20. Analisa as tarefas e actividades dos seus colegas? 0,791

0,780 8

0,706

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