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Produção e produtividade

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CAPITULO I: MODELAGEM DO CRESCIMENTO E produtividade DO

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.2. Desenvolvimento, crescimento e produtividade

6.2.3. Produção e produtividade

Parte dos órgãos reprodutivos no momento da colheita era respectivo a capulhos bem formados, mas outra parte era constituída de botões florais, flores e capulhos podres ou mal formados, os quais foram contabilizados separadamente e descritos a seguir.

Os resultados apontaram maior produção de capulhos (algodão em caroço) no fertilizante Sulf, com média de 82,3 (± 29,6) g por planta, seguido do fertilizante Ureia Perolada com média de 71,1 (± 25,9) g por planta e T com 60,1 (± 20,4) g por planta. No entanto, a análise de variância (ANOVA) não indicou diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos (ANEXO I).

Os resultados das outras estruturas reprodutivas não contabilizadas como produção apontaram maiores perdas, no fertilizante UP com média de 36,6 (± 15,6) g por planta, seguido do fertilizante Sulf com média de 30,5 (± 6,8) g por planta, e T com 27,9 (± 11,3) g planta por planta. No entanto, a análise estatística não indicou diferenças significativas entre os tratamentos.

Portanto, em valores relativos, 73,0; 67,8 e 66,0 % do total da biomassa de estruturas reprodutivas dos tratamentos Sulf, T e UP, respectivamente, foram contabilizados como produção de algodão em caroço (pluma + sementes), sendo o restante, estruturas mal ou não completamente formadas.

A produtividade de algodão em caroço foi obtida através do produto da produção (kg planta-1) pelo número médio de plantas ha-1, o qual foi de 63.962 plantas ha-1, sendo o obtido experimentalmente no momento da colheita da área útil do experimento. Tais valores foram de 5263,4 (± 1891,1); 4547,6 (± 1686,2) e 3891,5 (± 1302,0) kg há-1para Sulf, UP e T, respectivamente, o que representou incremento de 26,1 e 14,4 % dos respectivos fertilizantes em relação ao tratamento sem fertilização nitrogenada (T).

Segundo dos Santos et al. (2008) a elevada produção do tratamento sem fertilização nitrogenada pode indicar possíveis reduções nas doses deste fertilizante a ser aplicado, visando equilíbrio econômico. Em tal estudo, a dose de 120 kg N ha-1 foi a recomendada, com produtividade acima de 4500 kg ha-1. Teixeira et al. (2008) avaliando o efeito de doses de nitrogênio e aplicação de reguladores de crescimento na

produtividade do algodoeiro em Latossolo Vermelho Amarelo no estado de Goiás relata que doses crescentes de nitrogênio tendem a incrementar a produtividade, sendo que o equilíbrio econômico foi encontrado na dose de 131 kg N ha-1, cuja produtividade de algodão em caroço de 3633 kg ha-1, o tratamento sem fertilização nitrogenada apresentou redução de 7,5 %, deste valor.

Rossato et al. (2012) no estado do Arizona, EUA, utilizando-se de sensores de sensores de refletância e fluorescência para estimar teores de N-NO3-, biomassa e produtividade de algodão, sob irrigação, submetido a diferentes doses de nitrogênio em solo franco arenoso, relatou, na dose de 130 kg N ha-1 e densidade de 122 mil plantas há-1, produtividade aproximada de 5000 kg ha-1. Dai et al (2015) avaliando componentes de produtividade em cultivares de algodão transgênicos de alto rendimento na China sob condições de irrigação, relata que o rendimento econômico da cultura varia com a densidade de plantas. Foram observados maiores densidade dos capulhos, porcentagem de fibra, produtividade de sementes e de fibras e biomassas totais na densidade de 6,9 plantas m-2 em comparação a 5,1 plantas m-2, entretanto maiores pesos de capulhos e índice de colheita foram relatados para menores densidades. A produtividade observada para tais densidades foi de 7596 kg ha-1 e 7480 kg ha-1 respectivamente.

Outra variável de produtividade observada foi o peso de 30 capulhos, cuja finalidade o posterior descaroçamento e avaliação de rendimento de pluma e peso de sementes (Tabela 11). Os pesos totais (g 30 capulhos-1) observados foram 3,2 e 2,3 % maiores nos fertilizantes UP e Sulf, respectivamente, do que no tratamento sem fertilização nitrogenada (Testemunha), o fertilizante de maior peso total (UP) apresentou incremento de 1,1 % em relação ao de menor (Sulf). As médias de peso pluma (g 30 capulhos-1) foram 4,5% (UP) e 3,2 % (Sulf) maiores do que o tratamento sem fertilização nitrogenada (Testemunha). O incremento relativo em peso de sementes (g 30 capulhos-1) foi de 2,5 e 1,8 % nos fertilizantes, Ureia Perolada e Sulfammo, em relação à Testemunha. (Tabela 10). No entanto, a análise de variância (ANOVA) não apresentou diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos para tais variáveis.

Tabela 11: Peso de 30 capulhos (P30), rendimento de pluma e peso de caroços de algodão dos tratamentos avaliados. Valores entre parênteses representam o desvio padrão das respectivas médias. Letras diminutas distintas representam variações estatísticas entre os tratamentos.

Tratamentos Médias Médias Médias P30 (g) Pluma (g) Caroço (g) T 177,5 (18,3)a 77,0 (8,1)a 100,5 (10,4)a Sulf 181,7 (2,8)a 79,4 (0,6)a 102,3 (2,2)a UP 183,7 (16,4)a 80,6 (8,0)a 103,1 (8,3)a Tukey (p ≤ 0,05)

O maior rendimento de pluma foi observado no tratamento Ureia Perolada, que correspondeu a 43,9 % da sua massa total, seguido de Sulfammo e Testemunha com 43,7 e 43,4 % de pluma, respectivamente. Dai et al (2015) observou rendimento de pluma aproximadamente 42,6 % em cultivares de alto rendimento, sob irrigação, na China. Ferreira et al. (2010) relatou rendimento de fibras médio de fibra de 41,9 (± 0,2) %, em experimento avaliando influencias de diferentes culturas de cobertura antecessoras ao cultivo de algodão no cerrado goiano.

A produtividade de pluma de algodão foi estimada a partir da razão entre a produtividade de algodão em caroço pela proporção de fibra observada em cada tratamento. Maiores, porém, não estaticamente significativas (p ≤ 0,05) médias de produtividade de pluma foram observadas no fertilizante Sulf, seguido de UP e T, com 2300,1 (± 826,4); 1996,4 (± 727,1) e 1688,9 (± 565,1) kg ha-1, respectivamente. O incremento relativo dos respectivos fertilizantes para o tratamento sem fertilização nitrogenada (T) foi de 26,6 e 16,4 %, entre os fertilizantes, o de maior (Sulf) produtividade de algodão em pluma representou aumento relativo de 13,2 % em relação ao de menor (UP).

Alves et al. (2006), relatou produtividade de algodão em fibra de 2471 kg ha-1, em experimento avaliando balanço de nitrogênio utilizando-se de técnica de diluição isotópica. O algodão foi cultivado em sucessão a soja, a adubação nitrogenada (Sulfato de amônio) foi realizada em cobertura, na dose de 115 kg há-1. No entanto Mao et al. (2014), avaliando rendimento de fibra em algodão submetido a altas doses de nitrogênio (225 kg há-1) oscilando entre 1000 e 1600 kg há-1, sob condições irrigadas.

O rendimento de sementes relatado por Ducamp et al. (2012) em experimento conduzido no estado do Mississipi (EUA), avaliando doses crescentes de nitrogênio na cultura do algodão e efeito de resíduos culturais de centeio oscilou entre 1742 e 3800 kg ha-1, sendo o maior valor observado na dose de 140 kg N ha-1.

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