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A Produção de Madeira do Estado de Goiás em Relação aos Principais Produtores

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CAPÍTULO III – A PERSPECTIVA PARA A PLANTAÇÃO DE TECA

3.2. A Produção de Madeira do Estado de Goiás em Relação aos Principais Produtores

O Estado de Goiás se mostra atrasado não somente em relação a outros Estados que tem tradição em silvicultura, mas também em comparação àqueles que têm buscado conquistar o mercado como o de Tocantins.

Observa-se, por exemplo, que nos dias 09 e 10 de novembro de 2.010, se realizou em Goiás um Simpósio de Eucaliptocultura31, no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás, enquanto em Tocantins, nas mesmas datas, se realizava o 1º Congresso Florestal de Tocantins32.

31http://www.remade.com.br/br/evento.php?num=1063&cat=1&title=Simp%F3sio%20de%20Eucaliptocultur a, acesso em 12/11/2010.

32Programação do Congresso Florestal de Tocantins: Tocantins Florestal / 1º Congresso Florestal de Tocantins / Dias 9 e 10 de novembro de 2010 / Local: Espaço Cultural - Palmas – TO / Programação:

O Novo Código Florestal Brasileiro: Senadora da República Kátia Abreu, Presidente da CNA; Financiamento de projetos florestais: Rodrigo Rasga, EISA; Porque plantar florestas é um bom negócio! Pedro Francio Filho, Engenheiro Agrônomo; Programas de incentivo ao desenvolvimento florestal: Derli Dossa, Ministério da Agricultura; A experiência de Mato Grosso do Sul no desenvolvimento do setor florestal: Luiz Calvo Ramires Jr, Presidente da Reflore/MS, Diretor Ramires Reflorestamentos; A influência dos fatores bióticos e abióticos na ocorrência de surtos de pragas em plantios florestais: Edson Tadeu Iede, Embrapa Florestas; Análise pedológica: Paulo Pessoti; Tocantins, nova plataforma de desenvolvimento sustentável do Brasil: Roberto Sahium, Secretaria Estadual de Agricultura do Tocantins; Políticas públicas para o setor florestal:

92 Constata-se, portanto, que o Governo de Goiás não tem se empenhado em fomentar o plantio de florestas, embora este seja comprovadamente um bom negócio e o Estado detenha uma excelente área para o cultivo. De fato, Goiás possui uma área de 340.086,698 km2, ocupando a sétima posição no ranque dos maiores Estados do Brasil; enquanto Tocantins possui 277.620,914 km2 e a 10ª posição; o Paraná, 199.314,850 km2 e a 15ª posição; e Santa Catarina, 95.346,181 km2 e a 20ª posição. Veja os dados na tabela abaixo:

Fernando da Fonseca, Presidente da Abraf (Associação Brasileira das Empresas Produtoras de Florestas Plantadas); Aspectos do georreferenciamento e a limitação de aquisição de terras por estrangeiros: Luiz Antonio Ugeda Sanches, Diretor-executivo do Instituto Geodireito (IGD); Crédito de Reposição Florestal: Sidney Sabbag, Ibama; Linhas de financiamento e crédito florestal: Banco da Amazônia; Aspectos sociais e econômicos dos plantios florestais: Sebastião Valverde, UFV; Desafios socioambientais para o setor de florestas plantadas: João Comério, Diretor de Negócios Florestais Suzano Papel e Celulose; Melhoria do retorno do investimento baseado em controle da eficiência e da eficácia dos processos florestais: Marcelo Ambrogi, Diretor da IMA Gestão e Análise Florestal; Os entraves da Silvicultura no Tocantins: Nelson Barboza Leite; Sistemas agroflorestais com eucaliptos e seu potencial para o Tocantins: Professor Silvio Nolasco, Universidade Federal de Viçosa; Plantios florestais no Tocantins (Estudo de Caso): Irajá Abreu, Aliança Florestal; Fosfato Natural Itafos: qualidade e melhor relação custo-benefício em cultivos florestais: Christiane Melo, Engenheira Agrônoma e Coordenadora de Desenvolvimento Itafos; Aspectos que influenciam a decisão de um investidor florestal: Jefferson Bueno, Silviconsult; Desafio das novas fronteiras florestais do Brasil: Manoel de Freitas, Consultor. Para informações mais detalhadas do 1º Congresso Florestal de Tocantins ver a página: http://www.tocantinsflorestal.com.br/, acesso em 01/11/2010.

GRÁFICO VII – Estado versus área em km2

Fonte: Elaborado por Melina L. Dantas, a partir de dados obtidos do:

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo Agropecuário 2006. Brasil. Grandes Regiões e Unidades da Federação. Rio de Janeiro, p. 1-777, 2006, e do site: http://pt.wikipwdia.org/wiki/Anexo:ListadeestadosdoBrasilpor%C3%Alrea, acesso em 22/11/2010.

93 No entanto, as exportações de Paraná e Santa Catarina são impressionantes, notadamente se forem observadas as dimensões territoriais dos mencionados Estados. De acordo com a REMADE, REVISTA DA MADEIRA:

TABELA IV – Exportações brasileiras de madeira em 2009 por UF

Estado US$ FOB

Paraná 531.781.471

Santa Catarina 349.381.910

Goiás 120.626

Fonte: Para mais informações ver: http://www.remade.com.br/br/bd_madeira.php?num=9&title=E xportações Brasileiras de Madeira em 2009 por UF, acesso em 12/11/2010.

TABELA V – Exportações brasileiras de móveis em 2009 por UF

Estado US$ FOB

Santa Catarina 251.623.210 Rio Grande do Sul 200.620.572

São Paulo 119.263.085

Paraná 86.833.587

Goiás 216.682

Fonte: Para mais informações ver: http://www.remade.com.br/br/bd_moveis.php?num=2&title=E xportações Brasileiras de Móveis em 2009 por UF, acesso em 12/11/2010.

TABELA VI – Exportações brasileiras de papel em 2009 por UF

Estado US$ FOB

São Paulo 999.942.928

Paraná 337.270.093

Santa Catarina 157.310.592

Goiás 1.066.253

Fonte: Para mais informações ver: http://www.remade.com.br/br/bd_papel_celulose.php?num=4& title=Exportações Brasileiras de Papel em 2009 por UF, acesso em 12/11/2010.

94 Vê-se claramente, portanto, que Goiás está bastante defasado em comparação aos demais Estados da federação e que sua produção de madeira e derivados é irrisória em relação aos principais exportadores. Outros Estados não possuem exportações significantes, porém apresentam maior área de florestas plantadas com eucalipto do que Goiás, de acordo com dados divulgados pela ABRAF:

De acordo com a mesma fonte, Espírito Santo com área bem inferior a Goiás (46.077,519 km2) possui florestas bem maiores (210.410 ha plantados com eucalipto em 2009). E Tocantins, com 277.620,914 km2 de área e 44.310 ha de eucalipto em 2009, deve ultrapassar o número de florestas plantadas em Goiás ainda em 2010.

Em Mato Grosso, há dados oficiais de plantio de florestas para os anos de 2007 e 2008, demonstrando que há instituições dedicadas ao estudo de florestas plantadas e sintonizadas com o potencial do Estado para o setor florestal em plena ascensão. São elas: EMBRAPA Floresta (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Unidade Florestas); AREFLORESTA (Associação de Reflorestadores do Estado do Mato Grosso); EMPAER (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural); e UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso).

Em Mato Grosso do Sul, há diversas empresas associadas da ABRAF e, ainda, a Associação Sul Matogrossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas – REFLORE. Tocantins apresenta uma participação efetiva do Governo Estadual, pois a

TABELA VII – Florestas plantadas com eucalipto no Brasil (2005‑‑‑‑2009)

ESTADO 2005 (ha) 2006 (ha) 2007 (ha) 2008 (ha) 2009 (ha)

BA 527.386 540.172 550.127 587.610 628.440

MS 113.432 119.319 207.687 265.250 290.890

GO 47.542 49.637 51.279 56.880 57.940

Fonte: Para mais informações ver: ABRAF – Associação Brasileira de Produtores de

Florestas Plantadas. Anuário estatístico da ABRAF 2010, (ano base 2009) PDF.

Brasília, 2010. Disponível para acesso no site:

95 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento forneceu os dados atualizados para o ano de 2009 para a elaboração do Anuário Estatístico da ABRAF.

O Estado de Goiás, além de não possuir empresas associadas da ABRAF, também não possui Associações de Produtores Rurais, nem linhas de pesquisa financiadas pelo Governo Estadual para a produção de florestas, demonstrando falta de sintonia em relação ao potencial do Estado.

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