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5. PRODUTIVIDADE

5.3 ANÁLISE COMPARATIVA DOS SISTEMAS

5.3.3 PRODUTIVIDADE EM m²/hora

A última análise de produtividade presente na pesquisa é relacionada com o índice de produtividade em m²/hora que possui apenas um caráter mais explicativo por não levar em conta a quantidade de operários envolvidos no sistema, sendo utilizada apenas para quantificar qual equipe produzia mais reboco em cada hora de observação nas 8 semanas. O Gráfico 6 ilustra o desempenho da produtividade que as equipes obtiveram durante esse período, comparando os sistemas manual e projetado.

Gráfico 6 - Comparação dos índices de produtividade em m²/hora entre os sistemas de revestimento convencional e mecanizado das equipes em estudo.

É nítida a grande diferença de serviço executado por hora entre a equipe 1z, com o resto das outras equipes. O fato é justificado por essa ter sido constituída apenas de 1 pedreiro e 1 ajudante, o que limitou drasticamente a execução de revestimento nas horas de trabalho e, ocasionou em uma produtividade média de 2,92 m²/h. Enquanto isso, as equipes 1x, 1y,2y e 3y possuíam uma quantidade maior de operários e ajudantes realizando o processo do reboco na alvenaria, resultando em uma maior quantidade de serviço feito por hora. Dessa forma, já era esperando que as equipes mecanizadas obtivessem maior produtividade em m²/hora do que a convencional.

2,92

13,37

10,03

8,46 8,99

000 002 004 006 008 010 012 014 016

1z 1x 1y 2y 3y

Manual Mecanizado

m²/h

Produtividade em m²/h : Sistema Manual X Mecanizado

75 Seguindo, percebe-se que a equipe 1y, mesmo obtendo um valor de produtividade em 10,03 m²/hora, que é maior do que as equipes 2y e 3y, teve seu desempenho em Hh/m² e em m²/dia.pedreiro inferior aos demais, o que indica uma menor eficiência no processo construtivo mesmo produzindo maior quantidade área revestida por hora, uma vez que a equipe 1y possuía mais pedreiros e ajudantes que os outros grupos, assim esperava-se um valor superior de produtividade também nas outras unidades que foram analisadas. Justificando essa peculiaridade encontrada na equipe 1y, Cunha (2011) disserta que a quantidade de operários não garantem uma produção mais rápida e eficiente, além de indicar que mesmo um sistema construtivo tenha um valor satisfatório em produtividade por hora, esse mesmo pode esconder ineficiência na execução devido à quantidade exacerbada de operários, etapas realizadas com atraso e com descontinuidades no processo.

- Análise Comparativa Para Um Mesmo Apartamento

Por último, também se realizou a comparação do índice de produtividade em m²/h entre as equipes do sistema convencional e projetado de revestimento levando em conta apenas a área de reboco de um apartamento de 245 m² de área revestida que cada equipe executou isoladamente, permitindo assim, uma maior semelhança tanto no intervalo de observação dos dois sistemas, bem como nos possíveis influentes internos e externos do resultado final de cada frente de serviço. Assim, a partir do Gráfico 7 tem-se a comparação dos resultados que cada equipe obteve em suas respectivas produtividade em m²/hora.

Gráfico 7- Comparação da produtividade em m²/hora para os dois sistemas de revestimento, considerando a execução de um apartamento com 245 m² de área de alvenaria.

2,92

13,88

10,82

8,89 9,40

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00

1z 1x 1y 2y 3y

Manual Mecanizado

m²/hora

Equipes

Comparação da Produtividade para 245m² : m²/hora

76 O Gráfico 7 indica que houve aumento no índice de produtividade em todas as equipes que realizaram o método mecanizado de revestimento em argamassa, tendo também a equipe 1y a que obteve o maior aumento numérico em relação ao seu resultado anterior, indo de 10,03 para 10,82 m²/hora. Além disso, a equipe 1x continuou sendo a equipe que mais produzia metros quadrados de reboco a cada hora de expediente, sendo que para um apartamento de 245 m² de área revestida, sua produtividade média foi de 13,88 m²/hora com um equipe de 4 pedreiros e 2 ajudantes, frente essa praticamente 4 vezes maior que a do sistema convencional.

6.CONSUMO

O índice de desempenho do consumo visa confirmar a veracidade sobre a quantidade de material utilizado para se realizar o serviço em relação ao que é informado pelo fabricante, isto é, se realmente a quantidade de argamassa estimada pelo fornecedor consegue executar, em média, um metro quadrado de reboco (PARAVISI, 2008). Dessa maneira, é importante a análise comparativa a respeito dos dois sistemas visto que é cada vez mais procurada uma racionalização nos orçamentos no cenário da construção civil atual, o que acarreta uma maior preocupação em evitar futuros aditivos de produto e mão de obra em obras civis devido a erros de planejamento e previsões do quantitativo nas etapas iniciais.

Para a medição desse índice, foi realizado uma observação direta durante as mesmas 8 semanas que vendo seguidas no estudo e, através de contagem e registro diário da argamassa utilizada, pode-se encontrar o valor em kg que cada sistema de revestimento da alvenaria utilizou.

Durante a observação do sistema convencional, acompanhou-se a quantidade de jericas que o ajudante levava para o apartamento em execução, sendo de fácil acompanhamento devido ao método convencional ter incluído apenas um único apartamento na análise. Dessa forma, a partir do número de jericas com argamassa usinada que foram usadas diariamente, além das informações fornecidas pelo fornecedor de que 8 jericas equivalem a 1 m³ e que a massa especifica da argamassa usinada no estado seco é de aproximadamente 1700 kg/m³, então foi possível obter o valor do material em quilogramas.

77 Já para a coleta da quantidade de argamassa utilizada no sistema projetado de revestimento foi necessário uma melhor metodologia para obter os dados de consumo, uma vez que esse sistema incluía 4 equipes diferentes com suas respectivas bombas que se localizavam em diferentes locais do empreendimento, sendo inviável a observação direta durante todo o expediente. Pensando nisso, foi planejado um esquema em que os operadores das bombas foram instruídos a empilharem e anotarem a quantidade de sacos batidos na bomba de projeção em tempo de mais ou menos 2 horas, período esse que o observador passava em cada equipe e registrava essa quantidade. Assim, periodicamente passava-se em cada uma das 4 bombas de projeção, recontava-se os sacos vazios e assim registrava no memorial de cálculo o consumo diário, que era posteriormente registrado em planilhas eletrônicas para compilação de dados.

Assim, nos subcapítulos abaixo serão apresentados os dados obtidos durante as 8 semanas de observação de cada sistema de revestimento.

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