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Aspiração endotraqueal para paciente em choque séptico em UTI sem injúria pulmonar

Protocolo Nº 01 Versão 01 Elaborado em: Dez de 2013

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Objetivo:

Realizar aspiração endotraqueal em pacientes com choque séptico sem injúria pulmonar UTI.

Definição:

A aspiração endotraqueal com sistema aberto é realizado com frequência em unidades de terapia intensiva (UTI) para pacientes que estão sob ventilação mecânica(1). Diante da incapacidade fisiológica desses pacientes em realizarem a própria higiene brônquica, a aspiração endotraqueal, torna-se o procedimento indispensável para manter a perviedade das vias aéreas.

Indicação para aspiração endotraqueal sem replementação de O2:

 Pacientes entubados em prótese ventilatória sem injúria pulmonar  Paciente com níveis gasométricos normais;

 Paciente com PEEP ≤ 12 cm de H2O;

 Paciente com SpO2 acima de 95%

 Pacientes com volume corrente maior do que 300 ml/min  Pacientes com P/F acima de 300

 Pacientes com FiO2 abaixo de 0.6

Contraindicação para aspiração endotraqueal sem replementação de O2:

 Pacientes infartados;

 Insuficiência cardíaca descompensada;  Pacientes neurológicos;

Recomendações para uma aspiração sem replementação de O2 de forma segura:

 Avaliar os valores gasométricos basais;

 Avaliar frequentemente a produção secreção pela asculta pulmonar, evitando excesso de secreção entre as aspirações;

 Utilizar o cateter de calibre adequado para o tamanho do tudo endotraqueal;

 Introduzir o cateter sem pressão negativa nas vias aéreas;

 Não exceder 15 segundos durante aspiração endotraqueal;

 Aspirar na presença do reflexo de tosse;

 Reconectar prontamente o paciente ao VM ao término de cada aspiração endotraqueal;

 Proceder a nova aspiração endotraqueal após reestabelecimento dos valores basais da SpO2.

Algoritmo para aspiração endotraqual sem replementação de O2

Material a montagem do sistema de aspiração:

 01- Válvula redutora de pressão à vacuo ou oxigênio;  01-Frasco de aspiração à vácuo ou oxigênio;

 02- Borracha de aspiração de silicone estéril; Material para o procedimento:

 01- Máscara;  01- Luva estéril;

 01- Óculos;

 02- pacotes de gaze estéril

 01- Frasco de águal destilada de 100 ml

 02- Cateteres de aspiração n° 12 para tubos endotraqueais até 7 mm e 14 para até 8,5mm e 16 para 9,0 mm.

Procedimento:

 Organizar o material necessário;

 Comunicar ao paciente o procedimento que será executado, mesmo os sedados.  Dispor o material de forma organizada;

 Conectar o frasco a rede de gás;

 Conectar a borracha de aspiração na saída do frasco de vácuo;  Testar a pressão do vácuo, a pressão não deve execeder 150 mm.  Lavar as mãos;

 Registrar os dados da SpO2, PA e FR;

 Parar a dieta enteral;

 Abri a embalagem da sonda, as luvas estéreis, o frasco de água destilada e a gaze materiais estéreis. Repousar sobre embalagem interna da luva estéril os materiais estéreis;

 Calçar as luvas estéreis;

 Selecionar a mão não estéril e conectar a sonda à borracha de aspiração na porção distal;

 Repousar a sonda sobre o campo estéril, utilizar a embalagem da luva para este fim.

 Desconectar o paciente da VM;  Aspirar a boca;

 Trocar o cateter;

 Aspirar o tubo orotraqueal ou a traqueostomia, sem movimentos rotatórios em até 15 segundos e na presença do reflexo de tosse. Se ausente, aspirar quando apresentar resistência do tubo ao cateter de aspiração(em último caso);

 Conectar o paciente a VM;

 Após reestalecimentos aos valores basais de SpO2 proceder a nova aspiração

 Lavar a borracha de aspiração com a água destilada estéril e descartar o cateter;  Proteger a ponta da borracha de aspiração com a embalagem estéril do cateter.  Observar a volta do reestabelecimento do paciente para os padrões de

normalidade;

 Descartar o material;  Lavar as mãos;

 Registar as características da secreção e a SpO2 Notas importantes:

Se o paciente estiver muito secretivo deverá proceder a uma nova aspiração quando os parâmetros vitais e a SpO2 retornar aos valores iniciais pré-aspiração.

A pressão do vácuo não deve ultrapassar 150 mm, quando for possível;

O frasco de aspiração não poderá ultrapassar 2/3 do volume total do frasco com risco de transbordamento;

Qualquer situação anormal comunicar ao médico.

Referências

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2. Ferreira AOM, Silva MES, Lima DVM. Oxemia pós-aspiração traqueal na sepse: crossover de pacientes com e sem supraotimização de oxigênio. Comunicação coordenada. 17º SENPE. Natal (BR): Rio Grande do Norte. 3 a 5 de junho.

3. Ferreira AOM, Silva MÊS, Lima DVM A aspiração endotraqueal com sistema aberto utilizando a supra otimização ou supressão de O2 comparando-se SaO2 e

PaO2: ensaio clinico do perfil da oxemia em UTI . Comunicação coordenada. 17º

SENPE. Natal (BR): Rio Grande do Norte. 3 a 5 de junho.

choque séptico: ensaio clínico crossover randomizado [Dissertação de mestrado profissional ]. Universidade Federal Fluminense; Escola de Enfermagem Aurora

Afonso Costa, 2013.

Elaborado por: Revisado por: Aprovado por:

Enf. Mestre Alexandra de Oliveira Matias Ferreira

Prof° Dr Dalmo Valério Machado de Lima

9. Referências

1 Ferreira AOM, Silvino ZR, Christovam BP, Lima DVM. Aspiração endotraqueal em unidade de terapia intensiva: uma revisão integrativa. Rev enferm UFPE on line. 2 González AN, Mingo AM, Eseberri SME, Coscojuela, MAA, Erro MCA . Evalución de la competencia y de los conocimientos científicos de fermeras de UCI em la aspiración endotraqueal de secreciones. [internet] 2004, [cited 2013 May 4]; 15(3):101-11. Available from: http://www.elsevier.es/en/node/2034094#3ae680894e53727ea6d191d12ae103c3 3 Farias GM, Freire ILS, Ramos CS. Aspiração endotraqueal: estudo em pacientes de uma

unidade de urgência e terapia intensiva de um hospital da região metropolitana de Natal– RN.Rev. Eletrônica Enfermagem. [internet]; 2006; [cited 2013 Nov 15]; 8(1): 63-9. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/original_08. htm

4 Brasil. Lei nº 7.498/86, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências [internet]; 1986 Jun [cited 2013 Sept 18]. Available from: http://novo.portalcofen.gov.br/lei-n-749886-de-25-de-junho-de- 1986_4161

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7 III Consenso de Ventilação Mecânica. Ventilação Mecânica na Lesão Pulmonar Aguda (LPA)/Síndrome do Desconforto respiratório Agudo (SDRA). J Bras Pneumol. [internet] 2007 [cited 2013 Aug 1];33(Supl 2):S 119-S 127. Available from: http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/1193183909_75_0.pdf

8 American Association for Respiratory Clinical. Practice Guideline: Endotracheal Suctioning. Respir Care [ on line] 2010[ cited 20130 Nov 13];55(6):758 –764. Available from: http://rc.rcjournal.com/content/55/6/758.full.pdf+html

9 Bourgault AM, Brown CA, Hains SM, Parlow JL, "Effects of endotracheal tube suctioning on arterial oxygen tension and heart rate variability. Biol Res Nurs [internet] 2006 April [cited 2013 Oct 31] 7:(4) 268-278. Available from: doi: 10.1177/1099800405285258

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