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Como produto do Mestrado Profissionalizante em Patrimônio Cultural, será entregue a Prefeitura Municipal de Santa Maria (PMSM) e ao Instituto de Planejamento Urbano de Santa Maria (IPLAN) o material para solicitação de tombamento municipal da Vila Waldemar Rodrigues.

5.1 DECRETO EXECUTIVO N° 065

Em contato com a prefeitura Municipal de Santa Maria, que orientou a procurar a Secretaria de Município de Gestão e Modernização Administrativa para maiores esclarecimentos do processo de tombamento municipal, a Superintendente de Administração, Sra. Josi Aline Munhoz Walter orientou via e-mail a seguir o Decreto Executivo nº 065, de 04 de abril de 2006, que disciplina a tramitação dos processos de tombamento, e relatou que: “embora careça de atualização, ainda está vigente e nos baseamos para a tramitação dos processos de tombamentos”.

Ainda complementou que quanto a solicitação de tombamento, pode-se utilizar o modelo padrão encontrado no site do Instituto de Planejamento - IPLAN, que com base nesse modelo o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Santa Maria – COMPHIC, analisa o processo, sugerindo ainda que no ofício enviado tenha a justificativa do que e porque tombar.

Então, no decreto estadual n° 065, é descrito que a solicitação de tombamento deverá ser encaminhada diretamente ao gabinete do Senhor Prefeito, que após autorizar a tramitação, para pertinente análise e posterior decisão. A solicitação então será encaminhada à Secretária de Município da Cultura ou a Secretária de Município de Proteção Ambiental, dependendo do caso, que irá emitir parecer fundamentado esclarecendo o valor histórico e cultural do imóvel a ser tombado.

Após essa fundamentação histórica e cultural, o processo será enviado a Secretária de Município de Turismo e Eventos para emitir parecer relativo a área de atuação do bem imóvel. Em seguida, o processo será direcionado ao Instituto de Planejamento de Santa Maria para ser analisado e emitir parecer com referência a viabilidade do tombamento, sendo esse parecer positivo o processo será transferido para a Secretária de Finanças para a verificação do cadastro municipal de imóveis –

IPTU25, onde será visto as dívidas existentes e a avaliação da desvalorização que o

tombamento poderá ocasionar ao imóvel, além disso será proposto, a nível de incentivo, a redução no IPTU do imóvel e junto será entregue o impacto orçamentário- financeiro da redução de IPTU.

No caso de o parecer ser favorável, iniciará de fato o processo de tombamento municipal, baseado na Lei Municipal n° 3999/96.

5.2 LEI MUNICIPAL 3.999/96

Segundo a Lei Municipal 3.999/96 de 24 de setembro de 1996, que dispõe sobre a Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural do Município de Santa Maria, e dá outras providências, no artigo 1° da respectiva lei, está escrito que constitui Patrimônio Histórico e Cultural o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no território do município, sendo de interesse público a conservação e proteção contra a ação destruidora decorrente da atividade humana e do tempo, que sejam vinculados a fatos pretéritos memoráveis ou fatos atuais significativos; seu valor arqueológico, artístico, bibliográfico, etnográfico ou folclórico; ou a sua relação com a vida e a paisagem do Município.

No 2° e 3° artigo a lei explica que os bens que se refere sujeitarem-se ao tombamento, nos termos da Lei, terão sua inscrição no livro tombo, e que ainda a Lei aplica-se as coisas pertencentes, tanto as pessoas físicas, como a pessoa jurídica, privado e público interno.

O Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Santa Maria – (COMPHIC-SM), é o órgão de assessoramento responsável pela proteção, vinculado ao Prefeito por linha de coordenação, cabendo ao mesmo:

a) Inventariar e registrar os bens cujas características ensejam preservação; b) Cadastrar os bens cujas características ensejam tombamento emitindo parecer fundamentado;

c) Apreciar, de ofício ou requerimento, a conveniência de tombamento, emitindo parecer ao tombamento fundamentado;

d) Proceder ao tombamento provisório;

e) Encaminhar ao Prefeito para homologação, requerimento ou proposta de tombamento definitivo;

f) Articular-se com os demais órgãos da administração Municipal, para o atendimento de suas finalidades e, especialmente, para fiscalização do cumprimento da Lei;

Segundo a Lei, o processo de tombamento terá início com o requerimento do proprietário ou de qualquer um do povo, além de proposta de qualquer membro do COMPHIC-SM, ou ainda por projeto do Poder Executivo e Legislativo Municipal.

A proposta de Tombamento Municipal é para que conforme o art. 18 da mesma norma, o conjunto da Vila Waldemar Rodrigues fique sujeito a proteção, vigilância e fiscalização permanente, podendo ser inspecionado sempre que o COMPHIC-SM julgar necessário, além de:

Art. 20 - Verificada a urgência para realização de obras de conservação em qualquer bem tombado, ou recusando-se o seu proprietário ou possuidor a realizá-los, o Município tomará a iniciativa de projetá-las e executá-las, independentemente de comunicação ao proprietário ou possuidor, devendo este ressarcir o erário público, sem prejuízo das sanções cabíveis.

Parágrafo único - A requerimento do proprietário que comprovar insuficiência de recursos para realizar obras de conservação ou restauração do bem tombado, o Município poderá assumir o ônus de sua execução.

Art. 21 - Sem prévia autorização do Município não poderá ser executada qualquer obra nas vizinhanças do imóvel tombado, que ponha em risco sua integridade, lhe possa impedir ou reduzir a visibilidade ou, a juízo do COMPHICSM, não se harmonize com o aspecto estético ou paisagístico do bem tombado.

Embasado no decreto executivo n° 065/06 e a lei munipal 3.999/96, foi gerado o material a seguir.

5.3 PEDIDO DE TOMBAMENTO CONTENDO OS DADOS PESSOAIS

A solicitação que será entregue diretamente ao gabinete do Senhor Prefeito decreto executivo n° 065/06 e encontra-se no apêndice A para não sair da formatação desejada.

5.4 DADOS HISTÓRICOS DO LOCAL COM JUSTIFICATIVA DO QUE E PORQUE TOMBAR

O conjunto da Vila Waldemar Rodrigues, embora não estando protegido pelo estado, nem tampouco pelo município, é um conjunto arquitetônico inserido em um

contexto histórico importante para a cidade, agregando valores a um período relevante da história nacional. As demais informações encontram-se no apêndice B.

5.5 FICHA PREENCHIDA DO INSTITUTO DE PLANEJAMENTO DE SANTA MARIA – IPLAN

Segundo informado no site do IPLAN, na aba Plano Diretor, Ficha Inventário de Patrimônio Cultural, (figura 47), o modelo de documento que se encontra em anexo no site (Ficha Inventário de Patrimônio Cultural), deve ser encaminhado para a Prefeitura Municipal de Santa Maria, por intermédio do Instituto de Planejamento (IPLAN), quando o objetivo for a criação de patrimônio cultural no município. Porém esta informação diverge do que está descrito no decreto estadual n° 065, sendo este último o caminho escolhido para ser seguido para a abertura do processo de tombamento, no apêndice C está a ficha de inventário preenchida de acordo com o que foi indicado.

Figura 47: Imagem do site do IPLAN – Ficha de Inventário de Patrimônio Cultural.

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