• Nenhum resultado encontrado

Professor que desenvolve e promove competências transversais: O professor que se preocupa com as competências de leitura e escrita dos alunos (CP4); O professor

A 2.ª dimensão focalizava a caracterização dos pais /encarregados de educação Para a caracterização do nível de instrução foi apresentada uma listagem aos

2. Professor que desenvolve e promove competências transversais: O professor que se preocupa com as competências de leitura e escrita dos alunos (CP4); O professor

que desperta e valoriza os conhecimentos anteriores dos alunos sejam eles históricos ou de outras disciplinas (CP6); O professor que promove nos alunos o desenvolvimento de competências de crítica (leitura, escrita e oral) (CP8);

3.Professor aberto e flexível: O professor que tem em atenção as personalidades dos alunos (CP5); O professor que usa vários tipos de fontes (escritas, visuais, filmes, canções, etc.) para que os alunos compreendam a História (CP7); O professor que adapta

29 os seus planos às intervenções, sugestões e interesses dos alunos (CP11); O professor que se preocupa em saber e resolver as dúvidas dos alunos (CP12);

4.Professor burocrático: O professor que se preocupa com a avaliação (CP9); O professor que se preocupa apenas em cumprir o que foi planeado (CP10).

Para terminarmos a referência à análise de conteúdo adoptada, salientamos que o mesmo procedimento foi feito para a 5.ª dimensão do nosso questionário, em que os alunos eram confrontados com as “actividades pedagógicas” (AP) levadas a cabo na sala de aula (AP1 a 16) e sobre as quais se pronunciavam sobre as que mais /menos gostavam de fazer (V. Quadros 47 e 48 – Capítulo 3). A categorização empírica das justificações dadas resume-se no quadro 49, para as de que mais gostavam (AP1, 2, 3, 11 e 12) e no quadro 52 (AP1, 2, 5, 7 e 15) para as de que menos gostavam.

Assim e para as AP que de mais gostavam, as categorias por nós criadas foram as seguintes:

- AP1: “Exploramos o manual oralmente”: -Desenvolvimento do espírito crítico dos alunos; -Favorece o desenvolvimento da expressão oral; -Favorece a aprendizagem.

- AP2: “Exploramos documentos escritos oralmente”: -Favorece a aprendizagem; -Fomenta a participação dos alunos.

- AP3: “Exploramos documentos visuais e sonoros, como por exemplo

fotografias, bandas desenhadas, caricaturas, músicas, etc.”: -Natureza lúdica vs Interesse;

-Facilitação da aprendizagem; -Favorece o conhecimento dos diferentes períodos históricos; -Desenvolve o espírito crítico dos alunos.

- AP11: “Participamos em discussões e debates sobre os temas e assuntos

estudados”: -Favorece a aprendizagem; -Desenvolve o espírito crítico/ confronto de

30 - AP12: “Preparamos e fazemos visitas de estudo”: - Natureza lúdica vs Interesse; -Relação Passado/ Presente; -Diversidade cultural/ patrimonial: -Reconstruir a História.

Para além da análise de conteúdo das justificações dadas pelos alunos às questões abertas, procedeu-se ao tratamento estatístico, analisando qualitativa e quantitativamente os dados, de forma descritiva, fazendo-se a síntese dos dados através da distribuição das “frequências” relativas e absolutas, das “médias aritméticas” simples, a “mediana”, a “moda” (Dimensão 1 - Identificação da amostra: idade, género; Dimensão 2 - caracterização dos pais /encarregados de educação: habilitações literárias dos pais) e os “totais” dos scores.

Esperar-se-á encontrar, pois, diferenças e comunalidades nas ideias dos alunos sustentadas simultaneamente por tratamentos de natureza estatística e heurística. Para o tratamento de dados, utilizou-se o programa informático SPSS (Statistical Package for the

Social Sciences)

2.5 Estudo exploratório

Apesar de o nosso estudo ser sustentado por outras investigações similares no que diz respeito ao formato e conteúdo substantivo do instrumento de recolha de dados (V. Capítulo 2), considerou-se relevante desencadear um breve estudo exploratório com o objectivo de avaliar o nosso instrumento nomeadamente quanto à sua aplicabilidade, legibilidade e relevância informativa. Os seus dados serão também considerados aquando da análise dos dados e da redacção das conclusões do estudo definitivo, permitindo assim o exercício de confirmação e ou infirmação.

O estudo exploratório decorreu ainda no mês de Outubro, numa Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico do distrito de Aveiro situada num dos seus concelhos limítrofes interiores, onde os sectores de actividade económica preponderantes são, neste momento, o secundário, tendo como complemento dos rendimentos dos agregados familiares a agricultura. Foi a similitude com o contexto do estudo principal que

31 levou o investigador a auscultar, por questionário, alunos dos nonos e décimos segundos anos.

A selecção da amostra foi feita aleatoriamente de uma das turmas do nono ano, e, no caso dos alunos do décimo segundo ano, foram também seleccionados do mesmo modo de cada uma das turmas de Ciências Sociais e Humanas que têm a disciplina de História A. A amostra deste estudo exploratório é assim constituída por 10 alunos (N=10). Refira-se que o questionário foi dividido em cinco partes, a saber: 1 – Identificação, 2 – Habilitações Literárias dos Pais, 3 – Finalidades da História, 4 – Um Bom Professor de História é Aquele Que, 5 – O Que Fazemos na Aula de História (V. Anexo 1: Questionário 1: Estudo exploratório).

Este estudo seguiu a necessidade de efectuar aquilo que Correia e Pardal (1995: 63), valoriza, ou seja, «a exigência de precisão conduz à necessidade de testar o

questionário antes da sua administração», que deve eleger uma amostra reduzida e

adoptar uma estrutura homóloga ao estudo principal.

Seguindo aquelas dimensões e as questões nelas incluídas, eis a análise dos resultados expressos.

Considerando a 1.ª dimensão - Identificação da amostra, e quanto ao género, dos dez alunos inquiridos, sete são do sexo feminino, sendo três do 9.º Ano e quatro do 12.º Ano de escolaridade. Quanto ao género masculino, dos três, um está inscrito no 9.º Ano e dois no 12.º Ano escolaridade. (v. Quadro 4)

Quadro 4

Caracterização dos alunos -Género dos sujeitos

(T: 10)

9.º Ano 12.º Ano Total (N)

Rapazes Raparigas Rapazes Raparigas

1 3 2 4 10

No que diz respeito à idade dos sujeitos, esta varia entre os 14 e os 17 anos. Os alunos do 9.º Ano têm todos 14 anos. Dos 6 alunos do 12.º Ano, um tem 16 e os restantes cinco 17 anos (V. Quadro 5).

32

Quadro 5:

Caracterização dos alunos -Idade

(T=10)

Anos Nº de Alunos Idade

9.º Ano 4 14

1 16

12.º Ano

5 17

A 2.ª dimensão focalizava a caracterização dos pais /encarregados de educação. Para a caracterização do nível de instrução foi apresentada uma listagem aos alunos abrangendo os vários níveis de ensino/ ciclos existentes em Portugal. Os resultados obtidos acabaram por se traduzir da seguinte forma (V. Quadro 6):

Quadro 6

Caracterização dos Pais /Encarregados de Educação - Habilitações literárias

(9.º Ano /T= 4; 12.º Ano/T=6)

Ano Habilitações Pai % Mãe %

1.Ensino Primário (4.º Ano de escolaridade) 2 20 2 20

2.2.º Ciclo (6.º Ano de escolaridade) 1 10 1 10

3.3.º Ciclo (9.º Ano de escolaridade) 1 10 - -

4.Ensino secundário (10.º / 12.º Ano de escolaridade) - - - -

5.Curso Médio/ Bacharelato - - 1 10

6.Curso Superior/ Licenciatura - - - -

9 A n o 7.Outra. Qual? - - - -

1.Ensino Primário (4.º Ano de escolaridade) 2 20 2 20

2.2º Ciclo (6.º Ano de escolaridade) 4 40 1 10

3.3º Ciclo (9.º Ano de escolaridade) - - 3 30

4.Ensino secundário (10.º / 12.º Ano de escolaridade) - - - -

5.Curso Médio/ Bacharelato - - - -

6.Curso Superior/ Licenciatura - - - -

7.Outra. Qual? - - - - 1 2 A n o TOTAIS 10 100 10 100

As habilitações literárias dos pais/ mães dos alunos do 9.º Ano são muito semelhantes. A única excepção é a de uma mãe com bacharelato e de um pai com o 3.º ciclo do ensino básico, representando ambos 10%. De resto, existem dois pais e duas mães com o ensino primário (20%), um pai e uma mãe com o 2.º ciclo do Ensino Básico (10%). Podemos dizer que, na generalidade, as habilitações quer de pais, quer de mães é baixo.

33 No que diz respeito aos pais/ mães dos alunos do 12.º Ano, a situação é idêntica. Ao nível do ensino primário, obtemos os mesmos números: dois pais e duas mães (20%). Já com o 2.º ciclo verifica-se um maior desequilíbrio, uma vez que temos quatro pais (40%) e apenas uma mãe (10%). Já com o 3.º ciclo há apenas mães – três (30%).

No conjunto das habilitações gerais dos pais e mães, verifica-se que, na sua globalidade, o nível é baixo aproximando-se da escolaridade obrigatória. Não tendo as idades dos pais/ mães, provavelmente poderá ter a ver com o nível básico exigido à altura da conclusão das respectivas habilitações. Por outro lado, estas habilitações poderão corresponder às principais funções por eles desempenhadas e, naturalmente, às actividades económicas do meio envolvente – o primário e o secundário, onde as habilitações literárias exigidas para o efeito não são de grau elevado. O nível de escolaridade exigido está ligado ao ensino básico. Poder-se-á ligar também ao nível geral da população portuguesa, não fugindo, por isso, à regra. A este respeito, atente-se no excerto seguinte de uma notícia tornada pública em Abril de 2005: «dois em cada três portugueses que vivem nas cidades

têm um baixo nível de habilitações literárias, o que faz de Portugal o país da União Europeia (EU) com as mais baixas qualificações, segundo um inquérito do Eurostat»,

divulgado precisamente no dia 18 de Abril. Esta observação é feita relativamente às zonas urbanas e mais densamente povoadas. No entanto, a mesma notícia aponta «As regiões portuguesas com menos população são as mais preocupantes da União, onde se observou, em 2003, uma percentagem de 85 por cento de pessoas com baixas habilitações, bastante mais do que a média de 46,6 por cento da EU»20. Em função do enunciado no artigo, esta área geográfica não parece fugir à regra. Daí, a eventual razão explicativa da vontade, evidenciada informalmente em diálogo com o investigador por todos os alunos, de frequentarem e concluírem o ensino universitário.

A 3.ª dimensão atinha-se às finalidades do ensino da História. A listagem das

Documentos relacionados