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1 INTRODUÇÃO

3.3. PROFISSIONAIS DA AUDITORIA

3.3.1. Auditor interno

De acordo com as normas previstas na NBC P 3, Normas Profissionais de Auditor Interno, aprovadas pela Resolução n° 781, de 24 de março de 1995, do Conselho Federal de Contabilidade, todos os requisitos contidos nesta norma são de tamanha importância para um excelente trabalho profissional.

No tocante à competência técnico-profissional, a auditoria interna seria exercida por um profissional da área da contabilidade, devido ao seu conhecimento técnico-específico, com habilidade necessária para exercer a função de auditor, pois possui conhecimento das Normas Brasileiras de Contabilidade. A NBC P 3 afirma que:

O contador, na função de auditor interno, deve manter o seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação aplicável à Entidade.

A norma em sua essência traz esse requisito, que o profissional capaz de exercer o cargo de auditor interno é o contador. Porém, sabe-se que a realidade das empresas é bem diferente da NBC P 3, ou seja, na maioria das vezes o auditor interno não tem a qualificação profissional e normalmente é exercida por um funcionário que foi adequado para exercer tal função. Não cabe aqui desmerecer ninguém, só frisamos que, de acordo com a referida norma, o contador seria o profissional mais qualificado para executar e estar à frente da auditoria interna de qualquer entidade.

O auditor interno, apesar de sua posição funcional, deve preservar sua autonomia profissional, exercendo sua função com absoluta independência profissional, preenchendo

todas as condições necessárias ao auditor externo, mas também exigindo da própria empresa o cumprimento que é cabível à mesma.

O auditor interno deve ser responsável na execução dos trabalhos, de modo livre e objetivo. A independência permite ao auditor interno exercer o julgamento imparcial e sem tendenciosidade, isso é essencial à realização de uma adequada auditoria. Em relação à responsabilidade do auditor interno, a NBC P 3 é bem clara:

 O auditor interno deve ter o máximo de cuidado, imparcialidade e zelo na realização dos trabalhos e na exposição das conclusões.

 A amplitude do trabalho do auditor interno e sua responsabilidade estão limitadas à sua área de atuação.

 A utilização da equipe técnica supõe razoável segurança de que o trabalho venha a ser executado por pessoas com capacitação profissional e treinamento referido nas circunstâncias.

 Cabe também ao auditor interno, quando solicitado, prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou Órgãos equivalentes.

Um dos pontos cruciais sobre a auditoria interna é o sigilo, é fundamental que o auditor interno respeite o sigilo relativo às informações obtidas durante o seu trabalho, não divulgando ou compartilhando para terceiros, sob nenhuma hipótese, sem a devida autorização da entidade em que atua. Deve-se manter o sigilo contínuo mesmo depois de terminado o vínculo empregatício ou contrato. Caso o auditor interno venha a divulgar informações sobre uma determinada empresa, este corre o risco de ficar mal visto pelo mercado de trabalho e dificilmente conseguirá uma entidade para atuar.

Nada impede, entretanto, que ambos os auditores se completem, pois o auditor interno poderá deixar de executar procedimentos que ele sabe que serão executados pelo auditor externo.

Quando for estabelecido previamente com a administração da empresa a qual atua, o auditor interno deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor independente, entregando-lhe cópias, quando for necessário, pois faz parte do seu trabalho contribuir com a auditoria externa. É o que se pode chamar de um trabalho em conjunto, porém deve ter todo um planejamento para que o auditor interno não fique meio à parte às exigências do auditor independente.

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3.3.2. Auditor externo

Embora o auditor externo não seja o nosso objeto de estudo, vamos fazer uma breve explanação sobre esse profissional. Todos os embasamentos foram um recorte das normas previstas na NBC P 1, Normas Profissionais de Auditor Independente, aprovadas pela resolução n° 821, de 17 de dezembro de 1997, do Conselho Federal de Contabilidade.

O auditor externo (independente) é um profissional liberal, sem vínculo empregatício com a entidade auditada, geralmente é exercido por um profissional qualificado, no caso um contador, embora outros profissionais com graduação em outras áreas façam especialização na área de auditoria e atuem no ramo. A NBC P 1 enfatiza que o contador tem a competência técnico-profissional:

O contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica aplicável à entidade auditada.

Uma das principais características do auditor externo é a independência, discriminada nas definições das Normas de Independência da Auditoria: “Esta norma estabelece condições e procedimentos para cumprimento dos requisitos de independência profissional nos trabalhos de auditoria”. O auditor externo deve ser obrigatoriamente registrado no Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON).

A respeito da independência do auditor externo, Jund (2006, pág. 122) enfatiza:

A independência do auditor externo deve ser absoluta e jamais poderá aceitar imposições da empresa quanto ao procedimento que deverá adotar para realização da auditoria, nem quanto às conclusões a que deve dar ao exame, bem como à procedência e validade das provas, para tirar suas conclusões e oferecer seu parecer final sobre a matéria examinada. Esta independência do auditor externo exige grande preparo cultural e técnico, bem como sólida formação moral.

É fundamental a condição de independência e óbvia para o exercício da atividade de auditoria externa (independente). Entende-se como independência o estado no qual as obrigações ou os interesses da entidade de auditoria são consideráveis, isentos dos interesses das entidades auditadas para permitir que os serviços sejam prestados com objetividade.

3.4 IMPORTÂNCIA E CREDIBILIDADE DA AUDITORIA INTERNA E DO

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