• Nenhum resultado encontrado

4.1 RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO (RAS)

4.1.5 Programa de Monitoramento e acompanhamento

Para conduzir de uma forma melhor os impactos negativos significativos, além de atender as medidas mitigadoras propostas no item anterior, serão propostos

programas sócio-ambientais que estão descritos no quadro 4. Esses programas visam a recuperação e preservação do meio ambiente.

Quadro 5: Programas Ambientais Propostos

Programa Características

Programa de controle de erosão Esse programa acontecerá desde a fase de instalação

do empreendimento, até a fase de desativação, com o intuito de prevenir erosões na área do empreendimento.

Programa de manejo de fauna Esse programa visa, realizar o resgate da fauna na fase de instalação do empreendimento, com o intuito de garantir a sobrevivência desses animais, evitar acidentes com animais peçonhentos, preservando o meio ambiente

Programa de educação ambiental Desde a fase de instalação até a fase de operação da

usina fotovoltaica, serão elaboradas palestras e oficinas com o intuito de educar a população que será afetada pelo empreendimento. Os trabalhadores que serão responsáveis por implantar e desinstalar a usina receberão treinamentos e orientações quanto à segregação e destinação adequada dos resíduos sólidos.

5 CONCLUSÕES

Através desse estudo foi possível observar que ainda existem dificuldades a serem vencidas no processo de licenciamento ambiental de usinas fotovoltaicas. Foram levantadas as resoluções federais e estaduais sobre como funciona o processo de licenciamento ambiental no Brasil e nos Estados do Paraná e Santa Catarina, e assim foi possível observar que não existe uma padronização de estudos. Cada local solicita um tipo de estudo diferente, com aprofundamentos diferentes. Seria interessante que existisse uma legislação federal para regulamentar, simplificar e aprimorar o processo do licenciamento para esse tipo de empreendimento, para que haja um padrão de estudo e o processo se torne mais simples.

Ainda existem entraves que prejudicam o processo de licenciamento ambiental no país, como estudos extensos, falta de metodologia, falta de foco, medo dos analistas de responderem criminalmente e falta de acompanhamento da efetividade dos programas propostos, como descrito anteriormente. Porém, se existisse um termo de referência específico para empreendimentos fotovoltaicos para cada tipo de estudo ambiental proposto pelos órgãos ambientais federais, estaduais e municipais, facilitaria a execução para os profissionais técnicos habilitados pela elaboração desse estudo e a análise para os técnicos dos órgãos ambientais competentes responsáveis pelo julgamento do estudo.

Os estudos ambientais solicitados para empreendimentos fotovoltaicos no Paraná, são o Relatório Ambiental Simplificado para empreendimentos de 5 a 10 MW e o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental para empreendimentos com potência acima de 10 MW. Já em Santa Catarina o Relatório Ambiental Prévio é solicitado para empreendimentos de 1 a 30 MW e o Estudo Ambiental Simplificado é solicitado para usinas fotovoltaicas acima de 30 MW. Nota- se que o processo de licenciamento ambiental para usinas fotovoltaicas é mais simples no estado de Santa Catarina, do que no Estado do Paraná, visto que os estudos solicitados são mais simplificados.

Com a simulação foi possível ter uma ideia de como seria o estudo apresentado ao órgão ambiental paranaense para usinas de 6 MW de potência, o Relatório Ambiental Simplificado (RAS). Porém, para a realização dessa simulação,

foi utilizado um termo de referência padrão de RAS que é utilizado para usinas eólicas, termoelétricas, hidrelétricas e empreendimentos de geração de energia elétrica abaixo de 10 MW. Mas o ideal seria ter um termo de referência específico para usinas fotovoltaicas, visto que os impactos ambientais gerados pela implantação de uma usina fotovoltaica são diferentes dos gerados pela implantação de uma hidrelétrica, usina eólica ou termoelétrica.

Através da elaboração dessa simulação, foi possível identificar os principais impactos ambientais gerados com a implantação da usina fotovoltaica, nota-se que os momentos em que são gerados mais impactos ambientais são na fase de implantação e desativação da usina, com o aumento de trafego de veículos e pessoas, alteração do solo e geração de resíduos. Já na fase de operação, os principais impactos encontrados são positivos, o que torna essa fonte de energia ainda mais vantajosa.

Como continuidade dos estudos é necessário que seja realizado um estudo visando avaliar o ciclo de vida dos módulos fotovoltaicos e outro estudo verificando os possíveis usos dos módulos fotovoltaicos após a desativação das usinas fotovoltaicas, visando verificar se existe a possibilidade de reaproveita-los de outra maneira.

REFERÊNCIAS

ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). Propostas para inserção da energia solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira. São Paulo,

junho de 2012. Disponível em: <

http://www.abinee.org.br/informac/arquivos/profotov.pdf> Acesso em: 14 de abril de 2017.

AGEITEC (Agência Embrapa de Informação Tecnológica). Neossolos Litólicos.

Brasília. Disponível em: <

http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais/arvore/CONT000gn230 xho02wx5ok0liq1mqxhk6vk7.html> Acesso em 26 de maio de 2017.

ÁGUAS PARANÁ (Instituto de Águas do Paraná). Dados para Download. Curitiba,

2016. Disponível em:

<http://www.aguasparana.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=79> Acesso em 27 de maio de 2017.

ÁGUAS PARANÁ (Instituto de Águas do Paraná). Diagnóstico das Disponibilidades Hídricas Subterrâneas. Curitiba, 2010. Disponível em: < http://www.aguasparana.pr.gov.br/arquivos/File/PLERH/Produto1_2_ParteB_Revisa oFinal.pdf> Acesso em 24 de maio de 2017.

ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Banco de Informações de Geração.

Brasília, 2017. Disponível em: <

http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm> Acesso em 09 de maio de 2017.

ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Resolução Normativa n°. 482 de 17 de abril de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 abr. 2012.

ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Resolução Normativa n°. 687 de 24 de novembro de 2015. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2015.

BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispões sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em 24 de abril de 2017.

BRASIL. Lei n. 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção de vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.

Disponível em: <

http://www.mma.gov.br/images/arquivos/biomas/mata_atlantica/mapa_mata_atlantic a_lei_11428_2006_e_decreto6660_2008.pdf> Acesso em 27 de maio de 2017. BRAUN-GRABOLLE, Priscila. A integração de sistemas solares fotovoltaicos em larga escala no sistema elétrico de distribuição urbana. Tese (Doutorado) –

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2010.

CÂMARA, Carlos Fernando. Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica. Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Formas Alterativas de Energia, Universidade Federal de Lavras. Lavras, 2011.

CEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente). Resolução CEMA n. 065, de 8 de

julho de 2008. Disponível em: <

http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibir&codAto=15 2600&codItemAto=938816> Acesso em: 26 de maio de 2017.

CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Resolução CONAMA n. 001, de

23 de janeiro de 1986. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html> Acesso em: 25 de abril de 2017.

CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Resolução CONAMA n. 237, de

19 de dezembro de 1997. Disponível em: <

http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html > Acesso em: 25 de abril de 2017.

CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Resolução CONAMA n. 279, de

27 de junho de 2001. Disponível em: <

http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res01/res27901.html> Acesso em: 25 de abril de 2017.

CRESESB. Energia Solar Princípios e Aplicações. Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: < http://www.cresesb.cepel.br/download/tutorial/tutorial_solar_2006.pdf> Acesso em: 20 de abril de 2017.

GALDINO, Marco Antonio; PINHO, João Tavares. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Rio de Janeiro, março de 2014. Disponível em: < http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=publicacoes&task=livro&cid=481> Acesso em: 11 de abril de 2017.

GALVANI, Emerson. Unidades Climáticas Brasileiras. São Paulo. Disponível em: <http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Emerson/Unidades _Climaticas_Brasileiras.pdf> Acesso em 15 de agosto de 2017.

HAFNER, Andrea Margrit. A evolução do licenciamento ambiental no Brasil à luz da análise dos impactos e medidas. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós- Graduação em Engenharia Urbana e Ambiental. PUC-Rio. Rio de Janeiro, 2016. HOFMANN, Rose Miriam. Gargalos do licenciamento ambiental federal do Brasil. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/documentos-e- pesquisa/publicacoes/estnottec/areas-da-

conle/tema14/2015_1868_licenciamentoambiental_rose-hofmann>. Acesso em 02 de maio de 2017.

IAP (Instituto Ambiental do Paraná). Portaria IAP n. 19 de 06 de fevereiro de 2017.

Disponível em: <

http://celepar7.pr.gov.br/sia/atosnormativos/form_cons_ato1.asp?Codigo=3561> Acesso em: 20 de abril de 2017.

IAP (Instituto Ambiental do Paraná). Licenciamento Ambiental Relatório Ambiental Simplificado – RAS. Termo de Referência Padrão. Disponível em: <http://www.ambienteduran.eng.br/system/files/publicador/FORMULARIOS/RAS_RE LATORIO_AMBIENTAL_SIMPLIFICADO.pdf> Acesso em: 27 de maio de 2017.

IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná). Cartas Climáticas do Paraná. Londrina,

2000. Disponível em: <

http://www.iapar.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=677>. Acesso em 22 de maio de 2017.

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Avaliação de Impacto Ambiental: Agentes Sociais, Procedimentos e Ferramentas.

Brasília, 1995. Disponível em: <

https://ecivilufes.files.wordpress.com/2013/06/avaliac3a7c3a3o-de-impacto-

ambiental-agentes-sociais-procedimentos-e-ferramentas-ibama.pdf> Acesso em 23 de abril de 2017.

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Guia de procedimentos do licenciamento ambiental federal – Documento de

referência. Brasília, 2002. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/Procedimentos.pdf> Acesso em 29 de maio de 2017.

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Plano de Manejo do Parque Nacional do Iguaçu. Brasília, 1999. Disponível em: <http://www.cataratasdoiguacu.com.br/manejo/siuc/planos_de_manejo/pni/html/inde x.htm> Acesso em 01 de junho de 2017.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Bases e referências. Brasília, 2010. Disponível em: <http://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases- cartograficas/malhas-digitais.html> Acesso em 06 de abril de 2017.

ITCG (Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Estado do Paraná). Dados e Informações Geoespaciais Temáticos. Curitiba, 2010. Disponível em: < http://www.itcg.pr.gov.br/modules/faq/category.php?categoryid=9> Acesso em: 06 de abril de 2017.

MINEROPAR (Minerais do Paraná). Atlas Comentado da Geologia e dos Recursos Minerais do Estado do Paraná. Brasília, 2001. Disponível em: < http://www.mineropar.pr.gov.br/arquivos/File/MapasPDF/atlasgeo.pdf> Acesso em 27 de maio de 2017.

MMA (Ministério do Meio Ambiente). Mapa da área de aplicação. Brasília, 2001. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/biomas/mata-atlantica/mapa-da-area-de- aplicacao> Acesso em 27 de maio de 2017.

MMA (Ministério do Meio Ambiente). Mata Atlântica. Brasília, 2017. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/biomas/mata-atlantica> Acesso em 21 de junho de 2017. MPX. Usina Solar de Tauá. Novembro de 2011. Disponível em: < http://www.crea- rj.org.br/wp-content/uploads/2011/12/MPX-MAUR%C3%8DCIO-MOSZKOWCZ.pdf> Acesso em: 07 de maio de 2017.

NAKABAYASHI, Rennyo Kunizo. Microgeração Fotovoltaica no Brasil: Condições Atuais e Perspectivas Futuras. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós- graduação em Energia e Ambiente, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2014. NREL, Renewable Energy Data Book, 2015.

PEREIRA, Enio Bueno; MARTINS, Ferrnando Ramos; ABREU, Samuel Luna; RUTHER, Ricardo. Atlas Brasileiro de Energia Solar. INPE, São José dos Campos, São Paulo, 1° Edição, 2006.

RÜTHER, Ricardo. Edifícios Solares Fotovoltaicos: o potencial da geração solar fotovoltaica integrada a edificações urbanas e interligada à rede elétrica pública do Brasil. 1. ed. Florianópolis: LABSOLAR, 2004.

SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de impacto ambiental: Conceitos e Métodos. 2. ed. São Paulo: Oficina e Textos, 2013.

SEMA (Secretaria de Estado do Meio Ambiente). Bacia Hidrográfica do Paraná Série Histórica. Curitiba, 2010. Disponível em: < http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/corh/Revista_Bacias_Hidrograficas_ do_Parana.pdf> Acesso em: 21 de maio de 2017.

TCU (Tribunal de Contas da União). Cartilha do licenciamento ambiental. Brasília,

2004. Disponível em:

<http://www.ambiente.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/cart_tcu.PDF> Acesso em: 01/05/2017.

URBANETZ JR, Jair. Sistemas fotovoltaicos conectados a redes de distribuição urbanas: sua influência na qualidade de energia elétrica e análise dos parâmetros que possam afetar a conectividade. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2010. VILLALVA, Marcelo Gradella. Energia Solar Fotovoltaica: conceitos e aplicações Sistemas Isolados e Conectados à Rede. 2. ed. São Paulo: Érica, 2015.

Documentos relacionados