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Programa de promoção de Investigação e Desenvolvimento

-SICA DOS ACES

H. Programa de promoção de Investigação e Desenvolvimento

I. Medicamentos prescritos em ambiente hospitalar e cedidos em farmácia de oficina.

Nos pontos seguintes são desenvolvidos cada uma destas áreas e princípios orientadores para 2017. 4.4.1. PRESTAÇÃO DE CUIDADOS A PESSOAS COM DOENÇA EM SITUAÇÃO AGUDA

4.4.1.1. INTERNAMENTO HOSPITALAR

Para 2017, a atividade de internamento de doentes agudos é classificada em GDH através do agrupador na versão All Patient Refined DRG 31 (APR31) e o Índice de Case Mix (ICM) contratado corresponde à produção do ano de 2015.

O agrupador de tipo APR cria subclasses em cada GDH, tendo em consideração as diferenças existentes nos doentes quanto à severidade da doença e ao risco de mortalidade, onde:

 Severidade da doença é entendida como a extensão de uma descompensação fisiológica ou da perda de funções de um órgão, contendo 4 subclasses;

 Risco de mortalidade é a probabilidade de ocorrer a morte do doente, contendo 4 subclasses.

A primeira variável considerada para o agrupamento do episódio é o diagnóstico principal. A cada episódio é atribuída a respetiva subclasse de severidade e de mortalidade considerando diagnósticos adicionais, da associação entre si, e da sua relação com o diagnóstico principal, para além da idade, sexo do doente e dos procedimentos realizados.

A severidade está relacionada com o consumo de recursos enquanto a mortalidade está relacionada com o risco de falecer. Assim, apesar deste tipo de agrupador considerar níveis de severidade e de risco de mortalidade, o peso relativo de cada GDH considera apenas a severidade. O nível de severidade vai assim ter impacto no ICM.

Em 2017 utilizar-se-á um ICM único no internamento, para atividade médica e cirúrgica, assim como um único preço base para todas as instituições, de 2.285 €, tal como praticado em 2016. A utilização de um único preço base permite garantir que, independentemente do prestador de cuidados, ao mesmo tratamento é aplicado um preço idêntico, aumentando a racionalidade do sistema de saúde, a possibilidade de benchmarking e um maior incentivo à eficiência das organizações. As instituições são diferenciadas em mais detalhe de acordo com o nível de severidade em que o doente for classificado. O preço praticado para o internamento cirúrgico urgente corresponde a 95% do preço base

Internamento e ambulatório médico e cirúrgico Preço

Preço base 2.285 €

Internamento de doentes crónicos (diária) Preço

Psiquiatria * 39 €

Psiquiatria - Reabilitação Psico-social 39 €

Crónicos ventilados 244 €

Medicina Física e Reabilitação 205 €

Hansen 71 €

* Para as instituições HML, CHUC e CHPL, com superior complexidade de Doentes Crónicos, o preço é de 70,75€

4.4.1.2. ATIVIDADE CIRÚRGICA

No âmbito da contratação da atividade cirúrgica, coexistirão, em 2017, duas medidas que visam aumentar a capacidade de resposta cirúrgica no âmbito das instituições do SNS: introduzir-se-á o Programa de Incentivo à Realização de Atividade Cirúrgica dentro do SNS, no âmbito da GPRSNS, que se manterá a par com a responsabilização financeira do hospital de origem pela não prestação de cuidados cirúrgicos atempados. Estas duas medidas têm as seguintes características:

4.4.1.2.1. PROGRAMA INCENTIVO À REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE CIRÚRGICA NO SNS Este Programa visa rentabilizar a capacidade cirúrgica instalada na rede de estabelecimentos públicos e consiste na criação de um mecanismo competitivo para realização de atividade cirúrgica no SNS, acessível a todas as instituições hospitalares do SNS que reúnam condições para responder com eficácia e de forma atempada à população, contendo as seguintes características:

a) Funciona no âmbito das regras SIGIC, com antecipação do prazo de transferência para estes Hospitais de destino aos 3 meses, para as situações classificadas em prioridade normal;

b) Considera o volume de cirurgias, por grupo nosológico, que ultrapassam os 3 meses de espera;

c) É de adesão voluntária por parte dos Hospitais, Centros Hospitalares e ULS do SNS que pretendem efetuar esta atividade extra Contrato-Programa e, em caso algum pode prejudicar o nível de resposta aos utentes já inscritos na sua própria lista;

d) Baseia-se na oferta, pelos hospitais e ULS que participam na GPRSNS, de um volume de cirurgias a disponibilizar por grupo nosológico, competindo às ARS efetuar a negociação desta disponibilidade dentro da sua região (cada hospital disponibiliza-se para receber utentes através do mecanismo GPRSNS);

e) A atividade efetuada pelos hospitais de destino é faturada diretamente à ACSS, extra Contrato- Programa, cumprindo as regras do SIGA SNS, na vertente cirúrgica, competindo à ACSS efetuar o pagamento e proceder, em simultâneo, à retenção de valor idêntico no adiantamento dos hospitais origem; f) O fluxo de doentes observa as regras previstas para as Notas de Transferência no âmbito do SIGA, vertente cirúrgica, aplicáveis às transferências entre as instituições do SNS.

4.4.1.2.2. RESPONSABILIZAÇÃO FINANCEIRA HOSPITAL ORIGEM PELA NÃO PRESTAÇÃO ATEMPADA CUIDADOS CIRÚRGICOS

Aplica-se, em 2017, o princípio de responsabilização financeira do Hospital de origem pela não prestação de cuidados cirúrgicos atempados, o qual conjugado com a criação do programa de incentivo referido no ponto anterior, determina que sejam cumpridos os seguintes procedimentos: -ÂMBITO DA RESPONSABILIDADE FINANCEIRA DOS HOSPITAIS DO SNS

a) Os Hospitais e Centros Hospitalares e as ULS assumem a responsabilidade financeira decorrente de todas as intervenções cirúrgicas realizadas por terceiros (outros hospitais do SNS ou entidades convencionadas) aos utentes inscritos na sua LIC, respeitando as regras definidas para o SIGA SNS;

b) O referido na alínea anterior não se aplica aos hospitais em parceria público-privada (PPP) ou aos hospitais privados com acordos no âmbito do SIGA SNS, na vertente cirúrgica;

c) A atividade cirúrgica a contratar com as instituições hospitalares deve considerar a atividade cirúrgica que estimam realizar internamente e, ainda, a atividade cirúrgica constante da sua LIC que poderá ser realizada por terceiras entidades, na impossibilidade do Hospital a realizar dentro do TMRG;

d) A atividade cirúrgica realizada por um hospital de destino, na sequência da emissão de uma Nota de Transferência proveniente de outro hospital do SNS (transferência de acordo com as regras do SIGA SNS), não está abrangida pelo Contrato-Programa, sendo, nessa medida, considerada uma atividade e um proveito extra Contrato do hospital de destino, e será faturada por este, mensalmente, à ACSS, nos termos descritos nos pontos seguintes.