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5. Projeto – Memória Descritiva e Justificativa

5.5 Programa

O programa proposto para o campo de futebol e infraestruturas de apoio envolventes surge na analise cuidada da legislação aplicável a Instalações Desportivas e do estudo de outros casos de estabelecimentos que se entende terem características similares às pretendidas no presente projeto.

Em termos de legislação, destaca-se a Portaria 141/2009, de 16 de Junho, alterada pelo Decreto-Lei nº 110/2012, de 21 de Maio, que aprova os requisitos de instalação e funcionamento das instalações desportivas de uso público. De acordo com o ponto 1, do

Artigo 6º - Estrutura Funcional, da referida portaria, “As instalações desportivas devem ser concebidas, realizadas e equipadas para permitirem condições apropriadas de utilização, por parte das diversas categorias de praticantes, em ambientes de bem-estar, segurança e higiene adequados, tendo em conta as exigências e os requisitos da respetiva tipologia”.

Neste sentido, o programa foi concebido de acordo com os requisitos referidos como obrigatórios e opcionais, desde que relevantes para a conceção do projeto de arquitetura pretendido.

O programa proposto para a instalação desportiva é composto por áreas comuns, privadas e de serviço. As áreas comuns devem ter uma dinâmica de circulação clara, interligando-se umas com as outras e criando continuidade nos serviços permitindo o adepto usufruir de todas elas sem limitações, consideram-se áreas comuns:

1. Hall, espaço interior com o qual o adepto tem o primeiro contacto, pretende-se destacado, amplo, acolhedor e capaz e traduzir o conceito de todo a infraestrutura, deve interligar-se como todos os outros espaços de uso comum, com acessos verticais e ainda áreas privadas, o seu forte caracter de elemento distribuidor e articulador dos diversos espaços requer que seja de fácil leitura e intuitivo, promovendo a mobilidade do cliente;

2. A Receção, é a primeira área de atendimento da assistência com zona de informação e bilheteira, deve estar integrada no hall de entrada do complexo, relacionando- -se igualmente com todas as áreas comuns, áreas privadas, administrativas e de serviço, é fundamental que este espaço se adeque ao contacto direto com todos os adeptos, considerando as diferentes necessidades em termos de mobilidade, acessibilidade e conforto;

3. Zona de circulação, devem ter ligação aos diferentes espaços comuns e privados, desde a receção, hall, bar, instalações sanitárias, bancadas e espaços exteriores;

4. O Bar, uma das zonas mais importantes do complexo, local comercial que serve utilizadores do complexo e externos, está por isso obrigatoriamente associada a um conjunto

de áreas de serviço às quais tem ligação direta, sendo fundamental que haja uma coerência conceptual na ligação entre os diferentes espaços comuns em termos de funcionalidade;

5. Bancada, permite conforto e comodidade ao adepto, para presenciar os eventos desportivos, numa cota superior ao campo de jogos permitindo uma linha de visão favorável;

6. Espaços Exteriores, neste caso, trata-se do espaço envolvente ao campo que permite assistir ao espetáculo desportivo noutro angulo e numa perspetiva nivelada com o campo de jogos, cujo os acessos podem ser feitos a partir da bancada.

As áreas destinadas a uso privado são os respetivos balneários e salas para as equipas do Grupo Desportivo da Pelariga, assim como todo o espaço do ginásio do complexo desportivo, divididas em:

1. Dois balneários grandes, com respetivas instalações sanitárias, zona de balneário, área seca de vestiário e espaço para arrumação, apesar de não serem adaptados a pessoas com mobilidade condicionada são propostos espaços sem barreiras arquitetónicos;

2. Dois balneários pequenos, instalações sanitárias, zona de balneários, área seca de vestiário e espaço para arrumação;

3. Balneário para equipa de arbitragem, instalações sanitárias, zona de balneário com cabines individuais, área seca de vestuário, este deve uma comunicação fácil com a zona de pratica desportiva;

4. Auditório, espaço destinado à realização de palestras, projectões, apresentações aos media e conferências, dotado de características acústicas e das infraestruturas necessárias para os meios de comunicação social;

5. Sala de refeições, zona destinada a servir diversas refeições as equipas do clube, semelhante a um restaurante, mas mais resguardado e com ambiente próprio;

6. Sala de Estar, destinados a lazer, a momentos de espera ou reunião, devem ter ligação aos diferentes espaços comuns e privados, desde a hall, receção, sala de refeições, bar, instalações e balneários, pretende-se que promovam o conforto aos atletas;

7. Ginásio, o projeto surge no contexto da requalificação da zona desportiva da Pelariga, pelo que os serviços de saúde e bem-estar estariam garantidos por associação a este, no entanto prevê-se que a gestão do espaço seja feita pelo Grupo Desportivo ou por uma entidade privada, soube forma de arrendamento.

No que diz respeito aos serviços, com acesso exclusivo aos membros responsáveis do clube, propõe-se:

1. Administração, espaço destinado à administração do Grupo Desportivo da Pelariga composta por uma sala de espera, receção, uma sala de direção, um gabinete presidencial, uma sala de reuniões e uma sala de arquivo;

2. Salas técnicas, divisões de apoio a sistemas de videovigilância, som, sistemas de ar condicionado, quadros elétricos, armazenamento e aquecimentos de água, etc.;

3. Cozinha, com diferentes zonas de preparação de carnes, peixe, legumes, zona de confecção, empratamento, copa de limpos e de sujos, despensas, zona de frigoríficos, arrumação;

4. Garagem, coberta, para abrigo de automóveis, reservado para praticantes, juízes e entidades oficiais, estabelecendo condições de proximidade e comunicação direta com os respetivos acessos;

5. Arrumos, destinados a produtos de limpeza, utensílios de apoio desportivos e ao campo e equipamentos variados;

6. Lavandaria, espaço destinado a tratamento de roupa, deve estar subdividida em zonas de máquinas e zona de engomar, deve também estar dotada dos suportes necessários para armazenar a roupa tratada e ter uma zona de arrumo própria.

Esta última zona, destinada a serviços, deve ser reservada e separada da área de utilização dos adeptos, é recomendável que se concentre num único núcleo, mas não sendo possível deve ser dividida de forma funcional, implicando algumas áreas duplicadas para garantir o bom funcionamento da infraestrutura, neste sentido o projeto de arquitetura deve garantir uma ligação e organização dinâmica das diferentes áreas de serviços entre si e com as restantes zonas do complexo, com vista a tornar mais fácil o desenvolver das atividades dos membros responsáveis do clube e garantir uma agradável experiencia a assistência.

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