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6.1 Projeto C 75

6.1.3 Projeto de Drenagem de Águas Residuais

O edifício em questão, como tem pisos inferiores, a drenagem de águas residuais, vai ser feita por três fases. A primeira, com a recolha das águas residuais provenientes dos pisos superiores ao arruamento que vem nos tubos de queda que já não vão recolher mais águas residuais nos pisos abaixo. A recolha é feita, através de uma rede suspensa no teto do piso 0. A segunda fase, com a restante recolha das águas residuais provenientes dos pisos superiores, através de uma rede de coletores suspensos no teto do piso -1, que liga à câmara de visita, na entrada da garagem. A terceira fase, consiste na recolha das águas residuais produzidas no piso inferior ao arruamento, através de um sistema de drenagem com um sistema de bombagem para fazer a elevação das águas, até à câmara de visita que se encontra na entrada da garagem, fazendo a descompressão diretamente na câmara de visita. Esta câmara de visita na entrada da garagem faz a junção de todas as águas residuais do edifício e liga à câmara ramal de ligação.

Na zona de passagem de veículos, não se colocaram caixas de visita (quadradas) mas sim câmaras de visita (redondas), porque, estas últimas apresentam maior resistência por serem armadas.

Dificuldades

As dificuldades encontradas na realização deste projeto de drenagem de águas residuais foram:

o A localização dos tubos de queda, porque apesar das paredes se manterem iguais em todos os pisos, chegando ao último piso (piso recuado) estas deixam de existir, criando a necessidade fazer o desvio dos tubos de queda e dos tubos de ventilação.

Como ainda se trata de um edifício com algumas dimensões, são necessários vários tubos de queda em diferentes locais, para que a drenagem seja feita. Agrupar os tubos de queda (de forma a não ficarem todos dispersos e não haver necessidade de aberturas de roços em muitos locais diferentes) requer a conciliação entre pisos para a escolha do local mais conveniente para todos os pisos.

Traçado

Começando com a definição dos ramais de descarga em todos os pisos, segue-se a análise dos melhores e possíveis locais para a colocação dos tubos de queda, com o mínimo de sítios diferentes possíveis.

Analisando o piso que tem maior necessidade em número, de tubos de queda, não chegamos ao número de tubos de queda necessários, porque trata-se de um edifício com grandes áreas e isso poderia obrigar a ter ramais de descarga muito extensos para ligar os dispositivos aos tubos de queda existentes. É

preferível a colocação de mais tubos de queda em vez de ramais com grandes desenvolvimentos. A Figura 6.12 representa a vermelho, os possíveis locais para a colocação dos tubos de queda.

Figura 6.12. – Piso 1, possíveis locais para colocar os tubos de queda.

Estas linhas foram obtidas verificando nos pisos 3, 2, 1 e 0, as zonas comuns com paredes livre para fazer a travessia vertical das tubagens, para não haver mudanças de direção. Os círculos a preto, servem para realçar os locais escolhidos para a colocação dos tubos de queda. A escolha tentou ser o mais próximo possível das áreas a drenar para que os ramais tenham o menor comprimento possível e tentando que estes não se cruzem. Existem mais soluções possíveis para a colocação dos tubos de queda.

Tratada a solução dos tubos de queda, é necessário encaminhar as águas recolhidas pelos mesmos. Para esse efeito, no teto do piso -1, optou-se por colocar uma rede suspensa de coletores para fazer a recolha de todas essas águas residuais. Na Figura 6.13, encontram-se representados todos os tubos de queda existentes no edifício.

Figura 6.13. – Tubos de queda existentes no edifício, piso 0.

Os tubos de queda são todos recolhidos na rede suspensa de coletores, como representado na Figura 6.14.

Figura 6.14. – Drenagem dos tubos de queda por rede suspensa de coletores.

Na zona do piso 0, representada na Figura 6.13 por um quadrado preto, é necessário fazer a drenagem mas nas proximidades não existe um tubo de queda que passe dentro da fração, existe tubos de queda que estão próximos, na fração ao lado. Ligar os ramais de descarga aos tubos de queda mais próximos não seria correto porque estaríamos a atravessar pelo chão de outra fração. Optou-se por fazer a drenagem por rede suspensa do teto do piso inferior que faz parte da mesma fração. Esta rede suspensa encaminha as águas residuais quase todas até a câmara de visita na entrada da garagem.

Importa referir que ao longo de toda a rede suspensa esta tem de poder ser varejável, ou seja, em caso de ser necessário desentupir alguma parte da rede, deve haver sempre uma zona de varejamento em todas as direções possíveis.

A drenagem dos pisos inferiores é feita ligando os ramais de descarga a câmaras ou caixas de visita, conforme estas se localizem em zona de passagem de veículos ou não, respetivamente.

Figura 6.15. – Drenagem do piso -1.

A ventilação da primeira câmara de visita (CM.V.01), é feita com recurso a um tubo de ventilação que se prolonga desde a câmara de visita até à cobertura. Com a caixa de visita e com o poço de bombagem a ventilação é feita da mesma forma. A câmara de visita (CM.V.02) ventila através da CM.V.01., porque o escoamento não é feito em secção cheia.

As restantes caixas e câmaras de visita são ventiladas através dos tubos de queda. Todas as caixas de pavimento neste piso têm de ter boca de limpeza, por ser o piso térreo.

O poço de bombagem eleva as águas residuais até à cota necessária para entrar na câmara de visita que se encontra na entrada da garagem. O sistema de bombagem tem de conseguir superar o desnível geométrico provocado pela rampa. A descompressão da tubagem é feita diretamente para a câmara de visita. Outra opção seria elevar estas águas residuais até à rede de coletores suspensos que se encontra no teto do piso -1, fazer a descompressão através de um pescoço de cavalo, aqui a descompressão iria fazer-se por aumento do diâmetro, fazendo o fluído perder pressão.

Por fim fica apenas a faltar ligar a câmara de visita que se encontra na entrada da garagem à camara ramal de ligação que se encontra no passeio público junto ao edifício.