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Projeto III – Folha de cálculo: Dose de antibióticos na população pediátrica

Parte II – Projetos desenvolvidos na farmácia

11. Projeto III – Folha de cálculo: Dose de antibióticos na população pediátrica

11.1 Contextualização

Os antibióticos para administração na população pediátrica, encontram-se na sua grande maioria sob a forma de pó para suspensão oral. Usualmente, fica ao encargo dos farmacêuticos a sua reconstituição, devendo o mesmo seguir as instruções fornecidas no folheto informativo. Adicionalmente, é função do farmacêutico aconselhar e incutir para o uso correto e responsável dos antibióticos, tentando minorar os impactos negativos que advêm da sua toma indiscriminada, como é exemplo, o do aumento da resistência aos antibióticos.42 Assim sendo, o farmacêutico deverá garantir a toma

correta do antibiótico, no que diz respeito à dose, hora da toma e duração de tratamento.3,42 O cálculo da dose do antibiótico é da responsabilidade do médico, sendo

que a mesma se encontra na guia de tratamento na receita prescrita. O farmacêutico deve, no entanto, verificar sempre se a dose é adequada ao peso da criança. Verifiquei que o processo de cálculo da dose de antibiótico, por parte dos farmacêuticos, poderia ser facilitado ao recorrer a novas tecnologias e, assim, considerei relevante realizar uma folha de Excel para proceder a estes cálculos.

11.2 Objetivo

Elaborar uma folha de cálculo, que permita agilizar o processo de atendimento ao utente, aumentando a celeridade do mesmo e diminuindo a probabilidade de erros de cálculo inerentes à condição humana.

11.3 Aplicação do projeto

De forma a elaborar a folha de Excel, recorri a folhetos informativos dos vários antibióticos e à plataforma Infomed, inserida no site do INFARMED. Assim sendo, denotei que, para a folha de cálculo funcionar em pleno, é essencial ter o peso correto da criança e, ainda, ter disponível a dose e dosagem usuais do antibiótico prescrito. Adicionalmente, considerei fundamental automatizar ao máximo esta folha, de forma a preencher estes parâmetros e obter automaticamente a dose a administrar. No entanto, há antibióticos que se repartem em 2, 3 ou 4 doses diárias, tendo sido necessário colocar estas observações em local apropriado (observações), devendo-se tomar em atenção para fazer o apropriado aconselhamento da dose e tomas diárias corretas. Estes parâmetros foram tidos em conta no desenvolvimento da folha de cálculo, podendo ser observados na mesma (Anexo 13).

Posto isto, esta folha de Excel foi disponibilizada em todos os computadores da farmácia, tanto na área de atendimento bem como na área de armazém.

uma criança de 29 kg com prescrição de Clavamox ES. Como verificado no Anexo 14, basta preencher alguns pontos da folha, de forma à dose ser calculada automaticamente.

11.4 Conclusão

O resultado deste projeto foi bastante positivo, sendo que a folha de cálculo cumpriu os objetivos traçados. Por se tratar de uma ferramenta simples e útil, foi utilizada frequentemente para o cálculo da toma, permitindo nestes atendimentos agilizar o processo de atendimento ao utente, prestando maior enfoque ao aconselhamento farmacêutico e diminuindo a probabilidade de erros de cálculo inerentes à condição humana.

Conclusão Reflexiva

Concluída a Unidade Curricular de Estágio, sinto que entro no mercado de trabalho como uma profissional apta para fazer parte de uma profissão tão nobre como é a profissão Farmacêutica.

Ao longo do período de estágio pude experienciar o valor que o farmacêutico comunitário representa na sociedade. O farmacêutico apresenta-se como o último elo de ligação entre o utente e o medicamento, e o estabelecimento de uma relação de confiança e empatia com o utente é essencial, para a promoção do uso racional e responsável do medicamento.

Esta etapa foi marcada por inúmeros desafios, que no geral me tornaram numa profissional mais resiliente e completa. Ao longo destes três meses foi-me possível aplicar todo o conhecimento adquirido nos últimos cinco anos, em diversos contextos e em situações muito práticas, que exigiram de mim desenvolvimento de capacidades como pensamento critico, raciocínio rápido e uma boa comunicação farmacêutico- utente.

A fase de elaboração de projetos foi também bastante desafiante, pois por um lado desenvolvi projetos em prol da comunidade e por outro desenvolvi e ampliei a minha área de conhecimentos. Sinto-me bastante satisfeita por ter contribuído, de alguma forma, na saúde e bem-estar dos idosos do centro de dia onde efetuei o primeiro projeto.

Por fim, considero que estes cinco anos de aprendizagem, nomeadamente os últimos meses de estágio, me proporcionaram não só as “hard-skills” que me distinguem enquanto farmacêutica, mas também as “soft-skills” que me permitem servir melhor a comunidade. O serviço à comunidade constitui o principal enfoque dos profissionais de saúde e é, neste sentido, que pretendo contribuir diariamente com o meu trabalho.

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Anexos