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Promoção de ambientes de aprendizagem inclusivos de qualidade e de modalidades de

No documento -- Estratégias para a ação -- (páginas 47-54)

de modalidades de aprendizagem

alternativas

Promoção de ambientes de aprendizagem inclusivos de qualidade

e de modalidades de aprendizagem alternativas

Tipo de estratégia

꙱ Prevenção ꙱ Intervenção ꙱ Compensação

Fatores de risco

꙱ Desafios pessoais

꙱ Falta de motivação, interesse e expetativas ꙱ Falta de envolvimento

꙱ Baixa autoestima e autoperceção

꙱ Autoperceção e identidade de aprendizagem negativas ꙱ Relações sociais

꙱ Sensação de falta de interesse por parte dos professor/técnicos ꙱ Isolamento

꙱ Sentir-se diferente ꙱ Fatores institucionais

꙱ Falta de flexibilidade institucional: regras, rotinas e escola não inclusiva ꙱ Ambiente escolar

꙱ Gestão do comportamento dos alunos ꙱ Exclusão

꙱ Segregação escolar

꙱ Falta de confiança e de apoio ꙱ Fatores estruturais

꙱ Falta de percursos alternativos na região: falta de continuidade e disponibilidade limitada ꙱ Estar fora ou afastado do sistema educativo

Níveis de estratégia

꙱ Individual (ações psicopedagógicas) ꙱ Institucional (ações da escola) ꙱ Sistema educativo (ações da tutela)

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Promoção de ambientes de aprendizagem inclusivos de qualidade

e de modalidades de aprendizagem alternativas

Objetivo

Promover a aprendizagem inclusiva para os jovens que estão em risco de abandono escolar precoce. Inclui os ambientes de aprendizagem das instituições de aprendizagem formal, bem como os contextos de ensino não formal.

Descrição da estratégia

O desinteresse dos jovens na educação e formação constitui um dos riscos de abandono escolar precoce. Têm frequentemente dificuldade em envolver-se no ambiente de aprendizagem formal da escola e, como tal, podem experimentar uma educação tão isolada ou inadequada às suas necessidades de aprendizagem. A ação de promoção de ambientes de aprendizagem inclusivos de qualidade e de modalidades de aprendizagem alternativas está, por conseguinte, especificamente orientada para os jovens para os quais a educação/formação formal a tempo inteiro é difícil ou não apropriada.

Esta ação é melhor alcançada através da liderança de uma pessoa identificada com conhecimento e poder para rever e abordar a inclusão de ambientes de aprendizagem formal e para a coordenação de esquemas de aprendizagem alternativos para jovens, para os quais a aprendizagem, a tempo inteiro na escola, não é apropriada.

Uma observação recorrente que emergiu da nossa investigação no projeto Orienta4YEL, foi a de que os alunos que procuram envolver-se com a educação formal a tempo inteiro, foram relatados como tendo dificuldade em manter-se na sala de aula (de 30 alunos) para um tempo letivo completo. Esta dificuldade foi frequentemente apresentada como um comportamento perturbador, como um conflito ou recusa de envolvimento dentro da sala de aula. Uma das consequências para o aluno poderá ser o afastamento do grupo/turma para aprender separadamente. Em situações em que os recursos humanos são escassos, esta medida pode levar a que o jovem seja colocado em ambientes de aprendizagem inadequados e sem supervisão - como o corredor - com o objetivo principal de proteger os ambientes de aprendizagem para o resto da turma da sala de aula. Os alunos que possam ter experimentado o afastamento temporário da sala de aula (por exemplo, para trabalhar no corredor, fora do gabinete do professor, na área de receção ou na "sala de isolamento" por mau comportamento) reportaram habitualmente a existência de um impacto negativo significativo na sua identidade de aprendiz e uma sensação de não pertença à escola/educação. Este tipo de estratégia tem levado a uma conceção de que nem todos estes alunos são merecedores de uma educação de qualidade, sendo necessário por isso promover ajustamentos face à eventual rigidez de alguns ambientes institucionais, de modo a que o ambiente de aprendizagem seja experimentado como inclusivo para os alunos.

Com isto em mente, esta ação envolve algumas propostas: em primeiro lugar, apoiar os jovens na identificação de eventuais barreiras à aprendizagem (ver Ação 1 para mais pormenores) e das suas atividades de aprendizagem preferidas; e, em segundo lugar, agir como mediador junto dos professores na implementação de estratégias pedagógicas ajustadas.

Outro aspeto desta ação tem como objetivo corrigir o isolamento que alguns alunos sentem dentro dos ambientes de aprendizagem. Enquanto os alunos com dificuldades específicas podem debater-se com grandes salas de aula, a alternativa - aprender isoladamente - raramente é apropriada, e certamente não como a sua experiência de aprendizagem dominante. Nesta perspetiva, que ajustes podem ser feitos ao ambiente de aprendizagem da sala de aula para ser mais inclusivo? E nos casos em que o ensino numa turma completa não é apropriado, que experiências de aprendizagem entre pares (por exemplo, aprendizagem em pequenos grupos) podem ser postas em prática?

No caso de modalidades de aprendizagem alternativas é também importante gerir as expetativas de todos os jovens e educadores relativamente à finalidade, objetivos, normas e regras para o cenário alternativo, bem como a razão pela qual esse cenário foi identificado como apropriado para o aluno. Portanto, os esforços para

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ligar as oportunidades apresentadas pelo cenário alternativo às competências, interesses e realizações passadas podem ajudar o aluno a gerar um sentido de continuidade nas trajetórias educativas, de formação e do mercado de trabalho dos jovens. O sentido de progresso, em relação a trajetórias educativas anteriores, também contribui para o objetivo fundamental de apoiar os jovens no desenvolvimento de um sentido de propriedade sobre (e positividade sobre) os seus planos futuros.

Um aspeto relacionado com a "aprendizagem inclusiva" é que a cultura da inclusão (reconhecendo e celebrando a diversidade das necessidades dos alunos) deve ser transversal à instituição, incluindo equipas de liderança, professores, pessoal de apoio e alunos. As questões de gestão comportamental desempenham um papel fundamental na facilitação desta cultura.

Esta ação promove, portanto, a participação de todos os agentes educativos na conceção e implementação de estratégias de ação envolvendo a discussão e a mediação como estratégias de resolução, no desenvolvimento da confiança dos alunos.

Para este fim, a promoção de ambientes de aprendizagem inclusivos de qualidade e de esquemas de aprendizagem alternativos têm de assegurar que a provisão seja sensível às necessidades e às características dos jovens tendo em conta aspetos culturais, sociais, familiares, pessoais entre outras. Esta ação requer o envolvimento ativo dos jovens, com o apoio de uma pessoa designada, na coordenação de todos os aspetos da promoção da aprendizagem inclusiva. O apoio incluirá o trabalho com vários intervenientes, incluindo; professores, educadores, diretores e equipas de liderança nas instituições educativas formais e não formais; pais/educadores e o jovem e os seus amigos e pares.

Beneficiários

꙱ Jovens ꙱ Professores/formadores ꙱ Famílias ꙱ Comunidade ꙱ ...

Responsáveis pela estratégia

꙱ Tutor ꙱ Professores/formadores ꙱ Técnicos de apoio ꙱ Famílias ꙱ Outros profissionais (internos ou externos à instituição): agente externo

Momentos da implementação

꙱ No início do ano letivo ꙱ Durante o ano letivo ꙱ No final do ano letivo ꙱ Transição entre anos escolares

꙱ Outro (especificar): ……….

Custo da estratégia

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Promoção de ambientes de aprendizagem inclusivos de qualidade

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Desenvolvimento da estratégia

A promoção da aprendizagem inclusiva de qualidade pode ser conseguida através de um conjunto de métodos relevantes tanto para contextos de aprendizagem formal como informal. Os exemplos das ações que se seguem distinguem-se entre estes dois tipos de contextos:

1. Ações que podem apoiar a promoção da aprendizagem inclusiva dentro de ambientes de

aprendizagem formal. 1.1 Na sala de aula:

1.1.1. Distribuição dos jovens pela sala de aula assegurando que são agrupados com companheiros

de lugar que eles consideram ser parceiros de aprendizagem eficazes, atuando como mediadores

junto dos professores.

1.1.2. Assegurar que o ambiente da sala de aula é confortável para os jovens e propício à

aprendizagem.

1.1.3. Assegurar que os jovens têm os recursos pedagógicos de que necessitam para aceder ao

currículo.

1.1.4. Adequação dos horários escolares.

1.1.5. Implementação de alguns momentos de pausa, quando adequado, previamente articulados

entre os professores e alunos.

1.1.6. Um 'espaço seguro' na escola: onde os jovens podem usar quando se sentem sobrecarregados ou necessitam de apoio.

1.1.7. Assegurar que, em nenhuma circunstância, os jovens sejam retirados das aulas para espaços

isolados.

1.2 Outras estratégias inclusivas

1.2.1. Desenvolvimento integral do aluno articulando as atividades curriculares e extracurriculares, proporcionando o desenvolvimento de competências criativas, variadas e motivantes;

1.2.2. Promoção de atividades práticas associadas ao fazer realizadas individualmente ou em

pares;

1.2.3. Realização de experiências pedagógicas em diferentes espaços de aprendizagem, tais como ao ar livre na natureza e na comunidade;

1.2.4. Oportunidades de trabalho em pares e em grupo, por exemplo, seminários, debates e atividades de discussão;

1.2.5. Amplas oportunidades para fazer perguntas: O conhecimento tem mais significado quando os alunos se apropriam da aprendizagem. Isto inclui um equilíbrio entre procurar as respostas de outros conhecedores e (quando possível e apropriado) procurar as respostas de forma independente. 1.2.6. Projetos conduzidos por alunos - a resolução de problemas; particularmente através de atividades educacionais que se relacionam com questões de interesse local, nacional e global atual. 1.2.7. Abordagem interdisciplinar; muitas vezes facilitado através de aprendizagem baseada em projetos.

1.2.8. Ambientes de aprendizagem estimulantes em termos visuais e sonoros, que mobilizem os sentidos de forma integrada com sentido e significado para os alunos;

1.2.9. Reconhecer e dar visibilidade às realizações dos alunos;

1.2.10. Potenciar encontros de partilha com oradores convidados do mercado de trabalho, da

comunidade ou ex-alunos sobre testemunhos de superação de desafios e aspirações inspiradoras

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Promoção de ambientes de aprendizagem inclusivos de qualidade

e de modalidades de aprendizagem alternativas

1.3 Colaborar na construção de uma identidade positiva do aprendente

1.3.1. Promover momentos de trabalho individual com o jovem que lhes permitir ver-se a si próprio como um aprendente com potencialidades. Pode envolver a compreensão das suas histórias

educativas e biográficas, das suas relações significativas; com um objetivo pretendido de obter, registar e referir-se às suas capacidades, talentos, interesses e realizações, no âmbito de uma abordagem de "escuta reflexiva" para permitir ao jovem construir confiança nos seus professores e na educação.

1.3.2. Trabalhar individualmente com o jovem para compreender as suas barreiras à

aprendizagem;

1.3.3. Refletir no plano de aprendizagem individual ou de carreira, um roteiro para os percursos e ações necessárias para alcançar os objetivos educativos e de carreira;

1.4.4. Proprocionar formação em competências de comunicação e expressão oral e escrita; 1.5 Fomentar uma cultura inclusiva junto dos alunos

1.5.1. Formação de pequenos grupos e de turmas inteiras sobre o que é uma "comunidade

inclusiva";

1.5.2. Promoção de atividades em grupos ou por pares incidindo sobre a discussão e debate sobre temáticas de educação para a cidadania;

1.5.3. Criação de uma plataforma de voz dos alunos enquanto órgão representativo (ou conselho) responsável por trazer as questões dos alunos para a equipa de liderança da escola;

1.5.4. Promoção de abordagens de mediação para ajudar os alunos na sua comunicação;

2. Promoção de modalidades de aprendizagem alternativas destinadas aos jovens para os quais a educação formal a tempo inteiro não é apropriada. A inclusão neste contexto inclui ações específicas, tais como;

2.1. Conhecimento dos serviços locais de educação e de saúde disponíveis para os jovens;

2.2. Manutenção de um registo de progressão individual atualizado;

2.3. Apoio à mobilidade e transporte entre educação/formação/trabalho;

2.4. Transição apoiada entre ambientes de educação/formação;

2.5. Um registo personalizado das realizações e das necessidades de aprendizagem:

2.6. Visitas de estudo a ambientes de aprendizagem alternativos a serem organizadas individualmente ou em grupo, dependendo das necessidades e preferências do jovem.

2.7. Contrato de participação. A ser elaborado antes do início do jovem iniciar o ensino

alternativo, isto implica trabalhar individualmente com o jovem para identificar as suas aspirações, objetivos, motivações e finalidade de participação. Deve também incluir uma seção preenchida pela "pessoa chave" do educador, expondo as suas expectativas, o que oferecem e como vêm o jovem acrescentar valor aos objetivos e aspirações da entidade formadora.

Estas atividades requerem ação e empenho, tanto por parte do coordenador de aprendizagem inclusiva designado, jovens, pares, professores, equipa de liderança, pessoal de apoio e administradores para garantir que a aprendizagem inclusiva esteja no centro da cultura e do ethos da escola.

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Promoção de ambientes de aprendizagem inclusivos de qualidade

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꙱ Pessoa designada

꙱ Espaço adequado e confortável

꙱ Professor pela implementação do currículo na formação cívica ꙱ Figura do agente educativo externo

꙱ Materiais/ferramentas:

꙱ Software e hardware de gestão académica ꙱ Software de monitorização académica

꙱ Recursos de Comunicação digital (por exemplo Skype, email) ꙱ Programas de formação/educação inclusiva

Outras considerações:

Os fatores preventivos:

§ Apoio individualizado quando necessário

§ Ambiente de aprendizagem flexível, tempo fora das aulas quando necessário; horários reduzidos, escolha sobre os trabalhos de casa, uma pausa entre as aulas.

§ Sistema de gestão de comportamento positivo § Construção de (auto)confiança e autoestima

§ Cultura escolar inclusiva; um ethos de cuidado, a escola como um espaço seguro § Construir nos alunos um sentido de identidade positiva

§ Promoção da responsabilidade e da autonomia dos jovens § Melhoria do ambiente de aprendizagem e dos espaços § Identificação de aspirações/objetivos

§ Incluir o aluno na comunidade

§ Reforçar a perceção dos alunos de que são apoiados

§ Ampliar a diversidade da oferta educativa curricular e extracurricular § Mecanismos de apoio direcionados

Referências

Fischer Family Trust Aspire Pupil Tracking tool. The Aspire tracking tool comprises two trackers integrated into

one system. The assessment tracker is designed to Convert and compare DfE tests, standardised tests, teacher assessments, targets and FFT estimates in one single tracking system and the Curriculum Tracker aims to Record and track pupil objectives using our ready-made curriculum templates or your own customised curriculum plans. Full information is Disponível em:

https://fft.org.uk

Local Offer Wiltshire. Services for young people up to age 25 with special educational needs and/or disabilities.

Full information is Disponível em: http://www.wiltshire.gov.uk/local-offer

Roots of Empathy is an international organization that offers empathy-based programs for children, with

research to prove impact. It is a leader in the empathy movement. Full information is Disponível em:

https://uk.rootsofempathy.org/

The Boxall Profile Online is: “an assessment tool for social emotional and behavioural difficulties for children

and young people. It is a resource for the assessment of children and young people's social, emotional and behavioural development. The two-part checklist, which is completed by staff who know the child and young person best, is quick — and, very importantly, identifies the levels of skills the children and young people possess to access learning”. Full information is Disponível em:

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The PiXL club (Partners in Excellence) is a partnership of over 1,400 secondary schools, 450 sixth forms,

900 primary schools and 50 providers of alternative education. Through our support for schools together we share best practice to raise standards and to give students a better future and brighter hope. PiXL is now the largest network of schools in England and Wales. Full information is Disponível em: https://www.pixl.org.uk/ In particular these programmes were recommended: PiXL secondary (https://www.pixl.org.uk/page/?title=PiXL+Main&pid=9) and PiXL Character (https://www.pixl.org.uk/edge).

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Estratégia 13 | Apoio ao desenvolvimento de relações

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