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CAPÍTULO IV – OPÇÕES EPISTEMOLÓGICAS E METODOLÓGICAS 1 Problema e objetivos do estudo

INSTITUIÇÃO DE FORMAÇÃO

C. PROMOÇÃO DO ENSINO-

APRENDIZAGEM

Materiais e recursos utilizados na sala de aula

Manuais Da escola Dos alunos Da Internet

Construídos pelo professor

Trabalhar conteúdos

Matemática

Estudo do meio físico social História de Portugal Língua portuguesa Área das expressões Trabalho com o computador Trabalho interdisciplinar Aproveitar para trabalhar diversos

conteúdos

Trabalho individualizado Trabalhar com alunos com dificuldades

Atividades

Atividades iniciais Atividades no quadro

Aplicação de conhecimentos à realidade

Comunicação e interação verbal Realização de exercícios

Partilha com a turma do trabalho realizado

Ler obra do Plano Nacional de Leitura Entreajuda

Desenhos Supervisão das atividades dos

alunos

Acompanhamento das atividades realizadas pelos alunos Correção e entrega de trabalhos

Incentivar os alunos

Felicitando Pedindo empenho Pedindo para repetir Acalmando aluno D. AVALIAÇÃO

De desempenho Valoração do trabalho realizado De comportamento Valoração do comportamento Formal de conteúdos Teste de avaliação

194 5. Tratamento e organização dos dados da entrevista de estimulação de memória

Tendo em conta o conhecimento profissional das professoras, de cariz essencialmente implícito e tácito, procedeu-se ao registo vídeo de aulas, seguido de uma entrevista de estimulação de memória que ajudasse as docentes a explicitar as razões que sustentavam as suas práticas. Após o registo vídeo das aulas (uma aula e meia), foi solicitado às professoras que o visionassem e justificassem a sua forma de trabalhar e as decisões tomadas no decurso da aula: porque trabalhavam daquela forma. O diálogo decorreu de forma aberta, tendo como referência o que se estava a visualizar, mas algumas professoras recordaram também atividades similares, observadas nas aulas objeto de observação anterior, apresentando a mesma explicação e/ou fundamentação.

O tratamento e análise da informação recolhida por este meio foi objeto de análise de conteúdo temática, tomando-se como unidade de registo o mais pequeno segmento de mensagem dotado de sentido próprio, e como unidade de contexto a integralidade da entrevista. À semelhança das análises de conteúdo realizadas anteriormente, procedeu-se ao tratamento de duas entrevistas para a elaboração de uma grelha de análise inicial, que depois se aplicou ao restante corpus. Deste trabalho resultou uma primeira grelha de categorias e subcategorias que foi alvo de atenta reflexão e discussão com a orientadora, levando a retificações e ajustamentos. A sua aplicação ao corpus, tendo em consideração os critérios de convergência, exclusividade e exaustividade referidos pelos autores, revelou a sua eficácia. O passo seguinte foi proceder à validação da categorização junto de um elemento externo ao estudo, solicitando-lhe a aplicação do sistema de categorias e subcategorias a duas das entrevistas, tendo-se obtido um índice de fidelidade de 96%. Este valor reflete o trabalho crítico e de reflexão que acompanhou todo o processo de construção do sistema de categorias que se sujeitou a validação. As discordâncias manifestadas neste processo situavam-se ao nível de algumas subcategorias e, mais especificamente, da sua designação, tendo sido retificada no sentido de obter uma maior clarificação do seu respetivo sentido.

O sistema de categorias final aplicado ao corpus da informação obtida pelas entrevistas de estimulação memória é constituído por seis categorias subdivididas em diversas subcategorias (Quadro 10), e que se passam a descrever:

195 1. Justificação pelos conhecimentos científicos: integra as justificações baseadas numa fundamentação de cariz científico. Subcategorias: “Psicologia”; “Metodologias e didáticas”.

2. Justificação pelo conhecimento dos alunos: integra as justificações fundamentadas no conhecimento sobre os alunos considerados individualmente e sobre a turma. Integra as subcategorias: “Características pessoais e de aprendizagem”; “Desempenho dos alunos”; “Contexto familiar”.

3. Justificação pelas crenças e convicções pessoais: integra as justificações fundamentadas em verdades ou princípios dogmáticos do professor sobre a escola, e que orientam a sua forma de trabalhar na sala de aula e as decisões que aí são tomadas. Este tipo de justificações, por vezes, surge no discurso das professoras sob a forma de eu acredito, eu penso que ou ainda eu acho. Esta categoria apresenta as seguintes categorias: “Sobre a educação escolar”; “Sobre o trabalho na sala de aula”; “Sobre a importância dos pais”; “Sobre a necessidade de motivar os alunos”; “Sobre o desenvolvimento de competências cognitivas nos alunos”; “Sobre a superioridade de certos métodos”; “Sobre a necessidade de articular escola/ATL”; “Sobre a necessidade de trabalho autónomo”.

Quadro 10 – Justificação das práticas: grelha de categorias, subcategorias e indicadores

CATEGORIAS SUBCATEGORIAS INDICADORES

1. JUSTIFICAÇÃO PELOS CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS

Psicologia Escalão etário e nível de aprendizagem

Metodologias e didáticas Da língua portuguesa

2. JUSTIFICAÇÃO PELO CONHECIMENTO DOS ALUNOS/TURMA

Características pessoais e de aprendizagem

Níveis e ritmos diferentes de aprendizagem

Alunos muito faladores Alunos competitivos Autoestima

Desempenho dos alunos Pouco interesse na leitura Resultados

Contexto familiar Formação dos pais

3. JUSTIFICAÇÃO PELAS CRENÇAS E CONVICÇÕES PESSOAIS

Sobre a educação escolar

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JUSTIFICAÇÃO PELAS CRENÇAS E CONVICÇÕES PESSOAIS

(continuação)

Educar para valores e atitudes de respeito para com o outro Aprender implica trabalho Proporcionar aprendizagens (conteúdos, atitudes, valores, etc.) Importância social da escola Horário curricular adequado Escola espaço de educação

Sobre o trabalho na sala de aula

Adequar estratégias aos alunos Partir dos trabalho dos alunos Partir dos saberes dos alunos Recorrer ao audiovisual Usar imagens

Criar ambiente propício à aprendizagem Decidir e agir no momento

Construir textos e materiais Ligar ensino e realidade Trabalho interdisciplinar Arranjar truques

Importante avaliar as aprendizagens Corrigir TPC

Controlar comportamentos

Matemática: trabalhar e corrigir sempre no quadro

Língua portuguesa: trabalhar individualmente

Usar manuais Gerir a sala de aula Importante planificar

Importância do apoio individual Recusar manuais

Sobre a importância dos pais Articulação professor/família

Sobre a necessidade de motivar os alunos

Motivar os alunos

Trabalhar a parte emocional Valorar a dimensão lúdica

Sobre o desenvolvimento de competências cognitivas nos alunos

Incentivar a criatividade

Prioridade à leitura e interpretação Matemática: combater o preconceito Desenvolver a comunicação Incentivar a escrita Desenvolver o raciocínio

Sobre a superioridade de certos métodos

Preferir o Método Global Utilizar apenas um método de aprendizagem de leitura

Sobre a necessidade de articular escola/ATL

Falta de articulação escola/ATL: dificuldades dos alunos

Sobre a necessidade de trabalho autónomo

Promover trabalho autónomo Criar hábitos de estudo Importância TPC 4. JUSTIFICAÇÃO PELO CONHECIMENTO DE SI Características pessoais Ser agitada Precisar de equilíbrio Ser criativa

Gostar de trabalhar motivada

Consciência dos seus limites Conhecer os seus limites

Reflexão e autocrítica Assumir do erro

5. JUSTIFICAÇÃO PELO RESPEITO A UMA AUTORIDADE FORMATIVA

Da experiência profissional Pessoal Colegas

Da formação Formação Inicial

Cursos de formação

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