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D. OBJETIVOS E ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO

D.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS E LINHAS DE INTERVENÇÃO

D.3.2. Promover serviços de transporte público de qualidade e adequados à procura

adequados à procura

A fase de Caracterização e Diagnóstico do PMT de Olhão evidencia os seguintes aspetos relativamente à

PROMOVER SERVIÇOS DE TRANSPORTE PÚBLICO DE BOA QUALIDADE e adequados à procura, garantindo a

sustentabilidade da oferta

PROMOVER A INTERMODALIDADE no sistema de transporte coletivo , assegurando a sua integração tarifária, física e

lógica

Promover as DESLOCAÇÕES EM MODOS SUAVES, reforçando o seu papel no sistema de deslocações urbanas

Desenvolver POLÍTICAS DE ESTACIONAMENTO DIFERENCIADAS que contribuam para uma repartição modal

mais equiilibrada

Estabelecer uma CONFIGURAÇÃO ADEQUADA DO SISTEMA DE ACESSIBILIDADES. através de uma estratégia articulada de

qualificação do espaço rodoviário em contexto urbano e encaminhamento dos fluxos de tráfego para as vias adequadas,

Promover a MINIMIZAÇÃO OS IMPACTES ASSOCIADOS AO TRÁFEGO DE PESADOS e ORGANIZAÇÃO DAS CARGAS E

DESCARGAS nos centros urbanos

Promover a INTEGRAÇÃO entre a organização do sistema de TRANSPORTES e os USOS DO SOLO

Aposta em medidas inovadoras de GESTÃO DA MOBILIDADE, que promovam o uso racionaldos modos individuais

motorizados

SENSIBILIZAR, INFORMAR E ENVOLVER TODOS OS ATORES SOBRE AS OPÇÕES MODAIS MAIS EFICIENTES

organização do sistema de transporte coletivo.

No que se refere à rede de transporte coletivo ferroviário verifica-se que a linha do Algarve apresenta uma fraca adesão da procura: entre 2006 e 2012 o número de passageiros transportados decresceu em média, 2% ao ano, sendo que em 2012, a oferta registou um corte no número de circulações diárias, no contexto do programa de austeridade do Governo.

No que se refere a projetos futuros ou intervenções de melhoramento da linha do Algarve, segundo a REFER14 apenas estão previstos investimentos nos

sistemas de sinalização, eletrónica e telecomunicações entre Olhão e Vila Real de Santo António até 2013. Do ponto de vista da organização do transporte coletivo rodoviário podem destacar-se os seguintes aspetos fundamentais:

A oferta do TC rodoviário não apresenta qualquer hierarquia, não existindo o conceito de rede de transporte coletivo;

Predominam as carreiras com um baixo nível de oferta, isto é, com um número reduzido de circulações por carreira.

Os circuitos urbanos são tão sinuosos e tão pouco frequentes que são pouco atrativos para as deslocações na cidade de Olhão.

A organização do sistema de transporte coletivo no

14 No âmbito desta fase do PMT de Olhão houve uma reunião entre

a REFER e a equipa técnica com o objetivo de identificar projetos ou intervenções na Linha do Algarve.

município de Olhão tem que ser entendida como uma das peças da estratégia de mobilidade no município, se efetivamente se pretende evoluir para padrões de mobilidade mais sustentáveis..

A Câmara Municipal de Olhão tem um papel importante a desempenhar na prossecução destes objetivos porque está na sua esfera de competências:

O desenvolvimento da rede de transporte urbana, a qual carece ser revista já que apresenta um percurso muito extenso e uma frequência muito baixa

A introdução de medidas que favoreçam a fluidez de circulação dos TC rodoviários (e.g., resolução dos pontos de conflito entre o TC e o TI, ...);

A garantia de que as interfaces / paragens oferecem condições de conforto, segurança e informação favoráveis a uma maior utilização do transporte coletivo;

As políticas de estacionamento têm efeitos concretos no que respeita à maior ou menor utilização do transporte coletivo. De um modo geral, nos concelhos em que a oferta de estacionamento é elevada e os custos associados à sua utilização são reduzidos ou nulos, é muito mais difícil que a utilização do transporte coletivo seja elevada.

O objetivo de “Promover um serviço de transporte público de qualidade e adequado à procura, garantindo a sustentabilidade da procura” é uma das peças da estratégia de intervenção do PMT de Olhão e, como tal, implica que seja possível

estabelecer uma plataforma de compromisso com os principais operadores de transporte coletivo presentes no concelho, e particularmente com a EVA Transportes, uma vez que este é o operador dominante no município.

Seguidamente enunciam-se as linhas de intervenção que se propõe desenvolver ao abrigo deste objetivo, e que uma vez aceites pela CM de Olhão com base em pareceres efetuados pela comissão de acompanhamento serão concretizadas na fase seguinte do estudo.

Propõe-se a hierarquização da rede de transportes coletivos que serve o município de Olhão, de modo:

o Garantir uma leitura fácil da organização da rede por todos os (potenciais) utilizadores, nomeadamente tornando claro quais são os aglomerados que são servidos por cada uma das carreiras

o Promover uma melhor acessibilidade em TC aos principais polos geradores

o Nas zonas de baixa densidade, avaliar a possibilidade de introduzir soluções de transporte flexível que permitam manter o serviço à população (e se possível até melhorá- lo), mas simultaneamente reduzir os custos de operação do transporte coletivo.

Promover a melhoria das condições de oferta do transporte coletivo rodoviário estabelecendo padrões de velocidade comercial, frequência e fiabilidade adequados a cada nível hierárquico da oferta (e aos patamares da procura). Para tal será necessário apostar:

o Aumento da velocidade comercial sobretudo nas ligações estruturantes que venham a ser

estabelecidas;

o Reforço das frequências das linhas de TC estruturantes e secundárias, tendo sempre em consideração os limiares da procura atual e potencial;

o Tratamento preferencial nos corredores de maior concentração da oferta de TC rodoviário, com maior ênfase nas entradas de Olhão;

o Simplificação dos percursos das carreiras (evitando percursos sinuosos e pouco atrativos), contribuindo para uma diminuição dos tempos de percurso globais.

Promover a acessibilidade para todos em TP, o que passa pela substituição gradual do material circulante, de modo a garantir o acesso às pessoas com mobilidade condicionada, mas também pela requalificação e desenvolvimento das principais interfaces de transportes, no sentido de permitir o livre acesso a estas.

Integrar a oferta dos táxis no sistema de transportes públicos, o que passa por garantir um correto dimensionamento da frota, pela introdução de veículos adaptados e pela valorização das paragens e pontos de estadia.

Na Tabela 31 são apresentados os contributos do objetivo específico para a concretização “Promover serviços de transporte público de qualidade e adequados à procura, garantindo a sustentabilidade da oferta” na concretização dos objetivos estratégicos.

Tabela 31 - Linhas de intervenção do objectivo “Promover serviços de transporte público de qualidade e adequados à procura, garantindo a sustenatbilidade da oferta” e cruzamento com os objectivos estratégicos

Objetivos estratégicos

Objetivos específicos e Linhas de Intervenção Qualidade de vida Economia mais eficiente e sustentável Repartição modal mais sustentável Acessibilidade, Inclusão Social e Justiça Social Aumento da segurança Contribuir para a redução dos impactes ambientais Promover serviços de transporte público de qualidade e adequados à procura, garantindo a sustentabili- dade da oferta Hierarquização da rede de transportes coletivos

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Garantir uma leitura fácil da organização da rede por todos os (potenciais) utilizadores

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Promover uma melhor acessibilidade em TC aos

principais polos geradores

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Introdução de soluções de transporte flexível nas

zonas de baixa densidade

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Promover a melhoria das condições de oferta do transporte coletivo rodoviário (circulação e intensidade da oferta)

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Promover a acessibilidade para

todos em TP

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Integrar a oferta dos táxis no

sistema de transportes públicos  

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Muito Importante

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Importante  Significativo

D.3.3. Promover a intermodalidade no