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Proposta Metodológica para Operacionalização dos Conteúdos de Treino no

3. Proposta Metodológica

3.2. Proposta Metodológica para Operacionalização dos Conteúdos de Treino no

Fazendo uma análise funcional ao jogo de Futebol, tendo como referência o jogo praticado pelas crianças que o iniciam e o nível de desempenho desejado para que um jogador possa integrar uma equipa sénior (rendimento), podemos verificar que existem distintos níveis evolutivos, tendo como referência:

(i) o relacionamento com a bola;

(ii) a identificação com o objetivo do jogo;

(iii) a organização posicional nos diferentes momentos do jogo; (iv) a dinâmica coletiva que se consegue criar.

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Nesta sequência, e de acordo com Guilherme e Braz (2013) e Mendes (2014), consideramos quatro níveis qualitativos de desempenho, a saber: o nível básico; o nível

elementar; o nível intermédio; e o nível de especialização.

Importa ainda salientar que, na identificação destes níveis, convém estar ciente de que os mesmos interagem, pelo que importa preservar alguma plasticidade nas respetivas interpretação e operacionalização.

3.2.1. Nível Básico: Capacidades coordenativas com e sem bola aplicadas em contextos básicos do jogo

De acordo com Braz, Mendes e Palas (2014: 16):

“o nível básico manifesta-se, fundamentalmente, pelo rudimentar relacionamento com a bola. A existência de grandes dificuldades na execução das diferentes ações técnicas induz problemas no cumprimento e no entendimento do objetivo do jogo e, em alguns casos, no envolvimento e participação nesse mesmo jogo. Face a estas premissas, a organização posicional e funcional é residual, tornando o jogo num conjunto de ações individuais sem sequência coletiva intencional. A bola não é só o objeto como também é o objetivo do jogo, o que faz emergir duas caraterísticas peculiares deste nível de jogo. A primeira, prende-se com a constante aglomeração dos diferentes jogadores em torno da bola, fazendo com que o jogo tenha uma configuração essencialmente individual e desorganizada. A segunda reporta-se à ausência de consciência do objetivo primeiro do jogo, a marcação de golos. De facto, tudo funciona em torno do espaço físico da bola e desta forma, este nível carateriza-se por uma ausência de entendimento do jogo e por debilidades técnicas que não permitem uma sequência desse mesmo jogo, tanto nos planos individual, como colectivo”.

3.2.2. Nível Elementar: Entendimento do jogo enquanto projeto coletivo

Citando Braz, Mendes e Palas (2014: 16):

“o nível elementar carateriza-se pelo reconhecimento, por parte dos diferentes jogadores, do objetivo do jogo e por um relacionamento com a bola que permite, com regularidade, uma sequência de jogo tanto no plano individual como coletivo. Contudo, ainda evidenciam frequentes erros técnicos não provocados, interrompendo as ações individuais e coletivas. As caraterísticas referidas permitem o aparecimento de uma organização posicional e funcional. Todavia, esses níveis de organização evidenciam-se de forma muito simples, estática e individualizada. Isto é, deixa de ocorrer uma evidente aglomeração em torno da bola, mas continua a verificar-se uma individualização das ações por parte dos diferentes jogadores, em detrimento da organização coletiva. As ações coletivas apenas são realizadas quando se reconhece que as individuais não terão possibilidades de êxito ou quando os benefícios são facilmente evidentes. A noção

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de posição funde-se na noção de função e a estas duas noções junta-se a diferenciação entre ter e não ter a posse da bola, passando, o jogador, a assumir comportamentos posicionais e funcionais dissemelhantes, estando a atacar ou a defender. Pelo que acabamos de mencionar, pode-se considerar que este nível se caracteriza pelo início do entendimento do jogo, enquanto jogo coletivo, porém, ainda com manifestações individuais, mas com consciência de posicionamentos e funcionalidades diferenciadas. Contudo, as noções de organização, quer posicional quer funcional, referidas apenas se manifestam quando o jogo apresenta uma estrutura simplificada”.

3.2.3. Nível Intermédio: Organização posicional e estrutural para as diferentes fases/momentos do jogo

Corroborando com Braz, Mendes e Palas (2014: 16):

“no nível intermédio a qualidade técnica dos jogadores já permite uma fluidez no jogo que lhes garante, com frequência, uma sequência de ações ininterrupta com cada vez menos erros não provocados. Relativamente ao jogo, este nível evidencia-se pelo início da noção de organização posicional das diferentes fases/momentos. Os jogadores passam a ter consciência dos distintos posicionamentos estruturais e das respetivas funções. A ocupação dos espaços, tanto defensivos como ofensivos, passa a ser equilibrada e racional com as fases/momentos de jogo. A evolução do jogo passa pelo enquadramento coletivo que as ações individuais começam a evidenciar. Desta forma, a dinâmica de jogo começa a assumir-se pelas manifestações coletivas, embora simples, que o jogo passa a ter e pelas ações individuais contextualizadas pelo coletivo. O jogo passa definitivamente a ser entendido como um projeto coletivo em que as ações individuais visam o benefício da equipa”.

3.2.4. Nível de Especialização: Organização e dinâmica coletiva para a variabilidade do jogo

Finalmente, de acordo com Braz, Mendes e Palas (2014: 16):

“o nível de especialização manifesta-se pelo facto de os jogadores patentearem uma boa qualidade técnica contextualizada e uma organização estrutural e funcional que lhes permite criar um jogo suportado por uma dinâmica coletiva que emerge de padrões de ação referenciais. Neste nível de jogo, os praticantes evidenciam, simultaneamente, duas caraterísticas importantes: frequente e adequada mobilidade e equilíbrio posicional permanente. A mobilidade é motivada pelas movimentações específicas das diferentes posições e, também, pelos permanentes movimentos de trocas

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posicionais. O equilíbrio posicional acontece porque os jogadores já são capazes de diferenciar e assumir as distintas posições e as respetivas funções, tanto a atacar como a defender. O jogo torna-se realmente coletivo e com todos os pressupostos necessários para que se possa partir para formas de jogar com organização estrutural e funcional complexa. Após esta identificação global dos diferentes níveis de desempenho, o problema que se coloca é saber qual o caminho a traçar para formar jogadores que consigam responder às exigências que os mais elevados níveis de jogo colocam”.

Os autores supracitados colocam a seguinte pergunta: como desenvolver jogadores com elevado potencial técnico e com um elevado conhecimento específico do jogo, que permita que a equipa evidencie uma eficaz organização nas diferentes fases e momentos?

3.3. CONSTRUÇÃO DE EXERCÍCIO DE TREINO DE ACORDO COM OS CONTEÚDOS

A ABORDAR NOS DIFERENTES NÍVEIS DE DESEMPENHO

Apresentamos seguidamente uma bateria de exercícios de treino, de acordo com os conteúdos a abordar nos diferentes níveis de desempenho, apresentados por Braz, Mendes e Palas (2014: 16), com a pretensão de uma operacionalização do jogo, tendo em conta a sua especificidade e complexidade.

3.3.1. Nível Básico: Capacidades coordenativas com e sem bola aplicadas em contextos básicos do jogo.

Conteúdos prioritários a desenvolver neste nível:

O mais apropriado para este nível consiste na melhoria do relacionamento com a bola através da exercitação, em situações quer analíticas, quer representativas de jogo, das ações técnicas individuais ofensivas com bola, enfatizando também exercícios que visem o desenvolvimento das capacidades motoras coordenativas de multilateralidade e agilidade. Introdução ao primeiro princípio específico do ataque, a penetração/progressão, através da progressão em condução de bola, drible, finta ou do passe para o colega com o intuito de se dirigirem as ações tático-técnicas para a baliza adversária. Introdução ao princípio da cobertura ofensiva, possibilitando o aumento do

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número de soluções de ataque do portador da bola (drible, passe, remate e desmarcação). Por inerência, o princípio específico defensivo, a contenção por parte de quem defende, e os princípios posicionais a ela inerentes, em oposição ao princípio da penetração (Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014; Braz, Mendes & Palas, 2014).

O entendimento destes princípios é fundamental para que os jovens praticantes adquiram conhecimento sobre o jogo e o entendam como um projeto coletivo. Desta forma, consideram-se os jogos de baixa dificuldade e complexidade, com recurso a

jokers, apropriados para este nível de desenvolvimento (Braz, Mendes e Palas, 2014).

Importa referir que, para cada Nível, será sempre possível criar um número indeterminado de exercícios tendo em consideração aspetos como: a complexidade; o modelo de jogo (ideia de jogo do treinador, as caraterísticas dos atletas; organização estrutural; organização funcional), entre outros.

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EXERCÍCIOS PARA O NÍVEL BÁSICO

FICHA DE EXERCÍCIO

ESTRUTURA DO EXERCÍCIO Descrição: Grupos de 3 alunos/atletas, 2 com bola tentam passar

com a bola controlada as balizas que têm um defensor (3º elemento).

Objetivo motor/fisiológico: Coordenação específica.

Organização: Grupos de 3 alunos/atletas, distribuídos pelo

espaço.

Material: 14 Bolas; 14 Cones. Espaço: 60m x 50m

Regulamento: Não perder o domínio da bola; passar na baliza

com a bola controlada; escolher o melhor momento para passar. Quem perder a posse vai defender.

Imagem / Esquema / Gráfico:

DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO Objetivo tático/técnico: Controle e condução da bola; Penetração. Objetivo cognitivo/psicológico: Atenção, concentração, criatividade. Participantes: 21 alunos/atletas

OUTROS ASPETOS

Variantes: Aumentar/reduzir o número e tamanho de balizas; aumentar/diminuir o espaço; condicionar

a condução de bola (esquerdo/direito); Condicionar a oposição.

Observações:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adaptado de: Castelo, 2009; Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014; Braz,

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FICHA DE EXERCÍCIO

ESTRUTURA DO EXERCÍCIO Descrição: Jogo 1x1 com vários alvos (balizas). No início do

exercício passe entre dois jogadores, ao apito jogar 1x1.

Objetivo motor/fisiológico: Coordenação; Força específica. Organização: grupos de 2 alunos/atletas em cada quadrado. Material: 11 Bolas e Cones

Espaço: 11 quadrados de 10m x 10m

Regulamento: Não perder o controlo da bola na sua condução

e finalização. Orientar a receção para a baliza mais adequada.

Imagem/Esquema/Gráfico:

DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO

Objetivo tático/técnico: Passe/receção; controle da bola e condução; Desarme; finta/drible;

Penetração; Contenção.

Objetivo cognitivo/psicológico: Atenção, concentração, criatividade. Participantes: 22 alunos/atletas.

OUTROS ASPETOS

Variantes: aumentar/diminuir o espaço; condicionar a condução de bola (esquerdo/direito);

Condicionar a oposição.

Observações:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adaptado de: Castelo, 2009; Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014;

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FICHA DE EXERCÍCIO

ESTRUTURA DO EXERCÍCIO Descrição: O jogo inicia-se com os 6 jogadores agrupados 2 a 2.

Cada dupla com uma bola, jogam apenas entre si (1x1), podendo atacar qualquer das 4 balizas. Para marcar golo têm que passar as balizas com a bola controlada.

Objetivo motor/fisiológico: Coordenação; Força específica. Organização: grupos de 6 alunos/atletas em cada quadrado.

Jogam 1x1 entre si.

Material: 12 Bolas, cones e sinalizadores. Espaço: 4 quadrados de 20m x 20m

Regulamento: Após 1 minuto trocam de funções. O jogador

que inicia com a bola passa a defensor. Vence quem obtiver maior número de golos. Não pode fazer golos consecutivos na mesma baliza.

Imagem/Esquema/Gráfico:

DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO

Objetivo tático/técnico: Controle da bola e condução; Desarme; finta/drible; Penetração; Contenção. Objetivo cognitivo/psicológico: Atenção; concentração, criatividade.

Participantes: 24 alunos/atletas.

OUTROS ASPETOS

Variantes: aumentar/diminuir o espaço; condicionar a condução de bola (esquerdo/direito);

Condicionar a oposição.

Observações:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adaptado de: Castelo, 2009; Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014;

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FICHA DE EXERCÍCIO

ESTRUTURA DO EXERCÍCIO Descrição: Jogo 2x1+GR (avançado). Após a perda da bola, um

dos jogadores assuma a função de GR. Quando a equipa ganha a bola transforma-se em avançado e tentam finalizar na baliza (2x1 metros).

Objetivo motor/fisiológico: Coordenação; Força/resistência

específica.

Organização: grupos de 4 alunos/atletas em cada espaço. Jogam

2x2 e 2x1+GR entre si.

Material: Bolas, Balizas (2x1m), sinalizadores, coletes. Espaço: 5 quadrados de 15m x 12m.

Regulamento: Portador da bola procura dirigir-se para a baliza,

defensor evita a progressão. Colega do atacante oferece solução.

Imagem/Esquema/Gráfico:

DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO

Objetivo tático/técnico: Penetração; cobertura ofensiva; condução da bola, passe/receção; remate. Objetivo cognitivo/psicológico: Atenção; concentração; criatividade, cooperação; duelo; tomada de

decisão.

Participantes: 20 alunos/atletas.

OUTROS ASPETOS

Variantes: aumentar/diminuir o espaço; condicionar a condução de bola (esquerdo/direito);

Condicionar a oposição.

Observações:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adaptado de: Castelo, 2009; Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014;

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NOTA: será sempre possível criar um número indeterminado de exercícios tendo em

consideração aspetos como: a complexidade; o modelo de jogo (ideia de jogo do

FICHA DE EXERCÍCIO

ESTRUTURA DO EXERCÍCIO Descrição: Jogo 2x2 + Joker. Um jogador da equipa que defende

é GR. Criam-se situações de 3x1+GR

Objetivo motor/fisiológico: Coordenação; Força/resistência

específica.

Organização: grupos de 5 alunos/atletas em cada espaço.

Jogam 3x1+GR entre si.

Material: Bolas, balizas (2x1m), sinalizadores, coletes. Espaço: 4 retângulos de 20m x 15m.

Regulamento: Portador da bola procura dirigir-se para a baliza;

fixa o defesa. Colegas do portador oferecem solução.

Imagem/Esquema/Gráfico:

DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO

Objetivo tático/técnico: Ações técnico-táticas individuais. Penetração; Contenção; Cobertura Ofensiva;

Mobilidade.

Objetivo cognitivo/psicológico: Atenção; concentração; criatividade; cooperação; duelo; tomada de

decisão.

Participantes: 20 alunos/atletas.

OUTROS ASPETOS

Variantes: aumentar/diminuir o espaço; condicionar a condução de bola (esquerdo/direito). Jogar com

Joker defensivo.

Observações:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adaptado de: Castelo, 2009; Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014;

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treinador, as caraterísticas dos atletas; organização estrutural; organização funcional), entre outros.

3.3.2. Nível Elementar: Entendimento do jogo enquanto projeto coletivo

Conteúdos prioritários a desenvolver:

Neste nível é proposto a continuidade do trabalho relacionado com o desenvolvimento das habilidades técnicas no contexto de jogos básicos com o objetivo que o jogo tenha continuidade e dinâmica. Deverá enfatizar-se exercícios que potenciem o desenvolvimento das ações técnicas individuais ofensivas sem bola (simulação e desmarcação) através de combinações simples e diretas. Promoção de exercícios que solicitem maior relevância a aspetos relacionados com a cooperação e oposição, tendo por base os princípios específicos da cobertura ofensiva e defensiva, com o intuito de distinguir e reconhecer quais os comportamentos a adotar em função de se ter, ou não, a posse de bola (Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014; Braz, Mendes & Palas, 2014).

Ofensivamente, os jogadores sem bola devem perceber a importância da criação de linhas de passe seguras, de apoio ao portador da bola, para a continuidade do jogo. Na defesa, o praticante que não está a marcar diretamente o portador da bola deverá realizar ações defensivas com o intuito de ajudar o jogador que está a realizar contenção, com um posicionamento defensivo adequado em relação ao contexto momentâneo. É importante ainda fomentar o trabalho das ações coletivas elementares defensivas como as marcações, compensações e dobras (Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014; Braz, Mendes & Palas, 2014).

Cumprindo estes pressupostos, o jogo começa a ser realmente entendido como um projeto coletivo. Criação de exercícios direcionados para o trabalho específico do GR e para as situações de transição em superioridade e inferioridade numérica. Para tal, deve continuar a promover-se exercícios com recurso a jokers ou a situações de vantagem numérica em espaços delimitados, como elementos facilitadores da continuidade do processo ofensivo, obrigando também a uma reorganização mais célere

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no processo defensivo (Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014; Braz, Mendes & Palas, 2014).

EXERCÍCIOS PARA O NÍVEL ELEMENTAR

FICHA DE EXERCÍCIO

ESTRUTURA DO EXERCÍCIO Descrição: Jogo GR+2x2+GR, com dois apoios na parte

externa/lateral do campo. Criam-se situações de 4x2+GR.

Objetivo motor/fisiológico: Força/resistência específica. Organização: grupos de 8 alunos/atletas em cada espaço. Jogam

4x2+GR entre si.

Material: Bolas, Balizas de futebol de 7; sinalizadores. Espaço: 2 retângulos de 20m x 15m.

Regulamento: Portador da bola procura dirigir-se para a baliza,

fixa o defesa. Colegas do portador oferecem uma solução.

Imagem/Esquema/Gráfico:

DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO

Objetivo tático/técnico: Ações técnico-táticas individuais. Penetração; Contenção; Cobertura Ofensiva

e defensiva; Mobilidade.

Objetivo cognitivo/psicológico: Atenção; concentração; criatividade; cooperação; duelo; tomada de

decisão.

Participantes: 16 alunos/atletas.

OUTROS ASPETOS

Variantes: aumentar/diminuir o espaço; condicionar o número de toques. Observações:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adaptado de: Castelo, 2009; Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014;

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FICHA DE EXERCÍCIO

ESTRUTURA DO EXERCÍCIO Descrição: Jogo GR+2x2+GR

Objetivo motor/fisiológico: Força/resistência específica. Organização: grupos de 6 alunos/atletas em cada espaço.

Jogam GR+2x2+GR entre si.

Material: Bolas, Balizas de futebol de 7, sinalizadores e coletes. Espaço: 3 retângulos de 20m x 15m.

Regulamento: Os defensores procuram coordenar as suas

ações para impedirem a progressão e criação de situações de finalização dos atacantes.

Imagem/Esquema/Gráfico:

DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO

Objetivo tático/técnico: Ações técnico-táticas individuais. Penetração; Contenção; Cobertura Ofensiva

e defensiva.

Objetivo cognitivo/psicológico: Atenção; concentração; criatividade; cooperação; duelo; tomada de

decisão.

Participantes: 18 alunos/atletas.

OUTROS ASPETOS

Variantes: aumentar/diminuir o espaço; condicionar o número de toques. Observações:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adaptado de: Castelo, 2009; Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014;

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FICHA DE EXERCÍCIO

ESTRUTURA DO EXERCÍCIO Descrição: Jogo 3x3, em que um jogador da equipa que

defende é sempre GR, com 3 corredores. Evitar aglomeração quando a equipa que defende recupera a bola. O GR transforma-se num atacante, ocupando o corredor central, os outros dois dão largura, posicionando-se abertos nos corredores laterais, criando soluções ao portador da bola

Objetivo motor/fisiológico: Força/resistência específica. Organização: grupos de 6 alunos/atletas em cada espaço.

Jogam 3x3 entre si, em que na equipa que defende um dos jogadores é GR.

Material: Bolas, Balizas de futebol de 7, sinalizadores e coletes. Espaço: 3 retângulos de 25m x 20m.

Regulamento: Golos válidos só depois de meio-campo

ofensivo. Os atacantes procuram criar situações de vantagem numérica. Os defensores utilizam ações para impedirem a finalização.

Imagem/Esquema/Gráfico:

DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO

Objetivo tático/técnico: Ações técnico-táticas individuais; Penetração; Cobertura Ofensiva; Contenção;

Cobertura defensiva.

Objetivo cognitivo/psicológico: Atenção; concentração; criatividade; cooperação; duelo; tomada de

decisão.

Participantes: 18 alunos/atletas.

OUTROS ASPETOS

Variantes: aumentar/diminuir o espaço; condicionar o número de toques. Observações:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adaptado de: Castelo, 2009; Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014;

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FICHA DE EXERCÍCIO

ESTRUTURA DO EXERCÍCIO Descrição: Jogo 4x4. A equipa que defende terá que ter 2

jogadores na zona ofensiva e 2 jogadores na zona defensiva. A equipa que ataca pode ter sempre 3 jogadores no espaço onde está a bola.

Objetivo motor/fisiológico: Força/resistência específica. Organização: grupos de 8 alunos/atletas em cada espaço. Jogam

4x4 entre si, mas que se proporciona jogar em espaço definido 3X2.

Material: Bolas, Balizas de futebol de 7, sinalizadores e coletes. Espaço: 3 retângulos de 30m x 20m.

Regulamento: A defender apenas podem estar dois jogadores

em cada zona. A atacar apenas podem estar 3 em cada zona.

Imagem/Esquema/Gráfico:

DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO

Objetivo tático/técnico: Ações técnico-táticas individuais; Penetração; Cobertura Ofensiva; Contenção;

cobertura defensiva.

Objetivo cognitivo/psicológico: Atenção; concentração; criatividade; cooperação; duelo; tomada de

decisão.

Participantes: 24 alunos/atletas.

OUTROS ASPETOS

Variantes: aumentar/diminuir o espaço; aumentar número de jogadores; condicionar o número de

toques/ação.

Observações:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adaptado de: Castelo, 2009; Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014;

Braz, Mendes & Palas, 2014.

NOTA: será sempre possível criar um número indeterminado de exercícios tendo em

consideração aspetos como: a complexidade; o modelo de jogo (ideia de jogo do treinador, as caraterísticas dos atletas; organização estrutural; organização funcional), entre outros.

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3.3.3. Nível Intermédio: Organização posicional e estrutural para as diferentes fases/momentos do jogo

Conteúdos prioritários a desenvolver:

Nesta fase, aumentar a complexidade do contexto para desenvolver as habilidades específicas do jogo em função das apetências dos praticantes. Ofensivamente, introdução aos princípios específicos da mobilidade e espaço, assumindo-se estes como preponderantes para se conseguir jogar com mais largura e profundidade, objetivando dar mais dinâmica e continuidade ao jogo. Promoção de exercícios para desenvolver a articulação funcional nas várias organizações estruturais. Defensivamente, a introdução dos princípios específicos defensivos do equilíbrio e concentração, que irão ser o suporte básico da organização defensiva coletiva (Garganta et al., 2013; Guilherme & Braz, 2013; Mendes, 2014; Braz, Mendes & Palas, 2014).

Apelo às ações coletivas elementares defensivas complexas, através da aprendizagem dos princípios inerentes aos métodos de jogo defensivos. Nesta fase, as situações de estratégia ofensivas/defensivas (fragmentos do jogo) assumem já alguma relevância. Criação de exercícios que promovam a sistematização dos conteúdos de

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