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LISTA DE TABELAS

Proposta 2: Além das áreas incluídas na proposta 1, foram incluídos também os lotes sem

4.4 SIMULAÇÕES HIDROLÓGICAS

5.1.1 Propostas de ampliação

Neste item serão apresentados os valores dos indicadores (IAV, PAV, IEL, PEL, ICV, PCV) elevados por meio das propostas, resumidamente descritas a seguir, para melhor localização no texto:

Proposta 1: Inclusão de aos índices atuais de APP; áreas públicas (áreas que, no mapa de

áreas verdes e áreas institucionais da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura, estavam selecionadas como áreas verdes, mas que não foram utilizadas no cálculos dos índices atuais, já que essas áreas atualmente constituem terrenos vagos); reservatório de detenção (piscinão); sendo estas áreas citadas acima transformadas futuramente em AVDP e áreas verdes.

Proposta 2: Além das áreas incluídas na proposta 1, foram incluídos também os lotes sem

construção, se estes forem futuramente desapropriados (não sendo de propriedade pública) e transformados em áreas verdes.

Apesar da busca de áreas para transformação em áreas verdes em todas as sub-bacias do córrego das Lajes, evitando assim um padrão de distribuição agregada, não foi totalmente possível, pois alguns setores mais centrais não dispunham de nenhuma área compatível com os critérios utilizados neste estudo. Os setores mais afetados foram os que já possuem déficit dessas áreas, devido à urbanização com elevado grau de impermeabilização.

A Figura 5.3 ilustra a localização das áreas possíveis de serem transformadas em áreas verdes, aumentando assim os índices calculados. A Figura 5.4 ilustra um possível cenário de como ficaria a situação da bacia, com as áreas verdes já existentes e a transformação das áreas possíveis de serem transformadas em áreas verdes, ou seja, o cenário da proposta 1. A Figura 5.5 ilustra uma possível situação futura da cobertura arbórea, segundo a proposta 1. Com a inclusão das áreas propostas, entre elas APP urbanas (mediante a criação de parques) houve um significativo aumento nos valores dos índices e percentuais, os quais estão relacionados na Tabela 5.1.

Tabela 5.1: Comparação dos IAV, IEL, PAV, PEL, ICV, PCV atuais da bacia do Córrego das Lajes com os índices obtidos com a proposta 1 e 2 de ampliação das áreas verdes e espaços públicos.

IAVm2/hab PAV % IELm2/hab PEL% ICV m2/hab PCV %

Atual 1,9 0,97 2,9 1,45 0,9 0,005

Proposta 1 11,6 5,9 12,6 6,4 3,2 0,02

Proposta 2 33,5 17 34,4 17,5 - -

Os valores encontrados mostraram que a proposta 1 de implantação de novas áreas verdes foi satisfatório, representando uma real melhoria na situação atual. Com essa proposta de ampliação todos os índices sofreram aumentos significativos. Destaca-se que as áreas verdes atuais equivalem á 5,9 % do total de áreas permeáveis da bacia. Com a proposta, essa porcentagem subiria para 35,7%, ou seja, ampliaria para 1557.507 m2 de áreas verdes. Apesar disso, o IAV de 11,6 m2/hab ainda não chegaria ao mínimo recomendado pela SBAU (15 m2/hab) e o IEL de 12,5 m2/hab ressalta que a proposta ainda está muito longe dos 50 m2/hab propostos por Llardent (1982) apud Nucci (2001).

O valor de 5,9% encontrado para o PAV, é apenas 0,5% menor que os 6,4% encontrados no estudo de Henke-Oliveira (2001), o qual indica uma cidade rica em áreas verdes públicas, demonstrando a eficiência da proposta 1.

Deve-se destacar que para atingir esses valores na bacia do córrego das Lajes, foi incluída uma área privada de APP com 1,64 ha, localizada na Av.Guilherme Ferreira (Sub-bacia Guilherme Ferreira), considerando-se que esta deva ser desapropriada. Levando em consideração essa idéia, a Tabela 5.1 apresenta os resultados da proposta 2. Se todos os lotes (maiores que 50 m2 e sem construção) da bacia do córrego das Lajes, o que equivale a 2.922.680 m2, se transformassem em áreas verdes, o IAV subiria para 33,5 m2/hab, sendo 123,33% maior que o mínimo estabelecido pela SBAU. Somando-se o valor dos lotes particulares citado acima, com os 1.683.418 m2 de Espaços Livres Públicos da proposta anterior, o IEL seria de 34,4 m2/hab, 31,2% inferior ao valor mínimo proposto por Llardent (1982) apud Nucci (2001).

Os valores de PAV e PEL seriam, respectivamente, 17% e 17,5%, valores bem maiores que os encontrados nos estudos de Henke-Oliveira (2001) e Buccheri Filho e Nucci (2006).

Ressalta–se também que estes valores são quase o dobro dos valores encontrados na proposta 1, e se o PAV da proposta 1 já trazia um valor que denota uma cidade rica em áreas verdes públicas, a proposta 2 se apresenta bastante adequada neste sentido, superando com folga este percentual. Os valores de ICV e PCV, não foram calculados para a proposta 2 , pois seria necessário mapear toda a cobertura arbórea da cidade (exceto a arborização viária), o que demandaria muito tempo, e este não é o alvo principal deste estudo. Porém, é sabido que como os outros índices, este também teria um aumento considerável. Sendo assim, deixa-se esta idéia como sugestão para estudos posteriores. A Figura 5.6 ilustra o cenário de como ficaria a situação da bacia, se a proposta de desapropriação dos lotes (proposta 2), com as áreas verdes já existentes e a transformação das áreas possíveis de serem transformadas em áreas verdes fosse implantada. Ressalta-se, que apesar de ter coberto áreas que com a proposta anterior (proposta 1) continuam em déficit de áreas verdes, essa proposta, como a anterior, manteve um padrão de distribuição agregada, por exemplo a sub-bacia Centro, continuou não dispondo de nenhuma área compatível com os critérios utilizados nesta nova proposta.

Enfatiza-se que o fato de estas áreas serem contínuas é benéfico ecologicamente, pois estas áreas verdes deixam de ser seguimentos isolados, aumentando seu grau de conectividade e contribuindo para a troca gênica. Douglas (1983) afirma que em áreas urbanas, a contínua fragmentação dos hábitats naturais, os distúrbios e aumento do isolamento dos indivíduos em “hábitats de ilhas”, têm causado uma geral redução na riqueza de espécies: espécies mais sensíveis são expulsas pelas agressivas que conseguem sobreviver em condições mais perturbadas. Ainda seguindo a vertente acima, outras áreas privadas e públicas, com condições de se transformarem em áreas verdes, devem ser futuramente mapeadas e adquiridas pelo poder público para que haja o aumento considerável nesses índices.

Figura 5.3: Localização das áreas possíveis de serem transformadas em áreas verdes de acordo com a proposta 1. Sist. Cord.: UTM Datum: SAD69 Escala: 1:50.000

Figura 5.4: Espaços Livres Públicos Atuais e Áreas passíveis de transformação em Áreas Verdes na bacia do córrego das Lajes, proposta 1 Sist. Cord.: UTM Datum:SAD69 Escala: 1:50.000

Figura 5.5: Distribuição da Cobertura Arbórea nos Espaços Livres Públicos futuros da bacia do córrego das Lajes, proposta 1. Sist. Cord.: UTM Datum:SAD69 Escala: 1:50.000

Figura 5.6: Lotes sem construção, Espaços Livres Públicos Atuais e Áreas passíveis de transformação em Áreas Verdes na bacia do córrego das Lajes, proposta 2. Sist. Cord.:UTM Datum:SAD69 Escala: 1:50.000

5.2 DIAGNÓSTICOS DAS APP