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3. REVISÃO DA LITERATURA

3.7 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO - PPCI

3.7.1 Proteção Passiva Contra Incêndio

São aquelas que abrangem o controle dos materiais, meios de escape, compartimentação e proteção da estrutura do edifício.

3.7.1.1 Acesso a viatura do Corpo de Bombeiros

Apresentado e explicado na IT 06/18 CBMSP, tem como objetivo estabelecer as condições mínimas para o acesso de viaturas de bombeiros nas edificações e áreas de risco, visando o emprego operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo. Dentre as exigências relacionadas a este tópico, destacam-se:

 Detalhar no PPCI o acesso de viaturas na edificação;

 O portão de acesso deverá ter 4 metros de largura e altura de 4,5 metros, como ilustra a Figura 5.

Figura 5 - Acesso de viatura na edificação

Fonte: IT 06/18 CBMSP

3.7.1.2 Separação entre edificações (Isolamento de risco)

Citado na IT 07/18 CBMSP, tem como objetivo estabelecer critérios para o isolamento de risco de propagação do incêndio por radiação de calor, convecção de gases quentes e a transmissão de chama, garantindo que o incêndio proveniente de uma edificação não propague para outra.

3.7.1.3 Resistência ao fogo das estruturas

Apresentado na IT 08/18 CBMSP, objetiva estabelecer as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais e de compartimentação que integram as edificações, quanto aos Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF), para que, em situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar a saída segura das pessoas e o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.

3.7.1.4 Compartimentação vertical e horizontal

Citado na IT 09/18 CBMSP, a compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal. Já a compartimentação vertical se destina a impedir a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos.

3.7.1.5 Controle de Materiais de Acabamento e de Revestimento

Citado na IT 10/18 CBMSP, deve-se estabelecer as condições a serem atendidas pelos materiais de acabamento e de revestimento empregados nas edificações, para que, na ocorrência de incêndio, restrinjam a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça. Em seu detalhamento, deve constar nos respectivos cortes ou em notas específicas as classes dos materiais de piso, parede, divisória, teto e forro, correspondente a cada ambiente.

3.7.1.6 Saídas de emergência

Citado na IT 11/18 CBMSP, tem como finalidade estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento das saídas de emergência, para que sua população possa abandonar a edificação, em caso de incêndio ou pânico, completamente protegida em sua integridade física e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas. Neste item, deve obedecer as seguintes exigências:

 A largura mínima das saídas deve ser de 1,2 metros;

 As saídas de emergência e seus acessos deverão permanecer desobstruídos;

 Em uma edificação com população acima de 100 pessoas (para classificação de ocupação “F”), as rotas de saídas deverão abrir no sentido do trânsito;

 Em uma edificação com população acima de 100 pessoas, prever barra de antipânico;  Em uma edificação com população acima de 100 pessoas, não se admite portas de

correr e de enrolar na rota de fuga e nas saídas de emergência;  A rampa deverá ter largura mínima de 1,2 metros;

 As rampas não poderão preceder um lanço de escada no seu sentido descendente de saída;

 Nas edificações com altura acima de 36 metros é obrigatório no mínimo duas escadas, exceto para o grupo A-2 e acima de 80m em todas edificações;

 A escada deverá ter largura mínima de 1,2 metros;

 Não são aceitas escadas com degraus em leque ou em espiral como escadas de segurança;

 Os degraus devem atender a fórmula de Blondel;

 O lanço máximo entre 2 patamares consecutivos não deve ultrapassar 3,7 metros de altura;

 Prever corrimão em ambos os lados em escadas/rampas;

 A escada do mezanino deverá ter largura mínima de 80cm;

 As alturas guardas, medidas internamente, deve ser no mínimo de 1,10 metros ao longo dos patamares, escadas ou corredores;

 As alturas das guardas em escada aberta externa deve ser de no mínimo 1,30 metros;  Prever corrimão intermediário em escadas com mais de 2,20 metros de largura.

Na planilha desenvolvida encontra-se o dimensionamento das saídas de emergências.

3.7.1.7 Iluminação de emergência

Citado na IT 18/18 CBMSP, tem como objetivo fixar as condições necessárias para o projeto e instalação do sistema de iluminação de emergência em edificações e áreas de risco. Entre as exigências, destaca-se:

 A distância máxima entre pontos de iluminação de emergência não deve ultrapassar 15 metros e entre o ponto de iluminação e a parede 7,50 metros.

3.7.1.8 Sinalização de emergência

Citado na IT 20/18 CBMSP, objetiva fixar as condições exigíveis que devem satisfazer o sistema de sinalização de emergência em edificações e áreas de risco. Destacam-se:

 A sinalização de alerta apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,8 m medida do piso acabado à base da sinalização, próxima ao risco isolado ou distribuída ao longo da área de risco generalizado, distanciadas entre si em, no máximo, 15 m;

 A sinalização de proibição apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,8 m medida do piso acabado à base da sinalização, distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos uma delas possa ser claramente visível de qualquer posição dentro da área, distanciadas em no máximo 15 m entre si;

 A sinalização de portas de saída de emergência deve ser localizada imediatamente acima das portas, no máximo a 0,1 m da verga, ou diretamente na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,8 m medida do piso acabado à base da sinalização;

 A sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de, no máximo, 15 m. Adicionalmente, essa também deve ser instalada, de forma que na direção de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitado o limite máximo de 30 m. A sinalização deve ser instalada de modo que a sua base esteja a 1,8 m do piso acabado.

3.7.1.9 Elevador de emergência

Segundo Aquino (2015), as regras de segurança sempre prescrevem a orientação de que “não se deve utilizar o elevador em caso de incêndio”. Este conceito está correto, uma vez que a fumaça gerada pelo incêndio será arrastada para cima pela corrente de convecção, sendo a cabine do elevador, nesse caso, um local de grande perigo, uma vez que o fosso do elevador funcionará como uma chaminé. Porém, o ensinamento obtido no resgate de vítimas do incêndio do edifício Joelma, conforme pode ser visto no relatório do incêndio do Corpo de Bombeiros de São Paulo, publicado na Revista Bombeiros em Emergência, a maior parte das vítimas resgatadas com vida foram retiradas do prédio pelo uso do elevador.

Aquino (2015) afirma que nesse sentido, verificando que o elevador pode ser um meio de escape de vítimas de um incêndio em edifício alto, considerando que os riscos de sua utilização estão relacionados à ação da fumaça, bem como da necessidade de desligamento da rede elétrica para o combate ao incêndio, foram estabelecidos os requisitos necessários para o elevador de segurança.

A NBR 9077 estabelece a obrigatoriedade do Elevador de Emergência para edificações com mais de 20 pavimentos, como também para ocupações hospitalares (classificação H-1 e H-3 do Anexo A), fixando condições para a sua instalação.

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