• Nenhum resultado encontrado

6 CONDIÇÕES E ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS

6.1 Diretrizes para projeto de redes de distribuição

6.1.6 Proteção e seccionamento

Os equipamentos de proteção e seccionamento devem ser convenientemente alocados e especificados, conforme critérios descritos a seguir:

6.1.6.1 Proteção contra sobrecorrentes

A filosofia, os critérios e as diretrizes para elaboração de estudos de proteção contra sobrecorrentes, assim como as orientações para seleção e dimensionamento dos equipamentos para proteção de redes devem ser de acordo com a Norma ND.78.

6.1.6.1.1 Localização dos equipamentos

A aplicação de equipamentos de proteção contra sobrecorrente deve ser condicionada a uma análise técnico-econômica de alternativas dos esquemas de proteção de cada circuito de acordo com a Norma ND.78. Em princípio, esses equipamentos devem ser instalados nos seguintes pontos:

a) Troncos de alimentadores

próximo à saída de cada circuito da subestação, no caso de dois circuitos protegidos por

um mesmo disjuntor, pode-se utilizar religador ou seccionalizador, levando-se em conta a coordenação dos mesmos com o disjuntor;

após cargas, cujas características especiais exijam uma elevada continuidade de

serviço, usando religador ou seccionalizador;

onde o valor da corrente de curto-circuito mínimo não é suficiente para sensibilizar dispositivos de proteção de retaguarda, deve-se utilizar religador ou chave-fusível.

b) Ramais de alimentadores

no início de ramais que alimentam áreas sujeitas a falhas, cuja probabilidade elevada de

interrupções tenha sido constatada através de dados estatísticos, deve-se utilizar religador ou seccionalizador.

nos demais casos não abrangidos pelo item acima, usar chave-fusível tanto no ramal como no sub-ramal.

c) Transformadores

todos os transformadores devem ser protegidos por chaves-fusíveis, com elos fusíveis

de corrente nominal adequada à potência do transformador, observando-se o item e abaixo. d) Ramais de consumidores atendidos em tensão primária

devem ser protegidos por chaves-fusíveis de capacidade adequada, salvo nos casos

onde a proteção é feita por disjuntor localizado na subestação abrigada da unidade consumidora;

e) Ramais que alimentam apenas um transformador

desde que a extensão do ramal seja igual ou inferior a 75 m, não tenha nenhum

obstáculo para a visualização das chaves a partir do local do transformador e não tenha obstáculos à locomoção direta no trecho do transformador até a chave, pode ser instalada a chave-fusível apenas no início do sub-ramal.

6.1.6.1.2 Critérios para seleção de equipamentos de proteção

Os equipamentos a serem instalados nas RDU devem ter a tensão nominal e o nível básico de isolamento compatíveis com a classe de tensão do sistema e também atender as demais condições necessárias em função do seu ponto de instalação.

a) Chaves-fusíveis de distribuição

• Para proteção de redes primárias

a corrente nominal da chave-fusível deve ser igual ou maior que 150% do valor nominal

do elo fusível a ser instalado no ponto considerado, exceto se existir a possibilidade de crescimento de carga;

a capacidade de interrupção, associada ao valor de X/R do circuito, no ponto de

instalação, deve ser, no mínimo, igual à máxima corrente de defeito nesse ponto;

para possibilitar o desligamento de ramais sem necessidade de prejudicar o

fornecimento a outros consumidores devem ser utilizadas chaves-fusíveis equipadas com dispositivo para permitir abertura em carga, mediante a utilização do dispositivo para abertura em carga.

• Para proteção de transformadores de distribuição

As chaves-fusíveis para proteção de transformador de distribuição devem cumprir os seguintes requisitos:

operar para curto-circuito no transformador ou na rede secundária, fazendo com que

estes defeitos não tenham repercussão na rede primária;

o elo fusível deve suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga que o transformador

é capaz de suportar sem prejuízo de sua vida útil;

os elos fusíveis para a proteção dos transformadores instalados em redes urbanas de

13,8 kV devem ser dimensionado de acordo norma ND.78. b) Religadores

Os religadores devem ser empregados em derivações de alimentadores sujeitos a defeitos intermitentes, quando suas correntes de carga e as correntes de curto-circuito fase-terra são elevadas, de modo a interferir no relé de neutro da subestação, comprometendo a coordenação.

c) Seccionalizadores

A instalação de seccionalizadores requer que os mesmos só possam ser usados no lado da carga em série com o religador ou disjuntor, tendo um dispositivo de religamento automático na retaguarda, no caso do disjuntor.

6.1.6.2 Proteção contra sobretensões

Para proteção das redes e dos equipamentos contra sobretensões de origem atmosférica devem ser previstas as instalações de para-raios nos seguintes pontos:

a) Transformadores de distribuição

Em todos os transformadores de distribuição. b) Reguladores de tensão ligados em deIta aberto

Instalar dois jogos de para-raios por fase, sendo um do lado da fonte e outro do lado da carga, com exceção da fase central, onde deve ser instalado apenas um para-raios.

c) Banco de capacitores

Instalar para-raios em cada fase, do lado da fonte em relação à chave-fusível. d) Religadores e seccionalizadores

Instalar um conjunto de para-raios em cada lado (fonte e carga), na própria estrutura. e) Chaves a óleo

Instalar um conjunto de para-raios em cada lado (fonte e carga), na própria estrutura nos locais em que as mesmas operam normalmente abertas. No caso das chaves normalmente fechadas deve-se instalar apenas um jogo de para-raios no lado fonte.

f) Estruturas de transição de modalidades de redes

Instalar um conjunto de para-raios nas estruturas de transição de modalidade de redes primárias (aérea - protegida compacta; aérea - isolada; aérea - subterrânea).

Nas travessias subterrâneas devem ser instalados para-raios nas estruturas, tanto no ponto de descida como no ponto de subida do cabo subterrâneo.

g) Entradas primárias subterrâneas

Instalar para-raios na estrutura de descida dos cabos subterrâneos.

Para entradas subterrâneas com extensão acima de 18 m, instalar para-raios no interior da subestação abrigada junto ao transformador.

6.1.6.3 Seccionamento e manobra

Os equipamentos de seccionamento e manobra a serem utilizados nas redes aéreas de distribuição são:

seccionador unipolar tipo faca com dispositivo para abertura sob carga;

chave-fusível de distribuição com dispositivo para abertura sob carga;

chave a óleo.

6.1.6.3.1 Localização dos equipamentos de seccionamento

A localização dos equipamentos de seccionamento deve ser escolhida de acordo as necessidades operacionais da rede e devem ser utilizados em pontos de manobras, visando

à eliminação da necessidade de desligamento nas subestações para sua abertura, e a minimização do tempo necessário à realização de uma determinada manobra e do número de consumidores atingidos por ela.

Devem ser instalados em pontos de fácil acesso para sua operação.

Como casos gerais de pontos onde devem ser instaladas essas chaves, temos:

pontos de interligação de alimentadores;

pontos da rede onde são previstas manobras para transferências de cargas, localização

de defeitos ou desligamentos de trechos para serviços de manutenção e construção, observando-se a não existência de outra chave com dispositivo para abertura em carga, próximo ao ponto considerado pelo lado da alimentação;

após os pontos de entrada de consumidores importantes, a fim de preservar

continuidade de serviço por ocasião de manobras;

pontos no lado da fonte, junto ao início de grandes concentrações de cargas.

Documentos relacionados