3.2 SELEÇ ÃO DO GRUPO DE ESTUDO
3.5. PROTOCOLO DE INTERVENÇ ÃO
O proto colo de in tervenção foi rea lizado no Centro Básico do Instituto Ca valo Solidá rio, lo calizado no Regimento de Cava laria de Guarda do e xé rcito. O p r o grama de equote rap ia utilizado para realização do e stu do foi o Educação/Reeducação.
Foram se lecionados ca va los que tran spistam, ou seja, a queles em
que natu ralmente , durante o pa sso, os membro s poste rio res
ultrapassam as marcas feitas pelos a nterio res , esta escolha teve como
objetivo trabalha r com ca va los que produ zem um estímulo
trid imensiona l mais intenso em membros inferiore s e cintura pélvica do ca vale iro. Um animal que possu i essa biomecânica do passo permite um movimento rítmico e cadenciado, com mai or amplitude de
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deslocamento de sua garupa, conse q uentemente, maior amplitude de deslocamento trid imensional.
3.5.1. Escolha do material de monta ria
Neste estudo, o s m ateria is básico s pa ra a montaria utilizados foram:
Sela;
Manta;
Cilhão;
Cabeçada com br id ão e focinheira;
Cole ira ou pe itora l e
Rédeas
A manta propicia menor perda da propagação dos estímulo s pro vocados pe lo cava lo sob re a pelve do ca vale iro sendo, portanto, optamos pela utiliza ção da manta a partir da terce ira sessão de equote rapia . Nas 2 primeiras sessõe s utilizamos a se la, para o idoso adaptar-se a terap ia.
3.5.2. Exercícios s ob o ca valo
As sessões de e quoterapia tinham duração de 30 minutos, com idoso montado a ca valo. O tempo de cada sessão e ra divid ido em: exe rcício s de a quecimento, com duração de 10 minutos; se guido po r exe rcício s com tre inamento específico, com du ração d e 15 minutos, cujo enfoque foi melhora da força, agilidade e e quilíb rio ; sendo finalizado com e xe rcício s de re la xame nto, com duração d e 5 minutos.
A se quência de e xe rcício s e ra in iciada com um a quecimento, tendo duração d e 10 minutos, que consistiam de e xercício s de alongamento inte grados com exercícios respirató rios e de consciência corpora l.
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Esses e xercícios e ram rea lizados co m o idoso montado no ca va lo e as partes do animal utilizada s como referências para a prática do alongamento, ou seja, o suje ito e ra solicitado a alcança r determinada s partes do ca valo para a e xe cução do pretendido ob jetivo, a lém de conhecer e se familia rizar com o mesmo.
Eram feitos e xe rcícios c omo: abra çar o pescoço do animal; coloca r a mão dire ita na ga rupa e squerda do ca valo; co mo também a mão esque rda na ga rupa direita ; deitar -se no lombo do ca valo para alongamento da ca deia muscu lar ante rio r; pu xar e so ltar o ar no ritmo cadenciado em quatro tempos, se melhante ao ritm o do passo do animal; encosta r a mão direita no membro anterio r esquerdo do cava lo; bem como a mão esque rda no membro anterior d ireito e fazer giros nas articulaçõe s do ido sos de membros su perio res, inferio res e pescoço.
Após essa pa rte preparató ria era realizado o tre inamento específico. A e sco lha das atividades a serem realizad as nessa etapa da sessão foi baseada nas su gestõ es de atividades propostas no s curso s promo vidos pela ANDE -BRASIL, bem como na expe riên cia da prática clín ica do mediador. Essa etapa tinha du ração de 15 minutos, onde eram feitos os se guinte s e xe rcícios:
a) Muda nças de direção ritmadas : em equote rapia esta s mudanças de direção são chamadas de movimentos em serpentina , o objetivo dessa atividad e é estimula r uma maior amplitude de disso ciação de cintu ras pélvica e escapula r , que é um importante m ovimento da march a humana, implica dor no equilíb rio d inâmico .
b) Variações de piso (areia , asfalto e gramado): esta va ria ção de
piso tem como objetivo ativa ção dos barorrecep tores,
estimulando assim, a propriocepção.
c) Variações de terreno (p lano, acid entado e inclinad o): A va ria ção de terren o tem como objetivo intensifica r movimentos de antero ve rsão e retro versão pélvica .
d) Volteio: são e xe rcícios de passa gens postura is realiz ad os sob o ca valo, que se m ovimenta em círcu los. Quando da realização
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de volte io, os ido sos alterna vam as posições de montaria: sentando late ralme nte na manta; posterio rmente sentan do na postura in vertida; senta va late ralmen te novamente , po rém na latera l contrá ria a utilizada anteriormente , finalizando com a montaria clássica . Intensificando assim a ação do sistema ve stibu lar, da coordenação motora e fortale cimento muscular. e) Subir e desce r nos estribos : Es se exe rcício tinha como
objetivo principal promo ver o fortalecimento muscu lar de membros inferio res.
f) Grito de incentivo : ao final de cada exercício o mediador falava “Uipe” e os idosos respondiam “Rá”, com intuito de descontra ir a te rapia e realiza r uma expiração forçada, aumentando assim o vo lume co rrente de ar nos pu lmões.
Na última fase da prática (5 minu tos finais) era re alizado o rela xamento ou volta à calma, qu e constitu ía de exe rcício s de descontra ção psíquica e muscula r, com objetivo de favorece r a diminuição da co ntração muscu lar excessiva, a lém d e educar as sensações prop rio ceptiva s. Eram re alizado s e xe rcício s re spiratórios, alongamento e inte ração afetiva com o cava lo ainda montado (ARAUJO et al., 2010 ).