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“Providências em relação à inclusão no processo de pesquisa eleitoral”

“Providências em relação à inclusão no processo de pesquisa

eleitoral”

Universidade Federal de São Carlos Conselho Universitário

Pesquisa eleitoral para sucessão de Reitor- 2016

Providências em relação à inclusão no processo de pesquisa eleitoral5. Considerando que todas as pessoas da comunidade da UFSCar gozam de plena garantia de seus direitos políticos e de participação da vida politica da instituição e considerando a valorização da diversidade e a promoção da equidade, a UFSCar vem trabalhando para aprimorar, cada vez mais, ações inclusivas nesta instituição, o que inclui as relativas ao processo eleitoral para reitor. Nesta direção, a Comissão Eleitoral do Conselho Universitário pontua, a seguir, providências que garantam a participação equitativa, autonomia e a segurança nas etapas do processo eleitoral.

Objetivo: assegurar e promover de forma equitativa a participação de todas as pessoas que compõe o Colégio Eleitoral no processo de pesquisa Eleitoral da UFSCar para escolha do dirigente da instituição.

A. Etapas do processo.

1)Divulgação das chapas e de informações sobre o processo eleitoral; 2)Debates;

3)Votação

B. Orientações/treinamento. A. Etapas do processo.

1) Divulgação e informações pré, durante e pós eleições:

Disponibilizar uma versão de documentos (programas das chapas, orientações, resultados etc) apenas em texto (sem imagens) para permitir a reprodução sonora em leitor de tela (pessoas com deficiência visual).

2)Debates

a)Solicitar auto-identificação de deficiência auditiva para levantar demanda de tradução em libras nos debates. Estabelecer prazos.

b)Tradução em Libras para pessoas com deficiência auditiva/surda onde demandado. c) Eliminação de obstáculos dentro dos locais de debate que impeçam ou dificultem a participação eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida. Por exemplo, manter as portas dos locais abertas por completo para facilitar o acesso por cadeirantes, dentre outros, garantindo o acesso e a permanência no local do debate. Sugestões, nos 4 campi, de locais com maior acessibilidade:

São Carlos: Florestan Fernandes Araras: Ginásio

Sorocaba: Quadra Lagoa do Sino: RU

5

Elaborado em co-autoria entre as professoras Maria Waldenez de Oliveira (SAADE), Rosimeire Maria Orlando (Coordenadoria de Inclusão e Direitos Humanos da SAADE), Carolina Severino Lopes da Costa e Vanessa Paulino (Projeto Incluir) , Cláudia Raimundo Reyes (PROGRAD) e Cláudia Martinez (PROEX).

d) As pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prioritário de acesso e permanência no local dos debates.

3)Votação

a) Solicitação a PROGRAD, PROPG e PROGPE da listagem de pessoas com deficiência visual indicando o tipo de deficiência (baixa visão ou cegueira). Complementar a listagem com auto-informação, estabelecendo um prazo para a apresentação dessa informação pelo votante à comissão.

b) Lista de votantes para assinatura:

b.1: Disponibilidade de lista de presença adaptada à deficiência visual para a assinatura. Sendo b.1.1: pessoas com baixa visão: Fonte Arial Black, pelo menos tamanho 14, com espaçamento duplo entre as linhas, verificando com os eleitores a possibilidade de usar recursos ópticos como lentes de aumento, lupas, etc., para auxiliar no processo de assinatura da lista (Verificar equipamentos e quantidades disponíveis no projeto Incluir)/ b.1.2: pessoas com cegueira: adaptação da lista em Braile.

b.2: Listagem adotando-se o nome social em vista a Resolução ConSuni 780 de 29/08/2014.

c) Divulgar previamente à comunidade, em especial àquelas que pessoas que fazem uso do nome social, que a lista de presença será gerada com o nome social (de modo a garantir que no momento da votação portem a identificação com tal nome). SAADE poderá se responsabilizar por esta comunicação e encaminhar à comissão a ciência recebida pelas pessoas.

d) Eliminar obstáculos dentro da seção eleitoral que impeça ou dificulte o exercício do voto pelos eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida, por exemplo, instalando a urna em piso térreo, não instalando a urna em tablados em nível acima do piso,

mantendo portas dos locais abertas por completo para facilitar o acesso por cadeirantes. e) Incentivar a presença de mesários e colaboradores com conhecimento em LIBRAS para atender o eleitor surdo ou com deficiência auditiva.

f) Autorizar acompanhante para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, desde que o acompanhante não esteja a serviço do processo de pesquisa eleitoral e não seja membro ou fiscal de chapa, consignando tal acompanhamento em ata.

g) Autorizar o uso de qualquer instrumento mecânico que pessoas com deficiência portarem ou lhes forem fornecido pela Mesa Receptora de Votos (como lupa para pessoas com baixa visão).

h) As pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prioritário para realizar sua votação.

i) Documentos para conferência nas listagens: incluir nas opções de documento válido a ser apresentado, o documento de identificação interna à UFSCar no qual consta o nome social (Carteira funcional – para servidores e Carteirinha Estudantil – para estudantes de graduação e pós-graduação).

j) Acessibilidade a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida para o acesso e permanência no local das votações.

k) Alternativas a serem avaliadas pela comissão sobre como a cédula de pessoa com deficiência visual poderá ser assinalada, podem ser encontradas no ANEXO, item (b). B. Orientações/treinamento

Fornecer orientações/treinamentos aos mesários, fiscais e demais responsáveis pela operacionalização da pesquisa eleitoral no que concerne àlegislação, providências inclusivas acima listadas e à postura inclusiva de modo a não haver distinção, restrição ou exclusão devido a diferenças referentes a raça e etnia, gênero, idade, orientação sexual, deficiências, entre outras.

Legislação :

1-Resolução ConSuni 780 de 29/08/2014 (Dispõe sobre o uso de nome social de travestis e transexuais nos registros funcionais e nos registros acadêmicos no âmbito da UFSCar)

2-Lei federal 13146,0 6/07/2015 (Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência - Estatuto da Pessoa com Deficiência).

3-Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, dispõe sobre os direitos das pessoas com deficiência.

4-Resolução nº 23.456, de 15 de dezembro de 2015 do Tribunal Superior Eleitoral. Dispõe sobre os atos preparatórios para as eleições de 2016.

ANEXO DATA: 05/05/2016

ORIGEM DA DEMANDA: CONSUNI- UFSCar

ASSUNTO: Orientação sobre o processo de votação pelas pessoas com deficiência visual para preparação do processo eleitoral da próxima gestão da reitoria

Inicialmente, gostaríamos de encaminhar a) o artigo 50. da resolução 23.456, presente no site do Tribunal Superior Eleitoral para o processo de votação de pessoas com deficiência visual; b) Orientações específicas para o processo interno de votação com base na legislação e conhecimento científico na área.

a) Resolução nº 23.456, de 15 de dezembro de 2015.

Dispõe sobre os atos preparatórios para as

eleições de 2016.

Art. 50. O eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida, ao votar, poderá ser auxiliado por pessoa de sua confiança, ainda que não o tenha requerido antecipadamente ao Juiz Eleitoral (Lei nº 13.146/2015, art. 76, § 1º, inciso IV).

§ 1º O presidente da Mesa Receptora de Votos, verificando ser imprescindível que o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida seja auxiliado por pessoa de sua confiança para votar, autorizará o ingresso dessa segunda pessoa com o eleitor, na cabina, podendo esta digitar os números na urna.

§ 2º A pessoa que auxiliará o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida não poderá estar a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de coligação.

§ 3º A assistência de outra pessoa ao eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida de que trata este artigo deverá ser consignada em ata.

§ 4º Para votar, serão assegurados ao eleitor com deficiência visual (Código Eleitoral, art. 150, incisos I a III):

I - a utilização do alfabeto comum ou do sistema braile para assinar o caderno de votação ou assinalar as cédulas, se for o caso;

II - o uso de qualquer instrumento mecânico que portar ou lhe for fornecido pela Mesa Receptora de Votos;

III - o uso do sistema de áudio disponível na urna com fone de ouvido fornecido pela Justiça Eleitoral;

IV - o uso da marca de identificação da tecla 5 da urna.

§ 5º Para garantir o recurso descrito no inciso III do § 4º, os Tribunais Regionais Eleitorais providenciarão fones de ouvido em número suficiente por local de votação, para atender sua demanda específica.

Fonte: http://www.tse.jus.br/legislacao-tse/res/2004/RES216332004.htm

b) Orientações sobre os procedimentos para processo interno de votação para pessoas com deficiência visual

1 – Primeiro passo, realizar um levantamento do público com deficiência visual que irá participar do processo de votação.

2 – Identificação das necessidades do público especial, pela auto informação. No caso da pessoa com deficiência visual (aquelas que têm baixa visão ou cegueira), podem ser indicadas algumas alternativas comuns:

A – Para os que apresentam baixa visão, pode ser feita a impressão de todas as cédulas com Fonte Arial Black, pelo menos tamanho 14, com espaçamento duplo entre as linhas. Adicionalmente, seria interessante verificar com os

eleitores com baixa visão a possibilidade de usar recursos ópticos como lentes de aumento, lupas, etc., para auxiliar no processo de votação.

B – Para as pessoas com cegueira não é viável em termos de custo a impressão em Braille de todas as cédulas e nem mesmo necessário para garantir a

realização do voto de forma autônoma, independente e de modo que não os identifique. Nos processos eleitorais quando não havia a urna eletrônica, executava-se o seguinte procedimento: a partir de uma cópia original da cédula de votação, elabora-se um envelope feito com papel em gramatura no mínimo 90 ou 120 que seja do mesmo tamanho da cédula, ou seja, a cédula deve caber dentro desse envelope de modo que não sobre nenhum espaço nas bordas inferior, superior e lateral esquerda e direita. O envelope fica aberto em uma das extremidades laterais (esquerda ou direita) para a inserção da cédula. A cédula é inserida no envelope e, o local na cédula onde fica o quadrado para a marcação do "x", deve ser cortado com o auxílio de um estilete de modo que fique como um molde vazado. Em frente ao quadrado feito com estilete ("buraco"), insere-se em Braille o nome da chapa correspondente ao quadrado e, assim, procede-se para cada chapa. Desse modo, quando a pessoa cega for votar, um membro da comissão eleitoral, insere a cédula dentro desse molde (envelope) na presença de alguém de confiança da pessoa cega (se ela assim preferir), e a própria pessoa pode se dirigir a cabine eleitoral munido de uma caneta e realizar a votação. Att,

Dra. Carolina Severino Lopes da Costa Ms.Vanessa Cristina Paulino