• Nenhum resultado encontrado

A Companhia e sua controlada vêm discutindo judicialmente a legalidade de alguns tributos e reclamações trabalhistas. A provisão foi constituída de acordo com a avaliação do risco efetuada pela Administração e pelos seus assessores jurídicos, para as perdas consideradas prováveis.

18 Controladora e consolidado 2011 2010 Processos fiscais: INSS 1.833 1.833 PIS e COFINS 3.261 3.269 Contribuição social 264 264 Imposto de renda 1.075 1.075 ICMS 756 756 ICMS - Exportação 6.548 - Trabalhistas 991 993 Civeis e outras 38 1.070 --- --- 14.766 9.260 ===== ===== Depósitos judiciais 8.218 8.467 ===== =====

INSS-- Discussão administrativa referente a lançamento fiscal na Companhia.

PIS e COFINS-- A Companhia é pólo ativo em demanda contra a Receita Federal questionando a inclusão de ICMS na base de cálculo da COFINS e do PIS.

Contribuição social-- Mandado de Segurança com o objetivo de garantir o direito de deduzir na base de cálculo da CSLL os encargos de depreciação e baixa de bens do ativo referente aos efeitos decorrentes da diferença existente entre a variação do IPC e a variação do BTNF, verificada no ano base 1990.

Imposto de renda-- A Companhia questiona judicialmente a limitação de 30% nas compensações de prejuízos fiscais referente ao ano calendário 1994.

ICMS-- A Companhia é pólo ativo em ação anulatória de débito fiscal que trata de glosas de créditos do ICMS em fase de benefícios unilaterais do imposto (guerra fiscal), e cujo valor foi depositado judicialmente.

ICMS – Exportação-- A Companhia recebeu em 13 de fevereiro de 2012, auto de infração lavrado pela fiscalização de Minas Gerais glosando algumas transferências de créditos de ICMS decorrentes de exportação. A Companhia está preparando sua contestação, porém provisionou o valor principal do auto de infração. As multas e encargos no valor de R$10.560 não foram provisionados, dado que todos os créditos foram homologados pelo mesmo posto fiscal que ora emitiu o auto de infração, e por isso, os advogados da Companhia entendem serem remotas as possibilidades de pagamento desses encargos caso sejamos obrigados a pagar o imposto.

19 As movimentações do saldo das provisões diversas são apresentadas a seguir:

Saldos em 2010 Adições Baixas Saldos em 2011 Processos fiscais: INSS 1.833 - - 1.833 PIS e COFINS 3.269 3 (11) 3.261 Contribuição social 264 - - 264 Imposto de renda 1.075 - - 1.075 ICMS 756 - - 756 ICMS – Exportação - 6.548 - 6.548 Trabalhistas 993 249 (251) 991 Cíveis e outras 1.070 33 (1.065) 38 --- --- --- --- 9.260 6.833 (1.327) 14.766 ===== ===== ===== ===== 15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

a) Considerações gerais-- A Companhia e sua controlada mantêm operações com instrumentos financeiros, derivativos e não derivativos, cujos riscos são administrados através de estratégias de posições financeiras e controles de limites de exposição aos mesmos. Todas as operações estão integralmente reconhecidas na contabilidade e descritas no quadro abaixo.

Os principais fatores de risco que a Companhia e sua controlada estão expostas refletem aspectos estratégico-operacionais e econômico-financeiros. Os riscos estratégico-operacionais (tais como, comportamento de demanda, concorrência, inovação tecnológica, mudanças relevantes na estrutura da indústria, entre outros) são inerentes a sua atividade e são endereçados pela Administração da Companhia. Os riscos econômico-financeiros refletem, principalmente, a inadimplência de clientes, o comportamento de variáveis macroeconômicas, como taxas de câmbio e de juros, bem como as características dos instrumentos financeiros que a Companhia e sua controlada utilizam e as suas contrapartes. Esses riscos são

administrados por meio de políticas de controle, estratégias específicas e determinação de limites.

b) Valor justo-- O valor justo dos instrumentos financeiros anteriormente citados está demonstrado a seguir: Consolidado 2011 2010 Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo ATIVOS-- CIRCULANTE: Caixa e equivalentes de caixa 5.718 5.718 4.482 4.482 Duplicatas a receber 93.062 93.062 83.550 83.550 Outros créditos a receber 1.692 1.692 1.237 1.237

20 Consolidado 2011 2010 Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo PASSIVOS-- CIRCULANTE: Empréstimos e financiamentos (a) 57.374 57.374 28.461 28.461 Fornecedores 20.843 20.843 26.789 26.789 Instrumentos derivativos (b) - - 149 149 Outras contas a pagar 4.495 4.495 4.990 4.990 NÃO CIRCULANTE:

Exigível a longo prazo:

Empréstimos e financiamentos (a) 9.596 9.596 22.077 22.077 Instrumentos derivativos (b) - - 33 33

(a) Os valores justos dos empréstimos e financiamentos aproximam-se aos valores do custo amortizado registrados nas demonstrações financeiras em função de serem indexados por taxas flutuantes de juros (TJLP e CDI), as quais acompanham as taxas de mercado. (b) Os valores justos dos instrumentos derivativos são baseados em cotações no mercado secundário destes títulos e outras informações que são observáveis direta ou indiretamente, portanto, classificados como nível II de informação.

A Companhia estima que os valores justos dos demais instrumentos financeiros aproximam-se aos valores contábeis por possuírem vencimento de curto prazo.

c) Classificação dos instrumentos financeiros-- Com exceção dos instrumentos financeiros derivativos, todos os instrumentos financeiros listados acima são classificados como

“Empréstimos e Recebíveis”, no caso de ativos, ou “Outros passivos financeiros”, no caso de passivos, avaliados inicialmente ao valor justo e atualizados pelo custo amortizado. Os instrumentos financeiros derivativos são avaliados como “Mensurados ao valor justo por meio do resultado” e a parcela referente ao hedge de fluxo de caixa, cuja efetividade possa ser mensurada tem seus ganhos e perdas reconhecidos diretamente no patrimônio líquido como ajuste de avaliação patrimonial e apresentados como “Outros resultados abrangentes” na demonstração do resultado abrangente.

d) Gerenciamento de riscos e instrumentos financeiros derivativos e não derivativos: d.1 - Objetivos e estratégias de gerenciamento de riscos-- A Companhia acredita que o gerenciamento de riscos é importante na condução de sua estratégia de crescimento com rentabilidade. A Companhia está exposta a riscos de mercado, principalmente no que diz respeito a variações nas taxas de câmbio, preços de commodities (algodão) e volatilidade das taxas de juros. O objetivo de gerenciamento desses riscos é eliminar possíveis variações não esperadas nos resultados das empresas do grupo, advindas dessas variações.

O objetivo das operações de derivativos está sempre relacionado à eliminação dos riscos de mercado, identificados em nossas políticas e diretrizes e, também, com o gerenciamento da volatilidade dos fluxos financeiros. A medição da eficiência e avaliação dos resultados ocorre ao longo dos contratos. O monitoramento do impacto destas transações é analisado

trimestralmente pelo Comitê de Gerenciamento de Caixa e Dívida onde a marcação a mercado destas transações é discutida e validada. Todos os instrumentos financeiros derivativos estão reconhecidos pelo seu valor justo nas demonstrações financeiras da Companhia.

21 d.2 - Política de uso de derivativos-- Conforme política interna, o resultado da Companhia deve ser oriundo da geração de caixa do seu negócio e não de ganhos no mercado financeiro. Portanto, considera que a utilização de derivativos deve ser apenas para proteger eventuais exposições que ela possa ter decorrentes dos riscos nos quais ela está exposta, sem fins especulativos. A contratação de um derivativo tem como objetivo a redução da exposição aos riscos de mercado da Companhia.

d.3 - Risco de taxa de câmbio-- Esse risco decorre da possibilidade de a Companhia e sua controlada virem a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de câmbio, que reduzam valores nominais faturados ou aumentem valores captados no mercado.

d.3.1 - Riscos de taxa de câmbio nos investimentos no exterior:

A Companhia possui investimentos no exterior que aumentam sua exposição cambial, a saber:

Total dos investimentos no exterior 2011 2010

Em Reais 257 409

--- --- Em milhares de $ARG (Peso Argentino) 590 974 Em milhares de Dólares equivalentes 137 245

======= =======

d.3.2 - Riscos de taxa de câmbio nos instrumentos financeiros não derivativos na Companhia:

Os valores referentes aos instrumentos financeiros não derivativos sujeitos à exposição cambial da Companhia são como segue:

Instrumentos financeiros 2011 2010

Caixa e equivalentes de caixa 2.887 3.349

Duplicatas a receber 8.064 7.693

Fornecedores (312) (92)

--- --- Total da exposição em Reais 10.639 10.950

--- --- Total da exposição em milhares de

Dólares equivalentes 5.672 6.572

====== ======

A análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros não derivativos acima, considerando os fluxos de recebimentos e pagamentos em Dólares norte americanos já contratados em 31 de dezembro de 2011 são como segue:

Cenários Vencimento Risco

Valor da exposição

US$ mil Provável II III 2012 Baixa do Dólar 5.672 43 (2.627) (5.298)

22 Valores entre parênteses (negativos) demonstrados nos cenários acima, referem-se à variação cambial passiva, portanto despesa. Os valores positivos referem-se à receita.

Cenário “Provável” representa o resultado da variação cambial provável considerando-se o fluxo de caixa dos ativos e passivos acima detalhados, aplicando-lhes as taxas futuras de Dólares e comparando com a taxa do Dólar no final do período atual. Para os cenários II e III, foi considerada uma deterioração das taxas futuras de Dólares em 25% e 50%

respectivamente.

As taxas futuras de Dólares foram obtidas na BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros.

d.4 - Risco de preços de commodities (algodão)-- Esse risco decorre da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações no preço do algodão, sua principal matéria-prima. O aumento do preço do algodão, de forma significativa pode acarretar aumento no custo de seu produto em prazo e montantes que a Companhia não consiga repassar ao mercado consumidor, reduzindo suas margens.

d.5 - Risco de taxa de juros– O caixa e equivalentes de caixa rendem aproximadamente o equivalente às taxas dos Certificados de Depósitos Interbancários – CDI. Os passivos (exceto o descrito em d.5.1 abaixo) sobre os quais incidem juros equivalentes à TJLP e CDI estão

demonstrados nas notas explicativas nºs 9 e 11. Considerando-se os fluxos de caixa desses passivos e as taxas contratadas, a Administração da Companhia considera não relevante o efeito da exposição às variações de mercado nas taxas de juros contratadas. Portanto, não está apresentando a análise de sensibilidade.

d.5.1 - Riscos de taxa de taxa de juros no financiamento junto ao Banco Votorantim: As principais informações sobre os instrumentos derivativos estão assim demonstradas:

2011 2010 Descrição Valor de referência (nocional) Valor justo Saldo contábil (a pagar) Valor de referência (nocional) Valor justo Saldo contábil (a pagar) Contrato de Swap --

Posição passiva: 97% do CDI Posição ativa: 11,25% pré

Contraparte: Banco Votorantim S.A. Outras informações:

12 vencimentos mensais a partir

de junho/2011 até maio/2012 12.500 - - 30.000 (182) (182)

--- --- --- --- --- --- 12.500 - - 30.000 (182) (182)

======= ======= ======= ======= ======= =======

Contrato de swap de taxa de juros– Foi designado e registrado pelo seu valor justo como hedge de fluxo de caixa, cuja efetividade se baseia no fluxo de caixa do financiamento obtido junto ao Banco Votorantim S.A., cujas datas de vencimento dos contratos vão até maio de 2012. Tem seus ganhos e perdas não realizados registrados no patrimônio líquido, na rubrica “Ajuste de avaliação patrimonial” e quando realizados ou caso sua efetividade não for

confirmada, são reconhecidos no resultado. Os valores provisionados correspondem ao valor justo desse derivativo e foram calculados a partir dos dados obtidos na BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros como a taxa de juros futura nas datas de vencimento e algoritmos próprios, e comparados com as informações obtidas diretamente da instituição financeira contraparte que avalia esses instrumentos financeiros.

23 O derivativo é negociado em mercado de balcão, registrado na CETIP e não está sujeito a depósito de margem. Em 2011 e 2010, não houve resultado com derivativos.

A análise de sensibilidade dos instrumentos derivativos em 31 de dezembro de 2011 está assim resumida:

Cenários

Vencimento Risco Principal Provável II III 2012 Alta do CDI 12.500 - (45) (109)

--- --- --- --- Alta do CDI 12.500 - (45) (109) ====== ====== ====== ======

Valores entre parênteses (negativos) demonstrados nos cenários acima, referem-se à despesa de juros. Os valores positivos referem-se à receita.

Cenário “Provável” representa o resultado da evolução da taxa de juros dos Certificados de Depósitos Bancários provável, a valor presente, considerando-se os vencimentos dos contratos dos derivativos acima detalhados, contrapondo-os com a taxa fixa de 11,25% a.a.. Para os cenários II e III, foi considerada uma majoração das taxas futuras do “CDI” em 25% e 50% respectivamente.

As taxas de juros futuras do “CDI” foram obtidas na BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros.

d.6 - Risco de crédito-- A Companhia está sujeita a risco de crédito com respeito às suas aplicações financeiras e derivativos. Esse risco é mitigado pela política de aplicar os recursos disponíveis somente em instituições financeiras de grande porte.

O risco de crédito em duplicatas a receber é reduzido devido à seletividade dos clientes e a política de concessão de créditos. A Companhia possui um sistema de gestão de crédito baseado na combinação das informações oriundas de diversos departamentos da empresa, principalmente as áreas comercial, financeira, contábil, jurídica e fontes externas que

abastecem o departamento de crédito e cobrança visando à estipulação de limites de crédito para os seus clientes que são aprovados por órgão colegiado.

d.7 – Gestão de liquidez– Os valores dos ativos e passivos financeiros consolidados da Companhia, de acordo com os vencimentos de seus fluxos de caixa, com base na data mais próxima de liquidação dos mesmos, e utilizando as taxas de juros nominais contratadas, podem ser resumidos como segue:

Prazo de liquidação previsto Obrigações contratuais Total

Menos de 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos Empréstimos e financiamentos 69.590 58.509 7.473 1.346 2.262 Fornecedores 20.980 20.980 - - - --- --- --- --- --- 90.570 79.489 7.473 1.346 2.262 ====== ====== ====== ====== ======

24 d.8 – Gestão de capital-- A Companhia administra sua estrutura de capital para assegurar a continuidade de suas atividades operacionais e ao mesmo tempo maximizar o retorno aos seus acionistas. A estratégia da Companhia permaneceu inalterada no período coberto por estas demonstrações financeiras.

A dívida líquida da Companhia pode ser assim composta:

Consolidado 2011 2010

Empréstimos e financiamentos 66.970 50.538 Instrumentos derivativos - 182 Caixa e equivalentes de caixa (5.718) (4.482)

--- ---

Total da dívida líquida 61.252 46.238

--- ---

Total do patrimônio líquido 221.202 201.972

--- ---

Total da dívida líquida e

patrimônio líquido 282.454 248.210

====== ======

Documentos relacionados