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Movimentação da PECLD

16 Provisões para perdas fiscais

A Fundação possui processos de naturezas fiscais e trabalhistas em andamento e, com base em informações de seus assessores jurídicos e análise das demandas judiciais pendentes, constituiu provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas potenciais com as ações em curso e que venham a representar uma saída de caixa (ou redução de outro ativo).

Nesse contexto, a Administração avaliou que não ocorreram mudanças nas circunstâncias das discussões em tela nem tampouco existiram novas informações ou acumulação relevante de nova experiência que justificasse alteração no tratamento das referidas provisões.

Movimentação dos processos 31/12/2013 31/12/2014 Saldo inicial Adição à provisão Reversões Saldo final Tributárias Federais: INSS 1.180.744 88.835 - 1.269.579 COFINS 17.719.212 1.433.797 (95.854) 19.057.155 Municipais:

ISS - Distrito Federal 1.362.711 84.873 - 1.447.584

ISS - SMS 525.461 34.442 - 559.903

ISS - Obrigações Acessórias 86.817 5.499 - 92.316

Trabalhistas 9.640 78 - 9.718

20.884.585 1.647.524 (95.854) 22.436.255

INSS - Em agosto de 1995, em procedimento de fiscalização, o INSS - Instituto Nacional de

Seguridade Social interpretou que todos os pagamentos efetuados às pessoas físicas prestadoras de serviços nos últimos 10 anos não poderiam ter sido caracterizados como pagamento a autônomos. Como consequência desta decisão, o INSS emitiu notificação de recolhimento complementar contra a FIPECAFI, que a contesta judicialmente, tendo efetuado, originalmente, depósito judicial do valor questionado junto à CEF - Caixa Econômica Federal e contabilizado a respectiva provisão passiva. Em setembro de 2009, a 12ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de São Paulo decidiu por extinguir os supostos débitos relativos ao período de janeiro de 1985 a dezembro de 1989. Em face dessa decisão, a Administração decidiu reverter o valor provisionado correspondente ao período acima mencionado e manter o restante da provisão constituída para o período de janeiro de 1990 a dezembro de 1994 por considerar a chance de perda como provável. Em 26 de novembro de 2009, a quantia depositada foi transferida da conta junto à CEF – Caixa Econômica Federal para a Fazenda Nacional sendo, a partir da referida data, corrigida pela variação mensal da Selic. O INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social recorreu da decisão estando os autos aguardando julgamento.

COFINS - Em 1999, a FIPECAFI ingressou com uma Ação Ordinária contra a cobrança da

COFINS, tendo obtido liminar autorizando o depósito judicial. A partir de 1994, até a presente data, a FIPECAFI vem depositando judicialmente e contabilizando a provisão passiva. No ano de 2009 a FIPECAFI avaliou, juntamente com seus assessores jurídicos, a referida ação e decidiu reverter a provisão constituída a partir de fevereiro de 1999 e manter o restante da provisão constituída para o período de janeiro de 1994 a janeiro de 1999 por considerar a chance de perda como provável. Tal decisão de reversão baseia-se em parecer jurídico sustentado na Medida Provisória 2.158-35/01, artigo 14. Os Autos estão conclusos para sentença.

ISS 2000 a 2014 – Segundo entendimento dos assessores jurídicos da Fundação, a FIPECAFI

qualifica-se como instituição de educação sem fins lucrativos e, por atender aos requisitos constantes do art. 14, do Código Tributário Nacional, faz jus à imunidade tributária assegurada pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal.

No entanto, a Divisão de Imunidades da Prefeitura do Município de São Paulo deferiu apenas parcialmente o pedido administrativo de reconhecimento de imunidade tributária da FIPECAFI ao Imposto sobre Serviços (ISS) para o exercício de 2000, de modo a restringir o gozo da imunidade às receitas de ensino da Fundação. O deferimento parcial em sede administrativa foi mantido para os exercícios de 2001 e 2002.

Diante desta decisão, ainda no ano de 2000 a FIPECAFI impetrou Mandado de Segurança, o qual foi julgado improcedente na origem e em segunda instância, dando ensejo à interposição de recurso especial, ora em trâmite perante o Superior Tribunal de Justiça sob o nº. 1.310.473/SP. A Fundação houve por bem depositar em juízo o valor do tributo em discussão.

O ISS referente ao período de fevereiro de 2000 a janeiro de 2002 foi objeto de autuação e, posteriormente, de execução fiscal (EF 98689/06), a qual se encontra garantida por fiança bancária e foi impugnada por meio de embargos à execução, ainda não sentenciados. A Fundação também responde a execução fiscal (EF 105662/06), tendo por objeto a exigência de multa pelo suposto descumprimento de obrigações tributárias acessórias no período em referência, a qual se encontra garantida por depósito judicial e foi impugnada por meio de embargos à execução, também não sentenciados.

Posteriormente, em sede administrativa, a Prefeitura do Município de São Paulo indeferiu integralmente a imunidade tributária da FIPECAFI com relação ao ISS no exercício de 2003. Em resposta, a FIPECAFI moveu ação declaratória, com efeitos para os exercícios de 2003 a 2005, a qual, após a produção de prova pericial com resultado favorável à Fundação, veio a ser julgada integralmente procedente. A sentença de procedência foi objeto de recurso de apelação pelo Município de São Paulo, o qual se encontra em trâmite perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo sob o nº. 0127719-19.2010.8.26.0000.

O contexto acima apresentado levou a Administração da Fundação a constituir, para os anos de 2001 a 2007, uma provisão para eventual cobrança de ISS. Como, durante o exercício de 2007, os assessores jurídicos da Fundação classificaram a chance de perda concernente às lides do ISS como possível, a Administração da FIPECAFI decidiu pelo estorno dos valores constituídos em virtude do tributo citado gerando um efeito positivo na demonstração de superávit daquele ano.

Em 14 de fevereiro de 2013, a Fundação recebeu da Secretaria Municipal de Finanças da Prefeitura da Cidade de São Paulo, intimação iniciando processo de fiscalização abrangendo os exercícios de 2008 a 2012.

Em 27 de fevereiro de 2014 foram lavrados Autos de Infração referentes aos exercícios de 2009 a 2012, totalizando R$ 4.324.632,80, em decorrência do não recolhimento do ISS. Em 23/04/2014, a Fundação apresentou impugnação administrativa, bem como apresentou aditamento ao pedido administrativo de reconhecimento de imunidade tributária, com relação aos exercícios de 2008 a 2012, o qual havia sido protocolado antes das autuações, em agosto de 2013.

Registre-se que, nos termos do art. 5º, do Decreto Municipal nº. 48.865/2007, os pedidos de reconhecimento de imunidade, quando, nos termos do inciso III do artigo 151 do Código Tributário Nacional, forem protocolados no prazo para impugnação ao respectivo lançamento, suspenderão a exigibilidade do crédito tributário.

Os assessores jurídicos da Fundação classificaram a chance de perda das autuações referentes aos exercícios de 2009 a 2012, como possível. Dessa forma, a Administração decidiu por não constituir nenhuma provisão para essa nova demanda.

A Administração, em conjunto com os assessores jurídicos da Fundação, entende ter havido a decadência do direito de lançar o ISS para os exercícios de 2002 a 2008.

ISS do Distrito Federal - A FIPECAFI discute a cobrança, pelo Governo do Distrito Federal, de

ISS sobre a receita dos serviços de consultoria prestados naquela localidade. A Fundação vem provisionando o valor do imposto pleiteado e aguarda o julgamento do mérito da ação. Em julho de 2012 a FIPECAFI opôs embargos de divergência, os quais aguardam julgamento perante o Supremo Tribunal Federal (RE 378.666). O valor provisionado, devidamente atualizado, está registrado na rubrica de passivo não circulante (exigível a longo prazo). A Administração, levando em conta a opinião dos advogados da causa e as peculiaridades do caso concreto, houve por bem classificar a chance de perda como provável.

ISS a recuperar - A Entidade mantinha contrato de prestação de serviços de consultoria com a

Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo que efetuou um desconto em cada pagamento do equivalente a 5% a título de ISS. O valor descontado foi transferido de contas a receber para a rubrica de ativo não circulante “realizável a longo prazo”. Além disso, foi constituída uma provisão no passivo não circulante “exigível a longo prazo”. Em 24 de março de 2005, a Fundação, por meio de seus assessores jurídicos, apresentou pedido administrativo de restituição do valor descontado, fundamentada na sua imunidade tributária. A Administração classifica a chance de perda como provável. O pedido aguarda decisão final administrativa.

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