21. SISTEMA ELÉTRICO
21.7 Quadro Elétrico de Equipamentos Acionados Por Variadores de Frequência
21.7.1 Funções e Características Básicas.
Aplica-se na alimentação de ventiladores de insuflação e/ou exaustão, caixas ventiladoras,
condicionadores de ar etc.
Cada equipamento deverá ter seu motor elétrico alimentado por um quadro elétrico fornecido
e instalado pelo instalador e localizado na parede da casa de máquinas ou na parede mais
próxima ao equipamento.
21.7.2 Estrutura, Chapeamento e Pintura.
O quadro deverá ser executado em chapa de aço 14 USG, tratada (desengraxada, decapada
e fosfatizada) e, após este processo, deverá ser aplicada pintura de base e de acabamento,
através do processo eletrostático em pó poliester na cor cinza de notação RAL 7032. Deverá
ser de acesso frontal e grau de proteção IP-41.
Todos os seus componentes deverão ser montados no interior do quadro elétrico sobre uma
placa de montagem em chapa de aço 14 USG e pintada na cor laranja de notação 2007.
No caso de instalação ao tempo, toda a estrutura deverá possuir grau de proteção
equivalente a IP-54, conforme norma ABNT NBR 6146, devendo toda a construção ser
estanque a água e com resistência a corrosão adequada à condição de instalação ao tempo.
21.7.3 Barramentos.
Os barramentos deverão ser constituídos de cobre eletrolítico, em barras retangulares,
dimensionadas de acordo com as exigências indicadas nos diversos sub-itens.
A fixação do barramento à estrutura deverá ser rígida e efetuada por meio de suportes
isolantes adequadas para suportarem os esforços eletrodinâmicos devidos à corrente de
curto-circuito.
21.7.4 Fiação.
Toda fiação interna do painel deverá ser executada com cabos de fios de cobre, com
isolamento térmico em PVC 70
oC, do tipo não-propagante de chama, com classe de isolação
750 V (fabricante: Pirelli ou Ficap), com seção não inferior a:
1,5 mm
2para os circuitos de comando, controle e secundários de transformadores de
potencial.
2,5 mm
2para os circuitos de transformadores de corrente.
1,0 mm
2para os circuitos de instrumentação e comando de inversores de frequência e
soft starter.
Toda a fiação deverá ser protegida por canaletas plásticas do tipo chama não-propagante,
providas de tampa. Quando a fiação for exposta, os condutores deverão formar chicotes,
devidamente fixados e sustentados com percursos horizontais e verticais retos com curvatura
em ângulo reto de pequeno raio. O nível de ocupação das canaletas não deverá exceder a
70%.
Não serão aceitas emendas nos condutores, devendo todas as ligações serem feitas em
blocos terminais ou em terminais de equipamentos. As extremidades dos condutores deverão
ser providas de terminais de compressão e envolvidas com espaguete.
Os condutores deverão ser marcados individualmente por meio de etiquetas plásticas ou
anilhas (fabricante: Hellermann) para sua identificação quando da conexão a terminais de
equipamentos e blocos terminais. Nas etiquetas deverão ser gravadas com tinta indelével e
permanente, inscrições correspondentes às dos diagramas de fiação aprovados.
21.7.5 Identificação.
Todos os compartimentos, saídas, sinaleiros etc. que apareçam na parte frontal do quadro
deverão ser devidamente identificados por plaquetas de acrílico com letras na cor branca
sobre fundo preto. As plaquetas deverão ser aparafusadas ao painel.
21.7.6 Componentes.
Para cada motor acionado por variador de frequência (conforme indicado no item referente a
“variadores de frequência”) deverá conter, basicamente, os seguintes elementos:
Chaves seccionadoras para operação em carga, com porta-fusíveis incorporado, sendo
uma para o variador de frequência e a outra para a outra forma de partida – chave de
partida direta ou soft-starter, quando o motor não possuir reserva (fabricante: WEG,
Holec, Semitrans ou ABB).
Três (03) fusíveis do tipo ultra rápido, com I
2t menor ou igual ao indicado no manual do
variador de frequência (fabricante: WEG ou Siemens).
Sinaleiros “desligado-ligado”, na cor verde/vermelho (fabricante: WEG, Schneider ou
Siemens). Todos os sinaleiros deverão ser do tipo “Led”, de alta luminosidade, com vida
útil mínima de 100.000 horas.
Transformador de comando, se necessário (fabricante Ultrasinus ou Peltron).
Chave seletora dotada de três posições (fabricante: WEG, Semitrans ou Eaton),
destinada a selecionar o modo de operação para partida do motor, para as seguintes
opções (uma seletora para cada motor):
Automático, via sistema de controle e supervisão predial ou outra forma de partida
remota ou não, como por exemplo, intertravamento com outro equipamento.
Desligado (desativado).
Manual, comando local.
Chave de transferência para cada grupo de motores ou equipamentos efetivo e reserva
(fabricante: WEG, Semitrans, ABB ou Holec).
Para os motores que não possuírem reserva, deverá ser considerado que em caso de
emergência, quando houver uma avaria no inversor de frequência, que a partida do motor
será realizada através de “uma chave de partida direta” ou através de uma “soft-starter”. Para
estas formas de partida, deverá ser considerado para alimentação dos motores os itens
indicados para as referidas formas de partida (para maior detalhes ver item “Quadro Elétrico
de Uso Geral Para Equipamentos Em Sistemas de Ar Condicionado e Ventilação Mecânica”).
Nos casos acima, deverá ainda ser fornecida e instalada:
Chave de transferência da linha do variador de frequência – “condição normal de
operação”, para a linha da outra forma de partida (partida direta ou soft-starter) –
“condição de emergência” (fabricante: WEG, Semitrans, Holec ou ABB).
O variador de frequência deverá ser instalado externamente ao quadro elétrico da CAG, em
quadro próprio. Para maiores detalhes, ver item específico.
21.7.7 Intertravamentos Elétricos.
No quadro elétrico deverão estar contidos todos os elementos de intertravamento entre os
diversos equipamentos do sistema, conforme descrito na seção I e/ou na seção “sistema de
controle”.
21.7.8 Interface Com o Sistema de Controle.
No quadro elétrico deverão estar contidos todos os circuitos elétricos e elementos de
interface com o sistema de controle, de forma a permitir o recebimento e o envio de sinais ao
sistema de controle.
Todos os pontos de interface deverão ser realizados através de bornes, devidamente
identificados, localizados em um ponto específico do painel.
Basicamente, os seguintes pontos de interface deverão ser previstos:
Contatos auxiliares secos, para envio de sinal de status das chaves seletoras (sinal
apenas para o modo automático) ao sistema de controle.
Circuitos elétricos para comando (liga-desliga) dos equipamentos, através de sinais
remotos emitidos pelo sistema de controle.
Contato auxiliar seco, da contatora de partida do motor, para envio de sinal de status do
equipamento ao sistema de controle.
Encontra-se na seção de sistemas de controle, a descrição detalhada das interfaces com este
quadro, devendo o instalador do sistema de ar condicionado seguir as indicações contidas na
referida seção.
No documento
Vetor Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda.
(páginas 129-132)