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QUADRO XII – IMPACTO DE DOTAÇÕES E RECUPERAÇÕES DE IMPARIDADES E PROVISÕES NOS RESULTADOS

No documento RELATÓRIO DE DISCIPLINA DE MERCADO 2013 (páginas 42-45)

DOS FUNDOS PRÓPRIOS E DOS REQUISITOS DE FUNDOS PRÓPRIOS REGULAMENTARES

QUADRO XII – IMPACTO DE DOTAÇÕES E RECUPERAÇÕES DE IMPARIDADES E PROVISÕES NOS RESULTADOS

Milhares de euros

Imparidades e provisões 2013 2012

Dotações líquidas de reposições e anulações 1.152.034 2.127.692

Recuperações -16.493 -23.582

DOTAÇÕES LÍQUIDAS DE RECUPERAÇÕES 1.135.541 2.104.110

5.2. GESTÃO DO RISCO DE CONCENTRAÇÃO

A política do Grupo relativa à identifi cação, medição e avaliação do risco de concentração no âmbito do risco de crédito está defi nida e enquadrada pelo documento Credit Principles and Guidelines, aprovado pelo órgão de administração do Banco. Esta política aplica-se a todas as entidades do Grupo, por transposição das respetivas defi nições e disposições para a documentação interna de cada entidade, após aprovação formal por parte dos respetivos órgãos de administração.

Imparidades e provisões 2013 2012

Nota: Os montantes de imparidades e provisões resultam dos valores apurados em sede de consolidação fi nanceira, englobando as relacio- nadas com crédito a clientes, com aplicações em instituições de crédito, com ativos fi nanceiros disponíveis para venda, com outros ativos e com garantias prestadas e outros compromissos.

41 2013 • RELATÓRIO DE DISCIPLINA DE MERCADO • 5. Risco de Crédito

Através do documento acima referido, o Grupo defi niu os seguintes princípios orientadores relativos ao controlo e gestão do risco de concentração de crédito:

• A monitorização do risco de concentração e o acompanhamento dos grandes riscos é efetuada, ao nível do Grupo, com base no conceito de “Grupos Económicos” e “Grupos de Clientes”;

• Um “Grupo de Clientes” é um conjunto de Clientes, particulares ou empresas, relacionados entre si, que representam uma entidade única na perspetiva do risco de crédito, no seguinte sentido: se um desses Clientes for afetado por condições fi nanceiras adversas, será provável que outro Cliente (ou todos os Clientes) desse grupo sintam igualmente difi culdades em cumprir as suas obrigações enquanto devedores;

• Os relacionamentos entre Clientes que dão origem a “Grupos de Clientes” incluem-se: a participação formal num grupo económico, a evidência de que há uma relação de controlo (direto ou indireto) entre Clientes (incluindo o controlo de um particular sobre uma empresa) ou a existência de uma forte interdependência comercial entre Clientes que não possa ser substituída no curto-prazo;

Por forma a controlar o risco de concentração e limitar a exposição a este risco, é estabelecido um conjunto de soft limits defi nidos em função dos capitais próprios (consolidados ou a nível de cada entidade do Grupo);

• O Risk Offi ce mantém, valida e acompanha um processo centralizado de informação relativa ao risco de concentração, com o envolvimento de todas as entidades do Grupo.

A defi nição dos limites de concentração acima referidos é efetuada com base no melhor julgamento do Risk Offi ce, tendo em conta a situação concreta da carteira de crédito do Grupo no que respeita à respetiva concentração e atendendo às melhores práticas de mercado nesta matéria.

Além disso, a própria defi nição de limites de concentração (mais concretamente, os diversos tipos de limites estabelecidos) encerra, em si, a identifi cação dos tipos de concentração de risco de crédito considerados relevantes. A defi nição dos limites de concentração do Grupo considera todas as dimensões de risco de concentração de crédito referidas na Instrução do Banco de Portugal n.º 2/2010, designadamente:

• São considerados dois tipos de “grandes exposições”, ao nível do Grupo ou ao nível de cada entidade do Grupo; • A base utilizada para a defi nição de grandes exposições e para os valores-limite da concentração são os níveis de

fundos próprios (consolidados ou individuais, ao nível de cada entidade do Grupo);

• A concentração é medida, no caso das exposições diretas, em termos da exposição líquida (EAD x LGD, pressupondo que PD=1) relativa a uma contraparte ou a um conjunto de contrapartes;

• São defi nidos limites de concentração em termos de “grandes exposições”, no seu conjunto, tanto para grandes exposições ao nível do Grupo como para as grandes exposições ao nível de cada entidade;

• São igualmente defi nidos limites setoriais e para risco-país.

No que respeita ao acompanhamento do risco de concentração, o órgão de administração do Banco e a Comissão de Risco são regularmente informados sobre a evolução dos limites de concentração e dos grandes riscos.

Assim, a quantifi cação do risco de concentração nas exposições de crédito (diretas e indiretas) envolve, em primeira mão, a identifi cação dos casos específi cos de concentração e de “grandes exposições” e a comparação dos valores de exposição em causa face aos níveis de fundos próprios, expressa em termos de pesos percentuais que são comparados com os limites de concentração defi nidos. Para tal, o Risk Offi ce recorre à sua base de dados sobre as exposições de crédito (o Datamart de risco), alimentado regularmente a partir dos sistemas do Grupo.

42 2013 • RELATÓRIO DE DISCIPLINA DE MERCADO • 5. Risco de Crédito

Encontra-se também previsto no referido documento que a ultrapassagem de um dado limite deve ser especifi camente reportada aos membros do órgão de administração pela Direção de Crédito e pelo Risk Offi ce, sendo esse reporte acompanhado por uma proposta de remédio para as situações ocorridas. Normalmente, os remédios propostos passarão pela redução da exposição líquida à(s) contraparte(s) em causa (por via do aumento de colateralização, por exemplo) ou por uma substituição de colateral (no caso das exposições de crédito indiretas).

Note-se que o Grupo, no seu processo de avaliação das necessidades internas de capital (capital económico/ ICAAP), incorpora fatores que resultam do nível de concentração da carteira de crédito, refl etindo-os no apuramento do valor de capital económico relativo ao risco de crédito.

O controlo e a gestão do risco de concentração representam um dos principais pilares da estratégia de mitigação dos riscos do Grupo. É neste contexto – e, em particular, ao nível do risco de crédito – que o Grupo tem vindo a prosseguir uma atuação de acompanhamento sistemático de potenciais ou efetivos eventos de concentração do risco, adotando, sempre que se justifi cam, as medidas de caráter preventivo (ou corretivo) consideradas adequadas.

Neste contexto, destaca-se a continuidade das medidas visando a progressiva redução da concentração do crédito nos maiores devedores individuais, quer por via da diminuição da exposição creditícia, quer pelo aumento do nível de colateralização das operações de crédito. Para além disso, merece também destaque o reforço dos critérios prudenciais no processo de análise e decisão das propostas de fi nanciamento, com particular enfoque no que se refere à mitigação da concentração setorial.

Em 2013, o Risk Offi ce do Grupo elaborou regularmente reportes internos para a Comissão de Risco, para a Comissão de Auditoria e para a Subcomissão de Acompanhamento do Risco de Crédito, que contribuíram de forma relevante para identifi car e promover o tratamento da concentração de riscos (não apenas de risco de concentração de crédito mas também de outros tipos de concentração, relativa a outras tipologias de risco).

5.3. CARATERIZAÇÃO DAS POSIÇÕES EM RISCO

As posições em risco consideradas para efeitos de cálculo dos requisitos de fundos próprios para risco de crédito abrangem exposições da carteira bancária registadas no balanço consolidado e em contas extrapatrimoniais, associadas nomeadamente a crédito a clientes, a aplicações em instituições de crédito, a investimentos em instrumentos fi nanceiros, à detenção de outros ativos, às garantias e compromissos assumidos e a derivados de cobertura. Nestas posições em risco não se incluem as exposições tratadas no âmbito da carteira de negociação, mas consideram-se as relativas a posições de titularização.

O total das posições em risco originais, que corresponde ao respetivo valor bruto de imparidades e amortizações, ascendeu a 99.969.578 milhares de euros em 31 de dezembro de 2013 e a 111.409.455 milhares de euros em 31 de dezembro de 2012, incluindo as posições de titularização, apresentando-se no Quadro XIII a desagregação deste montante pelas classes de risco defi nidas no acordo de Basileia II.

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No documento RELATÓRIO DE DISCIPLINA DE MERCADO 2013 (páginas 42-45)