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ENTREVISTA COM SÉRGIO DE SÁ

V: Quais eram as atividades realizadas na Secom?

é muito visado e faz um atendimento até em âmbito nacional. A UnB é muito procurada por causa dos seus professores, principalmente... Ah, eu quero fazer uma matéria sobre dengue, me indique um especialista que possa falar sobre isso. Então tem esse atendimento que não é factual, e tem o atendimento factual que vive fases. Mais próximo de PAS, ENEM, aumenta um pouco, porque tem uma demanda dividida com CESPE/SEBRASPE. Início de semestre também é uma coisa que aumenta digamos assim o trabalho, porque você tem boas vindas aos calouros e a Secom participa disso, o pessoal das relações institucionais. Então você tem uma produção constante de notícias, cobertura de atos, de eventos e tal, com a participação... Aí é que a gente, eu tentei começar a criar alguns critérios de noticiabilidade, dou isso e não dou aquilo, para não ficar uma coisa muito aleatória. Então, tudo o que a reitora participa tem que ser coberto ou não? Isso tem uma cara mais oficial, institucional? O que que gera notícia? Ah, a morte de um professor na universidade. Todo professor que morre ganha algum tipo de espaço, ou repercussão no portal? A maior demanda era, na época, o abastecimento do portal, o atendimento à imprensa, e tinha uma coisa que estaja engatinhado, que precisava ser melhorada por razõs óbvias, que é a presença da UnB nas redes sociais. Então tinha o atendimento de comunicação com a comunidade interna e com a comunidade externa. A Secom tem essa duplicidade. Agora há a tentativa de criação de uma Ascom, ligada diretamente ao gabinete, para fazer a assessoria mais próxima da reitora, do vice-reitor, dos decanos, assessoria digamos assim da gestão, independentemente da assessoria da instituição. Isso sempre foi uma questão. Como você assessora e faz comunicação relativa ao que está no momento, no comando da instituição e relativo ao resto. A universidade é uma cidade, 50 mil pessoas, então você veja que a estrutura tem muita coisa a ser vista. Tem muita demanda de imprensa, muita demanda diária que tem a ver com coisas factuais. Como, encontraram pé de maconha do CO. Nós temos que estar juntos, temos que responder. A reitora foi também. Isso não tem nada a ver com a reitora. A reitora foi a algum congresso nacional participar de alguma coisa, isso também tem que ser coberto. Além da coisa que a Secom deveria fazer, e que você está chamado de cobertura científica, por exemplo. É uma coisa que não tem nada a ver coma urgência do factual, agendado pelas próprias organizações da reitoria ou do calendário, ou também dos eventos que possam acontecer, como acontece no

mundo, para o bem ou para o mal. A menina que se matou na caixa d’água. A briga na festa do direito e a morte. São eventos que infelizmente acontecem, não são previsíveis e têm que ser, de alguma maneira, abordados. Fora isso, o ideal é que tivesse uma equipe fazendo uma espécie de assessoria, que não tem nada a ver com essas coisas. Por exemplo, divulgar as pesquisas boas, relevantes, que a universidade faz. Tem um espaço no portal que se chamava Ciência Hoje, se eu não estou enganado. No período que eu estive lá, a reitora queria que eu retomasse a revista Darcy, e foi o que aconteceu. Nesse período que eu estive a gente relançou a Darcy e a gente fez dois números e deixei um terceiro quase pronto. Ela estava desativada e não saiu durante a gestão do Ivan. É uma vontade retomar a Darcy, e ela é essencialmente uma revista de divulgação, de jornalismo científico e cultural. Pelo próprio propósito dela, não tem nada a ver com o cotidiano, com o factual. Ela escreve matérias que tem que ter uma validade maior do que o dia seguinte, ou o mês seguinte. Ela é uma revista que acho que hoje dura quatro meses. Acho que a Thais está fazendo quatro por ano. E aí, no dia a dia a equipe se mostra pequena para dar conta de tanta coisa. Você tem gente atendendo a imprensa, você tem gente ajudando o decanado no evento de boas vindas e no calendário da UnB, que a própria secom ajuda a produzir. E eu tentei, por exemplo, vem alguém visitar a reitora, visitar um decano, um diplomata ou alguma coisa, a UnB deveria fornecer algum tipo de mimo, uma caneta, algo assim. A UnB não consegue, ainda hoje, fazer isso. Isso me parece um ato de reação, que a Secom acaba incorporando o que você pode chamar de relações instituicionais, diplomáticas, um pouco essa questão de, porque o gabinete da reitora não tem, ou pelo menos não tinha, não sei como está hoje, essa estrutura e a Secom ajudava nisso.

Hoje você tem uma estrutura que é a secom e você tem duas pessoas, uma é a Carol Vicentin, que faz a assessoria direta da reitora, acompanha a reitora, é uma assessoria direta, marca entrevista, acompanha entrevista. Ela é uma pessoa incorporada, mas é isso que eu estou dizendo. Tem uma discussão hoje, um grupo que está discutindo na comunicação da universidade, eles já estão formalizando essa estrutura que é a Ascom. Isso já existe em algumas universidades, não é nenhuma invenção da Unb. Você separar um pouco a comunicação de governo da comunicação de estado, digamos. A comunicação oficial, digamos assim, dos atos da gestão do momento, o que é atualmente

legítimo e possível. Eu tentei criar, por exemplo, uma newsletter semanal, que eu acho que é uma coisa que faz falta. Um produto, né. Hoje você tem a presença maior, em função, por exemplo... A secom participa também das campanhas institucionais anuais. Esse ano é UnB Sua Linda. Quando eu estava lá, não me lembro mais. Todo ano você tem, eram 55 anos da UnB, tinha essa data redonda então foi tudo em função desses 55 anos. Cada ano, tipo o CNBB faz. Você tem uma campanha institucional que permanece ao longo de todo o ano. É um amplo espectro de coisas. Não sei se voltou, mas tinha, por exemplo, o troféu amigo da imprensa ou algo parecido, que a Secom concedia a professores que atendiam muito e com boa vontade a imprensa.

V. Então quais seriam as ações mais voltadas para a divulgação científica.