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oferecidas em cada unidade RS 6 MG 13 DF 7 ES 9 PR 6 AL 15 PA 12 PE 8 RJ 7 SE 12 BA 6 SP - HCTP II 9 SP - HCTP I 9 Total 119

O PORT, na sua recomendação 23, descreve: “terapias individuais ou em grupo que empregam a combinação bem especificada de apoio, educação e habilidades comportamentais e cognitivas devem ser empregadas inclusive para melhorar outros problemas associados como o descumprimento da medicação”.

Na recomendação 28, o PORT recomenda que “a gama de profissionais e serviços disponíveis em um sistema de atendimento para pessoas com esquizofrenia deve incluir formação profissional, trabalho de transição, suporte no trabalho, aconselhamento profissional e serviços de educação”.

A Portaria GM/MS 251/2002 preconiza que “se deve garantir a diversidade dos métodos e técnicas terapêuticas nos vários níveis de complexidade assistencial, assegurar a continuidade da atenção nos vários níveis e assegurar a multiprofissionalidade na prestação de serviços”.

Os hospitais de custódia visitados oferecem diferentes atividades funcionais, de entretenimento e capacitação profissional, o que revela uma concordância no tratamento dessas pacientes com o protocolo/Portaria.

Os HCTP de AL, MG, PA e SE são as unidades com maior número de atividades oferecidas, como mostra a Tabela 54. Essa pesquisa, entretanto, não buscou fazer uma análise qualitativa dessas oficinas e atividades. Um estudo exclusivamente quantitativo não é capaz de avaliar o tratamento

oferecido. Cabe, no entanto, ressaltar que há uma preocupação em oferecer atividades diversificadas às pacientes internadas, o que revela uma penetração das recomendações de boa prática presentes tanto no PORT, quanto no Ministério da Saúde para o tratamento de pacientes com transtornos mentais graves, mesmo nos hospitais de custódia.

Em relação ao oferecimento de atividades de oficinas terapêuticas e outras práticas, cumpre realçar que apenas os HCTP do DF, ES, AL, PA, PE contam com artistas plásticos entre seus profissionais e, ainda assim, em número reduzido - entre 1 e 2. O mesmo pode se dizer em relação aos terapeutas ocupacionais: os HCTP de SP II, PR e AL não contam com terapeutas ocupacionais em seu corpo clínico e os demais têm entre 4 (BA), 3 (RJ), 2 (MG) e 1 nos demais, como observado na Tabela 53.

Nas diferentes unidades visitadas, os psiquiatras só podem ser consultados livremente pela pacientes em 46% delas e os demais profissionais de saúde, em 62% dos hospitais, como mostram as Tabelas de 55 a 58.

Tabela 55: Possibilidade de consulta com um psiquiatra nas unidades de internação

As mulheres podem consultar o psiquiatra? % Quantitativo

Sim, livremente em horários não definidos 46 6

Não, os profissionais definem quando farão

os atendimentos 54 7

Total 100% 13

Tabela 56: Possibilidade de consulta com um psiquiatra nas unidades de internação por região

Sim, livremente em horários não definidos RS; MG; ES; AL; RJ; BA

Não, os profissionais definem quando farão os atendimentos

DF; PR; PA; PE; SE; SP [HCTP II]; SP [HCTP I]

Tabela 57: Possibilidade de consulta com outros profissionais nas unidades de internação

As mulheres podem consultar os outros

profissionais? % Quantitativo

Sim, livremente em horários não definidos 62 8

Não, os profissionais definem quando farão

os atendimentos 38 5

Total 100% 13

Tabela 58: Possibilidade de consulta com outros profissionais nas unidades de internação por região

Sim, livremente em horários não definidos RS; MG; ES; PR; AL; PA; RJ; BA

Não, os profissionais definem quando farão

os atendimentos DF; PE; SE; SP [HCTP II]; SP [HCTP I]

As mulheres podem consultar os outros profissionais?

O protocolo PORT recomenda que “pessoas com esquizofrenia incapacitante que têm alto risco de interrupção do tratamento ou de crises repetidas exigem acompanhamento clínico, reabilitação e serviços sociais para atender suas necessidades”, então, o impedimento do livre acesso da paciente pode dificultar o acompanhamento clínico que atenda suas necessidades.

Em 62% das unidades estudadas, as pacientes não podem deixar as instalações do hospital e, em aproximadamente 54% das unidades, não podem circular dentro da unidade, como ilustrado nas Tabelas 59, 60 e 61. O PORT em comum acordo com o MS determinam o tratamento na comunidade. Para os casos em que a adesão não acontece, é proposto o tratamento assertivo na comunidade/gerenciamento de caso, no qual o

paciente é acompanhado por um profissional ou por uma equipe de profissionais diretamente no seu local de vida (casa, trabalho etc.).

Tabela 59: Possibilidade de realizar atividades fora das unidades de internação

As mulheres podem realizar atividades fora

da unidade? % Quantitativo

Sim, podem sair sozinhas 15 2

Sim, podem sair acompanhadas 15 2

Sim, podem sair sozinhas ou acompanhadas

a depender do estado da mulher 8 1

Não podem 62 8

Total 100% 13

Tabela 60: Possibilidade de livre trânsito dentro das unidades de internação

As pacientes podem transitar nas

instalações da unidade? % Quantitativo

Sim, em qualquer horário 15,4 2

Sim, em horários definidos 30,8 4

Não 53,8 7

Total 100% 13

Tabela 61: Possibilidade de livre trânsito dentro das unidades de internação por região

Sim, em qualquer horário AL; RJ

Sim, em horários definidos DF; PR; SE; SP [HCTP II]

Não RS; MG; ES; PA; PE; BA; SP [HCTP I]

As pacientes podem transitar nas instalações da unidade?

As mulheres usam algemas para

transitar no hospital? % Quantitativo

Sim 15,4 2

Não 84,6 11

Total 100% 13

Tabela 63: Uso de algemas em trânsito dentro das unidades de internação por região

Sim MG; PA

Não RS; DF; ES; PR; AL; PE; RJ; SE; BA;

SP [HCTP II]; SP [HCTP I]

As mulheres usam algemas para transitar no hospital?

Em 15% das unidades de internação, as mulheres andam algemadas (Cf. Tabelas 62 e 63) e em 61,5% delas as pacientes não podem andar sem escoltas (Cf. Tabelas 64, 65 e Mapa 1). Esses dados são uma representação plena da superposição entre a ideia de um hospital e de uma prisão. Algemas e escoltas são instrumentos do sistema prisional e não do sistema de saúde.

Tabela 64: Uso de escolta para transitar nas unidades de internação

As mulheres podem

andar sem escolta? % Quantitativo

Sim 38,5 5

Não 61,5 8

Total 100% 13

Tabela 65: Uso de escolta para transitar nas unidades de internação por região

Sim RS; AL; PE; RJ; SP

[HCTP II]

Não MG; DF; ES; PR; PA;

SE; BA; SP [HCTP I]

Unidades que permitem as internas andarem sem

escolta

Mapa 1: Livre trânsito dentro das unidades de internação

Todas as unidades de internação estudadas permitem que as

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