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- Caloria exploratória diferencial (DSC); - Termo gravimetria (TG) e DTG Diferencial.

Figura 22. Resultados de TGA e DSC.

Fonte: Autor (2018).

Nafigura 22 pode-se notar que a intensidade do sinal do DSC de saída da água-endoterma, com máximo em 79ºC para a grama, que aparenta ser maior do que o mesmo sinal para o cavaco em 97ºC. Observando a perda de massa (TG), no entanto, verifica-se que em torno de 100oC, o cavaco perde mais massa do que a

grama. Nota-se também, na primeira varredura do DSC, que a diferença de temperatura de ~ 19 ºC mostra, como esperado, que a água está mais ligada na estrutura do cavaco, do que na estrutura da grama.

No gráfico, para o TG, o Tonset (temperatura de início de degradação)= 266ºC para a grama e 250ºC para o cavaco, mostra que o cavaco tem seu início de degradação pelo menos 16 ºC antes da grama.

Para a grama, se obtém do TG que o segundo evento (degradação térmica da amostra) que se inicia em 266°C, termina em 355ºC. E o terceiro evento (a carbonização da amostra) iniciado em 355ºC, termina em 585ºC. Neste ponto, onde a massa da amostra fica constante, nota-se a quantidade de inorgânicos presentes na grama pode ser estimado em torno de 3%. Para o cavaco, a degradação térmica que tem início em 250°C, termina em torno de 340°C, onde começa a carbonização da amostra, que neste caso (do cavaco), parece ter mais de um evento, que tem início em torno de 430°C e termina em torno de 500°C. Neste ponto a perda de massa não aumenta e fica constante em torno de 8%. Essa massa constante, é a

quantidade de inorgânicos presentes no cavaco, o que indica que o cavaco tem cerca de 5% a mais de cinzas do que a grama.

No DSC da segunda varredura da grama e do cavaco, pode-se ver as exotérmicas referentes ao conteúdo energético destas duas amostras na degradação e na carbonização das mesmas.

6 CONCLUSÕES

Os conteúdos térmicos das amostras determinados em bomba calorimétrica foram 4.048 kcal/kg para as gramíneas e 4.397 kcal/kg para o cavaco, o que evidenciou o potencial de utilização destas biomassas como combustível em termelétricas.

Esses resultados são corroborados pelos resultados de DSC após secagem das amostras, que mostram um perfil exotérmico para as duas biomassas.

Os resultados demonstram a possibilidade de utilização destas biomassas como combustível em usinas termelétricas em épocas de crise hídrica, época em que a insolação é maior, possibilitando a total secagem da massa verde antes da queima.

Diante do que foi apresentado, há viabilidade no aproveitamento energético da massa verde urbana, com várias possibilidades de valorização, conforme as tecnologias disponíveis.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A busca de novas soluções para o aproveitamento dos resíduos urbanos é necessária e deverá ser realizada em curto prazo. A briquetagem composta de resíduos de madeira para seu uso como combustível é uma alternativa a esse problema que deverá ser avaliada de forma mais rigorosa em futuros trabalhos.

Os resultados deste trabalho mostram um caminho a seguir na procura de soluções técnicas ambientalmente corretas para o aproveitamento energético dos resíduos urbanos e agroindustriais visando a minimização destes e conseqüente preservação do meio ambiente

A disponibilidade de biomassa residual em quantidade e qualidade favorece a constituição de uma biofábrica de briquetes na microrregião, bem como a instalação de uma usina termelétrica.

A constituição de uma biofábrica e/ou a instalação de uma termelétrica na região, utilizando a biomassa verde residual e o consumo de briquetes, traz vantagens econômica, sociais e ambientais, visto que o tema bioenergia tem sido tratado com muita ênfase pelos campos da agroenergia e do meio ambiente, que buscam novos conceitos e valores.

A criação de usinas de compostagem e fábricas de briquete em conjunto com Órgãos Não Governamentais – ONGs ou com incentivos fiscais para atrair a iniciativa privada para o município são possíveis caminhos para instituir um sistema de tratamento e reciclagem.

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