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Nesta fase o pesquisador busca transformar, o conjunto de dados coletados, em teorização, através de várias técnicas que permitam analisar e interpretar, as informações disponíveis, dando-lhes sentido, identificando problemas, para evidenciar o entendimento sobre a realidade.

A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos (Gil, 1999, p. 168).

É através da análise dos dados que se procura dar sentido que constituem a constatação de um estudo que deva contemplar validade, confiança e ética.

Para demonstrar os resultados obtidos após a coleta de dados foram utilizadas planilhas eletrônicas e cálculos simples (adição, subtração, divisão, multiplicação, porcentagem e média aritmética) realizados por meio do Microsoft Excel.

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ANÁLISES DOS DADOS

Os acordos que envolvem compra e venda de castanha de caju são realizados informalmente, ou seja, sem a existência de contratos formais seguindo a tradição do campo. Outra característica marcante desse setor é a comercialização de castanha sem acordo prévio entre produtor e comprador na maior parte da produção. As negociações se dão segundo as necessidades dos produtores, intermediários e a beneficiadora. A figura 3, abaixo, mostra as principais transações no mercado de castanha de caju no município de Serra Branca-PB.

Figura 3 – Principais transações no mercado de castanha de caju local

Fonte: Elaborado pelo autor.

As tabelas de 02 a 06, abaixo, destacam os maiores fornecedores de castanha de caju para a beneficiadora, no ano em estudo, conforme arquivos encontrados na Associação e relatos do presidente e ex-presidente da associação. Os demais forneceram pequenas quantidades.

Na montagem das despesas de custeio da lavoura foram consideradas, ao longo do ciclo produtivo, apenas o item 9 (mão-de-obra fixa), sendo desconsiderados todos os outros itens da tabela abaixo, por se tratar de produção oriunda da cultura de sequeiro e da agricultura familiar.

Agricultores familiares

Intermediários Locais

Beneficiadora Mercado local e regional Indústria Outros Intermediários (armazéns)

Tabela 2: Despesas de Custeio da Lavoura

Produtividade Média: 600 Kg/ha

Salário Mínimo R$ 545,00 A PREÇOS DE: NOV//2011 PARTICIPAÇÃO DISCRIMINAÇÃO (R$/ha) R$/1 kg (%) I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA

1 - Operação com máquinas

2 - Aluguel de máquinas/serviços 3 - Mão-de-obra temporária 4 - Diária Animal 5 - Sementes 6 - Fertilizantes/corretivos 7 - Defensivos 8 – Sacaria 9 - Mão-de-obra fixa R$403,78 R$ 0,67 100% 10 - Despesas administrativas

TOTAL DAS DESPESAS DE CUSTEIO DA

LAVOURA R$ 403,78 0,67 100%

Fonte: Elaboração: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP

O custeio da lavoura permanente, castanha de caju, em 2011, com base na tabela 2, acima, elaborada pela CONAB, observou-se que o custo médio estimado de produção para 600 kg foi de R$ 403,78, levando-se em consideração que o salário mínimo mensal era de R$ 545,00 vigente de 01/03/2011 a 31/12/2011. O custo total de R$ 403,78, dividido pelos 600 Kg produzidos representa um custo médio estimado de produção de R$ 0,67 (sessenta e sete centavos) para cada quilograma produzido.

Segundo alguns agricultores familiares vinculados ou não a Associação Comunitária, os intermediários compraram castanha de caju a um custo médio estimado de R$ 1,10 (um real e dez centavos) por quilograma produzido.

A diferença do preço da castanha de caju se explica pelo fato da existência de um sistema de comercialização mediado pelo atravessador ou intermediário junto ao pequeno produtor e ainda pelo período em que a venda foi efetuada, ou seja, durante ou depois da safra. Além disso, neste sistema rudimentar, o agricultor familiar comercializa a castanha-de-caju in natura, de forma antecipada com os atravessadores ou intermediáriosabaixo do preço de mercado.

A oferta de castanha de caju in natura ocorre, principalmente na Regiões Nordeste, cuja colheita está concentrada nos meses de outubro a dezembro. É neste período que, em condições normais de mercado, os preços ficam baixos evoltam a subir após o final da safra conforme a oferta.

Para os cálculos de preço médio foi utilizado a média aritmética simples que surge do resultado da divisão do somatório dos números dados pela quantidade de números somados.

A tabela 3 a seguir, mostra o preço médio, aproximado, encontrado na compra de castanha de caju pela Associação, durante o período investigado, foi de R$ 1,78 por Kg, que é a média aritmética, calculada pela adição de todos os preços unitários referentes a um Kg da venda de castanha de caju por cada agricultor ou intermediário para a Beneficiadora totalizando R$ 23,10 (vinte e três reais e dez centavos), dividida, em seguida, pela quantidade de fornecedores, isto é, treze (13). A mesma tabela, mostra que a variação do preço de venda por quilo de castanha de caju adquirida pela Associação é de até 25%, compreendidos entre R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos) no preço mínimo a R$ 2,00 (dois reais) no preço máximo.

Tabela 3: Variação do preço de venda por Kg de Castanha de caju

Associação Comunitário Duas Serras II - Período - 2011

Fornecedores de Castanha de Caju Qtde (kg) Preço (R$) Kg Total (R$)

01 – Intermediário 1 14.000 R$ 1,80 R$ 25.200,00 02 – intermediário 2 3.200 R$ 1,80 R$ 5.760,00 03 – intermediário 3 3.000 R$ 2,00 R$ 6.000,00 04 – Agricultor 1 2.800 R$ 1,50 R$ 4.200,00 05 – Agricultor 2 2.800 R$ 1,80 R$ 5.040,00 06 – Intermediário 4 1.650 R$ 2,00 R$ 3.300,00 07 – Agricultor 3 800 R$ 2,00 R$ 1.600,00 08 – Agricultor 4 600 R$ 1,80 R$ 1.080,00 09 – Agricultor 5 490 R$ 1,80 R$ 882,00 10 – Agricultor 6 400 R$ 1,50 R$ 600,00 11 – Agricultor 7 380 R$ 1,50 R$ 570,00 12 – Agricultor 8 350 R$ 1,80 R$ 630,00 13 – Agricultor 9 200 R$ 1,80 R$ 360,00 Total 30.670 R$ 55.222,00 Preço médio R$ 1,78

Fonte: Elaborado pelo autor.

Ao se examinar a tabela 3, nota-se que os agricultores venderam a castanha de caju para a beneficiadora por um preço que varia de R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos) a R$ 2,00 (dois reais) por Kg com um preço médio, aproximadamente, obtido da soma de todos os valores unitários, referentes a um Kg, do preço de venda envolvendo os nove agricultores familiares que é igual a R$15,50 (quinze reais e cinquenta centavos) que após ser dividido por nove chega- se ao preço médio de R$1,72 (um real e setenta e dois centavos).

Os intermediários locais são especuladores que compram a castanha de caju in natura durante a safra pagando ao produtor, em média, R$ 1,10 (um real e dez centavos) por quilo e esperam até a entressafra para revender para a Associação por um valor que varia entre R$ 1,80 (um real e oitenta centavos) e R$ 2,00 (dois reais), com um preço médio de R$ 1,90 (um real e noventa centavos), que é a soma dos quatros valores unitários cujo a importância é igual a R$ 7,60 (sete reais e sessenta centavos) dividido pela soma da quantidade de intermediários (quatro), como mostra a tabela 3 acima.

A preço médio fica em R$ 1,78 (um real e setenta e oito centavos), aproximadamente, quando são considerados todos os fornecedores, descritos na tabela 3, e somados os valores praticados na venda de castanha de caju para a Beneficiadora por ambos (agricultores familiares e intermediários), totalizando o montante de R$ 23,10 (vinte e três reais e dez centavos) dividido pela soma do número de fornecedores (treze).

A tabela 4, mostra, resumidamente, estimativa de despesas por parte dos fornecedores de castanha de caju in natura para a Associação em 2011, a fim de que se torne mais fácil a compreensão da tabela 5, cujo os valores de R$ 1,10 (um real e dez centavos) e de R$ 0,67 (sessenta e sete centavos) representa as despesas de aquisição e custeio de 1Kg de castanha de caju para todos os intermediários e os agricultores estudados respectivamente.

Tabela 4: Estimativa de despesas

A tabela 5 mostra a quantidade de castanha de caju in natura comprada, em 2011, pela Associação, junto aos seus treze maiores fornecedores da região das serras, totalizando a quantidade de 30.670 Kg a um custo de aquisição anual de R$ 55.222,00 (cinquenta e cinco mil duzentos e vintes e dois reais). Para os cálculos a seguir, foi utilizado o valor médio de R$ 1,10 (um real e dez centavos) para despesas de aquisição dos intermediários e R$ 0,67 (sessenta e sete centavos) para a despesas de custeio dos demais agricultores familiares, listados na tabela abaixo, referentes a um kg de castanha de caju.

Associação Comunitário Duas Serras II - Período - 2011

Fornecedores de Castanha de Caju Qtde (kg) Despesas (R$) 1Kg Total de despesas (R$)

Intermediário 1 14.000 R$ 1,10 R$ 15.400,00

Agricultor 1 2.800 R$ 0,67 R$ 1.876,00

Tabela 5: Lucratividade dos maiores fornecedores de castanha de caju.

Associação Comunitário Duas Serras II - Período - 2011

Fornecedores Qtde (kg) Despesas Total (R$) Total de Vendas (R$) Lucro (R$) Lucro %

01 – Intermediário 1 14.000 R$ 15.400,00 R$ 25.200,00 R$ 9.800,00 38,89% 02 – intermediário 2 3.200 R$ 3.520,00 R$ 5.760,00 R$ 2.240,00 38,89% 03 – intermediário 3 3.000 R$ 3.300,00 R$ 6.000,00 R$ 2.700,00 45,00% 04 – Agricultor 1 2.800 R$ 1.876,00 R$ 4.200,00 R$ 2.324,00 55,33% 05 – Agricultor 2 2.800 R$ 1.876,00 R$ 5.040,00 R$ 3.164,00 62,78% 06 – Intermediário 4 1.650 R$ 1.815,00 R$ 3.300,00 R$ 1.485,00 45,00% 07 – Agricultor 3 800 R$ 536,00 R$ 1.600,00 R$ 1.064,00 66,50% 08 – Agricultor 4 600 R$ 402,00 R$ 1.080,00 R$ 678,00 62,78% 09 – Agricultor 5 490 R$ 328,30 R$ 882,00 R$ 553,70 62,78% 10 – Agricultor 6 400 R$ 268,00 R$ 600,00 R$ 332,00 55,33% 11 – Agricultor 7 380 R$ 254,60 R$ 570,00 R$ 315,40 55,33% 12 – Agricultor 8 350 R$ 234,50 R$ 630,00 R$ 395,50 62,78% 13 – Agricultor 9 200 R$ 134,00 R$ 360,00 R$ 226,00 62,78% Total 30.670 R$ 29.944,40 R$ 55.222,00 R$ 25.277,60 54,23% 45,77%

Fonte: Elaborado pelo autor.

Os dados necessários para os cálculos a seguir podem ser visualizados nas tabelas 3 (variação do preço de venda por Kg de castanha de caju), 4 (estimativa de despesas) e os resultados podem ser encontrados na tabela 5 (Lucratividade dos maiores fornecedores de castanha de caju). O intermediário 1 vendeu 14.000 Kg de castanha de caju, que multiplicado pelo valor de venda, R$ 1,80 (um real e oitenta centavos), é igual a R$ 25.200,00 menos as despesas totais de R$ 15.400,00 (quinze mil e quatrocentos reais), referentes a preço médio de compra, R$ 1,10 (um real e dez centavos), multiplicado pela quantidade vendida 14.000 kg, chega-se ao lucro de R$ 9.800,00 (nove mil e oitocentos reais) ou 38,89%. Já o agricultor familiar 1 vendeu 2.800 Kg de castanha de caju, que multiplicado pelo valor de venda, R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos), é igual a R$ 4.200,00 menos as despesas totais de R$ 1.876,00 (mil oitocentos e setenta e seis reais) referentes a custo estimado de produção, R$ 0,67 (sessenta e sete centavos), multiplicado pela quantidade vendida 2.800 kg chega-se ao lucro de R$ 2.324,00 (dois mil trezentos e vintes e quatro reais) ou 55,33% do total.

Na compra da produção a beneficiadora, geralmente, arca com as despesas de transporte para levar o produto da lavoura até a sua dependência. Tal situação é comum nesta atividade, porque os clientes sempre arcam com essas despesas. Já na comercialização com os intermediários é comum que a Associação receba o produto em sua sede sem custo algum com

transporte, já que os atravessadores arcam com essas despesas, ou seja, da lavoura até o estabelecimento do comprador.

Tabela 6: Fornecedores de castanha de caju

Associação Comunitário Duas Serras II - Período - 2011

Fornecedores de Castanha de Caju Qtde (kg) Qtde (%) Total de Vendas (R$) Vendas (%)

Atravessadores ou intermediários 21.850 71,24% R$ 40.260,00 72,91%

Demais produtores 8.820 28,76% R$ 14.962,00 27,09%

Total 30.670 100,00% R$ 55.222,00 100,00%

Fonte: Elaborado pelo autor.

A tabela 6, evidencia que 28,76% do total das compras de castanha de caju para beneficiamento e estoque foi conseguida de maneira direta com os produtores no período da safra, totalizando uma quantidade de 8.820 Kg correspondente ao valor de R$ 14.962,00 das compras. A outra parte, 71,24%, foi negociado junto aos intermediários no período da entressafra, para manutenção das atividades da beneficiadora, totalizando uma quantidade de 21.850 Kg correspondente ao valor de R$ 40.260,00 ou 27,09% e 72,91% das compras respectivamente.

O ex-presidente da Associação Duas Serras II avalia, através de estimativas, que no total, a proporção de compra, quando incluso todos os pequenos fornecedores, embora em menor dimensão, tende a se aproximar do equilíbrio, ou seja, quando for somado as vendas de castanha de caju de todos os fornecedores, a porcentagem entre agricultores familiares e intermediário se aproxima dos 50%. O ex-gestor também calcula, por meio de estimativa, que a Associação conseguiu comprar 40% de toda a produção no entorno da beneficiadora. Também explica que tal fato se deu devido à grande concorrência dos atravessadores que conseguiram comprar de forma antecipada junto aos produtores maior parte da produção e vendê-la para outros atravessadores em cidades circo vizinhas ou até mesmo a grandes indústrias.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cajucultura é uma importante fonte de renda para os agricultores familiares da região nordeste. Em Serra Branca-PB, essa atividade envolve pequenos produtores e a beneficiadora na comunidade Duas Serras II. Esse setor gera renda adicional para os produtores rurais durante a entressafra de outras culturas tradicionais como o milho e o feijão o que ajuda a manter a mão-de-obra no campo neste período. Diante desta constatação, é que este trabalho se propôs a investigar a viabilidade econômico que os agricultores da Associação supracitada estão obtendo na produção da castanha de caju. Com tudo, o trabalho se dedicou mais ao aspecto da comercialização da produção agrícola, envolvendo, principalmente, os produtores rurais e os compradores (intermediários e beneficiadora) de castanha de caju in natura. Ficando, ainda, como sugestão para os próximos estudos a ampliação da pesquisa contemplando os demais produtores de castanha de caju.

Tendo em vista os aspectos observados, foi constatado que o custo médio estimado de produção de 1 Kg (um quilo) de castanha de caju foi de R$ 0,67 (sessenta e sete centavos). O agricultor familiar obteve lucro de R$ 0,43 (quarenta e três centavos) ou 39,09% na venda para os intermediários a R$ 1,10 (um real e dez centavos) em média e lucro entre R$ 0,83 (oitenta e três centavos) e R$ 1,33 (um real e trinta e três centavos), correspondendo a 55,44% a 66,50% respectivamente, na venda para a beneficiadora a um preço variável entre R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos) e R$ 2,00 (dois reais). Os intermediários compraram 1 Kg (um quilo) de castanha de caju dos agricultores a R$ 1,10 (um real e dez centavos), em média, e venderam para a beneficiadora por um preço de R$ 1,80 (um real e oitenta centavos) a R$ 2,00 (dois reais) com ganhos de R$0,70 (setenta centavos) a 0,90 (noventa centavos) ou de 38,89% a 45%.

Em virtude do que foi mencionado, percebemos que os lucros obtidos pelos produtores são mais expressivos quando o produto é fornecido diretamente a unidade beneficiadora, bem como a negociação é mais vantajosa à beneficiadora quando a compra é feita diretamente ao produtor, aumentando significativamente a lucratividade de ambas as partes.

Pela observação dos aspectos analisados, os resultados obtidos apontam também que, após a implantação da beneficiadora têm início um processo de estruturação de alguns seguimentos, embora ainda necessite de maior integração de toda cadeia produtiva do caju, desde o cultivo até a comercialização dos produtos. A produção é oriunda da cultura de sequeiro ou nativa e a atividade produtiva é desenvolvida de maneira extrativista. Estas características indicam que há problemas no tangente ao cultivo (adoção de uma tecnologia agronômica

orientadora) e manejo (poda, integração entre cajueiro e animais), inviabilizando o aumento da produção, a padronização, a qualidade dos frutos e a lucratividade.

A falta de chuvas também é um agravante dentro deste contexto, pois, a região semiárida tem como característica a irregularidade pluviométrica durante períodos prolongados, o que dificulta o desenvolvimento sustentável dessa cadeia.

Tendo em vista do exposto, é de fundamental importância para a cultura do caju na comunidade Duas Serras II, que os atores dessa cadeia se mantenham em sintonia para a estabilização, fortalecimento e sustento dessa atividade, de modo que possam trazer e assegurar resultados mais expressivos no desenvolvimento dos setores econômico, social e cultural para todas as famílias envolvidas nesse processo, o que diminuiria a atuação do intermediário dentro desta cadeia produtiva.

Enfim, de acordo com o estudo foi possível concluir que a implementação da beneficiadora, na Associação estudada, se mostrou viável para os produtores de castanha de caju locais economicamente e financeiramente. Em virtude do que foi mencionado, percebe-se que os resultados alcançados através desta pesquisa serviram de suporte para as análises das despesas de custeio da produção e fluxo de caixa que se mostraram positivos e economicamente viáveis, mesmo levando-se em consideração o que foi observado dentro do contexto analisado. Dado o exposto, ficou constatado que ainda não existe uma cadeia produtiva do caju consolidada na região, já mencionada, e que os problemas da cajucultura local estão presentes em todos os elos, desde o cultivo a comercialização.

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