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Quarta Conferência: O destino do sábio Devo, hoje, falar do destino do sábio

No documento Johann G. Fichte (páginas 32-43)

Com este tema, acho-me numa situação particular. Todos vós, meus Senhores, ou pelo menos a maioria dentre vós, escolhestes as ciências como ocupação da vossa vida, e – como vós – também eu. Todos – pode admitir-se - aplicais toda a vossa força para, com honra, poder-des ser contados na ordem dos sábios; e eu fiz, e faço, a mesma coisa. Como sábio, e perante os que o começam a ser, falarei do destino do douto. Devo a este respeito fazer uma indagação séria, e se de tal for capaz, que a leve a bom termo; nada devo descurar na apresentação da verdade. E, se para esta classe descubro um destino muito honroso, muito sublime, com toda a clareza situada acima de todas as outras

or-dens, como poderia eu clarificá-la sem ofender a modéstia, desprezar as outras ordens e parecer cego pela vaidade? – Falo, porém, como fi-lósofo, a quem incumbe determinar com acuidade cada conceito. Que posso eu contra o facto de também este conceito existir justamente no sistema? Nada posso omitir da verdade reconhecida. Ela é sempre a verdade, e até a modéstia lhe está subordinada, e é uma falsa modéstia, onde ela age contra a verdade. Pesquisemos, pois, este objecto perma-necendo, primeiro, frios e como se ele não tivesse relação connosco; estudemo-lo como um conceito de um mundo que nos é inteiramente estranho. Apuremos tanto mais as nossas provas. Não esqueçamos o que tenciono apresentar a seu tempo com a mais forte insistência: que cada classe é necessária; que cada qual merece o nosso respeito; que não é a classe, mas o modo como se cumpre que honra o indivíduo, e que cada uma só é digna de honra na medida em que, por sua vez, mais se aproxima do perfeito cumprimento do seu papel; – que, justa-mente por este motivo, o sábio tem razões para ser o mais modesto de todos, porque lhe está assinalado uma meta da qual permanecerá sem-pre muito afastado, – porque deve alcançar um ideal muito elevado do qual, só a uma grande distância, dele habitualmente se acerca.

“Há no homem tendências e disposições várias, e o destino de cada indivíduo é cultivar todas as suas disposições apenas o mais que puder. Há nele, entre outros, o impulso para a sociedade; esta proporciona-lhe uma cultura nova e particular – a cultura social – e uma extraordinária facilidade da cultura em geral. Nada há, a este respeito, prescrito ao homem – queira ele cultivar todas as suas disposições conjuntamente e de imediato na natureza, ou queira cultivá-las com a mediação da soci-edade. A primeira [alternativa] é difícil e não faz progredir a sociedade; por isso, cada indivíduo tem razão em escolher para si um ramo deter-minado da instrução geral, em deixar os outros ramos aos membros da sociedade, e em esperar que eles lhe permitirão ter parte no benefício da formação deles, como ele os fez participar na sua; tal é a origem e o argumento legal da diferença das ordens na sociedade.”

divisão das diferentes ordens segundo conceitos puros da razão, que é justamente possível, deveria ter por fundamento uma enumeração exaustiva de todas as disposições e necessidades naturais do homem (não, decerto, das suas necessidades artificiais). – Uma classe parti-cular pode votar-se à cultura de cada disposição ou – o que é a mesma coisa – à satisfação de cada precisão natural que se baseia num impulso originariamente inscrito no homem. Reservamos esta inquirição para outra altura, a fim de empreender uma mais próxima de nós, na hora presente.

Se se levantasse a questão da perfeição ou da imperfeição de uma sociedade instituída segundo os princípios que acabámos de indicar – e cada sociedade institui-se, graças aos impulsos naturais do homem, sem qualquer guia e inteiramente por ela mesma, como se depreende da nossa investigação sobre a origem da sociedade – se, digo eu, se levan-tasse tal questão, seria preciso, para lhe responder, examinar primeiro a questão seguinte: em que sociedade determinada há a preocupação pelo desenvolvimento e pela satisfação de todas as necessidades, e so-bretudo do desenvolvimento e da satisfação uniforme de todas elas? Se com elas se preocupasse, a sociedade seria perfeita enquanto sociedade, isto é, não que ela alcançasse o seu fim, coisa impossível, segundo as nossas precedentes considerações; mas estaria de tal modo instituída que se aproximaria necessariamente, cada vez mais, desse objectivo; se não se preocupasse, poderia decerto, por um acaso feliz, progredir na senda da cultura, mas, com toda a certeza, não se poderia a tal respeito confiar; um acaso infeliz poderia também fazê-la regredir.

A preocupação por este desenvolvimento uniforme de todas as dis-posições do homem supõe, em primeiro lugar, o conhecimento do con-junto das suas disposições, a ciência de todos os seus impulsos e de todas as suas necessidades, o rastreio de todo o seu ser. Mas o conhe-cimento completo do homem inteiro baseia-se numa disposição que se deve desenvolver; é que existe no homem uma tendência para o saber, e para saber em particular o que lhe é necessário. Mas o desenvolvimento desta disposição exige todo o tempo e todas as forças de um homem; se

há uma necessidade comum que exige com insistência que uma classe particular se vote à sua satisfação é esta.

Ora o simples conhecimento das disposições e necessidades do ho-mem, sem a ciência de as desenvolver e satisfazer, não seria apenas um conhecimento extremamente triste e acabrunhante, seria ao mesmo tempo um conhecimento vazio e de todo inútil. – Age contra mim de um modo muito malévolo quem me mostra a minha deficiência sem, ao mesmo tempo, me revelar o meio de poder suprir essa minha carên-cia; quem me induz ao sentimento das minhas necessidades, sem me pôr na situação de as satisfazer. Teria feito melhor em deixar-me na minha ignorância animal! – Em suma, tal conhecimento não seria o conhecimento que a sociedade exigia e por causa da qual ela deveria ter uma classe particular, que estivesse na posse dos conhecimentos; com efeito, não intentaria o aperfeiçoamento da espécie e, graças a tal aperfeiçoamento, a sua união – como no entanto era seu dever. – A este conhecimento das necessidades deve, pois, estar ao mesmo tempo as-sociado o conhecimento dos meios necessários para a sua satisfação; e este conhecimento incumbe com razão à mesma classe, porque nenhum sem o outro pode ser perfeito e menos ainda tornar-se activo e vivo. O conhecimento do primeiro tipo funda-se em princípios puros da razão, e é filosófico; o do segundo tipo baseia-se em parte na experiência e é nesta medida filosófico-histórico (não simplesmente histórico); tenho, pois, de referir os fins que se podem reconhecer só filosoficamente aos objectos dados na experiência para poder julgar os últimos como meios de alcançar os primeiros). – Este conhecimento deve tornar-se útil à so-ciedade; por conseguinte, não basta a este respeito saber em geral que disposições o homem em si tem e por que meios as poderá desenvol-ver; semelhante conhecimento permaneceria ainda inteiramente estéril. Terei ainda de avançar mais um passo para garantir realmente a utili-dade desejada. Importa saber em que estádio definido da cultura, num instante preciso, se encontra a sociedade de que se é membro – que graus determinados, a partir deste, tem ela de subir e de que meios para tal se deve servir. Pode agora, a partir de princípios da razão, sob o

pressuposto de uma experiência em geral, antes de toda a experiência determinada, calcular-se o curso do género humano; podem, sem cor-rer risco, indicar-se os estádios singulares pelos quais ele tem de passar para, num estádio determinado, chegar à cultura; mas indicar o estádio em que efectivamente se encontra num instante preciso, é de todo im-possível a partir de simples princípios da razão; há que interrogar a este respeito a experiência; importa indagar os acontecimentos do mundo antecedente – mas com um olhar purificado pela filosofia; há que olhar à sua volta e observar os seus contemporâneos. Esta última parte do conhecimento necessário à sociedade é, pois, simplesmente histórico.

Os três tipos de conhecimento mencionados, unidos pelo pensa-mento – e fora desta união proporcionam apenas escassa utilidade – constituem o que se chama, ou pelo menos se deveria exclusivamente chamar, erudição, e quem devota a sua vida à aquisição de tal conheci-mento diz-se um sábio.

Cada um não deve, segundo os três tipos de conhecimento, abra-çar o inteiro âmbito do saber humano - seria quase sempre impossível e, justamente porque é impossível, o esforço seria infrutífero, e a vida inteira de um membro – que se poderia ter tornado útil à sociedade – dispender-se-ia sem proveito algum. Os indivíduos podem delimitar para si partes singulares daquele domínio; mas cada um deveria tra-balhar a sua parte, segundo três pontos de vista: filosófico, filosófico-histórico e simplesmente filosófico-histórico. – Esboço assim, só de modo provi-sório, o que noutra altura desenvolverei com maior extensão; a fim de, por agora, afirmar ao menos por meio do meu testemunho que o estudo de uma filosofia séria não torna supérflua a aquisição de conhecimen-tos empíricos, contanto que sejam sólidos, mas que ela expõe antes de modo convincente a sua indispensabilidade. – Ora a meta de todos os conhecimentos é a que foi acima indicada: zelar, por meio deles, que todas as disposições da humanidade se desenvolvam uniformemente, mas num contínuo progresso; e dali deriva, pois, a verdadeira vocação da ordem dos sábios: é a inspecção suprema do progresso efectivo do género humano em geral e o fomento incessante de tal progresso. –

Violento-me a mim próprio, meus senhores, para não deixar que a mi-nha emoção se arrebate perante a ideia sublime que agora é exposta: o caminho da fria indagação ainda não terminou. Mas deve indicar de passagem o que fariam exactamente os que procuram impedir o livre progresso das ciências. Digo: fariam; pois, como posso saber se há ou não pessoas assim? Do progresso das ciências depende imediatamente todo o progresso da humanidade. Quem trava um detém o outro. E quem o trava, que carácter tomará abertamente aos olhos da sua época e da posteridade? Pelas suas acções, que falam mais alto do que mil vozes, grita ao mundo e à posteridade de ouvidos ensurdecidos: pelo menos enquanto viver, os homens à minha volta não se tornarão mais sábios nem melhores; pois, no seu curso violento, também eu terei sido arrastado ao menos para algum domínio, não obstante toda a minha resistência; e é disso que tenho horror: não quero tornar-me mais es-clarecido ou mais nobre: a obscuridade e a corrupção são o meu ele-mento, e envidarei todas as minhas forças para não as deixar arrancar de mim.– A humanidade pode dispensar tudo; pode arrebatar-se-lhe tudo, sem amachucar a sua dignidade; mas não a possibilidade de se aperfeiçoar. Frios e mais astuciosos do que o ser hostil aos homens que a Bíblia nos pinta, estes misantropos reflectiram, calcularam e escolhe-ram, do fundo do abismo mais sagrado, o recinto onde poderiam ferir a humanidade para a espezinhar em germe – e encontraram tal meio. – A humanidade desvia-se indignada dos seus olhares. – Retornaremos à nossa inquirição.

A ciência é apenas um ramo da cultura humana; cada ramo desta deve crescer, se é verdade que todas as disposições da humanidade de-vem crescer em instrução; cabe, pois, ao sábio, e a cada homem, que escolheu uma ordem particular, esforçar-se por aumentar a ciência e, em especial, a parte da ciência que escolheu; é esse o seu dever, como também o de cada homem, na sua disciplina; é até para ele mais um dever do que para os outros. Deve velar pelos progressos das restan-tes classes, fazê-las avançar; e não gostaria ele próprio de progredir? Do seu progresso dependem os progressos da cultura humana em todos

os outros domínios; deve sempre preceder os outros para lhes abrir o caminho, para indagar esse caminho e dirigi-los por ele; e gostaria ele de ficar para trás? Deixaria então de ser o que deveria ser; e como de nenhum modo se tornaria outro, nada seria. – Não afirmo que todo o sá-bio deve fazer crescer efectivamente o seu domínio; e se não conseguir? Digo que se deve esforçar por fazê-lo crescer; não deve descansar nem pensar que já cumpriu assaz o seu dever, enquanto o não fez crescer. Enquanto vive, poderia, todavia, fazê-lo crescer sem cessar; se a morte o arrebata antes de ter alcançado o seu objectivo – pois bem, desligou-se dos desligou-seus deveres para com o mundo dos fenómenos, e regista-desligou-se a sua séria vontade como se a tivesse cumprido. Se a regra seguinte vale para todo o homem, vale sobretudo para o sábio: o sábio esqueça o que fez, desde o momento em que o fez, e que pense sem cessar apenas naquilo que ainda tem por fazer. Não avançou ainda muito quem não viu o seu campo alargar-se a cada passo que nele dá.

O sábio é, de modo muito particular, determinado para a sociedade: enquanto sábio, e mais do que qualquer outra classe, só existe graças à sociedade e para a sociedade; tem, pois, em particular, o dever de nele cultivar eminentemente e ao mais alto grau possível os talentos de soci-abilidade, a arte de receber e de comunicar. A arte de receber deve nele encontrar-se já sobremaneira desenvolvida, se, como convém, adquiriu os conhecimentos empíricos apropriados. Deve conhecer o que, na sua ciência, já antes dele existia: não pode tê-lo aprendido sem ensino – seja o ensino oral ou livresco – nem tê-lo extraído por reflexão apenas dos princípios da razão. Mas deve conservar a arte de receber por um estudo prolongado com continuidade; deve abster-se do que muitas ve-zes acontece, e às veve-zes a pensadores eminentemente independentes, isto é, ser hermeticamente fechado perante as opiniões dos outros e da sua maneira de as apresentar; porque ninguém é instruído ao ponto de não poder prolongar sem cessar os estudos, e não tenha às vezes de aprender ainda algo de muito necessário; é raro que alguém seja assaz ignorante para que não deva poder dizer, inclusive ao mais sábio, algo que este não conhece.

Quanto à arte de comunicar, o sábio carece sempre dela; pois não possui o seu conhecimento para si mesmo, mas antes para a sociedade. Deve, desde a juventude, exercer tal arte, deve mantê-la em perpétua actividade – por que meios, indagaremos na altura própria.

O conhecimento que adquiriu para a sociedade deve ele agora aplicá-lo realmente em prol da sociedade; deve levar os homens ao sentimento das suas verdadeiras necessidades e fazer-lhes conhecer os meios de as satisfazer. Não quer isto dizer que se deva empenhar com eles nas profundas inquirições que teve de empreender sozinho para encontrar algo certo e seguro. Tentaria então fazer de todos os homens tão gran-des sábios como só ele pode ser – o que é impossível e inoportuno. As outras tarefas devem também ser cumpridas; e é para elas que há outras classes; e se estas houvessem de consagrar o seu tempo às pes-quisas sábias, requerer-se-ia também que os sábios depressa deixassem de ser sábios. Mas como deve e pode ele propagar os seus conheci-mentos? A sociedade não poderia existir sem confiança na honestidade e na habilidade dos outros, e esta confiança está, pois, profundamente arreigada no nosso coração; graças a um benefício particular da natu-reza, só temos esta confiança num grau muito elevado onde sentimos a mais premente necessidade da honestidade e da habilidade de outrem. – Além disso, há em todos os homens um sentimento do verdadeiro que, decerto, não chega só por si, mas que deve ser analisado, posto à prova e purificado; e tal é justamente a tarefa do sábio. Para quem não é sábio, este sentimento não chegaria para o encaminhar para todas as verdades de que poderia ter necessidade; mas com a única condição de, por outro lado, não ter sido falsificado de um modo bastante artificial – e é o que muitas vezes sucede, graças a pessoas que passam por sábios - este sentimento bastará sempre ao homem para reconhecer a verdade pela verdade, mesmo sem profundas bases, se outrem para ela o guia. O sábio pode igualmente confiar no sentimento da verdade. – Assim o sábio, cujo conceito até aqui analisámos, tem por destino ser o mestre da humanidade.

as suas necessidades e os meios de as satisfazer: deve, em particular, orientá-los em cada época e em cada lugar acerca das necessidades que surgem justamente no interior destas esferas determinadas, e a propó-sito dos meios determinados de alcançar os fins agora propostos. Não olha só para o presente, vê também o futuro; não encara só o ponto de vista actual, vê igualmente em que direcção importa que, doravante, a humanidade avance, se é que ela deve permanecer no caminho que a leva à sua derradeira meta, e não se desviar dele, ou então, dele se afastar. Não pode exigir que ela seja arrastada até ao ponto que porven-tura ofusca os seus olhos; ela não pode saltar o seu caminho: o sábio deve somente zelar que ela persista e não recue; o sábio é, deste ponto de vista, o educador da humanidade. – Advirto expressamente a este respeito que o sábio, neste afazer como em todas as suas outras tare-fas, se encontra sujeito à jurisdição da lei moral e ao acordo consigo mesmo por ela prescrito. Ele influencia a sociedade; esta funda-se no conceito de liberdade; é livre, e também cada membro seu; e o sábio não pode lidar com ela a não ser por meios morais. O sábio não deve cair na tentação de levar os homens a admitir as suas convicções me-diante o constrangimento, pelo uso da força física; contra esta loucura não deveria, contudo, no nosso século, perder-se mais palavra alguma; mas o sábio não deve iludir os homens. Descontando que ele comete assim uma ofensa contra si próprio, e que os deveres do homem seriam em cada caso mais elevados do que os deveres do sábio; comete, deste modo, ao mesmo tempo uma ofensa contra a sociedade. Cada indi-víduo deve, nesta, agir por livre escolha e por uma convicção que ele mesmo julgou suficiente; deve poder considerar-se a si mesmo como fim em cada uma das suas acções, e ser considerado como tal por cada membro. Quem é enganado é tratado como simples meio.

O fim último de cada ser humano singular, e também de toda a sociedade, por conseguinte, também de todos os trabalhos do sábio re-lativamente à sociedade, é o enobrecimento moral do homem inteiro. O dever do sábio consiste em edificar sempre este fim último e em tê-lo diante dos olhos em tudo o que ele faz na sociedade. Mas quem não

for um homem bom jamais pode trabalhar com felicidade no enobreci-mento moral. Não ensinamos apenas por meio de palavras; ensinamos ainda, e muito mais profundamente, através do nosso exemplo; e todo aquele que vive na sociedade deve-lhe um bom exemplo, porque a força do exemplo brota primeiro da nossa vida na sociedade. Quanto maior não é esta obrigação do sábio, que se deve avantajar à das restantes or-dens em todas as partes da cultura! Se ele fica atrás aquilo que é mais importante e mais elevado, naquilo que toda a cultura intenta, como po-derá ele ser um modelo que, todavia, deve ser? E como popo-derá pensar que os outros seguirão os seus ensinamentos que, aos olhos de todos, ele contradiz em cada acção da sua vida? (As palavras que o fundador da religião cristã dirigiu aos seus discípulos valem, de modo particular, para o sábio: Sois o sal da terra; se o sal perde a sua força, com que se salgará ela? Se o escol dos homens está corrompido, onde se deverá ir buscar ainda o bem moral?) – Por isso, considerado neste último ponto de vista, o sábio deve ser um homem do mais elevado valor moral da sua época, deve apresentar em si o grau mais alto da formação moral possível até ele.

Tal é, meus Senhores, a nossa determinação comum, o nosso co-mum destino. é um destino feliz estar, graças à sua vocação particular,

No documento Johann G. Fichte (páginas 32-43)

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