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3.2. Descrição das etapas metodológicas

3.2.4. Quarta Etapa Medição de Transparência das Árvores através da

3.2.4.1 Medidas de Luminância do conjunto de árvores i) Materiais

Para esta etapa foi desenvolvido um aparato composto de um tubo plástico de PVC rígido para instalação telefônica, de cor preta fosca, com diâmetro interno de 100 mm. Este tubo foi fixado em um apoio metálico que possibilita movimentos de rotação verticais e horizontais quando fixado a um tripé topográfico. Em sua extremidade foi associado um tampão de PVC para esgoto, pintado na cor preta fosca, no centro do qual foi efetuada uma abertura circular de diâmetro idêntico à dimensão do sensor do luxímetro Dois dos aparatos indicados na figura 3.9, eram posicionados anterior e posterior à árvore e os valores de luminância da árvore e da abóbada celeste foram lidos simultaneamente com dois luxímetros, em três posições no eixo vertical da árvore, mantendo-se a altura e o azimute para cada uma.

Apresentam-se, na figura 3. 11, os equipamentos para medição da luminância das árvores: o aparato construído, a bússola, o clinômetro, os luxímetros e a trena. Apenas o aparato de diâmetro de lOOmm foi utilizado, pois tem ângulo sólido de abertura maior, por isso é mais indicado que o outro, em função das dimensões e do espaçamento entre as árvores.

As medidas de ângulos da inclinação foram tomadas por um clinômetro manual, que também possibilitava o nivelamento do tripé. As medidas azimutais se procederam com uma bússola manual, ambos da marca ZEISS. O aparato possui uma abertura com ângulo de 19,56°.

ii) Métodos

Como tentativa de obter um índice de transparência das árvores dos blocos E34 e E46 foram efetuadas medidas em três tipos de árvores. Flamboyant, Sibipiruna, Ipê Amarelo. Essas medições ocorreram nos solstícios de verão e inverno, sem considerar o controle da nebulosidade que pode causar a reflexão das folhas indicando vazios ( cor branca) nas fotografias. Controlou-se apenas a altura solar nessas efemérides astronômicas.

Durante 12 meses consecutivos, foram medidas as transparências de 4 exemplares de árvores em dias com nebulosidade próxima de 10 décimos de céu. Para os resultados assim obtidos, foi feita uma média aritmética para se obter a transparência mensal de cada árvore, individualmente, para cada exemplar.. As medidas foram tomadas em condições reais de nebulosidade variável, em três alturas visando para a abóbada celeste e para a árvore simultaneamente, com 3 fotografias de alto contraste, em preto e branco, para cada medição. Este procedimento foi efetuado para as estações climáticas de verão e inverno. As datas de medição foram próximas dos solstícios de verão e inverno.

3.2.4.2 Tratamento Computacional das imagens das árvores i) Materiais

Para a documentação fotográfica do hemisfério vertical das edificações, visando definir a densidade de obstrução das árvores, como no caso anterior, foi utilizada uma câmera fotográfica CANON com associação de lentes para fotos hemisféricas:

• Lente AUBELL SUPER WIDER “semi fish-eye ” de procedência japonesa; • Lente CANON LENS FD, 28 mm, 1:2.8.

O filme utilizado foi o TMAX 100 KODAK e o papel para revelação KODABROME PRINT RC F3 18 x 24 cm.

As revelações foram feitas com alto contraste, e posteriormente para inserir no corpo desta tese utilizou-se um “scanner ” com resolução de 300 dpi.

O tratamento de imagens foi executado com o auxílio dos “softwares” ADOBE e IMAGO do LMPT/UFSC.

ii) Métodos

As imagens obtidas foram digitalizadas com resolução de 300 dpi, com três alturas, para as quais se obteve um resultado a ser comparado com o valor medido experimentalmente. A intenção foi de obter-se um valor médio para cada espécime arbóreo monitorado. Porém, a influência da nebulosidade variável, da altura e azimute solares, além de não haver um referencial métrico ou angular nas fotografias induziram a uma pequena dispersão dos resultados. Esta dispersão pode ser creditada com maior peso à variabilidade do clima do que ao método e ao aparato de medição, pois quando tais variáveis foram controladas os resultados apresentaram-se consistentes.

Os valores de transparência de um exemplar de cada espécie analisada, foram obtidos, por medição no local, conforme recomendação do exame de qualificação. As medições iniciaram-se em outubro de 1996, e estenderam-se até setembro de 1997.

As distâncias, os azimutes e os ângulos de inclinação, do aparato descrito anteriormente e apresentado na Figura 3.11, foram mantidos constantes em todas as medições, com valores diferentes para cada exemplar. Todas as medições foram feitas com céu completamente nublado, com valores de 9 a 10 décimos de céu.

Desta forma, os dias e horários das medições variam durante os 12 meses consecutivos de medição, e conseqüentemente, as coordenadas de posição do sol.

As datas e horários de medição foram: 05/10/96 (12 TMG); 02/11/96 (12 TMG); 28/12/96 (18 TMG); 21/01/97 (18 TMG); 14/02/97 (18 TMG); 31/03/97 (12 TMG); 17/04/97 (12 TMG); 14/05/97 (12 TMG); 03/06/97 (18 TMG); 01/07/97(18 TMG); 04/08/97 (12 TMG); 03/09/97 (12 TMG).

Os exemplares escolhidos para monitoração mensal foram. Ipê Roxo 2, na face NW do bloco E34; Sibipiruna 11, na face SE do bloco E34; Flamboyant 11, na face W do bloco E46 e Ipê Amarelo 2, na face do bloco E46.

Para avaliar a incerteza da medição foram repetidas três medições nos meses de outubro, novembro e dezembro de 1997, cujos resultados foram confrontados com os dos respectivos meses de 1996.

No período das medições térmicas de verão não foi possível realizar as medições lumínicas por falta de aparelhagem. Estas medições foram realizadas posteriormente nos meses de Novembro/95 a Janeiro/96.

No período de inverno elas foram realizadas simultaneamente com as medições térmicas.

3.2.5. Quinta Etapa - Simulação Paramétrica com o “software” visual DOE