• Nenhum resultado encontrado

O governante de um pequeno país, preocupado com as finanças públicas, decide pesquisar uma nova espécie de orçamento para adotá-la em sua administração. Ele entende que a espécie de orçamento ideal é aquela que justifica anualmente cada uma das despesas, enfatizando as necessidades do momento. Sendo assim, a espécie de orçamento adequada às necessidades desse país é o

A) base zero.

B) tradicional.

C) legislativo.

D) autorizativo.

E) típico.

Comentários:

Hum!

Que espécie de orçamento é essa que justifica anualmente cada uma das despesas?

Essa foi uma dica muito forte que a banca lhe deu para resolver a questão.

Então vejamos as alternativas:

a) Correta. Sim! No Orçamento Base Zero (OBZ), o gestor precisa justificar cada despesa que planeja realizar, cada dotação solicitada em seu orçamento, nos mínimos detalhes. Todos os anos, é necessário provar as necessidades de orçamento (as necessidades do momento, como afirmou a questão), comparando e competindo com outras prioridades e projetos.

É assim porque no OBZ, toda despesa é considerada despesa nova. A cada ano é feita uma análise crítica de todas as despesas. É como se todo ano um novo orçamento fosse elaborado partindo-se do “zero”. Por isso que o nome é “orçamento base-zero”!

b) Errada. O orçamento tradicional (ou orçamento clássico) é um mero instrumento contábil: um pedaço de papel que prevê receitas e fixa despesas. Não tem essa de justificar anualmente cada uma das despesas.

c) Errada. “Legislativo”, na verdade, é um tipo de orçamento, e não uma espécie de orçamento (segundo a nomenclatura que adotamos). De qualquer forma, o orçamento legislativo é aquele no qual o Poder Legislativo faz quase tudo! Ele só não faz a execução, que fica a cargo do Poder Executivo. Isso não tem nada a ver com o que a questão perguntou.

d) Errada. “Autorizativo” também não é uma espécie de orçamento. No orçamento autorizativo, a Administração Pública está autorizada, e não obrigada, a realizar aquilo que está no orçamento. O orçamento público simplesmente autoriza a Administração Pública a executar as despesas ali fixadas. E isso também não tem nada a ver com o que a questão pediu.

e) Errada. Típico? Esse a gente não viu, porque ele não existe! Existe o orçamento clássico ou tradicional, mas típico não!

Gabarito: A

3.

FGV – Câmara de Salvador-BA – Analista legislativo – 2018

Um dos modelos orçamentários difundidos a partir da aplicação da lógica empresarial no setor público tem como base para elaboração do orçamento atual a não vinculação com os montantes de despesa ou nível de atividade do exercício anterior. Embora de difícil operacionalização, o modelo propicia reavaliações constantes das alocações de recursos.

Esse modelo orçamentário é denominado orçamento:

A) programa;

B) base-zero;

C) incremental;

D) operacional;

E) com teto móvel.

Comentários:

O modelo orçamentário (utilizando a linguagem da banca) que estamos buscando se caracteriza pela:

•Legislativo

•Executivo

•Legislativo

•Legislativo

Controle Elaboração

Discussão e votação Execução

• não vinculação com os montantes de despesa ou nível de atividade do exercício anterior;

• difícil operacionalização;

• reavaliações constantes das alocações de recursos.

Que modelo é esse?

SIM! O Orçamento Base Zero (OBZ)!

Você lembra do orçamento incremental? Aquele que vive de passado... Lembra que a filosofia dele é melhorar o que foi feito no exercício anterior, porque “sempre foi assim e continuará sendo assim, só que melhor”?

Pois é... o Orçamento Base-Zero (OBZ) é justamente o contrário disso! A filosofia do orçamento base-zero é romper com o passado! Por isso, aqui não há vinculação com os montantes de despesa ou nível de atividade do exercício anterior.

No OBZ, não há direito adquirido. Isso significa que toda despesa é considerada despesa nova. A cada ano é feita uma análise crítica de todas as despesas. O gestor precisa justificar cada despesa que planeja realizar, cada dotação solicitada em seu orçamento, nos mínimos detalhes. Ou seja: temos constantes reavaliações das alocações de recursos.

E você acha que isso é fácil de fazer?

É nada! Dá um trabalhão!

Por isso que o OBZ é de difícil operacionalização. Aqui a elaboração do orçamento torna-se difícil, trabalhosa, lenta e muito cara!

Gabarito: B

4.

FGV –ALERJ – Especialista legislativo – 2017

O orçamento surgiu no setor público como instrumento de controle. A consolidação da democracia e o crescimento das atribuições do Estado criaram a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários condizentes com as necessidades da Administração Pública.

Um elemento que caracteriza a concepção moderna de orçamento público é:

A) ausência de integração entre planejamento e orçamento;

B) ênfase na redução dos gastos públicos;

C) influência da lógica empresarial;

D) neutralidade das finanças públicas;

E) papel secundário do aspecto econômico.

Comentários:

Vamos lá. Estamos procurando por algo relacionado a “concepção moderna de orçamento público”.

a) Errada. A ausência de integração entre planejamento e orçamento é uma caraterística, por exemplo, do orçamento clássico (ou tradicional). A concepção moderna de orçamento público preceitua justamente o contrário: a existência de integração entre planejamento e orçamento.

b) Errada. Essa também é uma característica do orçamento clássico, cuja ênfase é no gasto.

c) Correta. Agora sim! Integração entre planejamento e orçamento com certeza é uma característica do orçamento moderno! No início, não havia integração nenhuma: o orçamento público era um mero instrumento de controle. Com o passar dos anos, houve a necessidade de desenvolvimento de modelos orçamentários condizentes com as necessidades da Administração Pública, modelos que aumentassem as chances de alcance dos objetivos. E é aí que entra a integração entre o planejamento e orçamento.

d) Errada. Essa também era uma característica do orçamento tradicional.

e) Errada. De novo: orçamento tradicional. E para finalizar, vamos transcrever um trecho da obra de James Giacomoni, que deve ter servido de inspiração para a questão

“No orçamento tradicional, o aspecto econômico tinha posição secundária. As finanças públicas caracterizavam-se por sua “neutralidade”: o equilíbrio financeiro impunha-se naturalmente e o volume do gasto público não chegava a pesar significativamente em termos econômicos. Os tratadistas clássicos preferiam analisar questões ligadas à tributação e seus efeitos, considerando a despesa pública como um mal necessário.”

Gabarito: C

5.

FGV –ALERJ – Procurador – 2017

A Emenda Constitucional nº 86/2015 (que torna obrigatória a execução de emendas individuais ao projeto de lei orçamentária no limite de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Executivo, sendo que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde), veio a consagrar, ainda que parcialmente, aquilo que em sede doutrinária convenciona-se denominar orçamento:

A) facultativo;

B) discricionário;

C) impositivo;

D) autorizativo;

E) formal.

Comentários:

No orçamento impositivo, a Administração está obrigada a realizar o que está no orçamento. O orçamento deve ser executado integralmente pelo Executivo, salvo nos casos de impedimentos de ordem técnica.

O orçamento público brasileiro é autorizativo, mas possui traços de orçamento impositivo. E nossos traços de orçamento impositivo foram inseridos na Constituição Federal pelas Emendas Constitucionais (EC) 86/15, 100/19, 102/19 e 105/19.

Gabarito: C

6.

FGV –MRE – Oficial de chancelaria – 2016

O modelo orçamentário vigente para as entidades públicas brasileiras é o denominado Orçamento-Programa.

De acordo com esse modelo:

A) a alocação de recursos visa à aquisição de meios;

B) a elaboração do orçamento tem caráter incremental;

C) as ações governamentais não devem impactar a economia;

D) o controle visa a avaliar a eficiência das ações governamentais;

E) o principal critério de classificação da despesa é por elemento.

Comentários:

Questão sobre o orçamento-programa. Então vejamos o nosso esquema para nos recordar das principais características desse modelo orçamentário:

Ok! Agora vamos para as alternativas:

a) Errada. É no orçamento tradicional (ou clássico) que a alocação de recursos visa à aquisição de meios. A ênfase desse modelo orçamentário é nos meios (o que se compra), e não nos resultados. Não é à toa que o orçamento tradicional ganhou o rótulo de “Lei de Meios”.

b) Errada. A elaboração do orçamento-programa (da concepção do orçamento moderno) não tem caráter incremental. Quem tem caráter incremental é o orçamento tradicional (ou clássico). É o tal do incrementalismo ou orçamento incremental.

“E o que é mesmo esse negócio de ‘incrementalismo’, professor”?

Orçamento-programa

integração entre planejamento e

orçamento objetivos, metas e

indicadores classificações funcional

e programática ênfase nos aspectos administrativos e de

planejamento controle de eficácia, eficiência e efetividade

É só pegar o orçamento anterior, aplicar um aumento percentual e pronto: o orçamento do ano seguinte está feito! Simples assim!

c) Errada. As ações governamentais não devem impactar a economia? Como assim? Na concepção moderna, o orçamento público é um importante instrumento de planejamento das ações governamentais. E mais: o orçamento é um importante instrumento de intervenção do Estado na economia.

O orçamento-programa consiste na interligação entre o planejamento e o orçamento por meio de programas de governo. E um programa é justamente instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos.

Além disso, era o no orçamento tradicional que o aspecto econômico tinha posição secundária e as finanças públicas caracterizavam-se por sua “neutralidade”.

d) Correta. Enquanto 0 controle no orçamento tradicional visa avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento, o controle no orçamento-programa visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais.

e) Errada. Novamente: esse é o orçamento tradicional. No orçamento-programa o principal critério de classificação da despesa é o funcional-programático.

Gabarito: D

7.

FGV – TJ-PI– Analista judiciário – 2015

Sob influência das práticas orçamentárias desenvolvidas nos Estados Unidos a partir do século XX, a concepção moderna do orçamento público tem como objetivo:

A) aperfeiçoar sua eficácia como forma de controle político;

B) direcionar seu uso como instrumento de administração;

C) evitar ao máximo a expansão dos gastos públicos;

D) fortalecer a eficácia do caráter jurídico do orçamento;

E) reduzir o impacto dos gastos governamentais na economia.

Comentários:

Hoje, o orçamento é um moderno instrumento da Administração Pública, que integra o planejamento ao orçamento e ajuda o governo a atingir resultados. Em sua nova concepção, o orçamento é algo mais que uma simples previsão da receita ou estimativa de despesa. O orçamento é, ao mesmo tempo, um relatório, uma estimativa e uma proposta.

LOA 2019 10% LOA 2020

Já deu pra matar a questão?

Então, vejamos:

a) Errada. De acordo com James Giacomoni, a principal função do orçamento tradicional era a de controle político, possibilitando aos órgãos de representação um controle político sobre os Executivos. Era um controle simples: somente da legalidade e honestidade do gestor público.

b) Correta. Como dissemos: o orçamento moderno é visto como um instrumento da Administração Pública. É no orçamento que a Administração planeja, executa e controla seus objetivos, suas realizações. E, de acordo com o autor supracitado, a função principal do orçamento moderno é a de servir de instrumento de administração.

c) Errada. Não, não. Esse não é o objetivo do orçamento-programa. Menores gastos públicos não implicam diretamente equilíbrio nas contas públicas e melhor qualidade de vida para a população. O orçamento-programa consiste em um método de orçamentação por meio do qual as despesas públicas são fixadas a partir da identificação das necessidades públicas sob a responsabilidade de um certo nível de governo e da sua organização segundo níveis de prioridades e estruturas apropriadas de classificação da programação.

d) Errada. Quem tem caráter jurídico muito forte (e aspecto econômico secundário) é o orçamento tradicional.

e) Errada. Na concepção moderna, o orçamento público é um importante instrumento de planejamento das ações governamentais. E mais: o orçamento é um importante instrumento de intervenção do Estado na economia. É no orçamento tradicional que as finanças públicas são caracterizadas pela sua “neutralidade”.

Gabarito: B

8.

FGV – TJ-RO – Administrador– 2015

Os conceitos de orçamento tradicional e orçamento moderno não são modelos definidos, mas concepções extremas a partir das quais os modelos e técnicas orçamentárias são elaborados. Uma das características da concepção tradicional do orçamento público é:

A) a alocação de recursos com vistas à aquisição de meios;

B) a existência de associação entre orçamento e planejamento;

C) a preponderância do aspecto econômico, que reflete a intervenção do Estado;

D) a utilização do orçamento como instrumento de administração;

E) o controle com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

Comentários:

Existe uma classificação simples, mas útil, que divide a história da evolução conceitual e técnica do orçamento público em dois períodos: tradicional e moderno. Eles são caracterizações ideais das situações extremas dessa evolução.

Essa é uma boa questão para consultarmos novamente a nossa tabela comparativa:

Orçamento tradicional Orçamento-programa

Desvinculação entre planejamento e orçamento Integração entre planejamento e orçamento Meios (o que se compra) Objetivos e metas (resultados) Classificação por unidades administrativas Classificações funcional e programática Controle de legalidade e honestidade do gestor

público

Controle da eficácia, eficiência e efetividade

Não há medição do trabalho e sistemas de acompanhamento dos resultados

Indicadores, medição do trabalho e avaliação de resultados

Estrutura dá ênfase aos aspectos contábeis (“mero instrumento contábil”)

Estrutura dá ênfase aos aspectos administrativos e de planejamento São consideradas as necessidades financeiras

das unidades organizacionais

São considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício Decisões tomadas com base nas necessidades

das unidades organizacionais

Decisões tomadas com base em avaliações e análises técnicas das alternativas possíveis Muito bem! Agora vamos às alternativas. Estamos buscando aquele que se refere ao orçamento tradicional!

a) Correta. É no orçamento tradicional (ou clássico) que a alocação de recursos visa à aquisição de meios.

Não é à toa que o orçamento tradicional ganhou o apelido de “Lei de Meios”.

b) Errada. É no orçamento-programa que temos a integração entre planejamento e orçamento.

c) Errada. Esse é Orçamento-programa. No orçamento tradicional, as finanças públicas são caracterizadas pela sua “neutralidade” e o aspecto econômico desempenha um papel secundário, pois o que predomina é o aspecto jurídico do orçamento.

d) Errada. O orçamento-programa é, de fato, um instrumento de administração: essa é sua principal função. A principal função do orçamento tradicional era o controle político.

e) Errada. Enquanto 0 controle no orçamento tradicional visa avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento, o controle no orçamento-programa visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais.

Tradicional Moderno

Gabarito: A

9.

FGV – DPE-RO – Analista da Deferensoria Pública – 2015

Uma característica do orçamento-programa, que se baseia em uma concepção moderna de orçamento, que o diferencia das práticas orçamentárias tradicionais é o(a):

A) ênfase na função de controle;

B) ênfase no aspecto jurídico do orçamento;

C) foco nos insumos;

D) posição secundária do aspecto econômico;

E) vinculação entre orçamento e planejamento.

Comentários:

O orçamento-programa está intimamente ligado ao planejamento. Ele é, verdadeiramente, um instrumento de planejamento da ação do governo. Aqui, sim, temos vinculação entre planejamento e orçamento, um elo entre planejamento, orçamento e gestão (e era justamente isso que faltava às técnicas orçamentárias anteriores).

Então qual é uma característica bem marcante do orçamento-programa?

A vinculação entre orçamento e planejamento!

Encontramos nosso gabarito na alternativa E. Todas as outras trazem características do orçamento tradicional.

Gabarito: E

10.

FGV – INEA-RJ –Técnico administrativo – 2013

As alternativas a seguir apresentam elementos essenciais do orçamento programa, à exceção de uma. Assinale-a.

A) Os objetivos e os propósitos perseguidos pela instituição.

B) Os programas para concretização dos objetivos.

C) Os custos dos programas para a obtenção dos resultados.

D) As medidas de desempenho para as realizações dos programas E) As realizações passadas como base dos orçamentos futuros.

Comentários:

Quais são os elementos essenciais do orçamento-programa? De acordo com James Giacomoni, são esses aqui:

• Os objetivos e propósitos perseguidos pela instituição;

• Os programas: instrumentos de integração dos esforços governamentais no sentido da concretização dos objetivos;

• Os custos dos programas, mensurados pela identificação dos meios e insumos necessários para a obtenção de resultados;

• As medidas de desempenho (indicadores), a fim de medir as realizações e os esforços despendidos na execução dos programas.

Agora você nos diz qual é o gabarito. Vai!

É a alternativa E! No orçamento-programa, as realizações passadas não servem como base para orçamentos futuros. Quem tem caráter incremental é o orçamento tradicional (rimou! ).

Gabarito: E

Documentos relacionados