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1. (FCC – SEFAZ/BA – 2019)

Lindomar é agente público e foi condenado à pena de reclusão de quatro anos pela prática de tortura. De acordo com a Lei federal nº 9.455/1997, que define os crimes de tortura e dá outras providências, a condenação de Lindomar acarretará a

Alternativas

a) suspensão do seu cargo, função ou emprego público por dois anos.

b) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício por quatro anos.

c) suspensão do seu cargo, função ou emprego público por quatro anos.

d) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício por oito anos.

e) perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição permanente para seu exercício.

RESOLUÇÃO:

A prática de tortura resulta na perda do cargo, função ou emprego público, bem como na interdição para o seu exercício pelo dobro da pena aplicada:

Art. 1º (...) § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

Lindomar, condenado a 4 anos de reclusão pela prática de tortura, perderá o seu cargo e ficará interditado para exercê-lo por 8 anos, dobro do prazo da pena aplicada.

Resposta: D

2. (FCC – FCRIA/AP – 2018) Constitui crime de tortura Alternativas

a) privar a liberdade de alguém durante a ação de subtrair seu patrimônio mediante grave ameaça.

b) constranger alguém com emprego de violência, causando-lhe sofrimento físico em razão de discriminação racial.

c) praticar o tráfico de pessoas com o fim de exploração sexual de adolescente em outro país.

d) privar alguém de sua liberdade mediante cárcere privado sem contato com seus familiares.

e) reduzir alguém a condição análoga à de escravo submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva.

RESOLUÇÃO:

Devemos sempre analisar o dolo do agente, ao analisarmos as condutas.

a) INCORRETA. A conduta descrita não constitui crime de tortura, pois o dolo do agente é subtrair o patrimônio da vítima por meio de grave ameaça, o que constituiria, em tese, um crime contra o patrimônio.

b) CORRETA. Trata-se da chamada tortura-discriminação:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

c) INCORRETA. Trata-se do crime previsto no art. 149-A do Código Penal.

d) INCORRETA. Trata-se do crime de cárcere privado, do art. 148 do Código Penal

e) INCORRETA. Não há elementos na conduta que evidenciem a prática do crime de tortura.

Resposta: B

3. (FCC – DPE/RS – 2014)

Sobre a Lei nº 9.455/97 (Crimes de Tortura), é correto afirmar que Alternativas

a) se a vítima da tortura for criança, a Lei nº 9.455/97 deve ser afastada para incidência do tipo penal específico de tortura previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 233 do ECA).

b) há previsão legal de crime por omissão.

c) é inviável a suspensão condicional do processo para qualquer das modalidades típicas previstas na lei.

d) o regramento impõe, para todos os tipos penais que prevê, que o condenado inicie o cumprimento da pena em regime fechado.

e) há vedação expressa, no corpo da lei, de aplicação do sursis para os condenados por tortura.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. O art. 233 do ECA foi revogado pela Lei nº 9.455/97, que abrange a prática de tortura contra crianças e adolescentes.

b) CORRETA. O sujeito que tinha o dever de evitar ou apurar a prática de tortura, mas se omite, responderá pelo crime de omissão em tortura da Lei nº 9.455/97:

Art. 1º (...) § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

c) INCORRETA. A pena para o crime de omissão em tortura é de de 1 a 4 anos de detenção, cabendo a suspensão condicional do processo:

Lei 9.099/95. Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal)

d) INCORRETA. Em regra, o condenado por crime de tortura iniciará o cumprimento da pena no regime fechado, exceto no caso de condenação pelo crime de omissão em tortura:

Art. 1º (...) § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

e) INCORRETA. Não encontramos, na Lei de Tortura, vedação à aplicação do sursis para os condenados por tortura!

Resposta: B

4. (FCC – DPE/PB – 2014) Com relação à tortura, cabe afirmar:

Alternativas

a) Genericamente trata-se de crime próprio.

b) Não está tipificada distintamente a conduta cometida com finalidade puramente discriminatória.

c) Na versão especificamente omissiva, trata-se de cri- me comum.

d) Trata-se de crime insuscetível de graça, porém não de anistia.

e) Pode ser aplicada a lei brasileira ao crime praticado por brasileiro no estrangeiro.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. De forma geral, qualquer agente pode cometer o crime de tortura, sendo considerado crime comum. Apenas algumas modalidades são crimes próprios, como é o caso do crime de tortura-castigo.

b) INCORRETA. A tortura discriminatória com finalidade puramente discriminatória está tipificada de forma específica, distinta das outras modalidades.

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

c) INCORRETA. Na versão especificamente omissiva, trata-se de crime próprio, que é cometido por aquele que se omite, quando tinha o dever de evitar a prática de tortura ou de apurá-la.

Art. 1º (...) § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

d) INCORRETA. Trata-se de crime insuscetível de graça ou de anistia.

Art. 6º (...) § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

e) CORRETA. De fato, a Lei de Tortura nos apresenta uma hipótese que será aplicada ao crime praticado por brasileiro no estrangeiro.

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

Resposta: E

5. (FCC – SJDHDS/BA – 2010)

NÃO constitui causa de aumento da pena prevista para o crime de tortura ser este cometido Alternativas

a) contra portador de deficiência e adolescente.

b) contra criança, gestante e maior de sessenta anos.

c) mediante sequestro.

d) por agente público.

e) contra pessoa sob custódia do Estado.

RESOLUÇÃO:

Dentre as hipóteses apresentadas, a única que não aumenta a pena do crime de tortura é a da alternativa ‘e’ – cometido contra pessoa sob custódia do Estado.

Art. 1º (...) 4º Aumenta-se a pena de UM SEXTO ATÉ UM TERÇO:

I - se o crime é cometido por agente público;

II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;

III - se o crime é cometido mediante sequestro.

Resposta: E

6. (FGV – OAB/XXX – 2019)

Zélia, professora de determinada escola particular, no dia 12 de setembro de 2019, presencia, em via pública, o momento em que Luiz, nascido em 20 de dezembro de 2012, adota comportamento extremamente mal-educado e pega brinquedos de outras crianças que estavam no local.

Insatisfeita com a omissão da mãe da criança, sentindo-se na obrigação de intervir por ser professora, mesmo sem conhecer Luiz anteriormente, Zélia passa a, mediante grave ameaça, desferir golpes com um pedaço de madeira na mão de Luiz, como forma de lhe aplicar castigo pessoal, causando-lhe intenso sofrimento físico e mental.

Descobertos os fatos, foi instaurado inquérito policial. Nele, Zélia foi indiciada pelo crime de tortura com a causa de aumento em razão da idade da vítima. Após a instrução, confirmada a integralidade dos fatos, a ré foi condenada nos termos da denúncia, reconhecendo o magistrado, ainda, a presença da agravante em razão da idade de Luiz.

Considerando apenas as informações expostas, a defesa técnica de Zélia, no momento da apresentação da apelação, poderá, sob o ponto de vista técnico, requerer

a) a absolvição de Zélia do crime imputado, pelo fato de sua conduta não se adequar à figura típica do crime de tortura.

b) a absolvição de Zélia do delito de tortura, com fundamento na causa de exclusão da ilicitude do exercício regular do direito, em que pese a conduta seja formalmente típica em relação ao crime imputado.

c) o afastamento da causa de aumento de pena em razão da idade da vítima, restando apenas a agravante com o mesmo fundamento, apesar de não ser possível pugnar pela absolvição em relação ao crime de tortura.

d) o afastamento da agravante em razão da idade da vítima, sob pena de configurar bis in idem, já que não é possível requerer a absolvição do crime de tortura majorada.

RESOLUÇÃO:

Lendo de forma apressada o enunciado, poderíamos nos confundir e concluir que Zélia responderia pela prática do crime de tortura-castigo, previsto no art. 1º, II:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Contudo, leia novamente:

Insatisfeita com a omissão da mãe da criança, sentindo-se na obrigação de intervir por ser professora, mesmo sem conhecer Luiz anteriormente, Zélia passa a, mediante grave ameaça, desferir golpes com um pedaço de madeira na mão de Luiz, como forma de lhe aplicar castigo pessoal, causando-lhe intenso sofrimento físico e mental.

Como Zélia não exercia guarda, poder ou autoridade sobre Luiz (por não ser sua professora na data dos fatos), sua conduta não pode ser tipificada como crime de tortura.

E, como advogado da professora malvada, o que você deve requerer ao juiz? A sua absolvição!

Resposta: A

7. (FGV – OAB/XIX – 2016)

Durante uma operação em favela do Rio de Janeiro, policiais militares conseguem deter um jovem da comunidade portando um rádio transmissor. Acreditando ser o mesmo integrante do tráfico da comunidade, mediante violência física, os policiais exigem que ele indique o local onde as drogas e as armas estavam guardadas.

Em razão das lesões sofridas, o jovem vem a falecer. O fato foi descoberto e os policiais disseram que ocorreu um acidente, porquanto não queriam a morte do rapaz por eles detido, apesar de confirmarem que davam choques elétricos em seu corpo molhado com o fim de descobrir o esconderijo das drogas.

Diante desse quadro, que restou integralmente provado, os policiais deverão responder pelo crime de a) lesão corporal seguida de morte.

b) tortura qualificada pela morte com causa de aumento.

c) homicídio qualificado pela tortura.

d) abuso de autoridade.

RESOLUÇÃO:

Como praticaram um ato de constrangimento com uso de violência física para obtenção de prova, os agentes policiais responderão pela prática do crime de tortura-prova qualificada pelo resultado morte, cuja pena prevista é de oito a dezesseis anos de reclusão:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

Como os agentes integravam a Polícia Militar, devemos observar o aumento de 1/6 a 1/3 em suas penas:

Art. 1º (...) § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:

I - se o crime é cometido por agente público;

Resposta: B

8. (FGV – TJ/PI – 2015)

Ressalvada a situação daquele que se omite, quando tinha dever de evitar ou apurar, os condenados por crime de tortura, na forma da Lei nº 9.455/97, devem cumprir a pena em regime:

a) integralmente fechado;

b) inicialmente fechado;

c) inicialmente semiaberto;

d) inicialmente semiaberto, no caso de tortura vindicativa;

e) aberto.

RESOLUÇÃO:

Bom, como a questão nos pede a alternativa correta “na forma da Lei nº 9.455/97, devemos marcar como correta a alternativa que determina, aos condenados pelo crime de tortura (exceto tortura-omissão), o cumprimento da pena em regime inicialmente fechado:

Art. 1º (...) § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

Contudo, o STF e o STJ têm considerado o dispositivo acima constitucional, de modo que os condenados por crime de tortura não precisam iniciar necessariamente o cumprimento da pena em regime fechado.

Dessa forma, uma questão como essa possivelmente seria anulada pela banca.

Resposta: B (DESATUALIZADA*)

9. (FGV – OAB/III – 2011)

A tortura, conduta expressamente proibida pela Constituição Federal e lei específica,

a) pode ser praticada por meio de uma conduta comissiva (positiva, por via de uma ação) ou omissiva (negativa, por via de uma abstenção).

b) é crime inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia.

c) exige, na sua configuração, que o autor provoque lesões corporais na vítima ao lhe proporcionar sofrimento físico com o emprego de violência.

d) se reconhecida, não implicará aumento de pena, caso seja cometida por agente público.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETA. A regra é que o terrível crime de tortura seja praticado por meio de uma conduta comissiva. Contudo, a Lei de Tortura prevê crime praticado por quem tinha o dever de evitar a prática da tortura ou de apurá-la:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - CONSTRANGER alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

II - SUBMETER alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

§2º Aquele que SE OMITE EM FACE DESSAS CONDUTAS, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

b) INCORRETA. O crime de tortura é, de fato, inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, não sendo, conduto, imprescritível:

Art. 1º (...) § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

c) INCORRETA. Para a configuração do crime de tortura, não se exige que o autor provoque lesões corporais na vítima, bastando a ocorrência de sofrimento físico ou mental.

d) INCORRETA. Se o crime de tortura for cometido por agente público, a pena será aumentada de um sexto até um terço:

Art. 1º (...) § 4º Aumenta-se a pena de 1/6 (um sexto) até 1/3 (um terço):

I - se o crime é cometido por agente público;

Resposta: A

10.(FGV – PC/RJ – 2008)

Em relação aos atos que podem constituir crimes de tortura, assinale a afirmativa incorreta.

a) constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, causando-lhe sofrimento físico com o fim de obter informação

b) constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, causando-lhe sofrimento físico para provocar ação ou omissão de natureza criminosa

c) constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, causando-lhe sofrimento físico em razão de discriminação racial ou religiosa

d) submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou ameaça, a intenso sofrimento mental, como forma de aplicar castigo pessoal

e) constranger alguém sem emprego de violência nem ameaça, para que faça algo que a lei não obriga.

RESOLUÇÃO:

As condutas representadas pelas alternativas A, B, C e D configuram o crime de tortura:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; alternativa A.

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; alternativa B.

c) em razão de discriminação racial ou religiosa; alternativa C.

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. alternativa D.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Já a alternativa E, por dispensar o emprego de violência e de grave ameaça, não configura crime de tortura previsto pela Lei nº 9.455/1997, sendo o nosso gabarito.

Resposta: E

11. (CRS – PM MG – 2019)

Considerando as disposições trazidas pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e pela Lei nº 9.455/97, a qual dispõe sobre os crimes de tortura, marque a alternativa INCORRETA:

a) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, por eles respondendo os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.

b) É suficiente para que ocorra o crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental.

c) Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

d) A condenação pelo crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETA. De fato, segundo a Constituição Brasileira, a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, por eles respondendo os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem:

Art. 5º - XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.

b) INCORRETA. Além de constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, é necessária a presença de um dolo específico, presente nas alíneas a, b ou c do inciso I, do art. 1º:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

c) CORRETA. De fato, ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

Art. 5°, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

d) CORRETA. Isso aí! A condenação pelo crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

Art. 1°, § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

Resposta: B

12. (CRS – PM MG – 2018)

Analise as assertivas e marque a alternativa CORRETA, com base na Lei n. 9.455/97 que define os crimes de tortura.

a) Constitui, também, crime de tortura, constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou religiosa.

b) O crime de tortura é inafiançável, hediondo, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia.

c) A condenação pelo crime de tortura acarretará a suspensão não remunerada, até o cumprimento total da pena, do cargo, função ou emprego público.

d) O condenado por crime de tortura, na conduta comissiva, iniciará o cumprimento da pena em regime semiaberto sem direito a progressão inicial de regime.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETA. Constitui o crime de tortura-discriminatória, o constrangimento de alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou religiosa.

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;

c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

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