• Nenhum resultado encontrado

1.

FGV – PC RJ - 2022

Em todas as frases abaixo foram realizados deslocamentos de termos e foram acrescentadas vírgulas nas frases modificadas; a única frase em que a vírgula está correta é:

a) Os críticos são gente que fracassou na literatura e na arte / Os críticos são gente que fracassou na arte, e na literatura;

b) Na arte não existe passado nem futuro / Na arte não existe futuro, nem passado;

c) A obra-prima é uma variedade do milagre / Uma variedade do milagre, é a obra-prima;

d) O futebol é o mais popular dos esportes / Dos esportes, o futebol é o mais popular;

e) Dois mais três são cinco / Três mais dois, são cinco.

RESOLUÇÃO:

Letra A – ERRADA – Não se emprega vírgula antes de “e” aditivo que conecta termos coordenados entre si. Até se admite vírgula antes do “e” aditivo de forma facultativa, mas apenas na situação de essa conjunção conectar orações de sujeitos distintos, o que não é o caso.

Letra B – ERRADA – Não se emprega vírgula antes da conjunção aditiva NEM. No caso de haver polissíndeto – Nem ele, nem você, nem eu... -, as vírgulas seriam obrigatórias, o que não é o caso.

Letra C – ERRADA – A vírgula empregada isola sujeito e verbo.

Letra D – CERTA – A vírgula empregada isola adjunto adverbial deslocado.

Letra E – ERRADA - A vírgula empregada isola sujeito e verbo.

Resposta: D

2.

FGV – PC RJ - 2022

Texto 1 Vejamos, agora, o que nos diz Machado de Assis sobre a autópsia: “Li um termo de autópsia. Nunca deixo de ler esses documentos, não para aprender anatomia, mas para verificar ainda uma vez como a língua científica é diferente da literária. Nesta, a imaginação vai levando as palavras belas e brilhantes, faz imagens sobre imagens, adjetiva tudo, usa e abusa de reticências, se o autor gosta delas. Naquela, tudo é seco, exato e preciso. O hábito externo é externo, o interno é interno; cada fenômeno, cada osso, é designado por um vocábulo único. A cavidade torácica, a cavidade abdominal, a hipóstase cadavérica, a tetania, cada um desses lugares e fenômenos não pode receber duas apelações, sob pena de não ser ciência.” (Adaptado. A Semana, 1830)

No texto 1, Machado de Assis fala das reticências e do seu uso por parte dos autores que gostam delas.

A frase abaixo em que o emprego das reticências expressa uma emoção intensa é:

a) Isso não é... um pouco... como dizer?... estranho?

b) Mas... a barata... a barata... você conseguiu pegá-la?

c) Como sua vida está em perigo, ele vive agora em X..., pequena cidade europeia;

d) Júlio casou ontem e, salvo um milagre (ou de... você sabe do que estou falando...), vai poder aproveitar o verão antes de nascer o primeiro bebê;

e) Os vândalos estão de volta para fazer m... nas passeatas.

RESOLUÇÃO:

Na letra A, as reticências sinalizam dúvida. No caso, a pessoa não sabe qual palavra melhor empregar.

Na letra C, a não revelação do local confere ao texto um tom misterioso.

Na letra D, as reticências expressam não uma emoção, mas a intenção proposital de omissão por parte do autor, dando a entender que se trata de algo de amplo conhecimento.

Resta-nos a letra B. Note a ênfase dada na repetição de “barata”.

Resposta: B

3.

FGV – PC RJ - 2022

“...fazer indagações, investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou científica; investigar, indagar, pesquisar, esquadrinhar.”

Nesse segmento do texto 4, há uma série de vírgulas empregadas pela mesma razão da que ocorre na seguinte frase:

a) Cansa-se de ser herói, mas não se cansa de ser rico;

b) Se uma mulher quer fazer uma coisa, não há homem que consiga impedi-la;

c) Querendo abolir a pena de morte, que comecem os senhores assassinos;

d) Eu sou um homem honrado: nunca assassinei, nunca roubei, nunca violei, salvo em minha imaginação;

e) Para alcançar o bem, mais vale habilidade que sabedoria.

RESOLUÇÃO:

No texto original, empregamos as vírgulas para isolar termos em enumeração, coordenados entre si.

O mesmo ocorre na letra D – as orações coordenadas assindéticas são isoladas uma da outra por vírgula.

Resposta: D

4.

FGV – TCE PI - 2021 Texto 4 – O transporte público

“O responsável primário pelo transporte público urbano é o poder público municipal. É isso que prevê o inciso V do artigo 30 da Constituição Federal:

‘[Cabe ao município] organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial’.

Entretanto, como você pode observar, esse dispositivo da Constituição dá liberdade aos municípios quanto a como ofertar esse serviço. Primeiro, o município pode escolher cuidar do transporte coletivo por conta própria.

A prefeitura se responsabiliza diretamente pela gestão do sistema e desembolsa 100% dos recursos para mantê-lo.

É claro que o modelo direto é pouco adotado, já que o orçamento municipal costuma ser apertado e há outras áreas que as prefeituras devem suprir (saúde e educação, por exemplo). Nesse caso, quais opções restam?

A saída mais comum é contratar empresas para desempenhar essa função. Para fazer isso, é preciso realizar uma licitação, procedimento padrão para que uma empresa desempenhe um serviço público. As empresas vencedoras da licitação atuam sob regime de concessão ou permissão. A diferença entre os dois é sutil e pouco relevante; o que importa saber é que a empresa firma um contrato com a prefeitura por certo período de tempo, para administrar a maior parte do sistema de transporte coletivo municipal.” (Politize!, 30/05/2021)

“[Cabe ao município] organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial”.

Nesse segmento do texto 4 há um pequeno trecho colocado entre colchetes; esse emprego serve para:

a) apontar para um segmento que deveria ter sido escrito no texto constitucional;

b) demonstrar que o segmento foi deslocado de sua posição original no texto da Constituição;

c) mostrar que se trata de um segmento que se repete ao início de alguns parágrafos a seguir;

d) destacar intencionalmente um segmento considerado importante para o autor do texto;

e) indicar que se trata de um acréscimo ao texto original, por parte do autor do texto 4.

RESOLUÇÃO:

Vamos recorrer ao texto original da Constituição:

Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

(...)

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

Analisemos cada uma das alternativas:

Letra A – ERRADA – Da forma como está escrito o item, dá-se a entender que a explicitação do trecho “Compete aos Municípios” deveria ser obrigatória, o que não é verdade. O texto constitucional simplesmente o omitiu, já que cada inciso está contido no artigo 30. Não há, portanto, a necessidade de explicitar esse conteúdo.

Letra B – ERRADA – Não houve deslocamento. O que o autor fez foi explicitar o trecho do artigo ao qual o inciso está subordinado tão somente. Não houve inversão de termos.

Letra C – ERRADA – Achei confusa essa redação da letra C. Acredito que a banca esteja fazendo menção aos demais parágrafos do texto em questão. O trecho omitido faz parte apenas do segundo parágrafo do texto, não sendo possível subentender nos parágrafos seguintes.

Letra D – ERRADA – Não se trata de dar relevância ao trecho. Trata-se tão somente de explicitá-lo.

Letra E – CERTA – A redação dessa opção poderia ser mais clara. De fato, houve um acréscimo ao texto original do INCISO especificamente. Da forma como está escrita a opção, dá-se a entender que o trecho entre colchetes não se encontra no texto constitucional.

Resposta: E

5.

FGV – PC RJ - 2021

Uma das regras básicas do emprego da vírgula é para marcar a omissão de um termo; a frase abaixo que exemplifica esse fato é:

a) Aquele que não conhece Deus nesse mundo, não o conhecerá no outro;

b) O segredo de um bom sermão é ter um bom começo, um bom fim e ter ambos o mais perto possível;

c) Quando a infância morre, seus cadáveres são chamados de adultos;

d) Comprar um carro é necessidade, uma Mercedes, um exagero;

e) Uma criança, como seu estômago, não precisa de tudo que você pode dar a ela.

RESOLUÇÃO:

A questão explora o famoso caso da vírgula vicária, amplamente cobrada pela banca FGV. Trata-se da vírgula resultado da omissão de forma verbal já citada – no caso, omitiu-se a forma verbal “é” antes de

“formativo”.

Na letra D, houve a omissão da forma verbal “é”, já mencionada, antes de “um exagero”. Essa omissão deve ser sinalizada com a vírgula vicária.

Resposta: D

6.

FGV – CM Aracaju - 2021

A frase que serviu de base para a elaboração da questão desta prova foi retirada do “Dicionário das Citações”

de Ettore Barelli e Sergio Pennacchietti.

“Diz-se da melhor companhia: sua conversa é instrutiva, seu silêncio, formativo.”

Sobre os sinais gráficos e de pontuação dessa frase, a única afirmativa INADEQUADA é:

a) as aspas indicam transcrição de um texto alheio;

b) os dois pontos antecipam uma explicação;

c) a primeira vírgula separa duas orações;

d) a segunda vírgula indica a omissão de um verbo;

e) o ponto final mostra a interrupção de um pensamento.

RESOLUÇÃO:

Letra A – CERTA – De fato! Trata-se de um trecho retirado da obra “Dicionário das Citações”.

Letra B – CERTA – Controversa essa opção. Os dois pontos introduzem uma citação, e não diretamente uma explicação. Podemos até subentender uma explicação do porquê de a companhia ser considerada a melhor: ela é a melhor, pois sua conversa é instrutiva e seu silencio, formativo.

Letra C – CERTA – De fato! Trata-se de duas orações coordenadas assindéticas.

Letra D – CERTA – De fato! Foi omitida a forma verbal “é”, anteriormente citada.

Letra E – ERRADA – O ponto final não interrompe, e sim finaliza um pensamento. Das opções apresentadas, de fato a da letra E está incorreta. Note que interromper implica pensamento ainda não concluído, o que combina com as reticências, e não com o ponto final.

Resposta: E

7.

FGV – IMBEL - 2021

“Diz-se da melhor companhia: sua conversa é instrutiva; seu silêncio, formativo.”

O emprego da vírgula é justificado na frase acima pela mesma razão em que ocorre na seguinte frase:

a) “A imaginação não faz castelos no ar, mas transforma cabanas em castelos no ar.”

b) “O homem ama a companhia, mesmo que seja apenas a de uma vela que queima.”

c) “Para o desesperado, a partida não parece menos impossível do que o retorno.”

d) “Ai de quem é só, pois se cai não tem quem o levante.”

e) “Beber pouco é bom. Não beber, trágico.”

RESOLUÇÃO:

No texto original, temos o famoso caso da vírgula vicária, amplamente cobrada nas questões da banca FGV. Trata-se da vírgula resultado da omissão de forma verbal já citada – no caso, omitiu-se a forma verbal “é”

antes de “formativo”.

O mesmo ocorre na letra E. Houve a omissão da forma verbal “é” antes de “trágico”. Essa omissão foi sinalizada com o emprego da vírgula vicária.

Resposta: E

8.

FGV – PM SP - 2021 Leia a frase a seguir.

O meu colega [1] que é conhecido por sua discrição e austeridade [2] tem uma boina pendurada [3] e isso me pegou de surpresa [4] quando a vi [5] por meio da webcam.

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa acerca de pontuação, analise as afirmativas a seguir.

I. As vírgulas em [1] e [2] são obrigatórias.

II. Em [3], é possível inserir uma vírgula.

III. A inserção de uma vírgula em [4] é facultativa, enquanto, em [5], é obrigatória.

Está correto o que se afirma em a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

RESOLUÇÃO:

A assertiva I está falsa. A oração “que é conhecido por sua discrição e austeridade” pode ser adjetiva – isolada por vírgulas – ou restritiva – não isolada por vírgulas. A correção gramatical não fica comprometida com a presença ou ausência de vírgulas. Não se trata, assim, de vírgulas obrigatórias.

A assertiva II é verdadeira. Note que temos a conjunção “e” conectando orações com sujeitos distintos –

“O meu colega” e “isso”. Trata-se de um caso de vírgula facultativa.

A assertiva III é falsa. Acerta quando diz ser a vírgula [4] facultativa. De fato, temos uma oração adverbial em final de período – “quando a vi por meio da webcam”. No entanto, erra ao afirmar que a vírgula [5] é obrigatória. Temos um adjunto adverbial – “por meio da webcam” – em final de oração, o que faz a vírgula ser de uso facultativo.

Resposta: B

9.

FGV – PC RN - 2021

“A pesquisa histórica revela que no dia 20 de novembro de 1530, a polícia brasileira iniciava as suas ações, promovendo justiça e organizando os serviços de ordem pública, como melhor entendesse nas terras conquistadas do Brasil.”

Nesse segmento do texto, a pontuação mais adequada seria:

a) A pesquisa histórica revela que, no dia 20 de novembro de 1530, a polícia brasileira iniciava as suas ações, promovendo justiça e organizando os serviços de ordem pública, como melhor entendesse, nas terras conquistadas do Brasil.

b) A pesquisa histórica revela: que no dia 20 de novembro de 1530, a polícia brasileira iniciava as suas ações, promovendo justiça e organizando os serviços de ordem pública, como melhor entendesse, nas terras conquistadas do Brasil.

c) A pesquisa histórica revela que no dia 20 de novembro de 1530 a polícia brasileira iniciava as suas ações, promovendo justiça, e organizando os serviços de ordem pública, como melhor entendesse nas terras conquistadas do Brasil.

d) A pesquisa histórica revela que, no dia 20 de novembro de 1530, a polícia brasileira iniciava as suas ações:

promovendo justiça e organizando os serviços de ordem pública, como melhor entendesse, nas terras conquistadas do Brasil.

e) A pesquisa histórica revela, que no dia 20 de novembro de 1530, a polícia brasileira iniciava as suas ações, promovendo justiça, e organizando os serviços de ordem pública, como melhor entendesse, nas terras conquistadas do Brasil.

RESOLUÇÃO:

Devemos isolar por vírgulas o adjunto adverbial de tempo deslocado "no dia 20 de novem de 1530". Além disso, devemos isolar por vírgulas a oração adverbial de conformidade deslocada "como melhor entendesse".

Na letra B, o sinal de dois pontos após "revela" isola verbo e complemento.

Na letra C, o adjunto adverbial de tempo não está isolado por vírgulas.

Na letra D, não faz sentido o emprego dos dois pontos, já que temos uma subordinação, e não uma enumeração ou explicação.

Na letra E, a vírgula após "revela" isola verbo e complemento.

Resposta: A

10.

FGV – MPE - 2019 Texto 5

“No Paquistão, quando sou proibida de ir à escola, compreendo o quão importante é a educação. A educação é o poder das mulheres. (....) Nós percebemos a importância de nossa voz quando somos silenciados”. É assim que a pequena notável enxerga o horizonte e – por meio das novas tecnologias – pôde fazer ecoar sua voz.

Educação é um ato político, e se é na sociedade (seja física ou digital) o nascedouro de faíscas de perspectivas para um mundo mais igualitário, a escola deve ser o seu maior berçário.

Empoderamento educacional, Ivan Aguirra

O sinal gráfico do texto 5 que mostra seu sentido de forma correta é:

a) as aspas indicam que o trecho selecionado é de grande importância para o texto;

b) os parênteses com pontos em seu interior indicam que algo foi censurado no texto original;

c) os parênteses com palavras em seu interior indicam a presença de uma informação esquecida anteriormente;

d) as letras maiúsculas no início de Paquistão e Educação foram empregadas pelo mesmo motivo;

e) os pequenos travessões que destacam por meio das novas tecnologias inserem uma nova informação no texto.

RESOLUÇÃO:

Na letra A, as aspas destacam uma citação, um discurso direto.

Na letra B, é precipitado afirmar que houve censura de conteúdo. Houve sim uma simples supressão.

Na letra C, entende-se que a informação entre parênteses seja de reforço, e não de retomada de algo já citado.

Na letra D, a maiúscula em Paquistão se deve ao fato de ser um topônimo; já em Educação, ao fato de ser uma área social.

O gabarito entendo ser letra E (os pequenos travessões... uma nova informação no texto), pois a informação de a tecnologia ser o meio empregado para expressão não fora citada em momento algum no texto, tratando-se, assim, de algo novo.

Resposta: E

11.

FGV - Analista Legislativo Municipal (CM Salvador)/Tecnologia da Informação/2018 (e mais 21 concursos)

Intercâmbio de alimentos

Renato Mocelline/Rosiane de Camargo, História em debate. São Paulo: Editora do Brasil, p. 72.

A chegada dos europeus à América foi o começo de uma das transformações mais revolucionárias nos hábitos alimentares dos seres humanos.

Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal. Todavia, os espanhóis enviavam à Europa todos os alimentos exóticos que os nativos lhes ofereciam para, de alguma forma, apaziguar a Coroa pelas dificuldades que tinham de encontrar os tão desejados metais preciosos.

Progressivamente, por meio dessa troca entre América e Europa, a flora e a fauna de ambos os continentes foram modificadas, pois diversas plantas e animais adaptaram-se aos novos climas. Com isso, a dieta dos habitantes das duas regiões foi enriquecida.

“Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal”.

Na reescritura desse segmento do texto, a pontuação está INADEQUADA em relação às regras de pontuação em:

a) Os espanhóis, nos primeiros anos de conquista, resistiram a comer produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal;

b) Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos e, por isso, trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal;

c) Nos primeiros anos da conquista os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, por isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal;

d) Os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, nos primeiros anos de conquista; trouxeram consigo, por isso, plantas e animais de sua terra natal;

e) Nos primeiros anos da conquista, os espanhóis resistiram a comer produtos nativos americanos, e, por isso trouxeram consigo plantas e animais de sua terra natal.

RESOLUÇÃO:

A banca considerou a letra E como resposta. De fato, há uma incorreção de pontuação nessa opção. No entanto, também identificamos erro na letra C, conforme explicado a seguir. A banca deveria, no meu entendimento, anular essa questão, pois há duas respostas possíveis.

Letra A – CERTA – Empregou-se corretamente a vírgula para isolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “nos primeiros anos de conquista”. Além disso, empregou-se corretamente a vírgula para introduzir a oração coordenada sindética conclusiva “por isso trouxeram...”.

Letra B – CERTA - Empregou-se corretamente a vírgula para isolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “Nos primeiros anos de conquista”. Além disso, isolou-se a locução conjuntiva causal intercalada

“por isso” no período por vírgulas.

Letra C – ERRADA – Faltou a vírgula após “conquista”, necessária para isolar o adjunto adverbial deslocado da ordem direta “Nos primeiros anos de conquista”.

Letra D – CERTA – Está correta a vírgula após “americanos”, pois esta isola o adjunto adverbial “nos primeiros anos...”. Essa vírgula é facultativa, uma vez que o adjunto adverbial se encontra no final da oração.

Além disso, está correto o emprego do ponto e vírgula para enfatizar uma relação de coordenação entre as orações que compõem o período.

Letra E – ERRADA - Empregou-se erradamente a vírgula antes do “e” aditivo. Só é permitida a vírgula antes dessa conjunção, no caso de esta conectar orações com sujeitos distintos, o que não é o caso. Esta opção consta como gabarito oficial.

Resposta: C/E

12.

FGV - Analista de Comunicação (BANESTES)/2018 (e mais 5 concursos) Texto 1

Em artigo publicado no jornal carioca O Globo, 19/3/2018, com o nome Erros do passado, o articulista Paulo Guedes escreve o seguinte: “Os regimes trabalhista e previdenciário brasileiros são politicamente anacrônicos, economicamente desastrosos e socialmente perversos. Arquitetados de início em sistemas políticos fechados (na Alemanha imperial de Bismarck e na Itália fascista de Mussolini), e desde então cultivados por obsoletos programas socialdemocratas, são hoje armas de destruição em massa de empregos locais em meio à competição global. Reduzem a competitividade das empresas, fabricam desigualdades sociais, dissipam em consumo corrente a poupança compulsória dos encargos recolhidos, derrubam o crescimento da economia e solapam o valor futuro das aposentadorias”.

(adaptado)

No texto 1, os termos inseridos nos parênteses – na Alemanha imperial de Bismarck e na Itália fascista de Mussolini – têm a finalidade textual de:

a) enumerar os sistemas políticos fechados do passado;

b) destacar os sistemas onde se originaram os regimes trabalhista e previdenciário;

c) criticar o atraso político de alguns sistemas da História;

d) condenar nossos regimes trabalhista e previdenciário por serem muito antigos;

e) exemplificar alguns dos nossos erros do passado.

RESOLUÇÃO:

Os parênteses foram empregados com o objetivo exemplificar/enumerar alguns dos sistemas políticos considerados fechados pelo articulista. Isso posto, a mão fica “coçando” para marcar a letra A, não é mesmo?

Cuidado!

Na letra A, diz-se “enumerar OS sistemas políticos do passado”. A presença desse artigo dá a entender que a Alemanha imperial de Bismarck e a Itália fascista de Mussolini sejam os únicos exemplos. A enumeração apresentada no texto não é taxativa, e sim exemplificativa. Além disso, o objetivo não é enumerar quais os

sistemas fechados, mas sim dizer em quais sistemas fechados se originaram os regimes trabalhistas e previdenciários.

Isso posto, a resposta é a letra B.

Cruel! Muito cruel!

Resposta: B

13.

FGV - Técnico Bancário (BANESTES)/2018 (e mais 3 concursos)

Todas as frases abaixo apresentam dois componentes separados por um sinal de pontuação. Desconsiderando a pontuação, indique a frase em que esse sinal foi substituído de forma adequada por um conectivo:

a) Sabedoria é saber o que fazer; virtude é fazer / pois;

b) Não é preciso muito para ser um produtor de coelhos. Você coloca um casal numa gaiola e é tudo / então;

c) O capital é como água. Sempre flui por onde encontra menos obstáculos / logo;

d) Dinheiro é igual a táxi: quando mais você precisa, ele não aparece / porém;

e) Chega de homenagens. Eu quero o dinheiro / que.

RESOLUÇÃO:

A questão peca demais na clareza do enunciado. O que ela quer?

Ela quer que, desconsiderando a pontuação entre os dois componentes, ou seja, eliminando o sinal de pontuação que há entre os dois, façamos o encaixe do conectivo proposto.

Ocorre que a simples inserção do conectivo muitas vezes não é suficiente, pois, dependendo da ideia por ele expressa, devemos somar vírgula.

É isso que a questão quer de nós. Se a mera troca do sinal de pontuação pelo conectivo, sem qualquer outro acréscimo, já seria suficiente para considerar a sentença correta.

Além dessa ideia truncada apresentada no enunciado, a questão também deveria ter deixado clara a necessidade de se fazerem ajustes no emprego de maiúsculas e minúsculas, ao executar as alterações propostas.

Analisemos agora as alternativas, com base nesse entendimento:

Letra A – ERRADA – Com a alteração proposta, teríamos: “Sabedoria é saber o que fazer pois virtude é fazer”. A conjunção explicativa “pois” requer emprego de vírgula antes.

Letra B – ERRADA – Com a alteração proposta, teríamos: “Não é preciso muito para ser um produtor de coelhos então você coloca um casal numa gaiola e é tudo”. A conjunção conclusiva “então” requer emprego de vírgula antes.

Letra C – ERRADA – Com a alteração proposta, teríamos: “Não é preciso muito para ser um produtor de coelhos então você coloca um casal numa gaiola e é tudo”. A conjunção conclusiva “então” requer emprego de vírgula antes.

Documentos relacionados